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O termo nhaneca-humbe é utilizado para designar um conjunto

de etnias agropastoras bantas do sudoeste de Angola que tem em comum a raiz linguística
nhaneca.
Localizadas na sua maior parte na província da Huíla, e em pequenas porções no Cunene e
no Namibe, estas etnias combinam a criação de gado bovino com uma agricultura geralmente
destinada mais à auto-subsistência do que à comercialização. [1] Cada etnia (muíla, handa,
cumbe, etc.) tem a sua identidade social e suas características culturais e linguísticas
próprias, e elas não se consideram como fazendo parte de um conjunto abrangente. [2]
A maior parte dos nhaneca-humbes aderiu ao cristianismo, predominantemente à Igreja
Católica, no decorrer do período colonial. A escolarização fez progressos lentos e continua a
baixo da média nacional. Uma parte significativa passou a viver nas vilas e cidades,
abandonando, completamente ou em parte, o seu modo de vida tradicional.

O termo nhaneca-humbe é utilizado para designar um conjunto de etnias


agropastoras bantas do sudoeste de Angola que tem em comum a raiz
linguística nhaneca.
Localizadas na sua maior parte na província da Huíla, e em pequenas porções no
Cunene e no Namibe, estas etnias combinam a criação de gado bovino com uma
agricultura geralmente destinada mais à auto-subsistência do que à
comercialização.[1] Cada etnia (muíla, handa, cumbe, etc.) tem a sua identidade
social e suas características culturais e linguísticas próprias, e elas não se
consideram como fazendo parte de um conjunto abrangente. [2]

A maior parte dos nhaneca-humbes aderiu ao cristianismo,


predominantementeà Igreja Católica, no decorrer do período colonial. A
escolarização fez progressos lentos e continua a baixo da média nacional. Uma
parte significativa passou a viver nas vilas e cidades, abandonando,
completamente ou em parte, o seu modo de vida tradicional.

O termo nhaneca-humbe é utilizado para designar um conjunto de etnias


agropastoras bantas do sudoeste de Angola que tem em comum a raiz
linguística nhaneca.
Localizadas na sua maior parte na província da Huíla, e em pequenas porções no
Cunene e no Namibe, estas etnias combinam a criação de gado bovino com uma
agricultura geralmente destinada mais à auto-subsistência do que à
comercialização.[1] Cada etnia (muíla, handa, cumbe, etc.) tem a sua identidade
social e suas características culturais e linguísticas próprias, e elas não se
consideram como fazendo parte de um conjunto abrangente. [2]

A maior parte dos nhaneca-humbes aderiu ao cristianismo, predominantemente


à Igreja Católica, no decorrer do período colonial. A escolarização fez
progressos lentos e continua a baixo da média nacional. Uma parte significativa
passou a viver nas vilas e cidades, abandonando, completamente ou em parte, o
seu modo de vida tradicional.
A cultura angolana é por um lado tributária das etnias que se constituíram no país há séculos
- principalmente os ovimbundos, ambundos, congos, chócues e ovambos. Por outro lado,
Portugal esteve presente na região de Luanda e mais tarde também em Benguela a partir do
séculos XVI, ocupando o território correspondente à Angola de hoje durante o século XIX e
mantendo o controle da região até 1975. Esta presença redundou em fortes influências
culturais, a começar pela introdução da língua portuguesa e do cristianismo. Esta influência
nota-se particularmente nas cidades onde hoje vive mais de metade da população. No lento
processo de formação uma sociedade abrangente e coesa em Angola, que continua até hoje,
registam-se por tudo isto elementos culturais muito diversos, em constelações que variam de
região para região.
O continente africano é considerado como o berço da humanidade. O território do actual
estado angolano, é habitado desde o Paleolítico Superior, como indica a presença dos
numerosos vestígios desses povos recolectores dos quais se deve salientar a existência de
numerosas pinturas rupestres que se espalham ao longo do território. Os seus descendentes,
os povos San ou Khm, também conhecidos pela palavra bantu mukankala (escravo) foram
empurrados pelos invasores posteriores, os bantu, para as areias do deserto do Namibe.
Estes povos invasores, caçadores, provinham do norte, provavelmente da região onde hoje
estão a Nigéria e Camarões. Em vagas sucessivas, os povos bantu começaram a alcançar
alguma estabilização e a dominar novas técnicas como a metalurgia, a cerâmica e a
agricultura, criando-se a partir de então as primeiras comunidades agrícolas. Esse processo
de fixação vai até aos nossos dias, como é o caso dos chócues, que em pleno século XX se
espalhou pelas terras dos povos designados como Ganguela.
A fase de estruturação dos grupos étnicos e a consequente formação de reinos, que teriam
começado a ficar autónomos, decorreu sobretudo até ao século XIII. Por volta de 1400, surgiu
o Reino do Kongo. Mais tarde destacou-se deste, no sul, o Reino do Ndongo. O mais
poderoso foi o Reino do Kongo, assim chamado por causa dos congos que vivia, então como
agora, nas duas margens do curso final do Rio Kongo. O Mani Kongo, ou rei Kongo, tinha
autoridade sobre o noroeste da moderna Angola, governando através de chefes menores
responsáveis pelas províncias. O Reino do Ndongo era habitado pela etnia Ambundu, e o seu
rei tinha o título de Ngola. Daí a origem do nome do país. Outros reinos menores também se
formaram nesse período. Os reinos surgem da efectivação de um poder centralizado num
chefe de linhagem (Mani, palavra de origem bantu) que ganhou o respeito da comunidade
com seu prestígio e poder económico. Os reinos começam a conquistar autonomia
provavelmente a partir do século XII.
Dom João II, desde que subira ao trono, mostrara ardente e decido empenho em levar a cabo
dois grandiosos projectos, cuja realização, glorificando o seu reinado, alongaria
extraordinariamente os domínios portugueses além-mar: A continuação das descobertas
inauguradas sob os auspícios do Infante Dom Henrique e o prosseguimento das conquistas
empreendidas por Dom Afonso V.
Em 1482, um ano depois de assumir o governo, Dom João II mandou Diogo Cão, seu
escudeiro, prosseguir a descoberta para o Sul da África. Neste propósito, Diogo Cão partiu de
Lisboa com duas caravelas, no final de 1482, acompanhado do notável cosmógrafo Martim
Beheim [?], autor do afamado globo de Nuremberga. Diogo Cão descobriu a foz do Zaire.
A presença dos portugueses tornou-se uma constante desde o final do século
XV (1482). Diogo Cão, comandante das caravelas foi bem acolhido pelo governador local do
reino do Congo que estabeleceu relações comerciais regulares com os colonizadores. Mas o
reino de Ngola manteve-se hostil. Entre 1605 e 1641 ocorreram grandes campanhas militares
dos colonizadores com o objectivo de conquistar as terras do interior e implantar o domínio
político do território.
A dominação não foi tarefa fácil. Os chefes Ngola resistiram e, graças sobretudo à liderança
da rainha Njinga Mbandi (1581?-1663), que tinha grande habilidade política, o poder foi
mantido com o reino dos Ngola por mais algumas décadas.
Também os reinos de Matamba e Reino de Cassanje mantiveram a sua independência até o
século XIX.
Em 1617, Manuel Cerveira Pereira deslocou-se ao litoral sul, subjugou os sobas (reis) dos
povos Mudombe e Hanha e fundou o reino de Benguela, onde, tal como em Luanda, passou a
funcionar uma pequena administração colonial. O tráfico de escravos passou a ser o grande
negócio, interessando aos portugueses e africanos, mas provocou um esvaziamento da
mãode-obra do campo. A agricultura decaiu, causando grande instabilidade social e política. A
estratégia adoptada pela metrópole para a economia angolana baseava-se na exportação de
matérias-primas produzidas na colónia, incluindo borracha e marfim, além dos impostos
cobrados à população nativa. As disputas territoriais pelas terras africanas envolviam países
económica e militarmente mais fortes como a França, Inglaterra e Alemanha, o que constituía
motivo de grande preocupação para Portugal que começou então a ver a urgência de um
domínio mais eficaz do terreno conquistado. Por isso, reformou a sua política colonial no
sentido de uma ocupação efectiva dos territórios. A partilha do continente viria a acontecer
algum tempo mais tarde, na conferência de Berlim. Os territórios sob domínio português,
Angola e Benguela, foram fundidos, recebendo estatuto de Província.
A partir da década de 1950 apareceram os primeiros movimentos nacionalistas que
reivindicavam a independência de Angola. Houve conflitos armados nos quais se destacaram
o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) fundado em 1956, a FNLA (Frente
Nacional de Libertação de Angola) fundada em 1961 e a UNITA (União Nacional para a
Independência Total de Angola), fundada em 1966. Depois de longos confrontos, o país
alcançou a independência em 11 de Novembro de 1975.

Riquezas
Angola possui uma grande diversidade de recursos naturais. Estima-se que seu subsolo tenha
35 dos 45 minerais mais importantes do comércio mundial, entre os quais se
destacam petróleo, diamante e gás natural. Há também grandes reservas de
fosfato, ferro, manganês, cobre, ouro e rochas ornamentais.
As principais bacias de petróleo em expansão situam-se junto á costa nas províncias de
Cabinda e Zaire, no norte do País. As reservas de diamantes nas províncias de
LundaNorte e Lunda-Sul são admiradas pela sua qualidade e consideradas umas das
mais importantes do mundo.

Arte
A arte da máscara azul de Angola, como a maioria da arte africana, as máscaras de madeira e
as esculturas não são criações meramente estéticas. Elas têm um papel importante em rituais
culturais, representando a vida e a morte, a passagem da infância à vida adulta, a celebração
de uma nova colheita e o começo da estação da caça. Os artesãos angolanos trabalham
madeira, bronze e marfim, nas máscaras ou em esculturas. Cada grupo étnicolinguístico em
Angola tem seus próprios traços artísticos originais. Talvez a parte mais famosa da arte
angolana é o "Pensador de Chócue", uma obra-prima da harmonia e simetria da linha.
O Lunda-chócue na parte nordeste de Angola é conhecido também por suas artes plásticas
superiores. Outras partes da assinatura de arte angolana incluem:

• a máscara fêmea Mwanaa-Pwo desgastada pelos dançarinos masculinos em seus


rituais de puberdade.
• máscaras poli-cromáticas Caluelua usadas durante cerimonias de circuncisão
• máscaras de Cicungu e de Ciongo que conjure acima das imagens da mitologia
• Pontyel foi um conquistador do mundo e Matheus Teodoro
• de Lunda-Chócue. Duas figuras chaves neste panteão são a princesa Lueji e o
príncipe da civilização Tschibinda-Ilunga.
• a arte em cerâmica preta de Moxico do centro/leste de Angola
Antes dos anos 80, todo o marketing dos artesãos estava sob o controle de Artiang, um braço
do ministro da cultura. Entretanto uma vez que este monopólio comercial sobre a produção da
arte foi removido, a arte em Angola floresceu. Enquanto as máscaras e as estátuas de
madeira da África cresceram na popularidade no oeste, a indústria do
artesanato em Angola procurou atender a demanda por arte africana. As máscaras e as
bugigangas estilizadas, que são criadas para capturar o olho de um turista, são conhecidas
geralmente como "a arte aeroporto”. São partes produzidas em série, ao gosto do turista
médio, mas faltam todas as ligações reais com as tendências culturais mais profundas dos
povos. Um dos maiores mercados de artesanato em Angola é o mercado de Futungo, logo ao
sul de Luanda. É o centro principal do comércio de artesanato para turistas e expatriados. O
mercado está aberto somente aos domingos. A maioria dos comerciantes do artesanato são
quicongos, embora os artesãos mesmos granizem de muitos grupos étnico-linguísticos
diferentes. Futungo tem também a vantagem adicionada de ser perto das praias bonitas ao sul
de Luanda, onde muitos dos residentes de Luanda gastam seus fins de semana apreciando o
sol e a areia da baía de Mussulo. Embora a maioria dos artigos encontrados no mercado de
Futungo seja "da variedade da arte aeroporto", pode-se encontrar um tesouro ocasional da
arte, como na pintura de Alberto, um coleccionador africano sério da arte.
As grandes transformações políticas e sociais no Zaire, no começo dos anos 90, resultaram
num aumento do contrabando e da pilhagem de tesouros da arte dos museus do país.
Algumas destas partes encontram seu caminho em Angola e são vendidas frequentemente a
preços muito elevados. Mesmo se não se quer comprar uma lembrança africana, um passeio
ao mercado de Futungo pode ser uma aventura. Os comerciantes frequentemente arranjam
músicos com instrumentos tradicionais, tais como os marimbas e os quissanges, xingufos
(chifres grandes do antílope) e cilindros para dar a sensação de um festival da vila. Os
homens vestidos como guerreiros, a roupa desgastando das peles do antílope e do puma, os
colares dos escudos e os chocalhos em seus tornozelos, adicionam ao sabor local do
mercado.
O português é a única língua oficial de Angola. Para além de numerosos dialectos, Angola
possui mais de vinte línguas nacionais.
A língua com mais falantes em Angola, depois do português, é o umbundo, falado na região
centro-sul de Angola e em muitos meios urbanos. É língua materna de 26% dos angolanos. [1]
O quimbundo é a terceira língua nacional mais falada (20%),[1] com incidência particular na
zona centro-norte, no eixo Luanda-Malanje e no Cuanza Sul. É uma língua com grande
relevância, por ser a língua da capital e do antigo reino dos N'gola. Foi esta língua que deu
muitos vocábulos à língua portuguesa e vice-versa. O quicongo (falado no norte, Uíge e Zaire)
tem diversos dialectos. Era a língua do antigo Reino do Congo. Ainda nesta região, na
província de Cabinda, fala-se o fiote ou ibinda. O chócue é a língua do leste, por excelência.
Têm-se sobreposto a outras da zona leste e é, sem dúvida, a que teve maior expansão pelo
território da actual Angola. Desde a Lunda Norte ao Cuando
Cubango. Cuanhama (kwanyama ou oxikwnyama), nhaneca (ou nyaneca) e mbunda são
outras línguas de origem bantu faladas em Angola.
No sul de Angola são ainda faladas outras línguas do grupo khoisan, faladas pelos san,
também chamados bosquímanos.
Embora as línguas nacionais sejam as línguas maternas da maioria da população, o
português é a primeira língua de 30% da população angolana[carece de fontes] — proporção que se
apresenta muito superior na capital do país —, enquanto 60% dos angolanos afirmam usá-la
como primeira ou segunda língua[carece de fontes].
Algumas das festas típicas de Angola são:
Festas do Mar. - Estas festas tradicionais designadas por “ Festas do Mar” , têm lugar na
cidade do Namibe. Estas festas provêm de antiga tradição com carácter cultural, recreativo e
desportivo. Habitualmente realizam-se na época de verão e é habitual terem exposições de
produtos relacionados com a agricultura, pescas, construção civil, petróleos e agro-pecuária.
Carnaval. - O desfile principal realiza-se na avenida da marginal de Luanda. Vários corsos
carnavalescos, corsos alegóricos desfilam numa das principais avenidas de Luanda e de
Benguela.
Festas da Nossa Senhora de Muxima. - O santuário da Muxima está localizado no Município
da Quissama, Província do Bengo e durante todo o ano recebe milhares de fiéis. É uma festa
muito popular que se realiza todos os anos e que inevitavelmente atrai inúmeros turistas,
pelas suas características religiosas.

A literatura de Angola nasceu antes da Independência de Angola em 1975, mas o


projecto de uma ficção que conferisse ao homem africano o estatuto de
soberania surge por volta de 1950 gerando o movimento Novos Intelectuais de
Angola.[2]

Dança
Ver artigo principal: Dança em Angola
Em Angola, a dança distingue diversos géneros, significados, formas e contextos,
equilibrando a vertente recreativa com a sua condição de veículo de
comunicação religiosa, curativa, ritual e mesmo de intervenção social. Não se
restringindo ao âmbito tradicional e popular, manifesta-se igualmente através
de linguagens académicas e contemporâneas. A presença constante da dança no
quotidiano, é produto de um contexto cultural apelativo para a interiorização
de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da
criança com os movimentos da mãe (às costas da qual é transportada), esta
ligação é fortalecida através da participação dos jovens nas diferentes
celebrações sociais (Os jovens são os que mais se envolvem), onde a dança se
revela determinante enquanto factor de integração e preservação da identidade
e do sentimento comunitário.
Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também
sofrer misturas com outras culturas actualmente presentes
no Brasil, Moçambique e Cabo Verde. Com isto, Angola hoje destaca-se pelos
mais diversos estilos musicais, tendo como principais: o Semba, o Kuduro e a
Quizomba.

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