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sacrifício na cultura Bantu e na Bíblia:

uma análise contextual entre os


ovimbundo
HERMENEGILIDO GERVASIO

Introdução
O presente trabalho tem como objetivo, analisar o significado do sacrifício entre a cultura
tradicional bantu, especificamente entre os ovimbundo, assim como o significado bíblico,
visto que “entre os bantu, o sacrifício, como um acto religioso, assume o lugar central do
culto” (altuna 2014:489).

O dicionário Aurelio defini sacrifício como: Oferta feita à divindade, em meio a cerimônias;
Renúncia voluntária ou forçada a algo que se possui: sem algum sacrifício nada se obterá;
Dedicação absoluta a algo ou a alguém que pode levar a privações: trabalhava em sacrifício
da sua felicidade. Ação ou efeito de sacrificar, de oferecer algo, alguém ou si mesmo a
divindades; imolação.

Ao passo que o dicionário português-umbundo diz: sacrifício é oferta a Deus ou aos espíritos,
esembi, osimbi, ochilumba ochipokiwo.. de vitima humana-ohutu; de vitima humana, nas
grandes solenidades-ukundu; de vitima não humana em grandes solenidades-omemba; feito
em honra dos mortos-ondombokwa; feito pela viúva ou viúvo-ovikase.

Segundo o dicionário ilustrado da Bíblia sacrifício é um ritual através do qual o povo hebreu
oferecia a Deus o sangue ou a carne de um animal como substituto do pagamento pessoal de
seu pecado. Neste caso, sacrifício teve origem no jardim do Eden, logo após a queda do
homem.

Os ovimbundo fazem parte do povo Bantu, expressão Bantu foi um termo introduzido em
1862 por Wilhelm Bleek para se referir a uma civilização africana de cútis negra, e que
atualmente conserva a sua unidade. As comunidade bantu, estreitam-se numa solidadridade
característica, cheia de calor e inquebrável, apartir da vivencia vital.

O vocábulo ntu é um termo comum em muitas línguas Bantus e significa “homem, pessoas
humanas”. Já o prefixo ba forma o plural da palavra Muntu que tem como significado
“pessoa”. Deste modo, bantu significa “seres humanos, pessoas, homens, povo”. O povo
Bantu é constituído por um conjunto de pessoas que partilham a mesma característica étnica e
cultural22, e que se constitui como o grupo mais importante de África. Estima-se que seja
composto por 150 milhões de pessoas espalhados por quase toda a África a sul do Equador,
desde a orla sudanesa que vai até ao Cabo, e desde o Atlântico até ao Índico (Altuna, 2014:
23-24). É dentro desta divisão geográfica que se enquadram alguns povos angolanos. Fala-se
da existência de cerca de 500 povos Bantus, constituídos por comunidades culturais com
civilização comum da África negra. Altuna, 2014: 23-24).

As características atuais das sociedades Bantus resultam da sua cultura tradicional (recebida
por herança e transmitida pelos indivíduos) constituída por um conjunto de ideias, atributos,
hábitos, crenças e ritos, significados, símbolos, valores, concepções estéticas, organização
social e costumes, que acabaram por lhes dar forma. Além do parentesco linguístico, os
Bantus conservam um fundo de crenças, ritos e costumes similares, uma cultura com traços
específicos e idênticos que os agrupa e os torna semelhantes. Isto é, que os torna num povo
Bantu, embora subdividido em múltiplos grupos culturais. Altuna, 2014: 23-24).

A população Bantu é composta por um grupo etnolinguístico com descendência dos povos
Sarianos pré- históricos, partilhando características e expressões linguísticas negro-sudanesas
muito próximas das várias línguas tradicionais Bantus. As línguas bantus (que são às
centenas) têm grau de parentesco acentuado, porque partem de um tronco comum primitivo
com origens nos séculos que precederam e se seguiram ao “nascimento de Cristo,
considerados como séculos obscuros da África negra”. Estas línguas formam um grupo
maciço e uniforme, pela semelhança que lhes é característica, o que torna difícil a sua
classificação. São faladas por um conjunto abrangente de quase 200 grupos, em países como
Uganda, Quénia, Tanzânia, Ruanda, Burundi, Zâmbia, Moçambique, Zimbabué, África do
Sul, Angola, Congo (Zaire), Gabão, Camarões, República do Congo, Malawi, Botswana e
Lesoto (Altuna, 2014: 23-24).

1. Grupo Eti no Ovimbundo


A origem dos Ovimbundu tem sido motivo de estudos apaixonados por parte de vários
historiadores. Uma das razões tem a ver com o facto de se tratar de um grupo étnico que
marcou (e continua a marcar), de modo profundo, a história económica, social, política e
cultural da porção de território que hoje se chama Angola. Na verdade, este grupo étnico
destacou-se muito cedo. Assim, temos a referir, em primeiro lugar, a resistência tenaz contra o
invasor colonialista; em segundo lugar, a sabedoria de alguns dos seus reis, o que lhes
permitiu estender as suas relações comerciais até à Zanzibar (Oceano Índico); em terceiro
lugar, a exploração desenfreada a que foi vítima durante o regime colonial (roças, pescarias,
fazendas de algodão, café, etc.) que levou muitos dos Ovimbundu a emigrarem para os países
vizinhos. Por último, e na história mais recente, o facto de ter surgido, do seu seio, uma
rebelião armada, cujas consequências (para o bem e para o mal) ainda estão para ser descritas.

Os Ovimbundo são uma etnia bantu de Angola.


Eles constituem 37% da população do país. Os
seus subgrupos mais importantes são os Mbalundu
("Bailundos"), os Wambo (Huambo), os Bieno, os
Sele, os Ndulu, os Sambo e os Kakonda
(Caconda).

Os Ovimbundu ocupam hoje o planalto central de Angola e a faixa costeira adjacente,


a uma região que compreende as províncias do Huambo, Bié e Benguela. São um povo que,
até à fixação dos portugueses em Benguela, vivia da agricultura de subsistência, da caça e de
alguma criação de gado bovino e de pequenos animais. Durante algum tempo, uma vertente
importante teve o comércio das caravanas entre o Leste da Angola de hoje e os portugueses de
Benguela. Este comércio entrou em colapso quando, no início do século XX, o sistema
colonial português lhes exigia o pagamento de impostos, os Ovimbundos viraram-se
sistematicamente para a agricultura de produtos comercializáveis, principalmente o milho.

No decorrer do século XX, e em especial no período da "ocupação efectiva" de


Angola, implementada a partir de meados dos anos 1920, a maioria dos Ovimbundu tornou-se
cristã, aderindo quer à Igreja Católica, quer a igrejas protestantes, principalmente à Igreja
Evangélica Congregacional de Angola (IECA), promovida por missionários norte-
americanos.

A origem dos Ovimbundo é, de acordo com os historiadores, resultado dos processos


migratórios Bantu. Os ovimbundu, tal como grande parte da população que vive a sul do
equador, são Bantu por pertencerem ao grupo linguístico que utiliza a raiz ntu para se referir
ao homem. Relativamente a Angola é de referir que os Bantu angolanos são originários do
que se tem designado por 2º Centro Bantófono (Baixo Congo e Planalto Luba). Os
Ovimbundu seriam, assim, descendentes dos Bantu que se fixaram no planalto central. No
entanto, as hipóteses acerca da origem dos Ovimbundu são várias e nem sempre consensuais.
As referidas hipóteses dividem-se entre aquelas que afirmam que os Ovimbundu teriam vindo
de Benué (um vale situado numa região a leste da Nigéria), as que defendem a ideia de que
seriam resultado de uma miscigenação de outros grupos, e as que os consideram como
descendentes dos autores das pinturas rupestres de Caninguiri (Kañilili).De acordo com a
primeira hipótese os ovimbundu, conforme os seus autores, teriam passado pela faixa
Atlântica, fixando-se em Benguela. E dado o facto de serem agricultores dirigiram-se ao
planalto do Huambo e Bié, cujas terras eram as mais férteis. Esses autores sustentam esta
hipótese com dados provenientes da linguística.

Os defensores da segunda hipótese afirmam que os Ovimbundu são uma síntese de vários
grupos étnicos angolanos. E, consequentemente, não têm um carácter homogéneo. Estão à
vista os aproveitamentos políticos que se podem fazer desta interpretação, uma vez que
sepretende, com este ponto de vista, provar que os Ovimbundu não são um grupo étnico
unitário, e muito menos têm uma especificidade cultural e etnolinguística próprias. Os
estudiosos, defensores desta hipótese, apegando-se a aspectos linguísticos, afirmam que os
Ovimbundu seriam descendentes dos Bakongo, uma vez que, segundo eles, a língua umbundu
é uma síntese do Bantu-Kongo e do Bantu-Lunda. Na verdade, esta hipótese, possui uma certa
evidência científica, pois os Ovimbundu pela posição que ocupam no planalto central teriam
ligações com os Ambundu da baixa de Kasanji; com os Cokwe e os Lunda.

O povo ovimbundu aprecia muito a música acompanhada de dança diversificada de


acordo ás circunstâncias dos rituais, pois através da música e da dança ele manifesta os seus
sentimentos afectivos que podem ser de alegria ou tristeza. O dançarino é uma figura pública
dominadora da arte da dança e por isso tem um lugar de referência na sociedade. Pode ser
homem ou mulher. Eles dançam em público em festas tradicionais como a entronização, de
iniciação a puberdade, na morte de um Rei entre outras. A dança dos mais velhos –
Olundongo. Executa-se durante o dia. Os executantes vestem-se de panos amarrados com
cintos e usam o batuque.Esta dança usa-se tradicionalmente na entronização, em obitos,
despedidas de lutos das dançarinas, dos caçadores, circuncisores e soberanos. Onyaca Onyaca
- Modalidade da dança tradicional, executada pelas mulheres. Geralmente usa-se na despedida
de luto de quem em vida também usava tal dança Okatita Okatita - Dança tradicional usada
pelos ambos os sexos, em momentos de diversão.

O grupo étnico dos Ovimbundu é, actualmente, formado por vários subgrupos :Va-
Mbalundu,Va-Vihé, Va-Wambu, Va-Ngalangui, Va-Kimbulu, Va-Ndulu, Va-Kingolo, Va-
Kaluquembe, Va-Sambu, Va-Ekekete, Va-Kakonda, Va-kitatu, Va-Sele, Va-Mbui, Va-Hanha,
Va-Nganda Va-Chikuma, Va-Dombe e Va-Lumbu). Estes subgrupos vivem na região que
compreende o Huambo (zona de solo fértil e onde se podem cultivar cereais, horticultura, e
com boas condições para o gado, especialmente bovino); a Huíla, sobretudo nos municípios
de Caconda, Caluquembe e na própria cidade do Lubango, cuja população é maioritariamente
Ovimbundu; o Bié, igualmente uma zona fértil e de clima saudável; Benguela, região
igualmente com terrenos muito férteis e onde existem minérios de cobre, ferro, enxofre,
sulfato de sal, etc. e numa parte do Cuanza Sul, Móxico e Kuando-Kubango.

2. Sacrifício entre os povos bantu


A vida espiritual africana está tão impregnada da ideia de imolação que praticamente não se
encontra em outros povos. O sacrifício é a pedra angula desta religião, sendo eles feitos em
seres humanos e animais. No sacrifício mata-se um animal para oferecer na sua totalidade ou
em parte ao mundo invisível. Existe também a oblação, quando a vitima não é transformada,
mas consagrada, separada e se converte em algo intocável e protegido por tabus. Nesta
cerimonias de sacrifício, o sangue é o veiculo primordial da vida. Assim, derrama-lo
sacrificial mente significa ofertar o que há de mais valioso. Os sacrifícios são realizados em
casa ou em lugares considerados sagrados, onde nota-se a presença de antepassados. Os
sacríficos podem ser oferecidos a qualquer dos habitantes do mundo invisível, embora se
preste mais atenção aos antepassados familiares. Em normal os animais sacrificados são os
domésticos: galinha, galos, cabras, ovelhas, bois e vacas. Oferecem -se sacrifícios de animais
domésticos sempre que se deseja entrar em comunhão com o outro mundo. O sangue como
vida, converte-se no dom mais apreciado que se pode oferecer, ao mesmo tempo que
simboliza, adoção comunicante do ofertante. O sacrifício neste caso é a ilustração mais típica
da lei geral de interação das forças vitais do universo. A razão última do sacrifício bantu
devemos procura-lo na participação vital. O seu mecanismo consegue libertar e transmitir a
força vital concentrada no sangue da vítima. Embora o sacrifício comporte sempre uma
finalidade utilitária e tenha como fim último alcançar um benefício, todavia consegue-o
porque é precedido de uma relação intima de comunhão-identificação, em que se compartilha
o objeto sacrificado do qual os antepassados tomam s essência. O bantu nem sempre
distingue entre magia e sacrifício. As vezes a técnica de libertação de uma poderosa força
vital pode obrigar o mundo invisível a conceder o dom desejado. (Altuna 2014:489-495)

O sacrifício bantu também tem por objetivo alcançar a harmonia que por qualquer motivo se
desvirtuou ou quebrou entre os dois mundos. A comunidade sente as consequências maléficas
desta situação insustentável e o sacrifício, como dadiva, comunhão, propiciação e símbolo
eficaz da solidariedade dos vivos, restaura a ordem, consolida a harmonia, fornece garantia de
paz e felicidade. (Altuna 2014:489-495)

As cerimonias importantes terminam como uma refeição comunitária. O historiador gomes na


sua pesquisa ao povo que habita nas margens do kupololo “Dombe grande” disse: Os lotes de
animais sacrificado em uma otvhivemba (festa de iniciação masculina) “ a carne para o
consumo humano é criteriosamente distribuído aos participantes em obediência ao status
social, classes, idades, gênero. Por exemplo há grupos socias cujo status impedi-os de
consumir o sangue do primeiro animal sacrificado. (gomes 2007:40)

3. Sacríficos na Bíblia
Sacrifícios na Bíblia serviam para adoração e Perdão dos pecados. Através deles, aprendemos
sobre o custo do Pecado, pois notamos que não podemos perdoar a nós mesmos. O sistema de
Deus diz que uma vida precisa ser dada em lugar de outra. No Antigo testamento, o animal
oferecido no lugar da pessoa era uma medida provisoria, à espera do sacrifício definitivo de
Jesus, que removeria o pecado de todas as pessoas para sempre. A que dizer, que o sacrifício
não era uma prática exclusiva do Povo de Israel entre as nações antigas, muitas praticas de
sacrifícios eram paralelos nas nações vizinhas.

3.1. Antigo Testamento

No antigo testamento não encontramos uma palavra exata para sacrifício, mas é
empregado qorbãn - aquilo que é trazido perto, o qual é praticamente confinado à literatura
levítica. Na versão em português sacrifico é a acompanhado sempre de oferta, e quanto a
bíblia fala de sacrifício o que implicitamente envolverá sangue derramado.

‘Ishshê é o vocábulo que também pode servir, e que varias vezes é discutido se o
mesmo deve ou não ser limitado as ofertas com fogo. As outras palavras frequentemente
usadas, descrevem tipos específicos de sacrifícios, e se derivam ou do modo do sacrifício
como, zebhah (sacrifício)- aquilo que é abatido e ‘ôlâ- oferta queimada, como ‘asham- oferta
pela culpa e hattâ’th- oferta pelo pecado. Está palavras, estudando elas no hebraico ajudam-
nos a fazer distinção que tipo de sacrifício se trata no texto (Sedd. 1981:1436).

E aconteceu, ao cabo de dias, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao SENHOR. 4
E Abel também trouxe dos primogénitos das suas ovelhas e da sua gordura; e atentou o
SENHOR para Abel e para a sua oferta. Gn 4.3-4

Os primeiros capítulos de Géneses fazem abordagem de como Deus criou o Céu e a terra em
seguida o homem Adão e Eva, e este tem a responsabilidade de cuidar e proteger a terra. No
cap. 3 descreve a queda do homem, depois de estarem fora do jardim do Eden Adão e Eva
tiveram filhos: Caim e Abel. É no cap. 4 que vemos a primeira alusão de sacrifício, descrita
por oferta ao senhor feita por Caim e Abel, é significativo que os primeiros sacrifícios
mencionados não eram refeições (Zebhahim), mas antes, ofertas voluntarias de Caim e Abel.
‫( מִ נְחָה‬minchah) está palavra é comum para tributo, ou seja, presente dado por alguém inferior,
a alguém superior a ele, está oferta é conhecido também como sacrifício que não envolve
sangue no Pentateuco.

Então, tomou Jetro, o sogro de Moisés, holocausto e sacrifícios para Deus; e veio Arão, e
todos os anciãos de Israel, para comerem pão com o sogro de Moisés diante de Deus. Ex
18:12

O contexto mostra o encontro de Moisés com Jetro seu o sogro, ele traz consigo sua
mulher e seu filho. Moisés havia deixado a sua família em Midiã com seu sogro, logo depois
de Moisés contar todo que Deus fizera, convencendo-o de que o Senhor era maior que
qualquer outro deus. Este reencontro transformou-se no motivo de celebração, e o sacrifico
aqui usado era normalmente usado na refeição de comunhão zebhah ou zebach. Estas
refeições de sacrificais, entretanto selam as alianças, ou seja, o reencontro de Moisés e Jetro
serviram também para que houve uma aliança entre Jetro que era madianita e o povo de Deus.
Os sacrifícios no povo de Israel também tinham essa função. No nosso contexto, encontramos
práticas semelhanças, ao sermos convidados para fazermos uma refeição com alguém, muitas
vezes simboliza intimidade entre as partes, ou mesmo amizade um proverbio popular que diz:
Ekamba liocili lilial ove pamosi okilu yomongua, o verdade amigo come contigo um kilo de
sal. Na nossa cultural existe uma alusão a está alianças, o hábito de sempre que recebemos
uma visita matamos uma galinha como símbolo da amizade e o valor que ela tem por nós.
Está refeição sacrificial também assinalava a consumação de uma alianças ou amizade.
E partiu Israel com tudo quanto tinha, e veio a Berseba, e ofereceu sacrifícios ao Deus de
Isaque, seu pai. Gn 46:1

Ex 5:3 E eles disseram: O Deus dos hebreus nos encontrou; portanto, deixa-nos agora ir
caminho de três dias ao deserto, para que ofereçamos sacrifícios ao SENHOR e ele não
venha sobre nós com pestilência ou com espada.

O Zebach ou zebhah aqui usado, é palavra hebraica que traz a ideia de sacrifício também, com
significado de expiação, quando Jacó se dirigia ao Egito, fez uma pausa para buscar a vontade
de Deus, ele ofereceu um sacrifício (zebhah), que possivelmente fora expiatório. No texto de
Êxodo não se tratava de uma aliança que Moises e Arão podiam fazer, aqui no sacrifício
envolveria um solene sacrifício no deserto, que exigia vítimas animais e foi distinguido de
qualquer oferta feita pelos Egipcios. (Shedd 1981:1437).

E chamou o SENHOR a Moisés e falou com ele da tenda da congregação, dizendo: 2 Fala
aos filhos de Israel e diz-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao SENHOR, oferecereis
as vossas ofertas de gado, de vacas e de ovelhas. Se a sua oferta for holocausto de gado,
oferecerá macho sem mancha; à porta da tenda da congregação a oferecerá, de sua própria
vontade, perante o SENHOR. Lev. 1.1-3

O livro de levítico tem seu início onde finda o de êxodo, o seu tema central é a santidade de
Deus, e a santidade de Deus é imperativa para que o homem que é o seu povo seja santo como
ele é Santo (Lv 19:2). Está santidade em levítico é mostrada através da obediência à Lei de
Deus e por meio de Sacrifícios que serviam de renovação. O sacrifício de animais parece
estranho para nos dia de hoje, mas, Deus uso o método de sacrifício para ensinar fé ao seu
povo. Embora muitos rituais de Levíticos eram designados para o povo de Israel naqueles
dias, seu objetivo era revelar um Deus Santo, que deveria ser amado, obedecido e adorado.

Nestes versículos e capítulos de levíticos a tradução João Ferreira em português normalmente


traduz a palavra hebraica qobãn como oferta, mas ela também tem o significado de sacrifício.
A pergunta geralmente feita é: havia alguma diferença entre um sacrifico e uma oferta? Em
levítico, as palavras são trocadas, ou seja, quando é sacrifício específico é chamado de oferta,
isto é, oferta de cereais e ofertas de Paz, dizer que estas também são queimadas. Enquanto que
as ofertas geralmente são chamadas de sacrifícios.

Nestes versículos a tradução correta seria sacrifícios para oferta, pois neste capítulo 1 o autor
se refere as ofertas gerais. Com estas coisa, dando suas ofertas e trazendo para sacrifício
animais perfeitos e um sacerdote Santo, Deus queria ensinar o seu povo a: reverenciar ao
Deus santo; obediência total as sua lei e a seriedade no compromisso com Deus e o alto preço
do pecado.

E, quando alguma pessoa oferecer oferta de manjares ao SENHOR, a sua oferta será de flor
de farinha; nela, deitará azeite e porá o incenso sobre ela. 2 E a trará aos filhos de Arão, os
sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor de farinha e do seu azeite com
todo o seu incenso; e o sacerdote queimará este memorial sobre o altar; oferta queimada é,
de cheiro suave ao SENHOR. 3 E o que sobejar da oferta de manjares será de Arão e de
seus filhos; coisa santíssima é, de ofertas queimadas ao SENHOR Lv 2. 1-3

No capítulo 2 encontramos duas palavras hebraica interessante: qorbãn e minshah (oferta de


refeição), a tradução JF chama de oferta de manjares ou de cereais, até um certo ponto é
específico, de certa maneira é limitado, por se tratar de “oferta de refeição” ajuda-nos a
compreensão maior. Estas ofertas acompanhava todos os holocaustos e era de certa maneira
um tributo ou presente de agradecimento a Deus, de certa maneira, faz alusão as ofertas em
dinheiro que levamos na igreja aos cultos Domingos, a alusão que fizemos aqui não é
relacionado ao significado, mas, sim ao agradecimento que levamos a nossa ofertas
normalmente aos cultos dominicais. No contexto atual, essa ofertas de manjares ou de
refeição dá-se geralmente nos cultos de ação de graças. No contexto do povo de Israel ela
lembrava ao povo que seu alimento procedia de Deus e que eles deviam, portanto, sua vida a
Ele. Parte da oferta de manjares era queimada no altar como sacrifício a Deus, e o restante se
destinava à provisão dos sacerdotes.

Geralmente 3 tipos de ofertas de manjares eram oferecidos: Flor de farinha com azeite e
incenso; bolos cozidos untados com azeite e grãos de cereais tostados com azeites e incenso.
Este sacrifício, reconhecia que todos pertence a Deus, assim, Cristo foi homem perfeito, que
deu-se a si mesmo a Deus e aos outros.

E, se a sua oferta for sacrifício pacífico, se a oferecer de gado macho ou fêmea, a oferecerá
sem mancha diante do SENHOR. 2 E porá a sua mão sobre a cabeça da sua oferta e a
degolará diante da porta da tenda da congregação; e os filhos de Arão, os sacerdotes,
espargirão o sangue sobre o altar, em roda. 3 Depois, oferecerá do sacrifício pacífico a
oferta queimada ao SENHOR: a gordura que cobre a fressura e toda a gordura que está
sobre a fressura. Lv 3. 1-3
As ofertas pacifico é diferenciado das ofertas de manjares, porque estas envolvem sangue,
aqui neste texto encontros a palavra hebraica zebhah (oferta de justiça ou de aliança). Uma
pessoa oferecia o sacrifício específico como expressão de gratidão e também como meio de
estabelecer comunhão com Deus. Segundo comentário de Mood em Levítico: No ritual esta
oferta era quase idêntica à oferta queimada (cap. 1), exceto que, enquanto na primeira toda a
oferta era queimada, na oferta pacífica o adorador reunia-se ao sacerdote na refeição
sacrificial daquilo que restava. Nas outras ofertas – manjares, pecado e sacrilégio – só o
sacerdote participava da refeição sacrificial (6:2008).

Algo interessante neste ritual, parte da oferta podia ser comida pela pessoa que apresentava.
Expressa gratidão a Deus, simbolizava paz e comunhão com Deus e Cristo é o único para se
ter comunhão com Deus.

Porém, se for pobre, e a sua mão não alcançar tanto, tomará um cordeiro para expiação da
culpa em oferta de movimento, para fazer expiação por ele, e a dízima de flor de farinha,
amassada com azeite, para oferta de manjares, e um logue de azeite, 22 e duas rolas ou dois
pombinhos, conforme alcançar a sua mão, dos quais um será para expiação do pecado, e o
outro, para holocausto Lv. 14 21-22

Nestes versículos encontramos as palavras hebraica ‘asham e hatta’th, os nomes desses


sacrifícios ou oferta são: a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa. Esses termos não se
referem exatamente a ofensas morais, mas, aquelas que ofensas de contaminação, ou seja, que
deixam o homem impuro. Exemplo, a ofensa contra o pecado, de modo geral ofendiam o
próximo, mas, as ofertas pelo pecado tinham como finalidade restabelecer a comunhão com
Deus, e que, decerta maneira eram sinonimas com a oferta pela culpa.

É difícil determinar a diferencia das duas ofertas (culpa e Pecado), em Levítico, senão na sua
escrita. Contudo, pode ser dito com certeza é que os pecados contra o próximo são mais
proeminentes no sacrifício ‘asham, enquanto que os pecados contra Deus são mais
proeminentes no sacrifício hatta’th. O sacrifício ‘asham requeria uma compensação monetária
em adição ao próprio sacrifício. o valor do objeto e mais um quinto adicional devia ser dado
ao próximo ofendido (Lv.6:5) ou, se o próximo ou outro representante não estiverem é dado
ao sacerdote (Nm 5:8). O Propósito desse sacrifício, frequentemente declarado no livro de
Levítico, é “fazer expiação” isto, pode ser explicado das três seguintes maneiras: Cobrir;
apagar e resgatar um por um substituto (Shedd 1981:1444).
Este retrato, é claramente a alusão que Cristo Fez, quando morreu na cruz. A morte de Cristo
restaura o nosso relacionamento com Deus e anula as consequências mortais do pecado.

E, ao outro dia, sacrificaram ao SENHOR sacrifícios e ofereceram holocaustos ao SENHOR:


mil bezerros, mil carneiros, mil cordeiros, com as suas libações, e sacrifícios em abundância
por todo o Israel I Cr 29:21

Contexto mostra os últimos dias do então Rei Davi, e o Princípio do reinado de seu filho
Salomão, Davi fala para toda a congregação que Deus havia escolhido o seu filho Salomão
para reinar. Davi faz uma oração para Deus poder abençoar seu filho como Ele o havia
abençoado para governar Israel, ele também orou para a construção do templo do Senhor, que
mas tarde terminou com uma grande Celebração, onde trouxeram sacrifícios ao Senhor, que
simbolizava comunhão com Deus e também expiação do pecado.

Sacrifício e oferta não quiseste; os meus ouvidos abriste; holocausto e expiação pelo pecado
não reclamaste Sl 40:6

Porque te não comprazes em sacrifícios, senão eu os daria; tu não te deleitas em holocaustos.


Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não
desprezarás, ó Deus. Sl 51:16-17

Porque eu quero misericórdia e não sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que


holocaustos. Os 6:6

Quanto aos sacrifícios dos meus dons, sacrificam carne e a comem, mas o SENHOR não a
aceitou; agora, se lembrará da sua injustiça e visitará os seus pecados; eles voltarão para o
Egipto. Os 8:13

Deus diz muitas vezes, que não quer nossas ofertas e sacríficos quando são oferecidos por
meio de rituais hipócritas. Este era o cenário que o profeta apresenta, Deus deseja, em
primeiro lugar no amor e nossa obediência. Deus não deseja sacrifício, mas nossa lealdade,
ele não quer oferta, mas quer que o reconheçamos como Deus. Israel vivi em momentos
difícil político, espiritual e social, quando o povo deveria buscar a Deus em arrependimento
dos seus pecados, busca a ídolos e fazia sacrifícios também a Deus.

3.2. Novo Testamento

No novo testamento as palavras gregas empregues com mais frenquencia, são: thysia
(sacrifício), prosphora e doron (oferta).
Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma
coisa contra ti, 24 Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu
irmão, e depois vem e apresenta a tua oferta. Mat 5. 23-24

O texto aqui ressalta a importância do próximo em relação ao sacrifício, a primeira instrução é


reconciliação, depois sim levamos na nossa oferta de reconciliação com Deus. Aqui realçar a
palavra grega doron, traduzida por oferta, que tem também significado no grego de sacrifício
ou um presente dado com honra, está palavra é antecedida por um verbo prosphero que
significa apresentar oferta, todos isto, fazendo alusão as ofertas de sacríficos descritas em
levíticos.

E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as


forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios.
Mc 12:33

O contexto desta passagem está numa conversa de Jesus com os líderes religiosos que faziam
perguntas a Jesus acerca dos mandamentos. Depois de Jesus dar a resposta, um homem que
havia compreendido o propósito da lei de Deus, realçou de igual modo o amar da Deus de
todo o coração superior a qualquer rito religioso, neste caso os holocaustos e sacrifícios que
eram exigidos rigorosamente para ter comunhão com Deus. ὁλοκαυτωμάτων καὶ τῶν θυσιῶν,
estás ofertas também nos fazem lembrar o tipo de oferta, seja ela queimada ou não, a palavra
holocautomaton, ela geralmente especifica que a oferta é queimada, ou seja para expiação de
pecado ou culpa.

E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em
oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave. Ef 5:2

Santidade é o contexto deste texto, uma vida oposta aos costumes mundanos. AT Deus
exortou o povo a uma vida separada dos demais povos, ou seja, as nações vizinhas. Em
quanto no NT com o mesmo objectivo, santidade, a exortação é andar no amor, como Cristo,
pois, ele representava, tanto as ofertas queimadas como as ofertas de manjares. Seu grande
amor por nós levou-o a sacrificar-se para que pudéssemos viver.

Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas
agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo
sacrifício de si mesmo. Hb 9:26
Mas este havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à
dextra de Deus, Hb 10:12

Neste contexto, faz alusão, do sacrifício de animais feitos pelos sacerdotes em relação ao
sacrifício de Jesus na cruz. Mostrando assim, que está aliança nova aliança é maior que a
antiga aliança. A obra dos sacerdotes nunca terminava, estes tinham, que fazer sacrifícios
diários, enquanto que o sacrifício de Cristo, foi feito uma vez para sempre, morrendo em lugar
dos nossos pecados, ou seja, fazendo a expiação dos pecados e culpas. E isto foi da vontade
do Pai, Isaías 53:10 diz: “Contudo foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e,
embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua prole e prolongará seus
dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua mão” (NVI).

3.2. O Sacrifico de Cristo

O sacrifício de Cristo é um dos principais temas do Novo testamento. Sua obra Salvadora é
algumas vezes referida por meio termos éticos, algumas vezes por meio de termos penais, mas
frequentemente também por meio de termos sacrificiais. Cristo é o cordeiro de Deus que foi
morto, cujo sangue precioso tira o pecado do mundo (jo. 1.29,36; I Pe 1. 18,19; Ap 5. 6-10;
13.). um cordeiro era um animal empregado em vários sacrifícios da lei. Mas Cristo é referido
como o verdadeiro cordeiro pascoal, ou seja, como uma oferta do pecado, hamartia (Rm 8.3),
fazendo alusão, do termo grego que também encontramos na Septuaginta em Lv 5.6-11; 9.2-
3; Sl40.6. e em Hb. 9-10 Ele é reputado como o cumprimento dos sacrifícios da aliança,
fazendo alusão de Ex. 24 e em Num. 19 as ofertas do dia da expiação. (Shedd 1981:1447).

4. Contexto entre os ovimbundo


Sacrifício “ocilumba”a palavra sacrifício ou oferta da língua nacional Umbundo, tem quase o
mesmo significado na língua hebraica. As várias distinção que vimos no hebraico também
encontramos na língua Umbundo, vejamos: a palavra ocilumbo, significa oferta, ela tem
outros significados de acordo o contexto e o sufixo que lhe prossegue, vejamos um exemplo
na tradução em Umbundo do texto de êxodo 18:2 Yetiro, ndatembo ya Mose, wa lumba ku
suku ocilumbo coku pia elisi ocilumba coku yoka. Kuenje Arone weya lakulu vos iva Isarel.

Neste caso temos em umbundo as seguintes palavras:

Ocilumbo coku pia elisi- sacrifício

Ocilumbo coku yoka- sacrifício queimado


Ocilumbo lo sonde – sacrifício com sangue

A oferta ou sacrifício é usado tanto pelo curandeiro (para o bem) como pelo feiticeiro (para o
mal) ou mesmo os sobas (regedores de uma determinada comunidade, geralmente anciões),
para consultar os ancestrais. Os curandeiros e os feiticeiros geralmente, eles usam os
sacríficos de sangue e os sacrifícios queimados, sempre, com objetivo de fazer substituição
com a pessoa, nisto, são envolvidos ritos de adivinhação, de cura, encantamento e invocações
de espíritos.

Estas práticas, geralmente são reprovadas pelas nossas igrejas, pois a bíblia não aconselha a
pratica de adivinhação e feitiçaria. Porque está associado com rituais maligno num contexto
geral, aqui dizer, que na língua nacional está associado mais a oferta. A comunidade cristã faz
referência de sacrifício somente quando a igreja é exortada a fazer jejum, ou a um voto que
exigira do crente mais tempo e abstinência de alguma coisa.

Certo dia, vendo uma reportagem na Tv, numa abordagem sobre o “élfico”(rito de passagem
feminino), ao sacrificarem o boi para a festa, sufocaram o animal, a explicação é que: por se
tratar de festa não podiam sacrificar o animal com derramamento de sangue. No enquanto,
quando alguém morre, por se tratar de tristeza, sacrifica-se um boi derramando sangue, e isto,
só acontece depois do funeral. Lembro-me quando meu tio faleceu, tinha 14 anos, naquela
altura questionei porque haviam matado tantos bois, a resposta foi: Ele era uma pessoa de
honra e prospera. Em alguns casos que ouvimos e presenciámos alguns são enterrados com
suas esposas, sobrinho, um objeto de valor ou mesmo o seu servo, servindo de sacrifício.

De certa maneira, na igreja, fizemos poucas referências aos sacrifícios bíblico, por parte por
ignorância, realçando com bastante ênfase as ofertas dominicais (dinheiro), isto, não significa
que não haja sacrifício ou que os membros de formar geral não conhecem. A pergunta é: o
que a igreja atual conhece como sacrifício? Acreditamos, que a crenças nos ancestrais é de
certa forma ainda patente em algumas forma de adoração nas nossa igrejas locais, nas
religiões tradicionais africanas dá-se muita ênfase ao sacrifício, como forma de obtenção de
recurso financeiro, saúde, assim com poder e manipular a divindade, isto, de certa maneira
encontramos ainda em nossa igrejas, a idolatria e sincretismo em algumas práticas, a exemplo:
alguns membros quando compram um artigo, como carro usam a expressão “vamos molhar o
carro” uma forma de consagração, para ser protegidos do mal, mas isto está ligado com
sacrifício, pois, normalmente é feito, deitando bebidas por cima do carro, pratica semelhante
aos rituais de feitiçaria. Os sacrifícios que muitos hoje praticam estão ligadas as disciplinas
espirituais como: Jejuns e noites de vigílias e outras mais, algum fazem para satisfação
própria, buscando uma segurança em tais Práticas, alguns acabam abandonado suas famílias
como forma de sacrifício, com intuito de obter mais poder da parte de Deus. Como resultado,
nos deparamos com famílias desestruturada, crianças sendo acusadas de feitiçaria, sincretismo
dentro da igreja e muitos acabam fazendo sacrifícios demoníacos, tornando-se lobos com capa
de ovelhas que vivem enganando a muitos.

CONCLUSÃO

Na Bíblia, especificamente no At, a enfase dos sacríficos atendiam a dois propósitos


principais: demostrar adoração, gratidão e devoção; e expiar a culpa e o pecado. As ofertas de
animais indicavam que a pessoa estava entregando a sua vida a Deus por meio da vida do
animal. No At o animal oferecido em substituição a pessoa era uma sombra do sacrifício de
Jesus na cruz que removeria o pecado no mundo. No NT o sacrifício é um ato de amor feito
por Deus, sacrificando Jesus seu único filho, uma alusão de Abraão que levou Isaac seu filho
como oferta de sacrifícios (Gn 22. 7-17). Este sacrifício é único, completo e sem macula e
suave aos olhos de Deus, Jesus foi o homem perfeito, oferecido como sacrifício perfeito por
causa do pecado de todas as pessoas. O sacrifício de Cristo foi o cumprimento final de tudo os
sacrifícios que o AT representavam: o perdão de Deus para o pecado. Cristo removeu o
pecado que nos impedia de ter comunhão e estar na presença de Deus.
BIBLIOGRAFIA

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A-hipotese-mais-proxima-da-realidade

www.dicio.com.br/sacrificio/online

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