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Anotações de Sucessões

Aula 1
1 – Direito Hereditário

Art. 6º CC: A existência da pessoa natural termina com a morte


Sucessão pode ser intervivos, ou causa mortis  Foco da matéria

Herança vacante: Não havendo herdeiros, fica pro Estado

Proteções do Ordenamento:
Herança  Dto a herança é liberdade individual

Continuidade

Unidade Familiar

O legislador do Código de 1916 não protegia o direito do cônjuge, apenas ascendentes e


descendentes.

O Código de 2002 é lido à luz da CF, proteção à família

STF  Cônjuge e companheiro tem o mesmo peso

Com o primado do afeto inaugurado pela CF e o processo de constitucionalização do Direito


Civil, permitiu-se a não discriminação entre filhos concebidos dentro e fora de um casamento,
inclusive para efeitos sucessórios.

2 – Fundamentos da herança

Direito à propriedade privada

Essa propriedade pode ser de bens materiais ou incorpóreos

Ou seja: Podem ser herdados patentes, P.I, ações

OBS: Propriedade privada não é dto absoluto  Função social da propriedade na CF

3 – Classificação da sucessão

A) Quanto a fonte: Se a fonte é a lei (i) ou a vontade (ii)


i. Legítima
Art. 1796, CC  Quando não há testamento
Art. 226, CC  Quando estão presentes os herdeiros necessários
ii. Testamentária

Herdeiros necessários, por linhas:


1) Cônjuge + descendentes

2) Cônjuge + ascendentes

3) Ascendentes
Art. 1788, CC: Disposição dos patrimônios  Não havendo testamento, segue a lei pelo
princípio da supletividade legítima

B) Quanto aos efeitos:


i. Universal
ii. Singular (Legado)  Caráter singular

Art. 1791, CC: A herança se define como um todo Unitário

4 – Conceitos Básicos

De cujus: Titular da herança, falecido

Herdeiro: legítimo, necessário

Legatário: Recebe, via testamento, um bem específico

Aula 2

Regras básicas de sucessão causa mortis

1 – Legítima

Art. 1789, CC: Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da
herança.

Art. 1846, CC: Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da
herança, constituindo a legítima.

Art. 1845, CC: São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.

Descendentes prevalecem sobre ascendentes

Reserva da herança legítima é inafastável

2 – Art 1829: Ordem da vocação hereditária

1º – Descentes + cônjuge

2º – Ascendentes + cônjuge

3º – Ascendentes

4º – Colaterais (Até o 4º grau)

I – A classe só subverte se não existir a anterior

II – Não havendo cônjuge, os descendentes herdam só


III – Dentro de uma classe o mais próximo exclui o mais remoto

3 – Direito de representação

Os herdeiros de um herdeiro pré-morto são chamados a suceder em seu lugar. Só existe


direito de representação para descendentes  Jamais para cônjuge ou testamentário

Morto
F1 F2
N1 N2
N1 e N2 (Herdeiros por estipe ou representação): ½ da herança
F2 (Herdeiro por cabeça ou direito próprio): ½ da herança

Se ambos os filhos morrem, não se fala em representação, mas sim sucessão própria. Os
herdeiros recebem igualmente.

4 – Art. 1852: Direito de representação se dá sempre na linha reta descendente, mas não
ascendente

Avó não pode representar mãe com morte do filho

5 – Renúncia

Não existe direito de representação após renúncia.

Renúncia só se dá depois da abertura da sucessão.

Art. 1832: Divisão na Classe 1

Descendentes + Cônjuge  Este fica com no mínimo ¼ da herança


Ou seja, a partir de 4 filhos, não há equivalência entre os quinhões

Art. 1837: Divisão na Classe 2

Ascendentes + Cônjuge  Este fica com no mínimo 1/3, ou ½ se apenas um ascendente restar,
ou for em maior grau
Aula 3

Colaterais

Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830,
serão chamados a suceder os colaterais até o quarto grau.

Art. 1.592. São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas
provenientes de um só tronco, sem descenderem uma da outra.

Até o 4º grau engloba: Irmãos, tios, sobrinhos

Colaterais mais próximos excluem os mais distantes (Art. 1840)

Colateral = transversal

Art. 1843: Sobrinho tem precedência sobre tios, mesmo sendo mesmo grau

Direito de representação (Exceção à regra do colateral mais próximo): Irmão pré morto 
Filhos do irmão (sobrinhos) têm direito de representação e recebem o quinhão do pai.

Art. 1853: Vale apenas para filhos do irmão, não se estendendo aos netos.

Art. 1841: Diferença entre irmãos bilaterais e unilaterais. Os primeiros ficam com o dobro dos
últimos. (Críticas da doutrina).

Art. 1843, § 2º: Sobrinhos bilaterais recebem o dobro de unilaterais.

Art. 1842: Não havendo bilateral, unilateral recebe de forma idêntica.

 Qualificação do cônjuge como herdeiro (Art. 1829, I)

- Comunhão universal: Patrimônio de confunde inteiramente, tornando-se um único


montante.

Qualidade: Meeiro  Recebe metade do patrimônio, sem impostos de transmissão

Se é meeiro, não é herdeiro. Os herdeiros só recebem do quinhão que não pertence ao


meeiro.

 Comunhão parcial

- Distinção entra bens particulares (recebidos prévios ou não oneroso) e comuns (onerosos
adquiridos na constância do casamento).

- No falecimento, para os bens comuns receberá como meeiro (50%), nos bens particulares,
recebe como herança.

Aula 4
- Sucessão de Cõnjuge

- Regime de bens

- Equiparação de companheiro

- Inconst. Do Art. 1790, CC

- Regras Essenciais

- Droit de Saisine

Dif. entre herdeiro e meeiro: Sobre os bens de propriedade do casal em regime de comunhão
total de bens, não há tributação de transmissão ao meeiro, pois este já é considerado como
quem o pertencia. Vale o regime no momento do óbito.

Separação convencional de bens: No falecimento, ainda que o casamento esteja nessa


modalidade, o cônjuge do de cujus será herdeiro. Sempre será o cônjuge parte da legítima.

Exceção (à regra da autonomia das partes): Separação legal de bens (ou obrigatória) – Art.
1681, CC. Idade ou inobservância de casos suspensivos.

Súmula 377, STF (criticada pela doutrina): Transforma a separação legal em uma espécie de
comunhão parcial. Cria a comunicabilidade de bens.
Mitigação do STJ: Se e somente se comprovado o esforço comum na obtenção/aquisição dos
bens.

Pacto pré nupcial (STJ, 2021): Admite acordo do casal p/ não incidência da Súmula 377.
Entendimento STJ: Se a pessoa casa depois dos 70, mas já constituía UE, não incide o Art. 1681.

Equiparação de cônjuge e companheiro: Entendimento atual é que UE é família.

Art. 1790, CC → Inconstitucional (STF, 2017). UE agora se rege pelo 1829, CC.

Art. 1836, CC

Aula 5

 Aceitação de herança

Princípio da saisine: a herança é repassada no momento do óbito.

“Droit de saisine, é uma ficção jurídica que determina a passagem do patrimônio sucessível do
falecido para seus herdeiros legítimos e testamentários, automaticamente, sem a exigência de
qualquer ato por parte desses e até se os mesmos desconhecerem o evento morte ocorrido
com o transmissor”.
Apesar da ficção jurídica, no momento que o herdeiro recebe a notícia, deverá se habilitar
como herdeiro e manifestar a concordância em receber o patrimônio do de cujus. Um ato de
vontade manifestando a concordância transmite definitivamente

São três as formas de manifestar concordância:

1) Expressa: feita nos autos do inventário, seja público ou particular;

2) Tácita: prática de atos próprios de herdeiros, pressupõe a aceitação; ex: morar no


apartamento que compõe a herança.

Exceção: ato de conservação e administração pura e simples não pressupõe aceitação tácita.

Pagamento das despesas funerária também não implicam aceitação tácita

3) Presumida (Art. 1807)

Direito de representação:

Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar
passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva,
ainda não verificada.

- Quem recusa herança do pai não pode aceitar da avó.

Art. 1.792. O herdeiro não responde por encargos superiores às forças da herança; incumbe-
lhe, porém, a prova do excesso, salvo se houver inventário que a escuse, demostrando o valor
dos bens herdados.

O herdeiro não responde por encargos superiores além do limite da herança: Não “herda
dívida” que supere seu quinhão

 Renúncia da herança (Art. 1806)

Necessariamente por escrito em instrumento público ou a termos nos autos, lei exige a
solenidade. Lavratura de escritura de renúncia.

Não comporta a efetivação antes do evento morte  Pacto de corvina Art. 426, é vedado
expressamente.

Lógica no direito das sucessões: aplicação dos fatores sempre no momento da morte. Ex:
itcmd incide no montante à época da morte. Ex faleceu ação era 10, depois passou a valer 100.
O imposto será no valor de 10, pois era o valor momento da morte.

A renúncia não tem diferença se o herdeiro possui herdeiros necessários ou não, pode ceder
aos herdeiros, como pode ceder a qualquer pessoa.

A renúncia não pode ser revogada.

Art. 1.810: Na sucessão legítima, a parte do renunciante acresce à dos outros herdeiros da
mesma classe e, sendo ele o único desta, devolve-se aos da subsequente.

A renúncia não implica em direito de representação.


A renúncia funciona como se o herdeiro não existisse, seu quinhão será dividido entre os
herdeiros da sua classe.

Art. 1804, parágrafo único

O renunciante, se possuir dívida, e renunciar para driblar, poderão os credores pedir a


habilitação no inventário para receber no lugar dele. A renúncia não poderá ser prejudicial aos
credores, estes deverão pedir autorização judicial. Art. 1813;

 Exclusão por indignidade

É uma possibilidade de excluir os herdeiros necessários (Art. 1814)

O rol do artigo 1814 é estritamente taxativo, sequer comportará analogia.

Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:

I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa


deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou
descendente;

II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em


crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro;

- ainda que a acusação tenha sido após a morte do de cujus

III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de
dispor livremente de seus bens por ato de última vontade.

Essa sanção civil possui duas correntes de fundamentação:

- Corrente 1- a exclusão por indignidade está associada à vontade presumida daquele falecido,
seria a vontade natural do de cujus. Reforçada pela ideia de que o ato cometido gera a
prerrogativa de perdoar, poderá deixar no testamento dele, incluindo o herdeiro na sucessão.

- Corrente 2- prevenção ou repressão ao ato ilícito. A partir do momento que o herdeiro perde
seu direito à herança, há a inibição da prática dos atos.

Os filhos do excluído por indignidade não podem ser prejudicados, logo possuem direito de
representação. A solução está no artigo Art. 1693

Art. 1.693. Excluem-se do usufruto e da administração dos pais:

IV - os bens que aos filhos couberem na herança, quando os pais forem excluídos da sucessão.

A exclusão por indignidade nunca será automática. Sendo decretado mediante ação judicial

Os legítimos para pedir a indignidade são os que se beneficiariam com a exclusão, exemplo um
irmão. Se o irmão do falecido, por indignidade, pedir a exclusão, ele não terá legitimidade para
tal. Somente poderá quem ganharia algo com a exclusão.
Art. 1816: Direito a representação.

OBS: seguro de vida tem natureza de indenização. Não tem imposto. Também não está sujeito
a legítima.

Previdência também, pois possui caráter securitário.

 Deserdação

Diferentemente da exclusão por indignidade, que decorre de lei, em rol taxativo, a deserdação
é expressada na vontade do próprio de cujus, ainda em vida, através de testamento.

- Cônjuge não é herdeiro, logo não pode ser deserdado;

Art. 1.961. Os herdeiros necessários podem ser privados de sua legítima, ou deserdados, em
todos os casos em que podem ser excluídos da sucessão.

Ou seja, poderá já antecipar a exclusão por indignidade.

Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
descendentes por seus ascendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto;

IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade.

Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos
ascendentes pelos descendentes:

I - ofensa física;

II - injúria grave;

III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou
companheiro da filha ou o da neta;

IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade.

Art. 1.964. Somente com expressa declaração de causa pode a deserdação ser ordenada em
testamento.

Art. 1.965. Ao herdeiro instituído, ou àquele a quem aproveite a deserdação, incumbe provar a
veracidade da causa alegada pelo testador.
Parágrafo único. O direito de provar a causa da deserdação extingue-se no prazo de quatro
anos, a contar da data da abertura do testamento

 Reabilitação

O autor da herança poderá perdoar o herdeiro ora excluído, mas hipóteses do Art. 1814. Dessa
forma, ele deverá reabilitar (Art. 1818), depende de manifestação expressa de forma escrita
em testamento ou outro ato solene.

Aula 6

Comoriência

Morte presumida: Art. 22-39, CC:

O herdeiro precisa estar vivo no instante seguinte ao falecimento do de cujus. Se a morte é


presumida concomitante, aquele que faleceu não pode ser herdeiro do de cujus. (Art. 8º, CC).
Não há transmissão de bens.

Art. 1798, CC → Coexistente.

O nascituro tem parte na herança. E concebidos são herdeiros.


O nascimento tem o condão de confirmar os dtos. hereditários. O quinhão do nascituro fica
reservado até o nascimento. Não nascendo com vida, para sucessão conta como se nunca
tivesse existido.

É necessária a concepção antes do falecimento, ou seja, um bebê in vitro só será herdeiro se


concebido antes.

Testamento:
1 – Unilateral

2 – Gratuito

3 – Personalíssimo

4 – Solene

5 – Revogável a qualquer tempo

6 – Condicionado à morte do testador

Testamento tem caráter existencial:

Pode ser usado para reconhecer paternidade, ou indicar tutor ou guardião de filhos. Bem
como diretrizes sobre criação. Pode versar sobre o destino do corpo.
Art. 1860, CC: Menor pode fazer testamento.

Pode constar P.J. como herdeira? Sim: Art. 1799, CC. Pode usar o testamento para instituir
fundação.

Pode no testamento deixar herança para alguém que ainda vá nascer, mesmo que ainda não
concebida? Sim.

Formas de deixar o patrimonio disponível:

- Deixar uma parcela do patrimônio: O herdeiro é um herdeiro testamentário, mas deve


respeitar a legítima.

- Deixar um bem específico (legado): Quem recebe é um legatário.

Aula de Exercícios

Aula 06/07/2022

1 questão disserte sobre, 2 casos concretos e 2 objetivas.

1- Ricardo deixou um único parente vivo, seu irmão e pretendia deixar todo seu patrimônio a
uma instituição de caridade. O ricardo procurou um advogado para confeccionar seu
testamento. O advogado disse que não poderia dispor de tudo porque a outra era
necessariamente reservada ao seu irmão. Verdade?

NÃO, pois o irmão de Ricardo não é herdeiro necessário, conforme art. 1845 do CC. Qualquer
colateral não é herdeiro necessário. Citar o art.1846 do CC QUE FALA SOBRE RESERVA DA
LEGÍTIMA. Art.1789 do CC também pode ser citado. 

2- Ricardo vem a óbito e deixa apenas dois parentes vivos: seu filho jonas e sua mãe. Como
dará a partilha?

Todo o patrimônio fica ao filho porque descendente está na classe anterior do ascendente de
acordo com o art. 1829 do CC que estipula a ordem de vocação hereditária.
3- jonas é viúvo e deixa dois parentes próximos, sua sogra e um tio distante e não deixou
testamento. Como é a partilha?

Se é tio, ele que vai receber todo patrimônio deixado pelo de cujo, pois é herdeiro colateral
conforme vocação hereditária prevista no art. 1829, IV do CC. Vale lembrar que sogra não é
herdeira, uma vez que Jonas não deixou testamento disponibilizado a parte disponível para
sua sogra.

4- José falece e deixa uma esposa e era casado pelo regime de separação total de bens e não
havia filhos. Como se dará o testamento?

O cônjuge desce para a segunda classe e recebe junto com ascendente de acordo com os
art.1829, II do CC e art.1836 do CC. Na falta de descendentes são chamados para sucessão dos
ascendentes junto com cônjuge.

5- Silvio falece e deixa seu filho e um neto. Como se dará a partilha?

Quem vai receber é exclusivamente o filho. O neto não pode arguir para receber a herança
junto com o pai. Previsto no art.1833 do CC. O neto não tem direito de sucessório. Só teria se o
pai estivesse falecido de acordo.

6- Aldenor vem a óbito e deixa duas filhas vivas e uma terceira, pré-morta(faleceu antes da de
cujo). Cada uma tinha dois filhos. Como fica a sucessão?

Indicar a fração que vai ficar para cada uma: cada filha teria 1/3. A terceira como morreu, há
direito de representação que está prevista no art.1851 e 1854 do CC. Logo, a filha da terceira,
recebe como se fosse sua mãe. Então, receberá 1/3 da herança, assim como suas tias.

7- E se a filha pré morta não estivesse deixado descendentes, mas só cônjuge!?

Só há direito de representação em casos de descendentes do pré-morto de acordo com art.


1853 do CC. Entende-se que é a vontade presumida da falecida é que seus filhos herdassem no
lugar dela. Só existe direito de representação em duas hipóteses: em casos de descendentes
do pré-morto e no caso de colaterais herdarem, quando são os irmãos da pessoa que morreu.

8- Se todas as filhas de Aldenor tivesse morrido, bem como o neto 6?


Não se fala mais de direito de representação porque a sucessão será por cabeça, uma vez que
a classe de descendentes de primeiro grau não existe mais. Como o neto 6 falece, não há que
falar do neto 5 receber mais. Então vai dividir a herança entre os 5 netos de acordo com
Art.1854 c/c art. 1852 do CC.

9- juliana falece e deixa 6 filhos que teve com Rafael! Como se dá a partilha?

Art.1832 do CC está a fundamentação. Ele confere uma preferência ao cônjuge  desde que os 6
filhos sejam comuns do casal. O cônjuge fica com 1/4 do patrimônio e os 3/4 serão divididos
entre os 6 filhos. Se um dos filhos não fosse do casal, dividiria igualmente entre os filhos e
cônjuge  

10- Mônica falece e deixa apenas o marido e dois bisavós! Como se dá a partilha?

O patrimônio vai ser dividido entre cônjuge e os dois bisavós. A regra é que quando tem
cônjuge concorrendo com ascendente, há metade do patrimônio. o cônjuge  só tem direito a
1/3 se tiver concorrendo com o pai e a mãe está no art.1837 do CC.  

11- roberto morre e deixa 1 tio e um primo e não deixa testamento. Como se dá a sucessão?

Há dois colaterais. O tio está num grau maia próximo porque é um colateral de terceiro grau e
primo de quarto grau. O tio recebe em integralidade e o grau mais próximo exclui o mais
remoto. Art. 1840 do CC.

12-Sofia falece e deixa um tio e um sobrinho. Como fica a herança? Como o sobrinho e tio
estão no mesmo grau, há uma exceção porque o legislador dá preferência ao sobrinho.
Art1843 do CC. 

13- Joaquim falece e era casado pelo regime de  comunhão universal de bens e sua
esposa(madrasta) deixa dois filhos. Ele não deixa nenhum bem particular. A mulher recebe
além da meação, recebe 1/3 da partilha. Está correto?

NÃO. Se você é casado no regime de comunhão de bens, vc já é meeira. Não pode ser herdeira
também. A esposa fica com metade dos bens do casal por causa do regime de comunhão
universal de bens. Como já tira metade do patrimônio não faz sentido herdar tbm. Nesse caso,
os outros filhos vai dividir q outra metade. Art.1829, I do CC. 
14- Gilmar casado com mariana na comunhão parcial de bens. O casal deixa de patrimônio um
imóvel que Gilmar recebeu a título de herança. Esse imóvel era bem particular dele. No caso
concreto não houve patrimônio comum do casal. Ele tem 2 filhos. Como é a partilha?

O cônjuge fica com 1/3 e cada filho tbm.

Dúvida: O irmão bilateral recebe o dobro e esta no art.1841.

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