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Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 4

Objetivos ......................................................................................................................................... 4

Bantu ............................................................................................................................................... 9

As migrações bantus ....................................................................................................................... 9

Conclusão...................................................................................................................................... 11

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 13

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Introdução
Neste presente trabalho de investigação falaremos das primeiras comunidades primitivas (khoisans
e bantu) vimos que Khoisan é a designação unificadora de dois grupos étnicos do sudoeste de
África que partilham algumas características físicas e linguísticas distintas da maioria banta da
África. Bantu O prefixo do qual “ba” forma a palavra bantu que significa etimologicamente pessoa
ou gente. O singular é “muto ou munto”.

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Objetivos

Gerais: falar de
 Investigação falar das primeiras comunidades primitivas (khoisans e bantu)

Específicos

 O processo de sedentarização dos khoisans – economia agrícola


 As migrações bantus

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Khoisan

É a designação unificadora de dois grupos étnicos do sudoeste de África que partilham algumas
características físicas e linguísticas distintas da maioria banta da África. Esses dois grupos são os
sãos, também conhecidos por bosquímanos ou boximanes e que são caçadores-coletores, e os cóis,
que são pastores e que foram chamados hotentotes pelos colonizadores europeus. Aparentemente,
estes povos têm uma longa história, estimada em vários milhares (talvez dezenas de milhares) de
anos, mas agora estão reduzidos a pequenas populações, localizadas principalmente no deserto do
Calaári, na Namíbia, mas também no Botsuana, em Angola e no deserto do Carru.

Os não negros e não bantu compreendem os bochimanen e Hotentotes, designados em conjunto


por grupo Khoisan. Em 1652, quando Jean Van Riebeeck estabelecia no Cabo o entreposto para
reabastecer os navios enviados para a Índia Oriental, os colonos holandeses encontraram gente que
viviam do pastoreio de vacas e carneiros, da qual já havia chegado notícias dos cronistas
portugueses e boers que os chamou de Hotentotes.

 Exploradores e missionários como Sparman (1784), Thunberg (1794), Lichtenstien (1812),


Campbell (1815), Burchell (1822) e Arbousset (1842).

Encontraram mais tarde uma gente parecida, mais pequena, que habitava em terras altas e
alimentavam-se de caça, mel e bolbos de plantas selvagens. A esta gente deram o nome de
Bosjesmannem (homem do mato em holandês). Parecidos, de facto, e por vezes confundidos, os
Hotentotes e bochimen distinguem-se por serem pastores e coletores respectivamente. A sua
chegada à África, se é que vieram de outro continente, não foi até hoje esclarecida.

 Ao contrário dos bantus, os khoisans são monógamos. Não possuem qualquer organização
política. A sua língua é caracterizada por numerosos estalidos palatais.

Têm uma grande intuição para se orientar nas matas e no deserto. São de pequena estatura, sendo
a média de altura para homens 160m e para mulheres 150m.

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 Não se tem dados precisos sobre sua origem, aventando-se hipóteses de que sejam
originários da Mongólia ou ainda que sejam um cruzamento de homens asiáticos com
mulheres de África Oriental. Não cultivam a terra nem criam gados.

Vivem do produto da caça e da colheita de frutos silvestres e tubérculos, não têm qualquer espécie
de habitação, dormem em cavernas ou por trás de tufos vegetais [apenas recentemente começaram
a construir palhoças]. A maior parte foram escravos das tribos vizinhas às quais eram obrigados a
entregar as peles provenientes das caças. Alguns preferem viver solitários sem lugar fixo. Os
khoisans têm uma grande capacidade de aguentar a fome durante muitos dias sem que isso os
incomode muito. Hoje são calculados em 40.000 habitantes em toda a África Meridional. Em
Angola não excedem a 7000 dispersos em pequenos grupos nas províncias do Kuando-Kubango,
Huíla e Kunene.

O processo de sedentarização dos khoisans – economia agrícola

Neste período deram-se transformações muito importantes. A maior parte dos instrumentos deixou
de ser de pedra lascada e passou a ser de pedra polida. Esfregando as pedras sobre areia no chão
ou sobre outras pedras mais duras que serviam de polidores, os homens foram obtendo utensílios
cada vez mais perfeitos e variados. Por isso se chama ao Neolítico, idade da pedra polida ou idade
da pedra nova.

 Pouco a pouco, também o clima se foi alterando. O homem deixou de ser nómada e tornou-
se sedentário, isto é, passou a viver em lugares certos e a construir habitações.

 Aprendeu a cultivar a terra, a tecer a lã, o cânhamo e o linho, a domesticar o cão, o porco,
o carneiro, a cabra, o boi. Surgiram os primeiros rebanhos e deixou de haver procura de
tanta caça.

 A compreensão do processo que levou ao progressivo domínio do homem sobre os seus


recursos alimentares afasta a hipótese de agricultura ter sido “inventada” por um
determinado povo em particular.

 Foi no Sudoeste da Ásia que o cultivo dos cereais e o pastoreio foram primeiramente
praticadas, no decurso do VIII milénio: o trigo e a cevada foram os primeiros cereais a

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serem cultivados nas regiões de grandes planícies de aluviões férteis (do Egipto e da
Mesopotâmia) de clima temperado e húmido.

 A partir dessa zona, designada por “Crescente Fértil”, o conhecimento da agricultura


difundiu-se pelos três continentes: África, Ásia, Europa.

 A agricultura permitiu a formação de comunidades mais estáveis e seguras: grupos mais


numerosos podiam fixar-se por mais tempo numa dada área. Com a caça e recolecção só
podiam alimentar-se aproximadamente 10 pessoas por quilómetro quadrado; com a
produção agrícola, na mesma área, podiam abastecer-se cerca de 400 pessoas. Os trabalhos
da terra (preparação da terra, sementeira), a demora na germinação e amadurecimento dos
grãos, a colheita e o armazenamento obrigavam à permanência dos homens junto das terras
cultivadas.

Muitas comunidades situadas em regiões menos favoráveis para a agricultura fizeram da criação
de gado a sua atividade fundamental. Novas técnicas começaram a ser praticadas ao mesmo tempo
que se desenvolvia a agricultura e a pastorícia. A melhoria nos instrumentos s de trabalho e a
adoção de novas técnicas refletiu-se no aumento da produtividade. O excedente que sobrava podia
ser trocado. Com a especialização das comunidades neolíticas em agrícolas e pastoris, aumentou
a capacidade de produção e de troca do excedente. Assim, tribos dedicadas a atividades produtivas
diferentes trocavam a lã, o leite, a carne e os couros por cereais e outros produtos agrícolas. As
primeiras aldeias de camponeses formaram-se no Próximo Oriente, no Nordeste de África (vale
do Nilo), nos vales dos rios Tigre e Eufrates, e na Índia onde a terra era fácil de trabalhar e mesmo
com as técnicas rudimentares se podia obter um pequeno excedente de alimentos. A existência de
um excedente permitiu que os chefes, cujo poder se baseava no prestígio e no respeito que a
comunidade lhes prestava, deixassem de trabalhar diretamente na produção. Aparecem assim
chefes — sacerdotes, chefes de guerra, adivinhos e “fazedores de chuva”. A eles eram atribuídas
grandes qualidades: coragem, sabedoria, poderes mágicos. À medida que aumentava o poder dos
chefes ia diminuindo a igualdade entre os membros da comunidade: assim se caminhava no sentido
do desaparecimento do igualitarismo da comunidade primitiva, da instalação e agravamento de
uma desigualdade social que iria dar origem à sociedade de classes.

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Bantu
Antes de abordar a questão das migrações urge a necessidade de aflorar a origem deste grupo
étnico. Bantu, esta designação fundamenta-se na língua destes povos, em que o radical “ntu”
qualifica as pessoas humanas. O prefixo do qual “ba” forma a palavra bantu que significa
etimologicamente pessoa ou gente. O singular é “muto ou munto”.

Foi Bleek, filósofo alemão e tratadista das línguas africanas que no século XIX deu ao conjunto
de línguas e dialetos falados na África meridional, o nome de bantu depois de ter demonstrado a
analogia das suas estruturas. Os bantus constituídos em mais de duzentos milhões de pessoas
ocuparam o território da África Central, Meridional e sul do equador, que vai desde os Camarões
ao rio Juba, na Somália e a sul até África do Sul.

Neste mesmo espaço territorial existem outros pequenos grupos de povos negros não bantu: as
vátuas de Angola, os pigmeus da floresta equatorial africana e os não negros não bantus – os
hotentotes e os boshimen ou Bosquímanos. Em Angola existe maioritariamente população bantu
estimada em 14.000.000 de habitantes.

As migrações bantus
Tem havido muitas discussões sobre a origem dos bantus. Certas versões tradicionais e alguns
investigadores dos últimos tempos defendem teorias diferentes, sem contudo se chegar a uma
conclusão. Uns defendem que os bantus têm a sua origem na região dos Grandes Lagos, na África
Central, outros indicam a Ásia, local onde em tempos remotos, este povo partiu para se fixar na
região dos Grandes Lagos ou no Sudão, tendo posteriormente emigrado para sul.

Outros ainda indicam que os bantus teriam entrado na África pelo Istmo do Suez ou provavelmente
através do mar Vermelho, indo fixar-se na Abissínia há uns cinco milénios, donde há uns 2500 ou
2000 anos teriam partido para sul e sudoeste, espontaneamente ou sobre pressão de outros povos.

De acordo com Luís Figueira, os bantus derivam uma migração iniciada há alguns milhares de
anos antes de Cristo em certo lugar da África Central. Os seus primeiros antepassados partem
talvez dos actuais Camarões para a Ásia, onde se cruzam com os mongóis, os drávidas e as árias.
Os descendentes desse cruzamento voltam depois ao continente de origem através do estreito de
Beb el Mandab e pelo Suez.

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Provavelmente, receosos do Egipto faraónico, ou seja, da escravatura, sobem o rio Nilo e
espalham-se na faixa lacustre da região dos Grandes Lagos. Encontraram aí um clima favorável, a
segurança procurada e bons meios de vida, criaram então a própria língua, prosperaram e
multiplicaram-se abundantemente.

Escasseados os recursos naturais pela densidade demográfica que aumentava, uns demandaram-se
para a margem do oceano Índico, Até que se encontraram de novo com a Ásia. Penetraram pelo
Lago Niassa, seguiram o curso do rio Zambeze, invadiram os territórios circunvizinhos, avançaram
para sul e retrocederam mais tarde para Norte. Este ramo tem o nome de Cafre ou Cafir, que
significa infiel em árabe.

Outros metem-se à aventura de atravessar a Floresta Equatorial, seguiram o curso do rio Congo e
difundiram-se pelas duas margem do Lago Chad às nascentes dos rios Cassai e Lulua. Este grupo
constituem o ramo Bacongo.

Segundo vários critérios, certos autores dividem estes dois ramos de bantu em vários grupos, sendo
de reter para simplificar os seguintes: bantu ocidental, bantu oriental e bantu meridional. Não se
sabe exatamente quando os Cafre e os bacongos entram em Angola, probabilidades evocam ter
sido na idade do ferro final. Com o decorrer dos séculos as vicissitudes passadas e as acomodações
necessárias formaram dois mudus vivendo diferentes:

 Os bantus do ramo Cafre dedicam-se à pecuária, constroem casas circulares com teto
cónico, vestem-se de peles de animais, festejam a puberdade, utilizam a zagaia ou a lança
como armas para a defesa e caça. Fazem parte deste ramo os seguintes grupos
etnolinguísticos: Helelo, Nhaneca-Humbe, Ambó e Xindonga.

 Os bantus do ramo Bakongo cultivam a terra, constroem casas retangulares de duas águas,
usam o arco, formam associações secretas, vestem-se de fibras de casca de árvore e dão-se
às danças de máscaras. Pertence á este ramo o grupo etnolinguísticos Kikongo.

Expansão bantu (ramos Bakongo e kafre de angola)

Do contacto entre estes dois ramos, kafre e Bakongo, provêm os seguintes grupos etnolinguísticos:
Kimbundo ou Mbundo, Lunda-kioco, Ganguela (predominantemente Bakongo) e Umbundo
(predominantemente kafre). Os bantus de Angola pertencem na quase totalidade ao grupo

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ocidental, que se espalhou pela África Ocidental desde os Camarões até ao sul de Angola, havendo
pequenas infiltrações do grupo meridional no sul do país.

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Conclusão

Tem havido muitas discussões sobre a origem dos bantus. Certas versões tradicionais e alguns
investigadores dos últimos tempos defendem teorias diferentes, sem contudo se chegar a uma
conclusão. Uns defendem que os bantus têm a sua origem na região dos Grandes Lagos, na África
Central, outros indicam a Ásia, local onde em tempos remotos, este povo partiu para se fixar na
região dos Grandes Lagos ou no Sudão, tendo posteriormente emigrado para sul.

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Referências bibliográficas
-Vista em: https://escola.mmo.co.mz/historia/as-comunidades-primitivas-de-cacadores-e-
recolectores-khoisan/#ixzz7YdbeHt6c

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