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É no seu seio que surge uma reconhecida força especial indígena portuguesa, conhecida
como Flechas, criada 1966 pela PIDE/DGS e com quem estavam integrados como
organização paramilitar, em que o seu modo de atuação em operações de
reconhecimento independentes era pautado pelo espartanismo e a discrição. Este
conceito de utilização operacional será copiado pelas forças armadas da África do Sul, a
quem este povo prestou colaboração, pelo que será dramático mais tarde o quase
desaparecimento deste com a cessação geral do conflito pela Independência de
Angola, pela perseguição que lhe foi feita pelo MPLA, e no Sudeste Africano nos finais de
1980.
HISTÓRIA
Os cóis e os sãs atuais podem ser descendentes de povos caçadores-coletores que
habitavam toda a África Austral e que desapareceram com a chegada dos bantos a esta
região, há cerca de 2000 anos. Não é provável que os bantos tenham exterminado os cóis
e os sãs, uma vez que algumas das suas características linguísticas e físicas foram
assimiladas por vários grupos bantos, como os xossas e os zulus. É mais provável que a
redução do seu território de caça, derivado da instalação dos agricultores bantos, tivesse
sido uma causa para a redução do seu número e da sua área habitada. Até a instalação
dos neerlandeses na África do Sul, há cerca de 200 anos, estes povos ainda povoavam
grandes extensões da Namíbia e do atual Botsuana.
Hoje em dia, há uma população sã significativa na Namíbia, onde a sua língua tem um
estatuto oficial, sendo utilizada no ensino até ao nível universitário. Comunidades menores
existem no Botsuana e no sul de Angola.
ANATOMIA
Fisicamente, os coissãs são em média mais baixos e esguios que os restantes povos
africanos. Além disso, possuem uma coloração de pele amarelada e prega epicântica
nos olhos, como os chineses e outros povos do Extremo Oriente. Algumas destas
características são agora comuns a outros grupos étnicos sul-africanos, sendo patentes por
exemplo em Nelson Mandela.
Uma outra característica física dos coissãs é a esteatopigia das mulheres (grande
desenvolvimento posterior das nádegas), que levou a que uma mulher tivesse sido levada
para a Europa no século XIX e usada para exibição em feiras, a famosa Vénus Hotentote.