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ARTE

Arte
Ensino Fundamental – 8o ano – 1o bimestre

UNIDADE 1 O patrimônio cultural brasileiro

TEMA 1 – A CAPOEIRA

1 A capoeira é uma expressão cultural brasileira que mistura arte marcial, esporte, cultura popular e
música. Desenvolvida no Brasil por descendentes de escravos africanos, hoje é caracterizada por ser
a) uma prática ilícita, passível de penalidades.
b) apenas um tipo de jogo, alçado, inclusive, à categoria olímpica.
c) acompanhada por um único instrumento musical, o berimbau.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

d) somente uma dança apresentada em festividades de afrodescendentes.


e) uma luta, uma dança e um jogo caracterizados por golpes e movimentos ágeis, como chutes e
rasteiras.

2 A capoeira de Angola é o estilo mais próximo de como os escravos jogavam a capoeira. Apesar de ser
executada de forma mais lenta, os golpes em si eram rápidos e executados perto do solo. São ainda
particularidades desse estilo
a) incorporação de elementos de artes marciais.
b) movimentos de ginga idênticos aos do estilo de capoeira regional.
c) disseminação da cultura afrodescendente no Brasil e no exterior.
d) mudanças significativas em sua origem, afastando-se das tradições e crenças religiosas.
e) descriminalização nos anos 30, dando espaço para a popularização de outro estilo: a capoeira regional.

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“UNESCO RECONHECE A CAPOEIRA COMO PATRIMÔNIO CULTURAL DA HUMANIDADE”.
Anúncio foi feito em Paris. Presidente do Iphan comemora reconhecimento.

Uma das manifestações artísticas mais tradicionais do Brasil passou, nesta quarta-feira
(26), a ser um bem mundial. A Unesco reconheceu a capoeira como Patrimônio Cultural da
Humanidade.
Ao som do berimbau, luta, dança e esporte se misturam. É a expressão de um povo. Mes-
tres brasileiros já levaram o batuque e o gingado para mais de 100 países. Nesta quarta-feira
(26), em Paris, a roda de capoeira passou a ser considerada Patrimônio Cultural Imaterial da
Humanidade pela Unesco.
O som do berimbau e dos atabaques era de festa.
“Nós estamos muito emocionados porque a capoeira, criada pelos escravos, proibida, in-
terditada no Brasil por muitos anos, hoje é um patrimônio da humanidade, reconhecida pela
Unesco e presente em vários países do mundo”, diz Jurema Machado, presidente do Iphan.
Jornal Nacional. G1.com. Disponível em: <http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/11/
unesco-reconhece-capoeira-como-patrimonio-cultural-da-humanidade.html>. Acesso em: 26 ago. 2017.

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O reconhecimento da capoeira como patrimônio cultural da humanidade é uma forma de redenção


por anos de discriminação, como demonstra a passagem:
a) “Presidente do Iphan comemora reconhecimento.”
b) “Uma das manifestações artísticas mais tradicionais do Brasil...”
c) “A Unesco reconheceu a capoeira como Patrimônio Cultural da Humanidade.”
d) “Ao som do berimbau, luta, dança e esporte se misturam.”
e) “a capoeira proibida, interditada no Brasil por muitos anos, hoje é um patrimônio da humanidade,
reconhecida pela Unesco.”

4 “Mestres brasileiros já levaram o batuque e o gingado para mais de 100 países”. A função do mestre
de capoeira vai muito além do caráter instrucional; são eles, também, responsáveis por ensinamentos
éticos, pedagógicos e moralizantes dentro e fora da luta.
Considerando, portanto, a importância dos pioneiros da capoeira no Brasil, é correto afirmar que
a) mestre Bimba foi o principal divulgador da capoeira angolana.
b) mestre Bimba e Pastinha divulgaram o mesmo estilo de capoeira.

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c) mestre Pastinha estabeleceu um projeto esportivo-pedagógico no Brasil.
d) Francisco Ferreira Pastinha, o Mestre Pastinha, foi o principal idealizador da capoeira de estilo
angolano no Brasil.
e) mestre Bimba foi fundamental para o reconhecimento da capoeira no Brasil, enquanto mestre
Pastinha divulgou-a no exterior.

TEMA 2 – O PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO

1 Segundo o Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –, o patrimônio cultural de


um povo é composto pelo conjunto dos saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que
aludem à história, à memória e à identidade desse povo.
Com base nessa definição, deve-se considerar que
a) os bens materiais são mais valorizados que os bens imateriais num processo de reconhecimento
histórico.
b) os ambientes naturais são os únicos bens imateriais que podem ser reconhecidos num processo
de identificação.
c) o Iphan tem como função apenas a identificação e a documentação de bens para a composição
do patrimônio histórico.
d) o trabalho do Iphan, em coparticipação com a comunidade, é fundamental para a preservação e
revitalização dos bens históricos.
e) as formas de expressão e os saberes têm um valor histórico maior numa identificação em com-
paração às obras de arte e construções arquitetônicas.

2
NOVAS GERAÇÕES HERDAM TALENTO E DÃO LONGA VIDA AO CENTENÁRIO FREVO
Tradicional ritmo pernambucano, que completa 110 anos
nesta quinta-feira (9), ganha fôlego com filhos de mestres e
com músicos que fazem misturas com gêneros da atualidade.

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Ritmo binário contagiante que leva a marca de Pernambuco para os quatro cantos mundo,
o frevo completa 110 anos nesta quinta-feira (9). Uma história que começou com a primeira
referência ao termo “frever”, feita pelo vespertino e já extinto Jornal Pequeno, na edição de
9 de fevereiro de 1907. Dos tempos das gravações do selo Mocambo, da Fábrica de Discos
Rozenblit (fechada nos anos 80), até a era da Internet e das redes sociais, a música evoluiu.
Incorporou novos instrumentos e arranjos diversos. Manteve o culto aos antigos carna-
vais, mas demonstrou que o poder de colocar a multidão para “ferver” no meio do carnaval
do Recife não ficou no século passado. De pai para filho, o dom de construir partituras
nos compassos acelerados está no DNA. Para não deixar o “frevo morrer”, novas gerações
assumiram as batutas para encantar multidões no meio da folia.
G1 PE. Novas gerações herdam talento e dão longa vida ao centenário frevo. Disponível em: <https://g1.globo.com/pernambuco/
carnaval/2017/noticia/novas-geracoes-herdam-talento-e-dao-longa-vida-ao-centenario-frevo.ghtml>. Acesso em: 26 ago. 2017.

Pertencentes ao patrimônio cultural brasileiro, as diversas formas de dança são demonstrações


da diversidade cultural do nosso país; apesar de tradicionais, podem ser incrementadas – não des-
caracterizadas – como forma de acompanhar processos naturais de evolução cultural, a exemplo
do trecho:
a) “Ritmo binário contagiante que leva a marca de Pernambuco para os quatro cantos mundo...”
b) “Uma história que começou com a primeira referência ao termo ‘frever’...”
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c) “Incorporou novos instrumentos e arranjos diversos. Manteve o culto aos antigos carnavais.”
d) “... o dom de construir partituras nos compassos acelerados está no DNA.”
e) “Para não deixar o ‘frevo morrer’, novas gerações assumiram as batutas para encantar multidões
no meio da folia.”

3 Leia:
• “De pai para filho, o dom de construir partituras nos compassos acelerados está no DNA.”
• “Para não deixar o ‘frevo morrer’, novas gerações assumiram as batutas para encantar multidões
no meio da folia”.
De acordo com as passagens acima, é possível perceber que, para a perpetuação de um bem imaterial,
é preciso
a) tradicionalismo e caracterização.
b) transferência de saberes e adaptação.
c) identidade de estilos e novas técnicas.
d) inserção de instrumentos e estilização.
e) descaracterização e estilização de ritmos.

4
QUEIJO DE MINAS VIRA PATRIMÔNIO CULTURAL BRASILEIRO
O modo artesanal da fabricação do queijo, em Minas Gerais, foi registrado nesta quinta-
-feira (15) como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Conselho Consultivo do Institu-
to do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O veredicto foi dado em reunião do
conselho realizada no Museu de Artes e Ofícios, em Belo Horizonte. O presidente do Iphan
e do conselho ressaltou que a técnica de fabricação artesanal do queijo está “inserida na
cultura do que é ser mineiro”.
Agência Estado. Queijo de Minas vira patrimônio cultural brasileiro. Disponível em: <http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/
0,,MUL471180-5598,00-QUEIJO+DE+MINAS+VIRA+PATRIMONIO+CULTURAL+BRASILEIRO.html>. Acesso em: 26 ago. 2017.

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Tendo por base os motivos de reconhecimento do queijo mineiro como patrimônio cultural brasileiro,
é possível afirmar que o processo de tombamento se deu principalmente
a) pelo modo de fabricação inusitado.
b) pela técnica artesanal diferenciada.
c) pela peculiaridade da iguaria mineira.
d) pelo Estado já possuir vários tombamentos.
e) pelo vínculo entre a técnica de fabricação e a identidade do povo mineiro.

TEMA 3 – BRASÍLIA, PATRIMÔNIO CULTURAL MUNDIAL

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JK INAUGURA BRASÍLIA

FOLHAPRESS

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Sonho. O presidente Juscelino Kubitschek inaugura Brasília no dia 21 abril de 1960.

A construção de Brasília foi um marco para a história do Brasil, que antes teve por capitais Salvador e
Rio de Janeiro. Verifica-se, dentro dessa transição, a importância de
a) ter uma capital como um patrimônio cultural mundial.
b) construir uma capital unicamente para a gestão do país.
c) ter uma capital no interior para privilegiar a população rural.
d) divulgar os trabalhos do promissor arquiteto Oscar Niemeyer.
e) afastar o centro político para o interior em decorrência de rebeliões.

2 O planejamento de uma cidade é de responsabilidade dos arquitetos, porém o crescimento popula-


cional e a ocupação dos espaços foram essenciais para o surgimento do profissional de urbanismo,
que atua tanto no planejamento urbano como na orientação do crescimento de cidades. Portanto,
em relação à construção de Brasília, marque o que for correto.
a) O desenvolvimento do plano piloto ficou sob a responsabilidade de Oscar Niemeyer.
b) O planejamento das ações para o crescimento urbano de Brasília foi feito por Niemeyer.
c) O planejamento da cidade em forma de cruz foi um projeto do plano piloto do urbanista Lúcio Costa.

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d) O responsável por pensar e analisar as necessidades dos espaços na construção da nova capital foi
um urbanista.
e) Foi uma cidade planejada aos moldes de outras capitais, como: Palmas, Belo Horizonte, Rio Branco,
Goiânia, Salvador e Rio de Janeiro.

3 A Unesco reconheceu Brasília, em 1987, como um patrimônio cultural mundial. Essa identificação
encerra um entendimento de que
a) um patrimônio cultural mundial só tem valor local.
b) o estado onde o patrimônio está localizado é o único detentor do bem cultural.
c) mesmo tendo uma aplicação universal, o patrimônio é de pertencimento nacional.
d) os sítios do Patrimônio Mundial pertencem a todos os povos do mundo, independentemente do
território em que estejam localizados.
e) a compreensão da sua preservação desobriga da necessidade de executar políticas públicas para
assegurar a proteção desse patrimônio.

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FERNANDO VIVAS/FOLHAPRESS

Antigo casarão na Praça Cairu, na Cidade Baixa, em Salvador (BA).

Falta de manutenção ameaça patrimônio histórico


no centro de São Luís; 70 casarões podem desabar.
GAMA, Aliny. Uol Notícias/Cotidiano. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2012/01/23/
falta-de-manutencao-ameaca-patrimonio-historico-no-centro-de-sao-luis-70-casaroes-podem-desabar.htm>.
Acesso em: 26 ago. 2017.

O casarão antigo e a manchete anteriores confirmam os principais desafios enfrentados atualmente


para a conservação do patrimônio histórico brasileiro. Os textos revelam que tais desafios estão
relacionados a
a) abalos naturais e à desvalorização humana.
b) desconhecimento da população e negligência de setores públicos.
c) descaracterização dos bens materiais e escassez de verbas para o setor.
d) deterioração de prédios tombados e omissão de órgãos responsáveis.
e) modernização dos bens materiais e restauração das fachadas arquitetônicas.

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JOÃO PRUDENTE/PULSAR IMAGENS


UNIDADE 2 Arte e beleza na região de Minas

TEMA 1 – O CONJUNTO DE CONGONHAS

1 A escultura do profeta Isaías, obra de Aleijadinho, está localizada


no adro do Santuário de Bom Jesus dos Matosinhos, em Congonhas
(MG), cidade que possui obras que fazem parte do denominado
conjunto de Congonhas, o qual inclui
a) igreja, capelas e esculturas. Profeta Isaías (1800-
-1805), de Antônio
b) influência do Renascimento. Lisboa (Aleijadinho).
Escultura de pedra-sabão,
c) obras do fim do século XVII. dimensões variadas.
d) parte do patrimônio material brasileiro. Santuário de Bom
Jesus dos Matosinhos,
e) apenas obras esculpidas em pedra-sabão. Congonhas (MG).

2 Apesar de ser atribuída a Aleijadinho a autoria do conjunto Os doze profetas, dos entalhes de pe-
dra-sabão na fachada da igreja e das 66 esculturas sacras que estão nas capelas do santuário, ele

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não fez todas essas obras sozinho; o escultor contou com a ajuda de uma equipe. A autoria atribuída
a muitas obras de Aleijadinho é questionada por alguns. Uma maneira de reconhecer essa autoria é
identificar elementos comuns à obra do artista, tais como
a) o uso de pedra-sabão.
b) o tamanho real das esculturas.
c) a perfeição nos entalhes da madeira.
d) a referência a uma composição cênica.
e) os cabelos encaracolados, dentre outros elementos.

3 Além de esculturas em pedra-sabão, uma espécie de rocha maleável e resistente, o mestre Aleija-
dinho também esculpiu em madeira. As esculturas que compõem a obra Subida para o Calvário ou
Cruz-às-costas fazem parte da série de esculturas de madeira produzidas por Aleijadinho para o
conjunto de Congonhas.
RUBENS CHAVES/PULSAR IMAGENS

Subida para o Calvário ou Cruz-às-costas (1796-1799), de Antônio Francisco


Lisboa (Aleijadinho). Esculturas de madeira policromada, dimensões variadas.
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas (MG).

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Sobre os detalhes da referida obra, pode-se afirmar que
a) as peças foram esculpidas e pintadas por Aleijadinho.
b) as peças chamam a atenção pela expressividade e pela perfeição no entalhe.
c) a marca vermelha no pescoço de Jesus Cristo é um detalhe sem importância.
d) não é possível reconhecer elementos que, de fato, caracterizam a autenticidade da autoria de
Aleijadinho.
e) há consenso de que é feita uma alusão a Tiradentes por meio de um personagem.

4
SANTUÁRIO DO BOM JESUS DE MATOZINHOS – CONGONHAS (MG)
Situado em Minas Gerais, no município de Congonhas, o Santuário do Bom Jesus de
Matozinhos foi construído na segunda metade do século XVIII. Considerado uma das obras-
-primas do Barroco mundial, foi inscrito no Livro do Tombo de Belas Artes, pelo Iphan, em
1939, e reconhecido como Patrimônio Cultural Mundial pela UNESCO, em dezembro de 1985.
O conjunto edificado consiste em uma igreja, com interior em estilo Rococó, adro murado
e escadaria externa monumental decorada com estátuas dos 12 profetas em pedra-sabão,
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além de seis capelas dispostas lado a lado no aclive frontal ao templo, denominadas Passos,
ilustrando a Via Crucis de Jesus Cristo. Sua inspiração é fortemente relacionada a exempla-
res portugueses, como a Igreja de Bom Jesus do Monte, em Braga, e ao Santuário de Nossa
Senhora dos Remédios, em Lamego, Portugal.
As 66 esculturas de madeira policromada em tamanho natural, abrigadas nas seis capelas
que reúnem os sete grupos de Passos da Paixão de Cristo, compõem um dos mais completos
grupos escultóricos de imagens sacras no mundo, sendo, sem dúvida, uma das obras-primas
de Francisco Antônio Lisboa, o Aleijadinho, que deixou para a humanidade uma obra de
grande expressão e originalidade.
Ministério da Cultura - Iphan. Santuário do Bom Jesus de Matozinhos - Congonhas (MG).
Disponível em: <http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/46>. Acesso em: 17 out. 2017.

Com base na leitura do texto, conclui-se que


a) o reconhecimento do valor cultural do Santuário do Bom Jesus de Matozinhos é restrito ao Brasil.
b) as esculturas de madeiras são representações em miniatura dos profetas.
c) as esculturas presentes nas capelas representam o nascimento de Cristo.
d) essa obra-prima de Aleijadinho tem reconhecimento internacional.
e) as estátuas dos profetas são denominadas Passos.

TEMA 2 – AS INFLUÊNCIAS BARROCAS

1 O conjunto de Congonhas e a Igreja de São Francisco de Assis são exemplos de obras com influência
do Rococó. Por essa influência, tal produção artística foi classificada como Rococó mineiro, que se
particulariza
a) pela suavidade presente nas obras.
b) pela influência ao Barroco mineiro a partir de 1700.
c) por apresentar uma dramaticidade maior que a da arte barroca.
d) por utilizar azulejos e mármore na produção das obras.
e) por influenciar Aleijadinho, em detrimento de Mestre Athaíde.

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ALBUM/FOTOARENA - IGREJA DE SÃO


FRANCISCO A RIPA, ROMA
Beata Ludovica Albertoni (1671-1674).
A obra Beata Ludovica Albertoni, escultura em mármore do artista italiano Gian Lorenzo Bernini, é
considerada uma obra de arte barroca por apresentar características como
a) uso excessivo de luz. d) presença de linhas retas.
b) efeitos que causam impacto visual. e) ricos detalhes em ouro.
c) mascaramento da realidade.

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3 A arte barroca foi introduzida no Brasil pelos portugueses no final do século XVI e aqui adquiriu ca-
racterísticas próprias, com base em elementos do Barroco português, francês, italiano e espanhol. As
primeiras manifestações do Barroco no Brasil foram observadas nas missões jesuíticas onde hoje fica o
estado do Rio Grande do Sul. Até o século XVIII, o Barroco se espalhou pela colônia e chegou a cidades
litorâneas, como Rio de Janeiro, Recife, João Pessoa, Salvador e às cidades da região das Minas.
As imagens produzidas nesse período nas cidades mineradoras, como Vila Rica (Ouro Preto) ou Dia-
mantina, têm um elemento bem peculiar, que se configura
a) pela representação dos nobres da região.
b) pela referência a Portugal.
c) pela representação de indígenas escravizados.
d) pela forte influência do Barroco italiano e espanhol.
e) pela recorrência de feições de pessoas negras e mulatas.

4
CURIOSO/SHUTTERSTOCK
IGREJA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS, DE OURO PRETO

Um dos painéis de Cenas da vida de Abrahão (1799). Fachada da Igreja de São Francisco
de Assis – Ouro Preto (MG).

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O painel Cenas da vida de Abrahão, de Manuel da Costa Athaíde, e a Igreja de São Francisco de As-
sis, projetada por Aleijadinho, são obras representativas do Barroco mineiro, o qual foi fortemente
influenciado pelo Rococó. Em relação ao Barroco mineiro, qual é a assertiva correta?
a) Os artistas mineiros usavam materiais, como azulejos, madeira, pedra-sabão e mármore.
b) As igrejas construídas nesse período eram consideradas simples, tanto externamente quanto
internamente.
c) O uso de pedra-sabão e madeira justifica-se por esses serem materiais facilmente encontrados
na região mineira.
d) A dramaticidade observada nas obras demonstra a influência do Rococó.
e) Não há esculturas dentro de igrejas barrocas.

TEMA 3 – OS SONS DE MINAS

1 Os sinos foram implantados no Brasil desde os primeiros anos de colonização, quando começaram a
ser construídas as primeiras igrejas católicas. Na região das Minas, o som dos sinos passou a fazer
parte da vida das pessoas. Além da herança portuguesa, as Minas Gerais também possuem herança
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sonora afro-brasileira: a Congada, que se distingue por ser


a) iniciada pelos africanos alforriados.
b) um misto de música, dança e teatro.
c) iniciada pela “coroação” dos reis do Congo.
d) o ponto alto da dança para os reis do Congo.
e) realizada próximo da Igreja de Santa Efigênia.

2 O patrimônio cultural é o conjunto de bens relevantes para a construção e a manutenção da identidade


de um povo. Em 2009, o Iphan reconheceu o toque dos sinos das Igrejas de São João del-Rei, Congo-
nhas, Ouro Preto, Mariana, Diamantina e Cata Altas, em Minas Gerais. Além do toque dos sinos, o ofício
de sineiro (tocador de sinos) também foi reconhecido como parte do patrimônio cultural. Nesse ofício
a) há uma herança do período imperial.
b) há a menção a uma cultura que, infelizmente, não existe mais.
c) os sineiros são proibidos de criar novos sons, restringindo-se aos toques tradicionais.
d) sineiros experientes são responsáveis por transmitir seus saberes para os mais novos.
e) para transmitir seus conhecimentos, o sineiro se reúne com os alunos no adro das igrejas.
FUNDAÇÃO BIBLIOTECA NACIONAL, RIO DE JANEIRO

3 Ao olhar fotos de construções barrocas em


cidades de Minas Gerais e de outros estados
brasileiros, temos a sensação de voltar aos
séculos XVIII e XIX, quando muitas delas foram
feitas. Na ilustração ao lado, que é uma repre-
sentação da cidade de Ouro Preto, podemos
perceber a quantidade de torres de igreja.

Gravura publicada em jornal


do século XIX, retratando a
cidade de Ouro Preto (MG).

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Dessa forma, tomando por base os elementos culturais referentes aos sinos, aponte a assertiva
correta.
a) Toques de sino em ritmo acelerado anunciam falecimentos.
b) Os vários toques do sino são classificados de acordo com a sua amplitude.
c) O som dos sinos de Minas Gerais foi reconhecido como patrimônio material da humanidade.
d) Atualmente, os toques dos sinos continuam sendo a principal forma de anunciar eventos para a
população mineira.
e) Além das horas, os sinos tinham a função de anunciar acontecimentos e eventos, tais como nas-
cimentos e falecimentos.

4 O toque dos sinos de Minas Gerais é um bem do patrimônio cultural. Sobre esse processo de reco-
nhecimento, afirma-se que
a) partiu de um pedido dos moradores de Mariana.
b) iniciou-se a partir de uma exigência dos prefeitos de nove cidades.
c) o Iphan constatou que o toque dos sinos influencia a vida dos moradores há meio século.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


d) foi reconhecido o toque dos sinos das igrejas de nove cidades, incluindo São João Del-Rei.
e) após um breve levantamento, o Iphan, em 2009, reconheceu o toque dos sinos de Minas Gerais
como patrimônio cultural.

UNIDADE 3 Um olhar sobre o Brasil

TEMA 1 – ARTE NO MORRO DA PROVIDÊNCIA

1
Texto I
FOTOGRAFIA E CIDADE
[...] novas soluções nesta linha de “fotografia-matéria” é que a cidade deixa de ser ob-
jeto de documentação ou experimentação e passa a ser sujeito de ações transcritas em
seu próprio corpo com as intervenções urbanas e consequentes transformações de suas
paisagens, pela inserção de imagens fotográficas, na cidade, de caráter artístico, cujo olhar
não termina com o olhar do artista, mas continua com o olhar de quem habita as ruas. A
cidade deixa, então, de ser um mero enunciado na fotografia e passa a ser o enunciador
de novas formas de olhar, andar e se relacionar, propiciando misturas entre os corpos do
transeunte, da cidade e da fotografia.
[...]
Com isso, a arte passa aos domínios da cidade, que se transforma em grande espaço de
exposição, sendo cunhada de “arte pública” ou “arte urbana”. Ambas as denominações par-
tem do pressuposto de caracterizar e nomear os trabalhos de arte produzidos e colocados
em espaços públicos da cidade.
FERNANDES, Ana Rita Vidica. “Fotografia e cidade: corpos que se entrecruzam nas intervenções
artísticas urbanas”. In: MONTEIRO, R. H.; ROCHA, C. (Orgs.), Anais do VI Seminário Nacional
de Pesquisa em Arte e Cultura Visual. Goiânia: UFG/FAV, 2013. p. 394-401.
Disponível em: <www.fav.ufg.br/seminariodeculturavisual/Arquivos/
2003/058-eixo1.pdf>. (Adaptado). Acesso em: 14 set. 2017.

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ARTE
VANDERLEI ALMEIDA/AFP/GETTY IMAGES
Texto II

Ação do Projeto Mulheres


são heroínas, do artista
francês JR, no Morro da
Providência, Rio de Janeiro
(RJ), 2008.
A leitura do texto “Fotografia e cidade” revela que
a) a arte e o cotidiano das pessoas se integram.
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b) arte pública é aquela voltada para um público específico.


c) a cidade é tratada com um mero objeto para ser retratado.
d) transformações nas paisagens da cidade são causadas pela ação da natureza.
e) intervenções como a do fotógrafo francês JR não seguem a linha de “fotografia-matéria”.

2 Ao analisar os textos I e II, depreendemos que


a) a intervenção de JR não tem propósito social.
b) não se pode considerar o trabalho de JR como arte.
c) o objetivo do fotógrafo é apenas expor suas fotografias.
d) a ação do fotógrafo francês pode ser considerada arte urbana.
e) por meio da fotografia, chama-se atenção para a geografia da cidade.

3
JR/AGENCE VU

PATRÍCIA SANTOS/ESTADÃO CONTEÚDO/ATTACK INTERVENÇÕES URBANAS

Ação do Projeto Mulheres são


heroínas, do artista francês
JR, no Morro da Providência, Intervenção de Eduardo Srur às margens do Rio Tietê,
Rio de Janeiro (RJ), 2008. em São Paulo (SP), 2008.

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ARTE

Obras de arte como a criada por JR, no Morro da Providência, e a de Eduardo Srur, às margens do
Rio Tietê, recebem o nome de intervenção, uma vez que
a) utilizam-se de mensagens verbais.
b) objetivam retratar mulheres desempregadas.
c) são recentes no Brasil, tendo início no século XXI.
d) buscam trazer alguns elementos novos sem interferir em elementos preexistentes no local.
e) os artistas podem fazer que o público desperte para questões políticas e sociais.

4
A arte urbana é uma prática social. Suas obras permitem a apreensão de relações e modos
diferenciais de apropriação do espaço urbano, envolvendo em seus propósitos estéticos o
trato com significados sociais que as rodeiam, seus modos de tematização cultural e política.
PALLAMIN, Vera M. São Paulo: região central (1945-1998). Fapesp/Annablume, 2000. p. 23-23. Adaptado.

Em sua intervenção no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, considerada arte urbana, JR

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a) buscou retratar a beleza dos moradores do local.
b) enfatizou a violência sofrida por moradores do morro.
c) usou espaços como fachadas, escadarias e muros como suporte para expor sua obra.
d) empregou a técnica lambe-lambe, que consiste em pintar painéis em lugares públicos.
e) objetivou, pela primeira vez, retratar mulheres que vivem em áreas de conflito.

TEMA 2 – UM “RETRATO” DO BRASIL

1 Assim como o fotógrafo francês JR, ao longo da história, artistas de diferentes nacionalidades repre-
sentaram aspectos sociais do Brasil em suas obras. Um deles foi Jean-Baptiste Debret (1768-1848),
desenhista e pintor francês que chegou ao Brasil em 1816 acompanhando um grupo de artistas.
Em relação a esse artista e à sua obra, pode-se afirmar que
a) Debret permaneceu no Brasil até a sua morte.
b) Debret deteve-se a retratar a nobreza brasileira.
c) ele realizou, na colônia, a primeira exposição pública de arte.
d) o artista retratava, em seus desenhos, a natureza exótica do Brasil.
e) as obras de Debret representam a sociedade brasileira do século XVII.

2 Após deixar o Brasil, entre 1834 e 1839, Jean-Baptiste Debret publicou em Paris, na França, a obra
Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, que
a) retrata uma imagem idealizada da sociedade brasileira.
b) ridiculariza imagens de indígenas e africanos escravizados.
c) tem seu primeiro volume dedicado ao registro do cotidiano da corte.
d) é considerada um registro social e cultural da sociedade brasileira.
e) é composta de dois volumes, sendo um dedicado ao registro da fauna brasileira.

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ARTE
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MUSEUS CASTRO MAYA, RIO DE JANEIRO


Uma senhora de algumas posses em sua casa (1823), de Jean-Baptiste Debret.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

As obras de Debret retratam situações cotidianas da sociedade brasileira da sua época. Na obra Uma
senhora de algumas posses em sua casa, o artista
a) demonstra influência do Impressionismo.
b) utiliza uma técnica denominada lambe-lambe.
c) demonstra o contraste entre brancos e negros.
d) revela uma visão equivocada da sociedade da época.
e) retrata o conforto em que africanos escravizados viviam.

4 O desenhista e pintor francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) chegou ao Brasil em 1816 acom-
panhando um grupo de artistas. Denominado Missão Artística Francesa, esse grupo de artistas veio
para a colônia a convite de Dom João VI (1767-1826).
Em relação à Missão Artística Francesa e à sua vinda ao Brasil, marque o item correto.
a) A vinda da Missão difundiu o estilo Neoclássico no cenário artístico brasileiro.
b) Os membros da Corte desejavam apenas conhecer o grupo de artistas franceses.
c) A fundação da Real Biblioteca, em 1810, não tem relação com a vinda dos artistas franceses.
d) Nicolas-Antoine Taunay, junto com Aleijadinho e Jean-Baptiste Debret, fazia parte da Missão
Francesa.
e) Assim como Debret, Nicolas-Antoine Taunay também se dedicou a retratar o cotidiano da sociedade
brasileira.

TEMA 3 – A ARTE ACADÊMICA NO BRASIL

1 A vinda de uma Missão Francesa estava no bojo das transformações ocorridas no Brasil, em especial
no Rio de Janeiro, com a transferência da família real portuguesa para a colônia. Os membros da
Corte desejavam tornar uma parcela da sociedade mais culta e instruída e, para isso, tomou uma
série de medidas, dentre as quais está a fundação da Escola Real das Ciências, Artes e Ofícios, em
1816, que, em 1826, passou a ser denominada Academia Imperial de Belas Artes (Aiba).

463
ARTE

Sobre a Aiba e a arte acadêmica, qual é o item correto?


a) Era algo comum os alunos desistirem de estudar arte.
b) Artistas vindos com a Missão Francesa desejavam estudar na Aiba.
c) Eram ensinados diversos estilos artísticos consagrados nas academias americanas.
d) O Romantismo foi uma das influências de estilos artísticos trazidos da Europa por alguns alunos
da Aiba.
e) Com a fundação da Aiba, a arte acadêmica, produção artística vendida nas escolas de Ensino
Superior, foi inaugurada no Brasil.

• Textos para as questões 2 e 3.


Texto I
O ÚLTIMO TAMOIO E O ÚLTIMO ROMÂNTICO
[...]
‘O último Tamoio’ [...] se refere a um fato histórico e tem no cadáver de um homem a sua
figura principal. [...] Amoedo inspirou-se no poema épico ‘A Confederação dos Tamoios’,

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


publicado em 1856 por Gonçalves de Magalhães, introdutor do Romantismo no Brasil. A
obra narra um episódio ocorrido três séculos antes, entre 1554 e 1567: a revolta dos índios
contra os portugueses que tentavam escravizá-los, movimento que ficou conhecido como
‘A Confederação dos Tamoios’. O nome ‘tamoio’ vem de ‘tamuya’, que significa ‘ancião’
na língua dos Tupinambás, nação que liderou o combate com os portugueses, aliando-se
aos franceses que ocupavam a Baía de Guanabara desde 1555. Anchieta teve um papel
importante como mediador de uma trégua entre Tamoios e Portugueses, e durante cinco
meses viveu cativo entre os Tupinambás na região que hoje é conhecida como Ubatuba.
A guerra terminaria em 1567, com a derrota dos franceses e a morte de Aimberê, chefe
dos Tamoios.
[...]
CAVALCANTI, Ana Maria Tavares. “O último Tamoio e o último romântico”. Revista de História
da Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro: Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional, 7 nov. 2007.
Disponível em: <http:www.revistadehistoria.com.br/secao/perspectiva/o- ultimo-
tamoio-e-o-ultimo-romântico>. Acesso em: 7 jul.2015.

Texto II
RODOLFO AMOEDO - MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES, RIO DE JANEIRO

O último Tamoio (1883), de Rodolfo Amoedo.

464
ARTE
2 As peculiaridades de ambos os textos apontam que
a) o texto e a imagem são divergentes quanto à temática apresentada.
b) o texto trata do processo de criação utilizado por Rodolfo Amoedo na produção do seu quadro.
c) tanto o texto quanto a imagem tratam de um fato ocorrido em Portugal que repercutiu no Brasil.
d) o texto apresenta informações sobre um fato histórico, e a imagem se refere a um romance ro-
mântico de José de Alencar.
e) tanto o poema de Gonçalves de Magalhães quanto a tela de Amoedo foram inspirados no movi-
mento conhecido como “Confederação dos Tamoios”.

3 Na obra O último Tamoio, de Rodolfo Amoedo, é possível identificar traços do Romantismo, pois
a) a fauna brasileira está retratada na tela.
b) a praia retratada na tela é um cenário romântico.
c) a figura do jesuíta sobressai em detrimento da do índio.
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

d) a valorização do sentimentalismo e dos modelos nacionais é nitidamente abordada.


e) a presença de um representante da Igreja Católica é determinante na colonização do Brasil.

4 Trazido para o Brasil por artistas que foram estudar na Europa, o Romantismo manifestou-se em dife-
rentes áreas, como na literatura e na música. Portanto, a estética romântica na música revela que
a) a ópera O escravo (1889), de Carlos Gomes, aborda a temática abolicionista.
b) o Romantismo teve José de Alencar como um dos seus principais representantes.
c) a famosa ópera O Guarani foi produzida no Brasil, em 1870, após Carlos Gomes retornar de Milão,
na Itália.
d) Carlos Gomes, um dos maiores representantes da música romântica, inspirou-se na obra Iracema
para produzir a ópera O Guarani.
e) após estudar no Imperial Conservatório de Música, no Rio de Janeiro, Carlos Gomes dedicou-se
à produção de espetáculos teatrais.

TEMA 4 – A PINTURA HISTÓRICA NO BRASIL

1 Um dos gêneros mais característicos da arte acadêmica é a pintura histórica, em que os artistas
interpretam temas, fatos ou acontecimentos históricos. Victor Meirelles, um dos artistas brasileiros
que produziram esse gênero, apresenta como marca autoral em suas obras
a) a produção depreciativa das crenças e costumes dos povos locais.
b) as temáticas ficcionais, como a tela Carta de Pero Vaz de Caminha.
c) a influência do Impressionismo, característica marcante em suas telas.
d) os padrões amenos da pintura histórica, rompendo com a estética realista.
e) a exaltação da nação e a construção de heróis, mitos e personagens históricos.

465
ARTE

2
MUSEU NACIONAL DE BELAS ARTES, RIO DE JANEIRO

MUSEU PAULISTA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


Primeira Missa no Brasil (1860). Independência ou morte (O Grito do Ipiranga) (1888).

As telas Primeira Missa no Brasil (1860), de Victor Meirelles, e Independência ou morte (O Grito do
Ipiranga) (1888), de Pedro Américo, são obras consideradas pinturas históricas. Sobre esse gênero
no Brasil, confirma-se que
a) houve uma crescente produção dessas pinturas no século XX.

Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.


b) os fatos retratados nessas pinturas eram surreais, frutos da imaginação dos artistas.
c) os temas preferidos pelos pintores brasileiros eram as pessoas comuns da sociedade da época.
d) a produção de pinturas históricas está relacionada com a criação da identidade da nação brasileira.
e) pintores brasileiros que produziram esse gênero não estudaram na Aiba, estudaram apenas
na Europa.

3 Na tela Independência ou morte (O Grito do Ipiranga) (1888), Pedro Américo


a) utiliza técnicas que conferem movimento à composição.
b) retrata um fato que jamais ocorreu na história brasileira.
c) rompe com o que é característico das pinturas históricas.
d) demonstra um evento histórico ocorrido em 7 de setembro de 1888.
e) procura destacar a figura do camponês que presencia o fato histórico.

4
MUSEU DE ARTE MODERNA, RIO DE JANEIRO

Carta de Pero Vaz de


Caminha. 26 de abril de 1500
(1971), de Glauco Rodrigues.

466
ARTE
[...]
Glauco Rodrigues, pode-se dizer que foi, acima de qualquer coisa, um pintor de seu tempo,
de seu cotidiano e de sua realidade política e cultural. Em pleno regime militar brasileiro,
denunciou de maneira sarcástica o nacionalismo exacerbado do governo. Utilizou as cores
nacionais, a bandeira, o índio, o branco, a praia, o carnaval, etc., tudo que estava ao seu al-
cance e que se dizia ser brasileiro.
Com formação artística nada formal, mas com um conhecimento da técnica do desenho
e da pintura, Glauco não deixava dúvidas de seu realismo pictórico. A mistura de tempos,
personagens e situações era feita através de diversas citações que o pintor fazia e referen-
ciava, como forma de homenagem, ou crítica, aos que representaram a nação brasileira ao
longo dos seus quase quinhentos anos de descobrimento. Hans Staden, Jean-Baptiste Debret,
Victor Meirelles, José Maria Medeiros, Tarsila do Amaral, Rugendas, Lasar Segall, além de
fotografias dos anos 1970 dele mesmo ao lado de seus amigos cariocas, ou retiradas de uma
revista qualquer daquela mesma época. Era assim o Brasil deste artista gaúcho.
[...]
PRESTES, Roberta Ribeiro. Redescobrimento do Brasil: A Carta de Pero Vaz de Caminha (1971) de Glauco Rodrigues. VI EHA –
ENCONTRO DE HISTÓRIA DA ARTE. São Paulo: Unicamp, 2010. p. 429-433. Disponível em: <http://www.unicamp.br/
chaa/eha/atas/2010/roberta_ribeiro_prestes.pdf>. (Adaptado). Acesso em: 22 nov. 2017.

Com base na leitura do texto e na análise da obra Carta de Pero Vaz de Caminha. 26 de abril de 1500,
Reprodução proibida. Art.184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

marque a afirmação correta.


a) É possível identificar na imagem elementos citados no texto.
b) Glauco Almeida apoiava uma visão romantizada do nacionalismo brasileiro.
c) Glauco Almeida optou por não se manifestar artisticamente durante o regime militar.
d) A obra traz uma visão idealizada da forma como ocorreu o fato narrado por Pero Vaz de Caminha.
e) A artista Glauco Almeida estudou na Aiba, assim como Victor Meirelles, por isso a referência à
obra Primeira Missa no Brasil.

467

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