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ARTE

PERCURSOS DA ARTE

Beá Meira; Rafael Presto; Silvia Soter


1º ano ensino médio
CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

Pierre Verger ©Fundação Pierre Verger, Salvador, BA.


Neste capítulo:

• Culturas africanas: origem até os dias atuais.


• Máscaras e rituais, esculturas de madeira,
música, pintura, arte afro-brasileira, dança,
afro-brasilidade.

Festa do orixá Xangô em Ifanhin, Benin, c. 1950. Fotografia de Pierre Verger.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• Entre os séculos XVI e XIX africanos de diferentes


culturas e regiões foram escravizados no Brasil.

• Os grupos eram separados uns dos outros,


dificultando a consolidação de laços culturais.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• Falando línguas diferentes, oprimidos pela violência e forçados ao


trabalho excessivos, por meio de várias estratégias os povos conseguiram
manter a suas tradições e culturas, em um processo de mestiçagem que
constitui a cultura brasileira.

• As religiões afrodescendentes, assim como os orixás, tambores, colares e


búzios surgem em diversas expressões artísticas brasileiras.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• Os africanos e afrodescendentes escravizados no


Brasil foram vistos como seres desprovidos de vida
sensível e intelectual.

• O fim da escravidão ainda manteve os negros


marginalizados, sofrendo perseguições e
tratamento preconceituoso, que recebem até hoje.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• Os objetos mais conhecidos da cultura africana são as


máscaras usadas em rituais.

• O uso da máscara permite a quem a estiver usando a


manifestação de entidades do mundo espiritual.

• A máscara pode ser engraçada e provocar riso ou


assustadora e provocar medo.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• As esculturas em madeira também são tradicionais na cultura africana.


• Entre os Iorubá, é bem conhecida a escultura que representa o Ibêji
(gêmeos). Por razões genéticas a incidência de gêmeos nesse grupo é a
maior do mundo.

• A homenagem aos gêmeos traz fortuna à família.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• A técnica de estamparia em tecidos é destaque nas


culturas tradicionais africanas, sendo introduzida pelo
akan no século XVI.

• Esse povo deu origem aos adinkras, conjunto de


símbolos aplicados a panos de algodão por meio de
carimbos feitos com cascas de cabaça.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• A relação entre a cultura afrodescendente no


Brasil e a cultura africana tradicional é o tema
de produções artísticas, debates na sociedade
e estudos de acadêmicos e pensadores.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• A dança tem grande importância nas culturas africanas, e não há uma


dança africana única.

• O profano e o sagrado estão intimamente ligados às danças africanas.


• Com a escravização, os africanos ficaram impossibilitados de trazer
pertences e objetos, portanto a identidade de seu grupo étnico está no
corpo, sendo ele protagonista.

• As manifestações afro-brasileiras são resultado da miscigenação dos


povos africanos e as diversas influências com os povos indígenas e
portuguesas, por exemplo: a capoeira, o coco, o maracatu, o tambor de
crioula, etc.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• A roda de jongo é animada pelo pontos (canções),


com toques de tambores e dança; as memórias da
África se mantiveram vivas no corpo e na voz dos
jongueiros.

• O jongo influenciou a formação do samba no Rio


de Janeiro.

• Foi considerado Patrimônio Imaterial Brasileiro


pelo Iphan em 2005.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• O tambor de crioula é o mais importante legado da


cultura africana no Maranhão.
• Organizada ao ar livre, a roda começa pelos coureiros
(tocadores) e seus tambores, aí entram os cantadores
e as crioulas.
Delfim Martins/Pulsar Imagens

Preparação dos tambores junto à fogueira.


Grupo Folclórico Tambor de Crioula de
Leonardo, de São Luís, Maranhão, 2007.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• As danças afro-brasileiras são manifestações inspiradas nas


tradições que os africanos trouxeram para o continente
americano.

• A dança afro-brasileira está ligada à vinda da dançarina


norte-americana Katherine Dunham ( 1909 - 2006) em 1949.

• Mercedes Baptista, então a primeira mulher negra a compor


o grupo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• A técnica de Mercedes Baptista era baseada nos rituais religiosos de matriz


africana e nos movimentos e gestuais dos orixás, candomblé, etc.

• As danças afro-brasileiras estruturam-se na mistura de estilos e em elementos


africanos de variadas origens, reelaborados no Brasil e transmitidos de forma oral,
não escrita, dando margem a releituras e adaptações.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• No Brasil colonial, as formas de expressão artística dos africanos e seus


descendentes, muitas vezes, tinha um olhar preconceituoso.

• Porém, com o movimento Modernista, o componente africano e a


miscigenação começou a ser retratado como algo positivo. Com artistas
modernos reconhecendo a cultura popular e a cultura afrodescendente
como formadoras da nação brasileira.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• O fotógrafo francês, Pierre Verger


(1902-1996), viveu na Bahia e
documentou os rituais feitos para os
orixás, revelando as práticas religiosas
de negros da África, Cuba e Brasil.

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CAPÍTULO 2 – AS CULTURAS AFRICANAS

• No Brasil, a música sempre foi lugar de destaque para os artistas


afrodescendentes, porém, na televisão, os atores e atrizes sempre
tiveram papéis secundários, de subalternos, empregados, etc. O
protagonismo desses artistas na televisão e no teatro iniciou-se no
século XXI.

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• Outras referências de trabalhos no Brasil e no mundo com o protagonismo de artistas afrodescendentes:

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