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Aula 1
1 – Direito Hereditário
Proteções do Ordenamento:
Herança Dto a herança é liberdade individual
Continuidade
Unidade Familiar
2 – Fundamentos da herança
3 – Classificação da sucessão
2) Cônjuge + ascendentes
3) Ascendentes
Art. 1788, CC: Disposição dos patrimônios Não havendo testamento, segue a lei pelo
princípio da supletividade legítima
4 – Conceitos Básicos
Aula 2
1 – Legítima
Art. 1789, CC: Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da
herança.
Art. 1846, CC: Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da
herança, constituindo a legítima.
1º – Descentes + cônjuge
2º – Ascendentes + cônjuge
3º – Ascendentes
3 – Direito de representação
Morto
F1 F2
N1 N2
N1 e N2 (Herdeiros por estipe ou representação): ½ da herança
F2 (Herdeiro por cabeça ou direito próprio): ½ da herança
Se ambos os filhos morrem, não se fala em representação, mas sim sucessão própria. Os
herdeiros recebem igualmente.
4 – Art. 1852: Direito de representação se dá sempre na linha reta descendente, mas não
ascendente
5 – Renúncia
Ascendentes + Cônjuge Este fica com no mínimo 1/3, ou ½ se apenas um ascendente restar,
ou for em maior grau
Aula 3
Colaterais
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830,
serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.
Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas
provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.
Colateral = transversal
Art. 1843: Sobrinho tem precedência sobre tios, mesmo sendo mesmo grau
Direito de representação (Exceção à regra do colateral mais próximo): Irmão pré morto
Filhos do irmão (sobrinhos) têm direito de representação e recebem o quinhão do pai.
Art. 1853: Vale apenas para filhos do irmão, não se estendendo aos netos.
Art. 1841: Diferença entre irmãos bilaterais e unilaterais. Os primeiros ficam com o dobro dos
últimos. (Críticas da doutrina).
Comunhão parcial
- Distinção entra bens particulares (recebidos prévios ou não oneroso) e comuns (onerosos
adquiridos na constância do casamento).
- No falecimento, para os bens comuns receberá como meeiro (50%), nos bens particulares,
recebe como herança.
Aula 4
- Sucessão de Cõnjuge
- Regime de bens
- Equiparação de companheiro
- Regras Essenciais
- Droit de Saisine
Dif. entre herdeiro e meeiro: Sobre os bens de propriedade do casal em regime de comunhão
total de bens, não há tributação de transmissão ao meeiro, pois este já é considerado como
quem o pertencia. Vale o regime no momento do óbito.
Exceção (à regra da autonomia das partes): Separação legal de bens (ou obrigatória) – Art.
1681, CC. Idade ou inobservância de casos suspensivos.
Súmula 377, STF (criticada pela doutrina): Transforma a separação legal em uma espécie de
comunhão parcial. Cria a comunicabilidade de bens.
Mitigação do STJ: Se e somente se comprovado o esforço comum na obtenção/aquisição dos
bens.
Pacto pré nupcial (STJ, 2021): Admite acordo do casal p/ não incidência da Súmula 377.
Entendimento STJ: Se a pessoa casa depois dos 70, mas já constituía UE, não incide o Art. 1681.
Art. 1790, CC → Inconstitucional (STF, 2017). UE agora se rege pelo 1829, CC.
Art. 1836, CC
Aula 5
Aceitação de herança
“Droit de saisine, é uma ficção jurídica que determina a passagem do patrimônio sucessível do
falecido para seus herdeiros legítimos e testamentários, automaticamente, sem a exigência de
qualquer ato por parte desses e até se os mesmos desconhecerem o evento morte ocorrido
com o transmissor”.
Apesar da ficção jurídica, no momento que o herdeiro recebe a notícia, deverá se habilitar
como herdeiro e manifestar a concordância em receber o patrimônio do de cujus. Um ato de
vontade manifestando a concordância transmite definitivamente
Exceção: ato de conservação e administração pura e simples não pressupõe aceitação tácita.
Direito de representação:
Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar
passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva,
ainda não verificada.
Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-
lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor
dos bens herdados.
O herdeiro não responde por encargos superiores além do limite da herança: Não “herda
dívida” que supere seu quinhão
Necessariamente por escrito em instrumento público ou a termos nos autos, lei exige a
solenidade. Lavratura de escritura de renúncia.
Não comporta a efetivação antes do evento morte Pacto de corvina Art. 426, é vedado
expressamente.
Lógica no direito das sucessões: aplicação dos fatores sempre no momento da morte. Ex:
itcmd incide no montante à época da morte. Ex faleceu ação era 10, depois passou a valer 100.
O imposto será no valor de 10, pois era o valor momento da morte.
A renúncia não tem diferença se o herdeiro possui herdeiros necessários ou não, pode ceder
aos herdeiros, como pode ceder a qualquer pessoa.
Art. 1.810: Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da
mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subsequente.
III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de
dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.
- Corrente 1- a exclusão por indignidade está associada à vontade presumida daquele falecido,
seria a vontade natural do de cujus. Reforçada pela ideia de que o ato cometido gera a
prerrogativa de perdoar, poderá deixar no testamento dele, incluindo o herdeiro na sucessão.
- Corrente 2- prevenção ou repressão ao ato ilícito. A partir do momento que o herdeiro perde
seu direito à herança, há a inibição da prática dos atos.
Os filhos do excluído por indignidade não podem ser prejudicados, logo possuem direito de
representação. A solução está no artigo Art. 1693
IV - os bens que aos filhos couberem na herança, quando os pais forem excluídos da sucessão.
A exclusão por indignidade nunca será automática. Sendo decretado mediante ação judicial
Os legítimos para pedir a indignidade são os que se beneficiariam com a exclusão, exemplo um
irmão. Se o irmão do falecido, por indignidade, pedir a exclusão, ele não terá legitimidade para
tal. Somente poderá quem ganharia algo com a exclusão.
Art. 1816: Direito a representação.
OBS: seguro de vida tem natureza de indenização. Não tem imposto. Também não está sujeito
a legítima.
Deserdação
Diferentemente da exclusão por indignidade, que decorre de lei, em rol taxativo, a deserdação
é expressada na vontade do próprio de cujus, ainda em vida, através de testamento.
Art. 1.961. Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou deserdados, em
todos os casos em que podem ser excluídos da sucessão.
Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
descendentes por seus ascendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
ascendentes pelos descendentes:
I - ofensa física;
II - injúria grave;
III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou
companheiro da filha ou o da neta;
Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em
testamento.
Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a
veracidade da causa alegada pelo testador.
Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro
anos, a contar da data da abertura do testamento
Reabilitação
O autor da herança poderá perdoar o herdeiro ora excluído, mas hipóteses do Art. 1814. Dessa
forma, ele deverá reabilitar (Art. 1818), depende de manifestação expressa de forma escrita
em testamento ou outro ato solene.
Aula 6
Comoriência
Testamento:
1 – Unilateral
2 – Gratuito
3 – Personalíssimo
4 – Solene
Pode ser usado para reconhecer paternidade, ou indicar tutor ou guardião de filhos. Bem
como diretrizes sobre criação. Pode versar sobre o destino do corpo.
Art. 1860, CC: Menor pode fazer testamento.
Pode constar P.J. como herdeira? Sim: Art. 1799, CC. Pode usar o testamento para instituir
fundação.
Pode no testamento deixar herança para alguém que ainda vá nascer, mesmo que ainda não
concebida? Sim.
Aula de Exercícios
Aula 06/07/2022
1- Ricardo deixou um único parente vivo, seu irmão e pretendia deixar todo seu patrimônio a
uma instituição de caridade. O ricardo procurou um advogado para confeccionar seu
testamento. O advogado disse que não poderia dispor de tudo porque a outra era
necessariamente reservada ao seu irmão. Verdade?
NÃO, pois o irmão de Ricardo não é herdeiro necessário, conforme art. 1845 do CC. Qualquer
colateral não é herdeiro necessário. Citar o art.1846 do CC QUE FALA SOBRE RESERVA DA
LEGÍTIMA. Art.1789 do CC também pode ser citado.
2- Ricardo vem a óbito e deixa apenas dois parentes vivos: seu filho jonas e sua mãe. Como
dará a partilha?
Todo o patrimônio fica ao filho porque descendente está na classe anterior do ascendente de
acordo com o art. 1829 do CC que estipula a ordem de vocação hereditária.
3- jonas é viúvo e deixa dois parentes próximos, sua sogra e um tio distante e não deixou
testamento. Como é a partilha?
Se é tio, ele que vai receber todo patrimônio deixado pelo de cujo, pois é herdeiro colateral
conforme vocação hereditária prevista no art. 1829, IV do CC. Vale lembrar que sogra não é
herdeira, uma vez que Jonas não deixou testamento disponibilizado a parte disponível para
sua sogra.
4- José falece e deixa uma esposa e era casado pelo regime de separação total de bens e não
havia filhos. Como se dará o testamento?
O cônjuge desce para a segunda classe e recebe junto com ascendente de acordo com os
art.1829, II do CC e art.1836 do CC. Na falta de descendentes são chamados para sucessão dos
ascendentes junto com cônjuge.
Quem vai receber é exclusivamente o filho. O neto não pode arguir para receber a herança
junto com o pai. Previsto no art.1833 do CC. O neto não tem direito de sucessório. Só teria se o
pai estivesse falecido de acordo.
6- Aldenor vem a óbito e deixa duas filhas vivas e uma terceira, pré-morta(faleceu antes da de
cujo). Cada uma tinha dois filhos. Como fica a sucessão?
Indicar a fração que vai ficar para cada uma: cada filha teria 1/3. A terceira como morreu, há
direito de representação que está prevista no art.1851 e 1854 do CC. Logo, a filha da terceira,
recebe como se fosse sua mãe. Então, receberá 1/3 da herança, assim como suas tias.
9- juliana falece e deixa 6 filhos que teve com Rafael! Como se dá a partilha?
Art.1832 do CC está a fundamentação. Ele confere uma preferência ao cônjuge desde que os 6
filhos sejam comuns do casal. O cônjuge fica com 1/4 do patrimônio e os 3/4 serão divididos
entre os 6 filhos. Se um dos filhos não fosse do casal, dividiria igualmente entre os filhos e
cônjuge
10- Mônica falece e deixa apenas o marido e dois bisavós! Como se dá a partilha?
O patrimônio vai ser dividido entre cônjuge e os dois bisavós. A regra é que quando tem
cônjuge concorrendo com ascendente, há metade do patrimônio. o cônjuge só tem direito a
1/3 se tiver concorrendo com o pai e a mãe está no art.1837 do CC.
11- roberto morre e deixa 1 tio e um primo e não deixa testamento. Como se dá a sucessão?
Há dois colaterais. O tio está num grau maia próximo porque é um colateral de terceiro grau e
primo de quarto grau. O tio recebe em integralidade e o grau mais próximo exclui o mais
remoto. Art. 1840 do CC.
12-Sofia falece e deixa um tio e um sobrinho. Como fica a herança? Como o sobrinho e tio
estão no mesmo grau, há uma exceção porque o legislador dá preferência ao sobrinho.
Art1843 do CC.
13- Joaquim falece e era casado pelo regime de comunhão universal de bens e sua
esposa(madrasta) deixa dois filhos. Ele não deixa nenhum bem particular. A mulher recebe
além da meação, recebe 1/3 da partilha. Está correto?
NÃO. Se você é casado no regime de comunhão de bens, vc já é meeira. Não pode ser herdeira
também. A esposa fica com metade dos bens do casal por causa do regime de comunhão
universal de bens. Como já tira metade do patrimônio não faz sentido herdar tbm. Nesse caso,
os outros filhos vai dividir q outra metade. Art.1829, I do CC.
14- Gilmar casado com mariana na comunhão parcial de bens. O casal deixa de patrimônio um
imóvel que Gilmar recebeu a título de herança. Esse imóvel era bem particular dele. No caso
concreto não houve patrimônio comum do casal. Ele tem 2 filhos. Como é a partilha?