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Exercícios Sucessão Legítima

Nome: Diogo Barbosa


Turma: 9º Período
Professora: Nathália
Resolva as sucessões indicando o valor da meação, da herança, dos quinhões,
a qualidade dos herdeiros e os demais direitos sucessórios.
1. A e B são casados no regime da comunhão parcial de bens e possuem
patrimônio comum avaliado em 500. A ainda tem patrimônio exclusivo
avaliado em 300. O casal possui três filhos: C, D e E. C possui dois filhos, F e
G; D possui um filho, H; e E possui três filhos I, J e K. Resolva a sucessão de
A considerando C pré-morto e D renunciante.

A e B são casados no regime da comunhão parcial de bens, que significa que os bens
adquiridos após o casamento são comuns, e os bens anteriores ao casamento ou recebidos
por doação ou herança são exclusivos de cada um. Portanto, o patrimônio comum do casal
é de 500, e o patrimônio exclusivo de A é de 300. O casal possui três filhos, mas um deles
C faleceu antes de A, e outro (D) renunciou à sua parte na herança. Nesse caso, os
herdeiros de A são:

B, o cônjuge sobrevivente, que concorre com os descendentes de A;

E, o filho vivo de A, que não renunciou à herança;

F e G, os netos de A, que representam o seu pai pré-morto C;

H, o neto de A, que representa o seu pai renunciante (D).

A meação é a metade dos bens comuns do casal, que pertence ao cônjuge sobrevivente
por direito próprio, independentemente da sucessão. Nesse caso, a meação de B é de
250 (metade de 500).

A herança é a totalidade dos bens deixados pelo falecido, que serão partilhados entre
os herdeiros. Nesse caso, a herança de A é de 550, que corresponde à soma do seu
patrimônio exclusivo (300) com a sua meação nos bens comuns (250).

Os quinhões são calculados da seguinte forma:

B, como cônjuge sobrevivente, tem direito a uma parte igual à dos descendentes de
A. Como há quatro descendentes (E, F, G e H), B recebe 1/5 da herança, ou seja, 110.

E, como filho vivo de A, tem direito a uma parte igual à do cônjuge. Portanto, E recebe
1/5 da herança, ou seja, 110.

F e G, como netos de A, representam o seu pai pré-morto ©, e recebem a parte que


caberia a ele. Como C era filho de A, ele teria direito a 1/5 da herança, mas como ele
deixou dois filhos, essa parte é dividida entre eles. Portanto, F e G recebem 1/10 da
herança cada um, ou seja, 55 cada um.

H, como neto de A, representa o seu pai renunciante (D), e recebe a parte que caberia
a ele. Como D era filho de A, ele teria direito a 1/5 da herança, mas como ele deixou
um filho, essa parte é integralmente transmitida a ele. Portanto, H recebe 1/5 da
herança, ou seja, 110.

Assim, a partilha da herança fica da seguinte forma:

B: 250 (meação) + 110 (quinhão) = 360

E: 110 (quinhão)

F: 55 (quinhão)

G: 55 (quinhão)

H: 110 (quinhão)

Além disso, B tem direito à habitação do imóvel de residência da família, caso este seja
o único bem imóvel do inventário, e não entre na partilha. Esse direito é vitalício e
intransmissível, ou seja, dura até a morte de B e não pode ser cedido a terceiros. Os demais
herdeiros não têm direitos sucessórios específicos, além dos seus quinhões na herança.

2. A morreu com patrimônio exclusivo avaliado em 500. A deixou


sua companheira, um tio, um sobrinho e um primo vivos. Resolva a sucessão
de A.

Nesse caso, os herdeiros são chamados de acordo com a ordem estabelecida no Código
Civil, que é a seguinte: descendentes, em concorrência com o cônjuge; ascendentes, em
concorrência com o cônjuge; cônjuge sobrevivente; e parentes colaterais. A morreu com
patrimônio exclusivo avaliado em 500. A deixou sua companheira, um tio, um sobrinho
e um primo vivos. Nesse caso, os herdeiros de A são:

 A companheira de A, que é considerada cônjuge sobrevivente, pois a união estável


é equiparada ao casamento para fins sucessórios, conforme o artigo 1.790 do
Código Civil;
 O tio de A, que é um parente colateral de terceiro grau, pois é irmão do pai ou da
mãe de A;
 O sobrinho de A, que é um parente colateral de terceiro grau, pois é filho do irmão
ou da irmã de A;
 O primo de A, que é um parente colateral de quarto grau, pois é filho do tio ou da
tia de A.

1. A herança é a totalidade dos bens deixados pelo falecido, que serão partilhados
entre os herdeiros. Nesse caso, a herança de A é de 500, que corresponde ao seu
patrimônio exclusivo.
2. Nesse caso, os quinhões são calculados da seguinte forma:
 A companheira de A, como cônjuge sobrevivente, tem direito a uma parte igual à
dos parentes colaterais de terceiro grau, que são os mais próximos de A. Como há
dois parentes colaterais de terceiro grau (o tio e o sobrinho), a companheira recebe
1/3 da herança, ou seja, 166,66.
 O tio de A, como parente colateral de terceiro grau, tem direito a uma parte igual
à do cônjuge e à do outro parente colateral de terceiro grau. Portanto, o tio recebe
1/3 da herança, ou seja, 166,66.
 O sobrinho de A, como parente colateral de terceiro grau, tem direito a uma parte
igual à do cônjuge e à do outro parente colateral de terceiro grau. Portanto, o
sobrinho recebe 1/3 da herança, ou seja, 166,66.
 O primo de A, como parente colateral de quarto grau, não tem direito à herança,
pois os parentes colaterais de quarto grau só são chamados à sucessão na falta de
cônjuge e de parentes colaterais de terceiro grau, conforme o artigo 1.840 do
Código Civil.

Assim, a partilha da herança fica da seguinte forma:

 A companheira de A: 166,66 (quinhão)


 O tio de A: 166,66 (quinhão)
 O sobrinho de A: 166,66 (quinhão)
 O primo de A: 0 (sem direito à herança)

3. A casado com B no regime da comunhão universal possuem patrimônio


comum de 500 mil. A morre deixando seu cônjuge, seu pai e sua avó materna
vivos. Resolva a sucessão de A.

Nesse caso, os herdeiros de A são:

 B, o cônjuge sobrevivente, que concorre com os ascendentes de A;


 O pai de A, que é um ascendente de primeiro grau, pois é progenitor de A;
 A avó materna de A, que é um ascendente de segundo grau, pois é progenitora da
mãe de A.

Assim, a partilha da herança fica da seguinte forma:

 B: 250 mil (meação) + 125 mil (quinhão) = 375 mil


 O pai de A: 125 mil (quinhão)
 A avó materna de A: 0 (sem direito à herança)

4. A e B casados pelo regime da comunhão parcial de bens possuem dois filhos,


C e D. A e B possuem patrimônio comum avaliado em 500 e A possui
patrimônio exclusivo avaliado em 300. A doa para C 150 de seu
patrimônio exclusivo. A faz um testamento para F deixando toda
sua parte disponível. Resolva a sucessão de A.

No seu exemplo, A e B são casados no regime da comunhão parcial de bens, que significa
que os bens adquiridos após o casamento são comuns, e os bens anteriores ao casamento
ou recebidos por doação ou herança são exclusivos de cada um. Portanto, o patrimônio
comum do casal é de 500, e o patrimônio exclusivo de A é de 300. A e B possuem dois
filhos, C e D, que são herdeiros necessários, pois são descendentes de A. A doa para C
150 de seu patrimônio exclusivo, o que configura um adiantamento da legítima, ou seja,
uma antecipação da parte que C teria direito na herança de A. A faz um testamento para
F, que é um herdeiro testamentário, deixando toda a sua parte disponível, ou seja, a parte
que não é reservada aos herdeiros necessários. Nesse caso, os herdeiros de A são:

 B, o cônjuge sobrevivente, que concorre com os descendentes de A;


 C, o filho de A, que recebeu uma doação em vida de A;
 D, o filho de A, que não recebeu nenhuma doação em vida de A;
 F, o beneficiário do testamento de A, que não tem parentesco com A.

1. A meação é a metade dos bens comuns do casal, que pertence ao cônjuge


sobrevivente por direito próprio, independentemente da sucessão. Nesse caso, a
meação de B é de 250 (metade de 500).
2. A herança é a totalidade dos bens deixados pelo falecido, que serão partilhados
entre os herdeiros. Nesse caso, a herança de A é de 400, que corresponde à soma
do seu patrimônio exclusivo (300) com a sua meação nos bens comuns (250),
menos a doação feita em vida para C (150).
3. A legítima é a metade da herança que deve ser destinada aos herdeiros necessários,
de forma igualitária. Nesse caso, a legítima é de 200 (metade de 400), que deve
ser dividida entre C e D, que são os únicos herdeiros necessários de A. Como C
já recebeu 150 de A em vida, ele tem direito a receber apenas mais 50 da legítima,
para completar a sua parte de 200. Já D, que não recebeu nada de A em vida, tem
direito a receber 200 da legítima, que corresponde à sua parte integral.
4. A parte disponível é a metade da herança que pode ser destinada pelo testador a
quem ele quiser, por meio de testamento. Nesse caso, a parte disponível é de 200
(metade de 400), que foi deixada por A para F, que é o único herdeiro
testamentário de A.

 B, como cônjuge sobrevivente, tem direito a uma parte igual à dos descendentes
de A. Como há dois descendentes (C e D), B recebe 1/3 da herança, ou seja,
133,33.
 C, como filho de A, tem direito a uma parte igual à do cônjuge e à do outro filho.
Portanto, C recebe 1/3 da herança, ou seja, 133,33. Porém, como C já recebeu 150
de A em vida, ele deve devolver 16,67 para a massa hereditária, que será
redistribuída entre os demais herdeiros. Assim, o quinhão líquido de C é de
116,66.
 D, como filho de A, tem direito a uma parte igual à do cônjuge e à do outro filho.
Portanto, D recebe 1/3 da herança, ou seja, 133,33. Além disso, D recebe 16,67
da devolução feita por C, totalizando 150.
 F, como beneficiário do testamento de A, tem direito à parte disponível deixada
por A. Portanto, F recebe 200.

Assim, a partilha da herança fica da seguinte forma:

 B: 250 (meação) + 133,33 (quinhão) = 383,33


 C: 150 (doação) + 116,66 (quinhão) = 266,66
 D: 150 (quinhão)
 F: 200 (quinhão)

5. A vivia em união estável com B, com quem formou patrimônio comum


avaliado em 600 mil e pactuou o regime da comunhão universal de bens.
Dessa relação tiveram três filhos: D, E (E é casado em comunhão universal
de bens com N, com quem possui dois filhos J e K) e F. Separado de A sem
ter feito a partilha de bens, B casou com C também no regime da comunhão
universal de bens (tendo formado novo patrimônio comum avaliado em 800
mil reais), com quem viveu até janeiro de 2008, quando saiu de casa
sem nenhuma justificativa separando-se apenas de fato. B e C tiveram três
filhos, G, H e I. H separado judicialmente de O tiveram dois filhos L e M. No
dia 01 de março de 2009 E matou B que continuava morando sozinho. E foi
declarado indigno por sentença. H renunciou a herança de B, e D já tinha
falecido em janeiro de 2009. Resolva a sucessão de B.

1. Identificar os herdeiros de B, que são as pessoas que têm direito à sua herança.
Nesse caso, os herdeiros de B são:

 A, a companheira de B, que viveu em união estável com ele, com quem formou
patrimônio comum avaliado em 600 mil e pactuou o regime da comunhão
universal de bens. A união estável não se dissolveu com a separação de fato de B,
nem com o seu posterior casamento com C, pois não houve partilha de bens nem
reconhecimento judicial da união estável. Portanto, A é considerada cônjuge
sobrevivente de B, que concorre com os descendentes de B na sucessão.
 C, a esposa de B, que casou com ele no regime da comunhão universal de bens,
com quem formou novo patrimônio comum avaliado em 800 mil reais. C também
é considerada cônjuge sobrevivente de B, que concorre com os descendentes de
B na sucessão. O casamento de B e C foi nulo, pois B já era casado com A, mas
isso não afeta os direitos sucessórios de C, que é considerada de boa-fé, pois não
sabia da existência da união estável de B com A.
 D, E, F, G, H e I, os filhos de B, que são descendentes de primeiro grau de B, que
concorrem com os cônjuges de B na sucessão. Dentre eles, E foi declarado indigno
por ter matado B, o que implica na perda do direito sucessório. D faleceu antes de
B, mas deixou descendentes que podem representá-lo na sucessão. H renunciou à
herança de B, o que implica na exclusão do direito sucessório, sem afetar os
direitos dos seus descendentes.
 J, K, L e M, os netos de B, que são descendentes de segundo grau de B, que só
têm direito à sucessão na falta ou exclusão dos descendentes de primeiro grau. J
e K são filhos de E, que foi declarado indigno, e por isso podem representá-lo na
sucessão. L e M são filhos de H, que renunciou à herança, e por isso podem
representá-lo na sucessão.

2. Calcular a meação, a herança e os quinhões dos herdeiros de B, que são as partes


da sucessão que cabem a cada um. Nesse caso, o cálculo é o seguinte:

 A meação é a metade dos bens comuns do casal, que pertence ao cônjuge


sobrevivente por direito próprio, independentemente da sucessão. Nesse caso, B
tinha dois cônjuges, A e C, com quem formou dois patrimônios comuns, um de
600 mil e outro de 800 mil. Portanto, a meação de A é de 300 mil (metade de 600
mil) e a meação de C é de 400 mil (metade de 800 mil).
 A herança é a totalidade dos bens deixados pelo falecido, que serão partilhados
entre os herdeiros. Nesse caso, a herança de B é de 700 mil, que corresponde à
soma do seu patrimônio exclusivo (que não foi informado, mas que se presume
existir) com as suas meações nos bens comuns (300 mil + 400 mil).
 A legítima é a metade da herança que deve ser destinada aos herdeiros necessários,
de forma igualitária. Nesse caso, a legítima é de 350 mil (metade de 700 mil), que
deve ser dividida entre os filhos e os netos de B, que são os únicos herdeiros
necessários de B. Como há cinco filhos vivos (F, G, I, J e K) e quatro netos
representantes (L, M, J e K), cada um recebe 1/9 da legítima, ou seja, 38.888,89.
 A parte disponível é a metade da herança que pode ser destinada pelo testador a
quem ele quiser, por meio de testamento. Nesse caso, não há informação de que
B tenha feito testamento, portanto, presume-se que a parte disponível é de 350 mil
(metade de 700 mil), que deve ser dividida entre os cônjuges e os descendentes de
B, de acordo com o artigo 1.832 do Código Civil. Como há dois cônjuges (A e C)
e cinco filhos vivos (F, G, I, J e K), cada um recebe 1/7 da parte disponível, ou
seja, 50 mil.

Assim, a partilha da herança fica da seguinte forma:

 A: 300 mil (meação) + 50 mil (quinhão) = 350 mil


 C: 400 mil (meação) + 50 mil (quinhão) = 450 mil
 F: 38.888,89 (quinhão) + 50 mil (quinhão) = 88.888,89
 G: 38.888,89 (quinhão) + 50 mil (quinhão) = 88.888,89
 I: 38.888,89 (quinhão) + 50 mil (quinhão) = 88.888,89
 J: 38.888,89 (quinhão) + 50 mil (quinhão) = 88.888,89
 K: 38.888,89 (quinhão) + 50 mil (quinhão) = 88.888,89
 L: 38.888,89 (quinhão)
 M: 38.888,89 (quinhão)

6. A casado com B no regime da comunhão universal tinham 600 mil de


patrimônio comum em 2003, e três filhos, C, D e E, sendo que B ainda está
grávida de 6 meses. C possui dois filhos F e G. Em 2004 A e B doaram a C
200 mil; já em 2005 A e B doaram a F 200 mil. C morreu em 2006 em completa
miséria sem nenhum patrimônio. Resolva a sucessão de A que morreu ontem
e que ainda deixou um testamento em favor de V, seu vizinho, deixando a ele
toda sua parte disponível.

A sucessão de A é um caso complexo, que envolve vários aspectos do direito das


sucessões, como o casamento, o regime de bens, a doação, a legítima, a representação e
o testamento. Para resolver a sucessão de A, é preciso seguir os seguintes passos:

1. Identificar os herdeiros de A, que são as pessoas que têm direito à sua herança.
Nesse caso, os herdeiros de A são:
 B, a esposa de A, que casou com ele no regime da comunhão universal de bens,
com quem formou patrimônio comum avaliado em 600 mil em 2003. B é
considerada cônjuge sobrevivente de A, que concorre com os descendentes de A
na sucessão.
 D e E, os filhos vivos de A, que são descendentes de primeiro grau de A, que
concorrem com o cônjuge de A na sucessão.
 F e G, os netos de A, que são descendentes de segundo grau de A, que representam
o seu pai pré-morto © na sucessão. C era filho de A, que recebeu uma doação de
200 mil em 2004, mas faleceu em 2006 sem deixar patrimônio.
 V, o beneficiário do testamento de A, que é um herdeiro testamentário, que não
tem parentesco com A. A fez um testamento em favor de V, deixando toda a sua
parte disponível, ou seja, a parte que não é reservada aos herdeiros necessários.

2. Calcular a meação, a herança e os quinhões dos herdeiros de A, que são as partes


da sucessão que cabem a cada um. Nesse caso, o cálculo é o seguinte:

 A meação é a metade dos bens comuns do casal, que pertence ao cônjuge


sobrevivente por direito próprio, independentemente da sucessão. Nesse caso, B
tinha um patrimônio comum com A de 600 mil em 2003, mas esse valor foi
reduzido para 200 mil em 2005, após as doações feitas por A e B para C e F, que
somaram 400 mil. Portanto, a meação de B é de 100 mil (metade de 200 mil).
 A herança é a totalidade dos bens deixados pelo falecido, que serão partilhados
entre os herdeiros. Nesse caso, a herança de A é de 100 mil, que corresponde à
sua meação nos bens comuns.
 A legítima é a metade da herança que deve ser destinada aos herdeiros necessários,
de forma igualitária. Nesse caso, a legítima é de 50 mil (metade de 100 mil), que
deve ser dividida entre os filhos e os netos de A, que são os únicos herdeiros
necessários de A. Como há dois filhos vivos (D e E) e dois netos representantes
(F e G), cada um recebe 1/4 da legítima, ou seja, 12.500.
 A parte disponível é a metade da herança que pode ser destinada pelo testador a
quem ele quiser, por meio de testamento. Nesse caso, a parte disponível é de 50
mil (metade de 100 mil), que foi deixada por A para V, que é o único herdeiro
testamentário de A.
 Os quinhões são as partes da herança que cabem a cada herdeiro, de acordo com
a sua classe e grau de parentesco. Nesse caso, os quinhões são calculados da
seguinte forma:
 B, como cônjuge sobrevivente, tem direito a uma parte igual à dos descendentes
de A. Como há quatro descendentes (D, E, F e G), B recebe 1/5 da herança, ou
seja, 20 mil.
 D e E, como filhos vivos de A, têm direito a uma parte igual à do cônjuge e à dos
outros descendentes. Portanto, D e E recebem 1/5 da herança cada um, ou seja, 20
mil cada um.
 F e G, como netos de A, representam o seu pai pré-morto ©, e recebem a parte
que caberia a ele. Como C era filho de A, ele teria direito a 1/5 da herança, mas
como ele deixou dois filhos, essa parte é dividida entre eles. Portanto, F e G
recebem 1/10 da herança cada um, ou seja, 10 mil cada um.
 V, como beneficiário do testamento de A, tem direito à parte disponível deixada
por A, Portanto, V recebe 50 mil.

A partilha da herança fica da seguinte forma:


 B: 100 mil (meação) + 20 mil (quinhão) = 120 mil
 D: 20 mil (quinhão)
 E: 20 mil (quinhão)
 F: 12.500 (quinhão) + 10 mil (quinhão) = 22.500
 G: 12.500 (quinhão) + 10 mil (quinhão) = 22.500
 V: 50 mil (quinhão)

7. A morreu com patrimônio avaliado em 500 mil reais. Deixou os seguintes


parentes vivos. 3 irmãos filhos do mesmo pai e da mesma mãe que ele, 2
irmãos por parte apenas de pai e mais 2 irmãos por parte apenas de mãe.
Resolva a sucessão de A.

A sua questão envolve o cálculo da sucessão legítima, que é a forma de transmissão de


bens prevista na lei quando o falecido não deixou testamento. Nesse caso, os herdeiros
são chamados de acordo com a ordem estabelecida no Código Civil, que é a seguinte:
descendentes, em concorrência com o cônjuge; ascendentes, em concorrência com o
cônjuge; cônjuge sobrevivente; e parentes colaterais. Além disso, o regime de bens do
casamento também influencia na partilha da herança, pois determina quais bens são
comuns ou exclusivos do casal.

No seu exemplo, A morreu com patrimônio avaliado em 500 mil reais. A não deixou
nenhum descendente, ascendente ou cônjuge vivo, mas deixou sete irmãos, sendo três
filhos do mesmo pai e da mesma mãe que ele, dois por parte apenas de pai e dois por
parte apenas de mãe. Nesse caso, os herdeiros de A são:

 Os três irmãos bilaterais, que são parentes colaterais de segundo grau, pois são
filhos dos mesmos pais de A;
 Os dois irmãos unilaterais paternos, que são parentes colaterais de segundo grau,
pois são filhos do mesmo pai de A;
 Os dois irmãos unilaterais maternos, que são parentes colaterais de segundo grau,
pois são filhos da mesma mãe de A.

1. A herança é a totalidade dos bens deixados pelo falecido, que serão partilhados
entre os herdeiros. Nesse caso, a herança de A é de 500 mil reais, que corresponde
ao seu patrimônio avaliado.
2. Os quinhões são as partes da herança que cabem a cada herdeiro, de acordo com
a sua classe e grau de parentesco. Nesse caso, os quinhões são calculados da
seguinte forma:

 Os três irmãos bilaterais, como parentes colaterais de segundo grau, têm direito a
uma parte igual à dos outros parentes colaterais de segundo grau, mas com
preferência sobre os unilaterais. Portanto, os irmãos bilaterais recebem 2/3 da
herança, ou seja, 333.333,33 reais, que devem ser divididos entre eles. Assim,
cada irmão bilateral recebe 1/3 de 333.333,33, ou seja, 111.111,11 reais.
 Os dois irmãos unilaterais paternos, como parentes colaterais de segundo grau,
têm direito a uma parte igual à dos outros parentes colaterais de segundo grau,
mas com subordinação aos bilaterais. Portanto, os irmãos unilaterais paternos
recebem 1/6 da herança, ou seja, 83.333,33 reais, que devem ser divididos entre
eles. Assim, cada irmão unilateral paterno recebe 1/2 de 83.333,33, ou seja,
41.666,67 reais.
 Os dois irmãos unilaterais maternos, como parentes colaterais de segundo grau,
têm direito a uma parte igual à dos outros parentes colaterais de segundo grau,
mas com subordinação aos bilaterais. Portanto, os irmãos unilaterais maternos
recebem 1/6 da herança, ou seja, 83.333,33 reais, que devem ser divididos entre
eles. Assim, cada irmão unilateral materno recebe 1/2 de 83.333,33, ou seja,
41.666,67 reais.

Assim, a partilha da herança fica da seguinte forma:

 Irmão bilateral 1: 111.111,11 reais (quinhão)


 Irmão bilateral 2: 111.111,11 reais (quinhão)
 Irmão bilateral 3: 111.111,11 reais (quinhão)
 Irmão unilateral paterno 1: 41.666,67 reais (quinhão)
 Irmão unilateral paterno 2: 41.666,67 reais (quinhão)
 Irmão unilateral materno 1: 41.666,67 reais (quinhão)
 Irmão unilateral materno 2: 41.666,67 reais (quinhão)

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