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Reino do Congo

O Reino do Congo se formou a partir da mistura por meio de casamentos de uma elite
tradicional, com uma elite nova, descendentes de estrangeiros, que vieram do outro lado
do rio, o primeiro contato com os portugueses aconteceu por volta de 1483, encontraram
uma sociedade irá casada com aglomerados populacionais que funcionavam como capitais
regionais e uma capital central, na qual o manicongo como Obá de Benin muitos outros dos
diversos grupos, viviam em construções grandiosas cercados por mulheres os escravos
ritos.
No Reino do Congo viviam agricultores que muitas vezes participaram dos conflitos
ao Reino externos às aldeias do batas e as cidades banzas pagavam tributos ao Mani
congo, geralmente com que produziam, alimentos, tecidos, metais como cobre por
exemplo.

"Fundado por volta do século XIV, esse Estado centralizado dominava a parcela
centro-ocidental da África. Nessa região se encontrava um amplo número de províncias
onde vários grupos da etnia banto, principalmente os bakongo, ocupavam os territórios.
Apesar da feição centralizada, o reino do Congo contava com a presença de
administradores locais provenientes de antigas famílias ou escolhidos pela própria
autoridade monárquica.

Apesar da existência destas subdivisões na configuração política do Congo, o rei,


conhecido como manicongo, tinha o direito de receber o tributo proveniente de cada uma
das províncias dominadas. A principal cidade do reino era Mbanza, onde aconteciam as
mais importantes decisões políticas de todo o reinado. Foi nesse mesmo local onde os
portugueses entraram em contato com essa diversificada civilização africana.
A principal atividade econômica dos congoleses envolvia a prática de um desenvolvido
comércio onde predominava a compra e venda de sal, metais, tecidos e produtos de origem
animal. A prática comercial poderia ser feita através do escambo (trocas) ou com a adoção
do nzimbu, uma espécie de concha somente encontrada na região de Luanda.
O contato dos portugueses com as autoridades políticas deste reino teve grande importância na
articulação do tráfico de escravos. Uma expressiva parte dos escravos que trabalharam na
exploração aurífera do século XVII, principalmente em Minas Gerais, era proveniente da região do
Congo e de Angola. O intercâmbio cultural com os europeus acabou trazendo novas práticas que
fortaleceram a autoridade monárquica no Congo.

Nzinga Mbandi – A rainha guerreira


Quando eu voltei (…) tudo todos tentavam erguer bem alto,
acima das lembranças dos heróis,
Ngola Kiluanji
Rainha Ginga.
Todos tentavam erguer bem alto,
a bandeira da independência. (Trecho do poema o Içar da Bandeira – Agostinho Neto,
poeta e 1º Presidente de Angola).

Hoje, 31 de janeiro, rememoramos Nzinga a Mbande, rainha do Ndongo e

do Matamba, símbolo da resistência ao colonialismo português. Entenda o seu

contexto de vida e sua importância histórica.

Os reinos de Ndongo e Matamba foram importantes estados africanos existentes

antes da chegada dos portugueses; uma sociedade hierarquizada e organizada, com

domínio do comércio, metalurgia, agricultura. Atualmente, são parte do que hoje

conhecemos como Angola.

Nzinga nasceu entre 1581/82, anos após a chegada à região do navegador

português Paulo Dias de Novais (1560) e da fundação da cidade de Luanda (1575), em

um contexto de lutas e resistência contra a ocupação portuguesa. A partir de 1580, os

portugueses intensificaram o comércio de escravizados, entraram em guerra contra

o Ndongo e conquistaram toda a região. Filha de Ngola Mbande Kiluanji, rei do Ndongo,
mostrou-se exímia negociadora ao ser enviada pelo irmão, sucessor do rei Ngola

Mabande, à Luanda, um dos maiores centros de exportação de escravizados do

continente africano, a fim de negociar um tratado de paz que estabeleceria o respeito

à soberania do reino. Nzinga conhecia bem a língua e a cultura portuguesa, em virtude

dos contatos com missionários e comerciantes que passavam pelo Ndongo.

Apesar do período de paz que se seguiu à assinatura do tratado, os conflitos

retornaram com a substituição do vice-rei português por um sucessor que não

respeitou os compromissos assumidos. Com a morte de Ngola Mbande, seu irmão,

Nzinga tornou-se rainha; impôs sua autoridade aos chefes locais, conquistou o reino

vizinho de Matamba e tornou-se uma forte figura política na região.

Durante quatro décadas, Nzinga a Mbande representou a resistência

do Ndongo e permitiu atenuar os projetos portugueses na região, por meio de táticas

de guerrilha e espionagem, dirigindo operações militares, mas também por meio da

diplomacia, uma vez que era exímia negociadora. Fez alianças com o rei do Congo e

com holandeses a fim de defender o seu reino das ameaças portuguesas.

A Rainha Nzinga morreu aos 82 anos, em 17 de dezembro de 1663 e, depois da

sua morte, a ocupação portuguesa acentuou-se para o interior do continente, visando

o comércio de viventes – o tráfico de escravizados.

Curiosidades:

Centenas de soldados do exército de Nzinga foram enviados para o Brasil como

escravizados, tendo influenciado com suas táticas, as lutas e a resistência contra a

escravidão no Brasil, especificamente em Palmares.

Por razões ortográficas ligadas à transcrição da língua kimbundu, mas também

porque a própria rainha assinava as correspondências com diferentes nomes, vários

nomes são atribuídos a Nzinga, entre eles: Nzinga a Mbande, Nzinga Mbande, Jinga,
Singa, Zhinga, Ginga, Dona Ana de Sousa (este último em razão do batismo católico, em

1623).

Influenciou importantes figuras de resistência durante as lutas pela libertação de

Angola (1961-1975) e tornou-se ícone da independência.

Nzinga está também presente na tradição da Congada. No rito, a coroação do rei

do Kongo e da rainha Nzinga simboliza o sincretismo religioso no Brasil, EM Osório/RS

no mês de outubro acontece a festa de Maçambique com a coroação da rainha Nzinga,

na feta de Nossa Senhora do Rosário, 7 de outubro.

Apresentação dos Maçambiqueiros em Porto Alegre em novembro de 2019, Sopapo

Poetico .

Em março de 2014, o filme Njinga, a Rainha de Angola foi lançado no Brasil .

Reino Iorubá
A sudeste da atual Nigéria constituíra-se o poderoso e dinâmico grupo Ibo. Possuía
uma estrutura ultrademocrática que favorecia a iniciativa individual. A unidade sociopolítica
era a aldeia. No sudoeste, desenvolveram-se os principados iorubás e aparentados, entre
os séculos VI e XI. As suas origens, mergulhadas na mitologia dos deuses e semideuses,
não nos fornecem, do ponto de vista cronológico, informações suficientes. O grande
passado de todos estes príncipes é Odudua. Seria ele próprio filho de Olodumaré, que para
muitos seria o Nimrod de que fala a Bíblia, ou segundo a piedosa tradição islâmica, de
Lamurudu, rei de Meca. O seu filho Okanbi, teria tido sete filhos que vieram a ser todos
“cabeças coroadas”, a reinar em Owu, Sabé, Popo. Benin, Olé, Ketu e Oyó. Por volta do
século XII, Ifé era uma cidade-estado cujo soberano o Oni, era reconhecido como chefe
religioso pelas outras cidades iorubás.

É que Ifé, fora o lugar a partir de onde as terras se teriam espalhado sobre as águas
originais para, segundo a tradição, fazerem nascer o mundo. Os iorubás foram expulsos da
antiga Oyó pelos Nupês (Tapas) estabelecendo-se no que é a Oyó de hoje.
A partir do século XVI o poder da cidade-Estado de Oyó cresce até unificar toda as
cidades-Estado iorubá. O alafin (rei de Oió) exerce a soberania temporal dos iorubas e
também começa a questionar a legitimidade de Ifé, deificando Xangô, antigo rei oioano,
como divindade principal.

No século XVII o Império de Oyó dominará grande parte da Nigéria, incluindo o Reino
de Daomé. A civilização dos iorubas alcançou grande prosperidade, notavelmente em
relação à vida urbana. Censos iorubas de 1850 revelam 10 cidades com mais de 100 mil
habitantes.
O Reino de Benin
Entrou em contato com os portugueses nos últimos anos do século 15, quando uma
expedição portuguesa chegou a capital do Reino com o barco, foi favorável aos
portugueses autorizando práticas comerciais. O comércio com os portugueses envolvia
além de escravos, armas, pimentas, vestimentas, marfim etc.
O líder do Reino de Benin ainda permitiu que missionários cristãos construíssem
igrejas no Reino que seus sonhos matizadas, no entanto ele não se converteu ao
cristianismo como fez o rei do manicongo.

Império Monomotapa

O Império Monomotapa também chamado Mwenemutapa, Muenemutapa, ou ainda


Monomatapa(que era o título do seu chefe) foi um império que floresceu entre os séculos
XV e XVIII na região sul do rio Zambeze, entre o planalto do Zimbabwe e o Oceano Índico,
com extensões provavelmente até ao rio Limpopo.
Este estado africano era extremamente poderoso, uma vez que controlava uma
grande cadeia de minas e de metalurgia de ferro e ouro, cujos produtos eram muito
procurados por mercadores doutras regiões do mundo.

É importante notar que, ao contrário dos soberanos de muitos reinos atuais ou


recentes, os Mwenemutapas não formavam uma cadeia de descendentes - o sucessor de
um Mwenemutapa falecido (ou deposto) era escolhido pelo conjunto dos seus conselheiros
e dos chefes seus aliados, guiados por um ou mais "chefes espirituais" que interpretavam
os "sinais" enviados pelos espíritos ancestrais da tribo.

Domínio português

Quando da exploração da costa oriental africana, desde Vasco da Gama, colheram


os portugueses informes de que havia ouro em quantidade, vindo dum reino não-
muçulmano. Tais informações foram confirmadas pelo espião Sancho de Tovar.

Numa primeira tentativa, os lusitanos procuraram cooptar a aristocracia, sem sucesso.


Em 1567 travou-se a guerra que veio, enfim, a destruir tal organização. Contou, para tanto,
com a ajuda do Rei de Malawi.

Esta conquista possibilitou a consolidação dos portugueses no território de


Moçambique.
Segundo alguns o império Monomopata ficava em Mbiri, ao norte da atual cidade de
Harare, no atual Zimbabwe.
História

O primeiro europeu a tomar contacto com a cidade de Grande Zimbabwe, capital de


Monomotapa, teria sido o navegador e explorador Português Sancho de Tovar.

Estado africano possuía ricas minas de ouro. O ouro teria sido a razão pela qual os
portugueses engendraram a conquista do território, empenhado pelos moradores em troca
das mercadorias que estes ofereciam e, num primeiro momento, justificou a manutenção
lusa no atual território moçambicano, a partir de Sofala.

As origens da dinastia governante remontam à primeira metade do século XV. De


acordo com a tradição oral, o primeiro "mwene" foi príncipe guerreiro de um reino Shona ao
sul, chamado Nyatsimba Mutota, enviado para encontrar novas fontes de sal, ao norte. O
Príncipe Mutota encontrou o sal entre os Tavara, uma subdivisão do Shona, que eram
notórios caçadores de elefantes. Foram então conquistados, e sua capital estabelecida a
358 km ao norte do Grande Zimbábue no Monte Fura pelo Zambezi.
Referências
https://escola.britannica.com.brwww.geledes.org.

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