Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
de etnias agropastoras bantas do sudoeste de Angola que tem em comum a raiz linguística
nhaneca.
Localizadas na sua maior parte na província da Huíla, e em pequenas porções no Cunene e
no Namibe, estas etnias combinam a criação de gado bovino com uma agricultura geralmente
destinada mais à auto-subsistência do que à comercialização. [1] Cada etnia (muíla, handa,
cumbe, etc.) tem a sua identidade social e suas características culturais e linguísticas
próprias, e elas não se consideram como fazendo parte de um conjunto abrangente. [2]
A maior parte dos nhaneca-humbes aderiu ao cristianismo, predominantemente à Igreja
Católica, no decorrer do período colonial. A escolarização fez progressos lentos e continua a
baixo da média nacional. Uma parte significativa passou a viver nas vilas e cidades,
abandonando, completamente ou em parte, o seu modo de vida tradicional.
Riquezas
Angola possui uma grande diversidade de recursos naturais. Estima-se que seu subsolo tenha
35 dos 45 minerais mais importantes do comércio mundial, entre os quais se
destacam petróleo, diamante e gás natural. Há também grandes reservas de
fosfato, ferro, manganês, cobre, ouro e rochas ornamentais.
As principais bacias de petróleo em expansão situam-se junto á costa nas províncias de
Cabinda e Zaire, no norte do País. As reservas de diamantes nas províncias de
LundaNorte e Lunda-Sul são admiradas pela sua qualidade e consideradas umas das
mais importantes do mundo.
Arte
A arte da máscara azul de Angola, como a maioria da arte africana, as máscaras de madeira e
as esculturas não são criações meramente estéticas. Elas têm um papel importante em rituais
culturais, representando a vida e a morte, a passagem da infância à vida adulta, a celebração
de uma nova colheita e o começo da estação da caça. Os artesãos angolanos trabalham
madeira, bronze e marfim, nas máscaras ou em esculturas. Cada grupo étnicolinguístico em
Angola tem seus próprios traços artísticos originais. Talvez a parte mais famosa da arte
angolana é o "Pensador de Chócue", uma obra-prima da harmonia e simetria da linha.
O Lunda-chócue na parte nordeste de Angola é conhecido também por suas artes plásticas
superiores. Outras partes da assinatura de arte angolana incluem:
Dança
Ver artigo principal: Dança em Angola
Em Angola, a dança distingue diversos géneros, significados, formas e contextos,
equilibrando a vertente recreativa com a sua condição de veículo de
comunicação religiosa, curativa, ritual e mesmo de intervenção social. Não se
restringindo ao âmbito tradicional e popular, manifesta-se igualmente através
de linguagens académicas e contemporâneas. A presença constante da dança no
quotidiano, é produto de um contexto cultural apelativo para a interiorização
de estruturas rítmicas desde cedo. Iniciando-se pelo estreito contacto da
criança com os movimentos da mãe (às costas da qual é transportada), esta
ligação é fortalecida através da participação dos jovens nas diferentes
celebrações sociais (Os jovens são os que mais se envolvem), onde a dança se
revela determinante enquanto factor de integração e preservação da identidade
e do sentimento comunitário.
Depois de vários séculos de colonização portuguesa, Angola acabou por também
sofrer misturas com outras culturas actualmente presentes
no Brasil, Moçambique e Cabo Verde. Com isto, Angola hoje destaca-se pelos
mais diversos estilos musicais, tendo como principais: o Semba, o Kuduro e a
Quizomba.