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Faculdade de Gestão e Contabilidade

Licenciatura em ensino história e geografia


Nome: Ancha Abudo Amade

História Política I

Resumo dos trabalhos da cadeira de história política


O presente resumo apresenta vários temas relacionados ao nosso país. Nele estão abordados temas
tais como: O estado Zimbabwe, estado Muenemutapa, os ajauas, entre outros.

Os principais estados de Moçambique até o séc xv


O estado de Zimbábwe
Localização do império Zimbabwe
Segundo Pereira (2005) avança o estado do grande Zimbabwe localizava-se entre o Zambeze e o
Limpopo, junto ao rio Mutirikwe perto a fronteira com o território moçambicano. O seu nome
(Zimbabwe) deriva das muralhas de pedra que aristocracia fazia construir à volta das habitações e
que chamavam se Madzimbabwe.

Origem do grande Zimbabwe Antes do séc IV, os


primeiros agricultores e metalurgicos bantu chegaram ao sul Zambeze vindos da região dos grandes
lagos. Juntaram se às populações que aí viviam (khoisan) que dedicavam à exploração mineira. No
séc XI , nova migração, trouxe ao planto entre o Zambeze e o Limpopo, povos pastores shonas ,
grandes construtores da "muralha de pedra" (Zimbabwe). Zimbabwe significa " casa de pedra " ,
estas casas eram normalmente para chefes, isto mostra a existência de uma comunidade muito
organizada. O estado existiu aproximadamente entre 1250 e 1450 aproximadamente na região da
atual república do Zimbabwe.
Organização político-administrativo do grande Zimbabwe.
O grande Zimbabwe, onde vivia o rei, era o centro político espiritual. Ali discutiam-se problemas do
estado e diziam que dialogavam com os espíritos dos mortos.

Actividades económicas
Agricultura - produziam cereais como mapira e mexoeira ; Pastorícia - a
actividade agrícola era acompanhada pela criação do gado, onde criavam boi, carneiro e cabrito.

Os chefes acumulavam riquezas através de cobrança de tributos de diferentes formas:

• prestação de serviços nas minas de ouro e na casa aí elefante; • oferta


simbólica aos deuses; • dias do trabalho
forçado nas terras dos chefes;

Mineração - estes povos faziam extração fácil e ouro, ferro, cobre e do estanho; Comércio -
primeiramente faziam trocas diretas de comerciais de cereais, gado e sal. Depois as trocas
começaram fazer-se com moeda. Nascendo assim comércio.

Evolução cultural

A religião e o poder ideológico.


Segundo PEREIRA ( 2005:44),diz que o povo acreditava no poder sob natural dos chefes, que se diziam
serem capazes e interpretar a chuva, o trovão, as doenças e outros fenómenos naturais, cujas origens
desconheciam, julgando que acreditava a ira dos espíritos, dedicavam lhe ritos e sacrifícios.
E Por volta de 1450, o grande Zimbabwe teve a sua decadência, foi abandonado, não é conhecendo as
razões desse abandono mas, pela mesma altura, verificou se uma grande invasão de povos também de
língua chishona que deu origem ao império dos Muenemutapas, estes invasores submeteram os povos
duma região que é estende até ao oceano índico, desde o rio Zambeze até actual cidade Inhambane,
pelo que não é claro o abandono do grande Zimbabwe.

Estado Monomutapa
De acordo com NHAPULO e BILA (2006: pag.13,14...),O império Mutapa foi um vasto império, resultante
várias conquistas e dominação e vários reinos que passaram a ser controlados centralmente. O império
de Mutapa estava dividido estados vassalos várias pequenas regiões - as chefatura. A organização sócio-
política no império e Mutapa estava da seguinte maneira:

• Muenemutapa - chefe máximo; • Mambos -


chefes dos reinos conquistados; • Fumos - chefes conjunto
e aldeias - chefaturas; • Muenemutapas - chefes das mushas -
aldeias;

No império de Mutapa, a principal actividade das populações era a agricultura feita com enxada de cabo
curto. As actividades económicas do império eram: a agricultura, a criação e animais, o artesanato, a
caça, a pesca e o comércio longa distância, controlado pela classe dominante. A principal fonte de
riqueza este império era o ouro.

Segundo ISMAEL e BICA (2004; pag.78),A chegada dos portugueses, em 1498, interferiu no comércio
deste império. Os portugueses tinham como objetivo controlar a produção e comércio de ouro e de
marfim. Desta forma, a chegada dos contribuiu para decadência do império Mutapa.

Os ajauas e o comércio ao norte Moçambique


Segundo NHAPULO e BILA (2006;pág36,), os povos yao (ajauas) são da região de Niassa. Os estados yao
caracterizavam-se pelo desenvolvimento do comércio de marfim e escravos. Especializaram-se no
comércio a longa , indo comercializar na costa com os mercadores árabes, portugueses e outros. E o
processo de islamização resultou do contacto destes povos com a costa litoral. O povo yao é orium do
monte Muembe. Muembe foi sua cidade capital. A decadência do povo yao deveu- se a invasão Nguni.

Os estados do sul de Moçambique e o imperialismo


A formação do estado de Gaza
Segundo NHAPULO e BILA (2006;pág32...), de 1821 a 1830, um grupo liderado por Sochangane alcança
Moçambique submete com facilidade os reinos ao sul de Moçambique. O estado de Gaza surge por
volta e 1821 e tem como primeiro Rei Sochangane, também conhecido por Manicusse. A sua morte em
1858 provocou um período guerra civil entre dois dos seus filhos: Mawewe, que sucedeu, e Muzila, que
depois o irmão tomou o poder e fundou a nova capital em Mossurize.

Início do imperialismo O império Gaza


surge das migrações dos chefes do reino Ndwandwe da África do sul, por medo de Shaka Zulu. Os chefes
fixaram-se depois em Moçambique, conquistando facilmente os reinos locais, criando assim o império. A
base da economia era a agricultura e a criação de animais. Para além destas actividades, desenvolveu-se
o comércio a longa distância.

O comércio e as feitorias comerciais Segundo


HADGES(1999; p151,152), o povo africano desde praticou o comércio, mesmo antes da chegada dos
colonizadores, em particular o território moçambicano. Este povo já fazia as trocas comerciais dos
excedentes agrícolas e de produção de outras actividades, pelos produtos de que necessitavam das
outras aldeias. E faziam comércio com estrangeiros como árabes, indianos e outros. Eles traziam panos
de algodão, missangas, sal, louça, levavam também escravos. As trocas não se faziam com dinheiro. E as
trocas não eram justas. As feitorias eram estabelecimentos comerciais, geralmente
fortificados, e estabelecidos em regiões costeiras com fácil entrada e saída de embarcações, sendo oque
hoje seria parecida com uma zona portuária. A primeira feitoria em Moçambique foi a de Sofala. Depois
foram criadas as feitorias de Angoche e da Ilha de Moçambique.

O sistema de prazos Segundo NHAPULO e


BILA (2006;p30), os prazos do vale Zambeze surgem com a necessidade de os portugueses garantirem e
defenderem as rotas comerciais. Também era objetivo dos mesmos permitir a livre circulação de
produtos de troca. Os chefes eram prazeiros que possuíam terras e cativos, bem como grandes exércitos
de A-Chicundas. A base económica era a cobrança de impostos aos camponeses, as guerras e o
comércio de escravos. Estes prazos tiveram a sua decadência no séc XIX, pela falta de colaboração entre
os enviados pelo governo português e as autoridades locais.

Escravatura O ciclo dos


escravos foi uma fase caça homem. E esta caça teve graves consequências para as sociedades locais,
sendo a mais importante o facto de retirar as sociedades a sua mais importante força energética - O ser
humano.

Contudo, o reino do Zimbabwe foi o primeiro estado de Moçambique. O império de Muenemutapa


surge após o abandono das grandes terras do Zimbabwe, enquanto que o povo yao (ajauas)
caracterizava se pelo desenvolvimento do comércio de marfim e escravos. O império Gaza surge das
migrações dos chefes do reino Ndwandwe da África do sul, por medo de Shaka Zulu. Os prezos do vale
Zambeze eram grandes extensões de terreno que o governo português dava aos colonos vindos de
Portugal, e o ciclo de escravos foi uma fase de caça ao homem.

Bibliografia

NHAPULO, Telésfero de Jesus. A; BILA, Helena das Dores. U (2006). Eu e os outros . 1.ª ed. Longman
Moçambique, Lda. Maputo.

HADGES, David. (1999). História de Moçambique . 2.ª ed. Maputo.

ISMAEL, Ismael A. BECÁ, Firoza ( 2004 ). Tempos e espaços . 1.ª ed. Maputo • MMoçambique

PEREIRA, (2005).

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