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AUGUSTO SILVA

SCHOOL
Escola ngola kiluanje

O POVO OVIMBUNDO

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Resumo do trabalho
Trabalho escolar de História sobre os Povos Ovimbundos oriundos da Meseta de Benguela (história e
tradições).

Introdução
Os Ovimbundo ocupam uma grande área no centro ocidental do país e estendem-se desde o litoral até às
regiões montanhosas de Bengela. O grupo linguístico Mbundo compreende 15 grupos principais: os mais
signi cativos em número de habitantes dão os Bieno e os Bailundo.

Embora as tradições Ovimbundu digam


que este povo veio do nordeste, alguns
especialistas creêm que provavelmente
vieram do sudoeste do Congo.

Entre 1500 e 1700, o povo de


Ovimbundu emigrou do norte e do este
de Angola para a Meseta de Benguela.

Eles não consolidaram os seus reinos nem


seus reis a rmaram sua soberania em
cima da Meseta, até ao século 18, quando
surgiram 22 reinos. Treze dos reinos,
incluso Bié, Bailundu, e Ciyaka surgiram
como entidades poderosas e os
Ovimbundu adquiriram reputação de serem os comerciantes mais exigentes do interior de Angola.

Depois que os portugueses conquistaram a maioria dos estados de Ovimbundu, em nais do século 19, as
autoridades coloniais portuguesas prenderam os reis de Ovimbundu directa ou indirectamente.

Desenvolvimento
Os Ovimbundu ocupam o planalto central de Angola e a faixa costeira adjacente, uma região que compreende
as províncias do Huambo, Bié e Benguela.

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São um povo que, até à xação dos portugueses em Benguela, vivia da agricultura de subsistência, da caça e de
alguma criação de gado bovino e de pequenos animais. Durante algum tempo, uma vertente importante teve o
comércio das caravanas entre o Leste da Angola de hoje e os portugueses de Benguela. Este comércio entrou
em colapso quando, no início do século XX, o sistema colonial português lhes exigia o pagamento de impostos
os Ovimbundos viraram-se sistematicamente para a agricultura de produtos comercializáveis, principalmente o
milho

No decorrer do século XX, e em especial no período da "ocupação efectiva" de Angola, implementada a partir
de meados dos anos 1920, a maioria dos Ovimbundu tornou-se cristã, aderindo quer à Igreja Católica, quer a
igrejas protestantes, principalmente à Igreja Evangélica Congregacional de Angola (IECA), promovida por
missionários norte-americanos. Esta cristianização teve, entre outras, duas consequências incisivas. Uma, a
constituição, em todo o Planalto Central, de aldeias católicas, protestantes e não-cristãs separadas. A outra, um
grau relativamente alto de alfabetização e escolarização, e por conseguinte também do conhecimento do
português, entre os Ovimbundos, com destaque para os protestantes

Em simultâneo houve dois processos de certo modo interligados. Por um lado, formou-se lentamente uma
identidade social (um sentido de pertença) abrangendo todos os Ovimbundu, e não apenas subgrupos como
p.ex. os M'Balundu ou os M'BienoPor outro lado, veri cou-se uma "umbundização" cultural, inclusive
linguística, de alguns povos vizinhos que tinham tido (e em certa medida mantiveram) características algo
distintas dos Ovimbundu

Objectivo
Alcançada a paz, uma parte dos Ovimbundu refugiados nas cidades regressou para as suas terras de origem,
enquanto a outra parte, possivelmente mais da metade, preferiu car nas áreas urbanas. No Planalto Central,
regista-se a reconstrução, ainda em curso, ds cidades do Huambo e Kuito, e a recomposição, algumas vezes em
moldes diferentes. Ao mesmo tempo, a forte presença dos Ovimbundu nas cidades fora da sua região, facto
novo na história de Angola, confere-lhes uma projecção nova, a nível nacional.

Tradição dos povos ovimbuntos


Na tradição dos Ovimbundu os o nascimento de bebés gémeos constitui alegria para a família e ao mesmo
tempo uma preocupação.

Quando nascem gémeos , ao contrários de outros bebés, estes são saudados com insultos.

São chamados por nomes abusivos, por exemplo: " Ove a Ngulu, ove ambua" que signi ca em português (tu
porco, tu cão) e outras palavras depreciativas pelas quais são tratados.

A mãe e os gémeos depois de os umbigos caírem, são levados para fora de casa, envoltos em barro, a mãe é
arrastada no lodo passando com ela em volta da casa num alarido de insultos assobios e ao som de chifre de boi
ou cabrito, com uma balaio cheio canjica não desfarelada na cabeça (ombulungu), que vai sendo consumida à
medida que se vai arrastando a mãe no lodo.

Esta festa dura quase a manha toda.


De seguida os umbigos são enterrados junto ao cruzamento dos caminhos, as roupas que serviram a
parturiente são deitadas fora ou num rio. Quem faz isto é o curandeiro que acompanhou a parturiente e os
bebés.

A morte de um bebé
Se falecer um deles não se deve Chorar. A mãe e o bebé vivo são escondidos ao máximo, até terminar o obito e
em sua substituição cria-se uma estátua antropormó ca de pequenas dimensões que deverá trajar a mesma

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roupa que o vivo e que deverá sempre ser levada pela mãe.

Conclusão
Esta tarefa foi bastante interessante pois quei a conhecer e a entender melhor alguns ritos e costumes da
cultura do povo ovimbundu. Também cou uma porta aberta e desa adora a estas duas colegas de forma a que
publiquem e divulguem a nossa cultura , os nossos ritos e costumes a todos Ovimbundu e não só a toda a
comunidade histórica de Angola, de forma a que mais tarde haja um acervo histórico de Angola.

 254 Visualizações  01/10/2019

Angola

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