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1.

Imperio de Zimbabwe
1.1. Origem

O Imperio de Zimbabwe nasceu muito antes da tradicao oral que lhe sobreviveutudo o
que dele sabemos deve-se a investigaçoes arqueologicas ou a uma informacao
linguistica bastante genmerica. Os arqueologos estabeleceram que os povos de lingua
Shona podem ter sido os responsaveis pelas tradicoes da idade do Ferro recente surgidos
entre o rio Zambeze e Limopo.
O Imperio do Zimbabwe constitui um dos exemplos típicos de estados que em
Moçambique surgiram e/ou desenvolveram o comércio à longa distância com os árabes,
primeiro, e com os portugueses e outras nacionalidades, mais tarde.
O Imperio do Zimbabwe foi fundado pelos povos Karanga, membro dos Bantu e existiu
entre 1250 e 1450. Ele foi um dos primeiros, senão mesmo o primeiro a surgir no
território que é hoje Moçambique, se bem que a sua maior parte se localizasse no actual
Zimbabwe. A palavra “Zimbabwe” (plural madzimbabwe), significa casa de pedra e a
designação “estado do Zimbabwe” advem do facto de as classes dominantes terem feito
rodear as suas habitações por amuralhados de pedra.
1.2. Localizacao Geografica
O reino do Zimbabwe ocupava um espaço entre os rios Zambeze e Limpopo,
dominando as populações do planalto zimbabweano até à costa do oceano Índico. Foi
fundado pelos Shona-Karanga (povo Bantu) provenientes da região dos grandes lagos e
ficou com o nome Zimbabwe porque a capital e outros centros de poder eram rodeados
por muralhas de pedra conhecidas por madzimbabwe (Zimbabwe, no singular).
O Estado do Zimbabwe existiu aproximadamente entre 1250 e 1450, altura em que
foram construídas as muralhas de Mapungubwe e do Grande Zimbabwe. Em
Moçambique, Manhiquene, parte do território de Sendanda, foi um dos vários centros
regionais do reino de Zimbabwe.
1.3. Actividades Economicas
A base da economia da população do reino de Zimbabwe era a agricultura, a pastorícia,
a mineração e o comércio. A agricultura era a actividade mais importante e era praticada
por mulheres que produziam milho, mapira e mexoeira. Na pastorícia criavam bois,
cabritos, carneiros e era praticada pela aristocracia. Na mineração extraíam ferro, cobre,
estanho e ouro. Com o ferro fabricavam armas que serviam para conquistar novos
territórios. O ouro era utilizado para produzir objectos de adorno e mais tarde passou a
fazer parte das mercadorias do comércio a longa distância com os árabes, indianos e
chineses, trocando por tecidos, pérolas, missangas, louças, finas garrafas de vidro. A
comunidade aldeã fazia trocas directas de cereais, gado, sal e instrumentos de ferro.
A aristocracia dominante obrigava os camponeses a trabalhar nas minas para a obtenção
de ouro para a compra de bens de prestígios, como missangas, porcelanas e vidro
colorido. O comércio foi de grande importância para o desenvolvimento, a organização
e a manutenção do poder político dos chefes.
2. Organizacao Politica
No reino do Zimbabwe havia uma estrutura política composta pela classe dominante e
dominada.
 O rei e a sua família viviam no Grande Zimbabwe (capital) que era o centro
político e espiritual;
 Os anciãos possuíam conhecimentos sobre a natureza, passavam a ter autoridade
religiosa e exigiam tributos às populações. Tinham a função de organizar
actividades produtivas e armazenamento dos excedentes, não participando das
actividades produtivas, mas se ocupavam com a observação da natureza para
controlar as épocas chuvosas. Os tributos eram pagos em: trabalho nas suas
terras ou nas minas, ou em produtos.
 A comunidade aldeã, musha, era a classe trabalhadora (agricultores, criadores,
artesãos, ferreiros), pagava tributos à classe dominante.
2.1. Organizacao Social e Ideologica
O povo Shona acreditava no poder sobrenatural dos chefes porque achavam que estes
interpretavam fenómenos naturais como a chuva, a trovoadas, curavam doenças,
interpretavam a morte e outros fenómenos naturais. O rei e os sacerdotes eram os
responsáveis por dirigir cerimónias mágico-religiosas, que estavam ligadas aos
antepassados, tendo a função de controlar a população e manter a coesão social. O rei e
os sacerdotes eram os responsáveis por dirigir cerimónias mágico-religiosas, que
estavam ligadas aos antepassados, tendo a função de controlar a população e manter a
coesão social. Os chefes com poderes políticos e religiosos tinham suas casas dentro das
muralhas de pedra conhecidas por madzimbabwe e o povo vivia em aldeias fora das
muralhas, em casas feitas de caniço ou pau-a-pique.
2.2. Decadencia
No princípio do século XV o estado do zimbabwe entrou em declínio na sequência do abandono do
grande Zimbabwe pela maioria dos seus habitantes. O abandono de Manyikeni esteve, ao que tudo
indica, ligado à implantação político-militar portuguesa em Sofala e na ilha de Moçambique bem
como na fragmentação do estado Zimbabwe nos estados Butua e Muenemutapa. No entanto a
queda do reino de Grande Zimbabwe não foi de um momento para o outro, mas sim levou
alguns anos e teve as seguintes causas:

 Esgotamento do solo que provocou a emigração da população para as regiões


mais produtivas;
 O esgotamento dos jazigos do ouro;
 Redução do caudal do rio Save dificultando a navegação e a ligação entre o
reino de Zimbabwe com a costa;
 As lutas internas entre os Clãs Rozwi e Torwa pelo controlo do comércio.
 Aumento da população resultando na falta de terras para a prática da agricultura
e pastorícia.
Referencias Bibliograficas

Nhampulo, T.(s.d). História 12ª Classe, Plural Editores, Maputo.


Sumbane, S., & Songane, L.F. (2002) História 8ª classe- Ensino Secundário à
Distância, Ministério da Educação, Moçambique.

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