1) O documento apresenta as regras do direito sucessório brasileiro, incluindo a ordem de classes de herdeiros e regras de exclusão.
2) É explicado o direito de representação que permite que descendentes recebam a herança de parentes falecidos.
3) Exemplos ilustram como a representação funciona em diferentes configurações familiares.
Descrição original:
Título original
Anotações tiradas da obra Manual das Sucessões da professora Maria Berenice Dias.
1) O documento apresenta as regras do direito sucessório brasileiro, incluindo a ordem de classes de herdeiros e regras de exclusão.
2) É explicado o direito de representação que permite que descendentes recebam a herança de parentes falecidos.
3) Exemplos ilustram como a representação funciona em diferentes configurações familiares.
1) O documento apresenta as regras do direito sucessório brasileiro, incluindo a ordem de classes de herdeiros e regras de exclusão.
2) É explicado o direito de representação que permite que descendentes recebam a herança de parentes falecidos.
3) Exemplos ilustram como a representação funciona em diferentes configurações familiares.
Anotações tiradas da obra Manual das Sucessões da professora Maria Berenice Dias. Editora Revista dos Tribunais.
Regras do direito sucessório:
O chamamento dos herdeiros é feito por classes, segundo a ordem da vocação
hereditária (art. 1829 CC): descendentes, ascendentes, cônjuge e companheiro sobrevivente, parentes colaterais. Os herdeiros das classes mais próximas excluem os mais remotos (art.1833, 1836 § 1º e 1840 CC). A herança é dividida por igual entre herdeiros da mesma classe, pois todos têm o mesmo vínculo de parentesco com o falecido (art. 1834 CC). Entre os parentes do mesmo grau preferem os descendentes aos ascendentes. Herdam primeiro os descendentes (art.1835 e 1836 CC). Entre tios e sobrinhos (parentes de terceiro grau), preferem os sobrinhos (art.1834 e 1843 CC). Conforme a posição sucessória a herança passa aos herdeiros da mesma classe e grau que os demais. Cada um herda por direito próprio e por cabeça (divisão feita pelo número de herdeiros). Exceção: direito de representação. Ficção legal. Não herdam por direito próprio, mas em representação a um herdeiro pré-morto, ou quando o herdeiro é excluído da sucessão por indignidade ou deserdação. (art. 1816 CC). Sobre a deserdação, o Código silenciou, mas aplica-se a mesma regra pela analogia. Há direito de representação quando são convocados à sucessão herdeiros de classes diferentes. Logo, é necessário: a. existirem outros herdeiros da mesma classe; b. que o herdeiro morto, indigno ou deserdado tenha descendentes. O quinhão que caberia ao pré-morto, indigno ou deserdado é dividido entre os que o representam. Como herdam o que caberia ao pré-morto, indigno ou deserdado, herdam por estirpe, por ser descendente do herdeiro falecido. Modos de suceder, portanto: por direito próprio e por representação. Quem herda por representação recebe por direito próprio e em seu nome. Para isso é necessário que além de sobreviver ao defunto, possa ele próprio recolher a herança, isto é, tenha a capacidade (legitimação sucessória). Assim, o descendente para herdar por representação, precisa ser pessoa já nascida ou concebida no momento da abertura da sucessão. A representação ocorre no parentesco em linha reta descendente sem limite de grau. Basta haver herdeiros de graus diferentes. Modos de partilhar: por cabeça, por estirpe ou por linhas. Direito de transmissão: ocorre quando um herdeiro falece depois da abertura da sucessão. A transmissão é do de cujus para seus descendentes. Como só há uma transmissão, incide somente um imposto mortis causa.
Exemplos:
1. A tinha 4 filhos (B, C, D, E) e quando do seu falecimento, B já havia morrido. Se
B não tinha descendentes, a herança é dividida entre os filhos sobreviventes (C,D,E). No entanto, se B tinha descendentes, eles representam o pai na sucessão do avô. A divisão da herança é feita entre todos os filhos, em partes iguais (B, C,D,E).Para efeito de cálculo inclui-se o pré-morto B.O seu quinhão é recebido por seus filhos (F e G) por direito de representação. A eles cabe uma cota igual a dos tios O quinhão recebido é dividido entre F e G. 2. A tinha dois filhos B e C. B tinha um filho De um neto E. Quando do falecimento de A, já haviam morrido tanto o seu filho B como o neto D. Sobreviveram a ele o filho C e o bisneto E. assim, falecido o bisavô A, o bisneto E herda em representação tanto do pai D , como do avô B, que morreram antes da abertura da sucessão. Ele vai dividir a herança com o tio-avô C. 3. Caso A tivesse um único filho B e este somente o filho D, falecendo ambos antes de A, o bisneto E receberia a totalidade da herança por direito próprio. Não se fala em direito de representação.