Você está na página 1de 10

REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA

DIRECÇÃO MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE TALATONA

COMPLEXO ESCOLAR Nº 9048- JOHN WESLEY

TRABALHO DE HISTÓRIA

TEMA: MIGRAÇÕES BANTU

NOME DO ALUNO: EVALDIR OTHONIEL PINTO RAMOS


Nº 06

10º CLASSE

CURSO: CIÊNCIAS ECONOMICAS E JURÍDICAS

DOCENTE:

ANO LECTIVO 2020

INDICE
PAG 1 INTRODUÇÃO

PAG 2 DESENVOLVIMENTO

PAG 3 CONCLUSÃO

PAG 4 AGRADECIMENTO

INTRODUÇÃO
O povo Bantu compreende na actualidade um vasto grupo
etnolinguístico africano, estando mais identificado com uma
proximidade linguística do que por uma identidade cultural. Os
Bantu saíram da selva equatorial, região esta que é hoje
ocupada pelos Camarões e pela Nigéria e dividiram-se em dois
movimentos diferentes: para o Sul e para Este criando assim a
maior migração jamais vista na áfrica. De causa desconhecida,
esta migração continuou até ao século XIX.

Origem das Migrações Bantu

Por volta de 2000 a.C., os primeiros povos chamados de bantos


partiram do sudeste da atual Nigéria e se expandiram por todo o
sul da África. Eram povos agricultores (exemplos de plantas de
origem africana e que talvez tenham sido cultivadas pelos
primeiros povos bantos são: o sorgo, a melancia, o jiló, o feijão-
fradinho, o dendezeiro e o maxixe), caçadores, pescadores,
coletores e criadores (por exemplo, de galinha d'angola).
Conheciam a metalurgia do ferro. Praticavam religiões tribais,
onde grande ênfase era dada no culto a seus antepassados.
Nesse processo de expansão pelo continente africano,
mataram, expulsaram ou se fundiram às populações nativas,
que eram aparentadas aos atuais povos de línguas khoisan que
habitam algumas regiões do sul da África, como a Namíbia.
Como resultado, o sul da África quase inteiro fala hoje idiomas
bantos.

DESENVOLVIMENTO
O povo Bantu compreende na atualidade um vasto grupo etno-linguístico
africano, estando mais identificado com uma proximidade linguística do
que por uma identidade cultural. O conjunto de línguas descendentes do
povo Bantu são o Xhosa, o Quicuio e o Zulo (do quicongo zulu, «céu») na
ramificação linguística do Este (Zimbabwe e Moçambique), e a linguagem
dos povos de Herero e de Tonga na ramificação do Oeste (Angola, Namíbia
e Botswana), entre os idiomas com maior número de falantes.

Este povo, oriundo dos Camarões, iniciou por volta do ano 1000 a. C. um
movimento migratório que o levou para além dos seus assentamentos
agrícolas e o trouxe até ao Centro, o Este e o Sul da África, chegando até
ao Sudoeste da Costa Sul Africana nos séculos III e IV d. C.

Esta expansão territorial era usualmente designada como as "Migrações


Bantus", todavia nos nossos dias especilistas de diversas áreas das Ciências
Sociais chegaram à conclusão de que é mais correto referi-las como
movimentos esporádicos de um número restrito de indivíduos à procura de
novas terras, que absorviam as populações nativas de caçadores-recoletores
com quem contactavam. O motivo deste êxodo poderá encontrar-se no
aumento populacional, resultante de um desenvolvimento de novas técnicas
de cultivo e de novos produtos, bem como da introdução de instrumentos
de ferro, que possibilitaram uma alimentação mais equilibrada.

A palavra "bantu" é derivada da palavra ba-ntu, formado


por ba (prefixo nominal de classe 2) e nto, que significa "pessoa" ou
"humanos".[4] Versões dessa palavra ocorrem em todas as línguas
bantus: por exemplo,
como watu em suaíli; Muntu em quicongo; batu em lingala; bato em 
duala; abanto em Gusii; andũ em quicuio; abantu em zulu, quitara,[5] 
e ganda; vanhu em xona; Batho em sesoto; vandu em alguns
dialetos luia; mbaityo em Tive; e vhathu em venda.

História[editar | editar código-fonte]
Os bantus são provavelmente originários dos Camarões e do
sudeste da Nigéria. Por volta de 2 000 a.C., começaram a expandir
seu território na floresta equatorial da África central. Mais tarde, por
volta do ano 1000, ocorreu uma segunda fase de expansão mais
rápida, para o leste, e finalmente uma terceira fase, em direção ao
sul do continente, quando os bantos se miscigenaram. Os bantos se
misturaram então aos grupos autóctones e constituíram novas
sociedades.

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]


Os bantos distribuem-se, no continente africano, no sentido oeste-
leste, desde os Camarões e o Gabão às ilhas Comores; no sentido
norte-sul, do Sudão à África do Sul, cobrindo toda a parte
meridional da África, onde somente os bosquímanos e os
hotentotes têm línguas de origens diferentes.
Enquanto os bosquímanos e hotentotes eram nômades caçadores-
coletores e pastores, os bantos eram agricultores sedentários e já
conheciam o uso do ferro. Esses avanços lhes permitiram colonizar
um amplo território, ao longo de aproximadamente quatro mil anos,
forçando o recuo dos povos nômades. No entanto, os bantos
absorveram alguns fenômenos linguísticos típicos das línguas
coisãs, como o clique.
Embora não existam informações precisas, o subgrupo
etnolinguístico banto mais numeroso parece ser o zulu. A língua
zulu é a mais falada na África do Sul, onde é uma das 11 línguas
oficiais. Mais da metade dos 50 milhões de habitantes da África do
Sul é capaz de compreendê-la; mais de nove milhões de pessoas
têm o zulu como língua materna, e mais de 15 milhões falam o zulu
fluentemente.[6]

Localização dos subgrupos linguísticos nigero-congoleses.


Todos os subgrupos étnicos falam línguas pertencentes à
mesma família linguística, a das línguas bantus, a qual, por sua vez
pertence à família linguística nígero-congolesa. Em muitos casos,
esses subgrupos têm costumes comuns.[7][8][9][10][11]
Os negros da África do Sul foram, às vezes, chamados oficialmente
"bantus" pelo regime do apartheid.[12]
Reinos[editar | editar código-fonte]
Entre os séculos XIV e XV, estados bantus começaram a surgir na
região dos Grandes Lagos Africanos, na savana sul da floresta
tropical centro-africana. Na África Austral, no rio Zambeze, os
reis Monomatapa construíram o famoso complexo do Grande
Zimbábue, o maior dos mais de 200 desses sítios na África Austral,
como Bumbusi no Zimbábue e Maniqueni em Moçambique. A partir
do século XVI em diante, os processos de formação dos estados
entre os povos Bantus aumentaram em frequência. Alguns
exemplos de tais estados bantus incluem: na África Central, o Reino
do Congo,[13] o Império Lunda,[14] o Império Luba[15] de Angola, a
República do Congo e a República Democrática do Congo; na
Região dos Grandes Lagos Africanos, o Buganda[16] e
o Caragué[16] Reino de Uganda e da Tanzânia; e na África do Sul,
o Império Monomotapa,[17] Império Rozui,[18] e
os Danangombe, Cami e Naletale Reinos de Zimbábue e
Moçambique.[17]

Reino do Congo ca. 1630
Em direção dos séculos XVIII e XIX, o fluxo de escravos bantus do
Sudeste africano aumentou com o aumento do Omani Sultanato de
Zanzibar, com sede em Zanzibar, na Tanzânia. Com a chegada dos
colonizadores europeus, o Sultanato de Zanzibar entrou em conflito
direto no comércio e na concorrência com portugueses e outros
europeus ao longo da Costa Suaíli, levando eventualmente à queda
do sultanato e ao fim da negociação de escravos na costa suaíli em
meados do século XX.

O uso do termo "bantos" na África do Sul[editar | editar código-fonte]

Um dançarino tradicional Zulu em África do Sul


Ver artigo principal: Povos bantus na África do Sul
Na década de 1920, os sul-africanos relativamente liberais,
os missionários e a pequena intelectualidade negra começaram a
usar o termo "bantus" e termos mais depreciativos (como "Cafre")
para se referir coletivamente aos bosquimanos sul-africanos. Após
a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o Partido
Nacional governista adotou oficialmente o seu uso, enquanto o
crescente movimento indígena apoiado pela União Soviética e seus
aliados liberais adotaram o termo "negro", de modo que "bantus"
tornou-se identificado com as políticas do Apartheid. Na década de
1970, o termo "bantus" estava tão desacreditado como uma
designação etno-racial que o governo do apartheid mudou para o
termo "preto" em suas categorizações raciais oficiais, restringindo-a
a africanos que falavam idiomas Bantu, mais ou menos na mesma
época em que o Movimento da Consciência Negra liderado
por Steve Biko e outros estavam definindo, como Black ("preto"), o
conjunto de oprimidos sul-africanos (negros, mestiços e indianos).

Principais línguas bantas:


- Lingala

- Luganda

- Quicongo

- Cinianja

- Xichona

- Ndebele

- Zulu

- Suazi

- Xhosa
 
Você sabia?

- Atualmente, os bantos habitam em países localizados,


principalmente, na região centro-sul do continente africano. Entre
estes países, podemos citar: Angola, Moçambique, Namíbia, África
do Sul, Zâmbia, Zimbabwe, Lesoto e Quênia.

Conclusão
Este povo, oriundo dos Camarões, iniciou por volta do ano 1000 a.
C. um movimento migratório e esta expansão territorial era
usualmente designada como as Migrações Bantus, todavia nos
nossos dias especialistas de diversas áreas das Ciências Sociais
chegaram à conclusão de que é mais correcto referi-las como
movimentos esporádicos de um número restrito de indivíduos à
procura de novas terras, que absorviam as populações nativas de
caçadores e recolectores com quem contactavam. O motivo deste
êxodo poderá encontrar-se no aumento populacional, resultante de
um desenvolvimento de novas técnicas de cultivo e de novos
produtos, bem como da introdução de instrumentos de ferro, que
possibilitaram uma alimentação mais equilibrada.

 
 
 
 
 

AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço aos meus pais, meus maiores
incentivadores, que acreditaram em meus sonhos e objetivos.
Agradeço à universidade, que abriu portas para que estes sonhos
se tornassem realidade. Agradeço também ao corpo docente assim
como ao meu orientador, que me auxiliaram nessa caminhada para
que esta obra fosse concluída de maneira satisfatória .

Você também pode gostar