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Vocação Hereditária e Ordem de

Vocação Hereditária
Vocação hereditária
Paulo Nader preceitua que vocação hereditária refere-se às pessoas aptas, em princípio,
a sucederem patrimonialmente o de cujus. Consiste no chamamento ou convocação dos
herdeiros legítimos à sucessão.

Se não houver testamento ocorrerá a sucessão legítima / ab intestato

CC. Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros
legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no
testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo.
Capacidade sucessória

CC. Art. 1.798. Legitimam-se a suceder as pessoas nascidas ou já concebidas no momento da


abertura da sucessão.

Obs.: pessoa concebida refere-se ao nascituro = ser humano concebido e ainda não nascido,
ou seja, existe no ventre materno.

Capacidade sucessória do nascituro é excepcional, pois depende do nascimento com vida


para se consumar. Se nascer morto a sucessão é ineficaz, ou seja, retorna-se ao status quo
ante, como se nunca tivesse existido – Maria Helena Diniz

Exame - Docimásia Hidrostática de Galeno


Legitimidade para sucessão
testamentária
CC. Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:
I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas estas ao
abrir-se a sucessão;
II - as pessoas jurídicas;
III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma de fundação.

CC. Art. 1.800. No caso do inciso I do artigo antecedente, os bens da herança serão confiados, após
a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo juiz.
§ 1 o Salvo disposição testamentária em contrário, a curatela caberá à pessoa cujo filho o testador
esperava ter por herdeiro, e, sucessivamente, às pessoas indicadas no art. 1.775.
§ 2 o Os poderes, deveres e responsabilidades do curador, assim nomeado, regem-se pelas
disposições concernentes à curatela dos incapazes, no que couber.
§ 3 o Nascendo com vida o herdeiro esperado, ser-lhe-á deferida a sucessão, com os frutos e
rendimentos relativos à deixa, a partir da morte do testador.
§ 4 o Se, decorridos dois anos após a abertura da sucessão, não for concebido o herdeiro esperado,
os bens reservados, salvo disposição em contrário do testador, caberão aos herdeiros legítimos.
Não possuem legitimidade
testamentária para suceder
CC. Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:
I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os
seus ascendentes e irmãos;
II - as testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato
do cônjuge há mais de cinco anos;
IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim
como o que fizer ou aprovar o testamento.
Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias em favor de pessoas não legitimadas a
suceder, ainda quando simuladas sob a forma de contrato oneroso, ou feitas mediante
interposta pessoa.
Parágrafo único. Presumem-se pessoas interpostas os ascendentes, os descendentes, os
irmãos e o cônjuge ou companheiro do não legitimado a suceder.
Art. 1.803. É lícita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do testador.

Súmula 447, STF: É válida a disposição testamentária em favor de filho adulterino do


testador com sua concubina.
REsp 1628701, julgado pela Egrégia 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, em
07.11.2017, na relatoria do eminente Ministro Ricardo Villas Bôas Cuevas: “RECURSO
ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. CASAMENTO E CONCUBINATO IMPURO
SIMULTÂNEOS. COMPETÊNCIA. ART. 1.727 DO CÓDIGO CIVIL DE 2002. ART. 9º DA LEI
9.278/1996. JUÍZO DE FAMÍLIA. SEPARAÇÃO DE FATO OU DE DIREITO. INEXISTÊNCIA.
CASAMENTO CONCOMITANTE. PARTILHA. PROVA. AUSÊNCIA. SÚMULAS Nº 380/STF
E Nº 7/STJ. 1. Recurso especial interposto contra acórdão publicado na vigência do Código
de Processo Civil de 1973 (Enunciados Administrativos nºs 2 e 3/STJ). 2. A relação
concubinária mantida simultaneamente ao matrimônio não pode ser reconhecida
como união estável quando ausente separação de fato ou de direito do cônjuge
“UNIÃO ESTÁVEL. SITUAÇÃO PUTATIVA. AFFECTIO MARITALIS. NOTORIEDADE E
PUBLICIDADE DO RELACIONAMENTO. BOAFÉ DA COMPANHEIRA. PROVA DOCUMENTAL
E TESTEMUNHAL. 1. Tendo o relacionamento entretido entre a autora e o de cujus se assemelhado a um
casamento de fato, com coabitação, clara comunhão de vida e de interesses, resta induvidosa a affectio
maritalis. 2. Comprovadas a notoriedade e a publicidade do relacionamento amoroso havido entre a
autora e o falecido companheiro, mas ficando comprovado que ele mantinha concomitantemente união
estável com outra mulher, em outra cidade, é cabível o reconhecimento de união estável putativa, pois
ficou bem demonstrado que ela não sabia do relacionamento paralelo do varão com a outra mulher. 3.
Comprovada a união estável, tem a autora direito à meação dos bens adquiridos a título oneroso na
constância da vida em comum, devendo a questão sucessória ser apreciada nos autos do inventário do
companheiro, pois ela, em tese, deverá participar da sucessão relativamente aos bens para cuja
aquisição tiver concorrido. Inteligência do art. 1.725 do CCB. Recurso desprovido” (TJRS, Apelação Cível
70072235328, Sétima Câmara Cível, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, julgado em
22.02.2017).
Ordem de vocação hereditária
Maria Helena Diniz ensina: “Na sucessão legítima convocam-se os herdeiros segundo tal
ordem legal, de forma que uma classe só será chamada quando faltarem herdeiros da
classe precedente”.

Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:


I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o
falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640,
parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado
bens particulares;
II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge;
III - ao cônjuge sobrevivente;
IV - aos colaterais.
Hipóteses em que o cônjuge não será
herdeiro
Herdeiro é aquele que tem direito a receber os bens deixados por quem faleceu, ou seja, é
um sucessor da pessoa falecida.
Meeiro é o possuidor de metade dos bens do falecido, mas não em decorrência do
falecimento, e sim, pelo regime de bens adotado na união.
A depender do regime de bens de casamento escolhido, o cônjuge poderá ser apenas
meeiro, meeiro e herdeiro ou apenas herdeiro.

Regime de comunhão universal – cônjuge meeiro


Regime de separação obrigatória de bens art. 1641 – cônjuge não é herdeiro e somente
será considerado meeiro em relação aos bens que comprovar que adquiriu em comum
esforço com o de cujus
Regime de comunhão parcial de bens – cônjuge será meeiro em relação aos bens comuns
do casal e será herdeiro em relação aos bens particulares do de cujus
Regime de separação convencional – o cônjuge será herdeiro
Regras do art. 1832, CC
Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes (art. 1.829, inciso I) caberá ao cônjuge
quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta
parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer.

A quarta parte da herança somente é garantida ao cônjuge sobrevivente quando ele concorre
com os filhos comuns do casal.

Quando há filhos comuns e filhos somente do cônjuge (enteado), não é garantida a quarta parte
ao cônjuge sobrevivente.

Sucessão híbrida = sucessão feita entre o cônjuge + filhos em comum + filhos somente do de
cujus

Enunciado 527 CJF - Na concorrência entre o cônjuge e os herdeiros do de cujus, não será
reservada a quarta parte da herança para o sobrevivente no caso de filiação híbrida.
Direito de representação
Art. 1.833. Entre os descendentes, os em grau mais próximo excluem os mais remotos, salvo o direito
de representação.

O direito de representação ocorre em situações em que um dos filhos do falecido havia morrido antes
dele

Herdar por cabeça - descendentes do mesmo grau recebem a herança por direito próprio/por cabeça.

Direito de representação por estirpe - ascendentes de graus diversos, estes receberão por estirpe /
representação.

Art. 1.835. Na linha descendente, os filhos sucedem por cabeça, e os outros descendentes, por cabeça ou por
estirpe, conforme se achem ou não no mesmo grau.
Ascendentes
Art. 1.836. Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência com
o cônjuge sobrevivente.
§ 1 o Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.
§ 2 o Havendo igualdade em grau e diversidade em linha, os ascendentes da linha paterna herdam a
metade, cabendo a outra aos da linha materna.
Art. 1.837. Concorrendo com ascendente em primeiro grau, ao cônjuge tocará um terço da herança;
caber-lhe-á a metade desta se houver um só ascendente, ou se maior for aquele grau.
Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro ao cônjuge
sobrevivente.

Não existe direito de representação em relação aos ascendentes


Exemplo

Entre os ascendentes, existindo igualdade em grau de parentesco, sucedem todos por direito
próprio e, havendo diversidade de linhas, mas igualdade de graus, serão, também, todos
chamados por direito próprio. Exemplificando: Falece Antônio deixando pai A e mãe B, o monte
será dividido em duas partes iguais; se deixou um pai A e os avós matemos C e D, porque a
mãe B já era falecida, o pai A recolherá a totalidade, excluindo os avós C e D que são parentes
de segundo grau. Se Antônio morre, deixando avô E e avó F paternos e avô C e avó D
maternos, porque seus pais A e B já eram pré-mortos, a herança será dividida em quatro partes
iguais; se forem avô E e avó F paternos e avó D materna, a herança será dividida entre as duas
linhas, sendo 50o/o entre os dois avós paternos E e F e 50º/o para a avó materna D. Se Antônio
morre, deixando a avó paterna F e os dois bisavós matemos G e H, estando viva a avó materna
D no segundo grau, excluirá os bisavós G e H em terceiro grau, recolhendo D e F a herança.
Cônjuge sobrevivente
Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao
tempo da morte do outro, não estavam separados judicialmente, nem separados de fato há
mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se tornara impossível
sem culpa do sobrevivente.

Art. 1.831. Ao cônjuge sobrevivente, qualquer que seja o regime de bens, será assegurado,
sem prejuízo da participação que lhe caiba na herança, o direito real de habitação
relativamente ao imóvel destinado à residência da família, desde que seja o único daquela
natureza a inventariar.

Direito real de habitação – existe independente do regime de comunhão de bens

Art. 1.838. Em falta de descendentes e ascendentes, será deferida a sucessão por inteiro
ao cônjuge sobrevivente.
Colaterais
Art. 1.839. Se não houver cônjuge sobrevivente, nas condições estabelecidas no art. 1.830, serão chamados a
suceder os colaterais até o quarto grau.
Art. 1.840. Na classe dos colaterais, os mais próximos excluem os mais remotos, salvo o direito de representação
concedido aos filhos de irmãos.
Art. 1.841. Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com irmãos unilaterais, cada um destes herdará
metade do que cada um daqueles herdar.
Art. 1.842. Não concorrendo à herança irmão bilateral, herdarão, em partes iguais, os unilaterais.
Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
§ 1 Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos, herdarão por cabeça.
o

§ 2 Se concorrem filhos de irmãos bilaterais com filhos de irmãos unilaterais, cada um destes herdará a metade do
o

que herdar cada um daqueles.


§ 3 Se todos forem filhos de irmãos bilaterais, ou todos de irmãos unilaterais, herdarão por igual.
o

Art. 1.844. Não sobrevivendo cônjuge, ou companheiro, nem parente algum sucessível, ou tendo eles renunciado a
herança, esta se devolve ao Município ou ao Distrito Federal, se localizada nas respectivas circunscrições, ou à
União, quando situada em território federal.
Maria faleceu, deixando muitos bens e péssimo relacionamento com seus cinco filhos. Fábio a injuriou em um jantar
de família há muitos anos e nunca mais se falaram desde então. Guilherme a coagiu a modificar seu testamento,
ameaçando divulgar informações íntimas suas se não lhe deixasse a parte disponível da herança. Henrique caluniou
o homem com quem ela vivia há muitos anos em união estável. Igor tentou matá-la por envenenamento, estando
preso desde então pelo seu crime. Enfim, Júlio, foi quem efetivamente a matou, buscando contê-la em uma
discussão que chegou às vias de fato, tendo sido condenado por homicídio culposo.

O herdeiro que pode pretender excluir por indignidade todos os demais e ficar com a herança toda de Maria para si
é:
A
Fábio;
B
Guilherme;
C
Henrique;
D
Igor;
E
Júlio.
E - Júlio.

A) ERRADO Fabio seria excluído pela injuria - DESERDAÇÃO Art. 1961 II CC


B) ERRADO Guilherme coagiu a mudar o testamento - Indignidade Art 1.814 III CC
C) ERRADO Henrique caluniou o companheiro de Emengarda - Indignidade Art 1814 II CC
D) Errado Igor Tentou matar - INDIGNIDADE Art 1.814 I CC

E) Certo, Henrique apesar de matar Emengarda, não tinha a intenção E foi condenado por
homicídio na Forma Culposa, PARA SER INDIGNO DEVERIA SER na FORMA DOLOSA.

Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários:


I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste,
contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente
1 Assinale a alternativa correta:
a) O direito sucessório inclui como herdeiro necessário o cônjuge sobrevivente.
b) O direito sucessório inclui como herdeiro necessário o concubino(a) viúvo(a).
c) O direito sucessório inclui como herdeiros necessários o cônjuge sobrevivente e a
concubina viúva.
d) O direito sucessório inclui como herdeiros necessários os descendentes, ascendentes
e os colaterais.
a) O direito sucessório inclui como herdeiro necessário o cônjuge sobrevivente.

letra a. Art. 1.845 do Código Civil:


A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte:

"São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge"

Os colaterais não são herdeiros necessários, deixando a alternativa "A" a única correta, pois o direito
sucessório inclui o cônjuge como herdeiro necessário (bem como os descendentes e os
ascendentes).
Assinale a alternativa que contenha afirmação correta:
a) O nosso ordenamento jurídico dá prioridade à sucessão legítima sobre a
testamentária.
b) Havendo testamento válido, não se aplica a sucessão legítima, pois não há
coexistência das duas espécies na mesma sucessão.
c) O sucessor a título universal, havendo co-herdeiros, não tem legitimidade
para ceder direitos sobre a totalidade de determinados bens da herança.
d) Os efeitos da exclusão por indignidade de herdeiro, são iguais aos da
renúncia, pois ambas afastam o herdeiro da sucessão.
c) O sucessor a título universal, havendo co-herdeiros, não tem legitimidade para ceder direitos
sobre a totalidade de determinados bens da herança.

O sucessor a título universal, havendo co-herdeiros, não tem legitimidade para ceder direitos sobre a
totalidade de determinados bens da herança. Vide arts. 1791, ss, CC.

Herdeiro: é a pessoa que substitui o de cujus em seus direitos e obrigações. O herdeiro sucede o
falecido a título universal. Portanto, não há herdeiros sem que ocorra a morte de uma pessoa.

Legatário: Pessoa que sucede a título singular, isto é, recebe um bem determinado em função de
testamento válido.
Dario foi punido com a decretação do perdimento de bens, vindo a falecer antes do cumprimento dessa
obrigação. Dario deixou bens que foram transferidos para seu único herdeiro e filho, Arantes, maior de idade,
que já possuía outros bens próprios. Nesse caso, de acordo com a Constituição Federal, essa penalidade
A
não poderá ser estendida a Arantes nem poderá ser contra ele executada, pois apenas será estendida aos
sucessores as obrigações de reparar dano, inclusive respondendo com os bens particulares que já possuía
antes do falecimento de seu pai.
B
poderá, nos termos da lei, ser estendida a Arantes e contra ele executada, inclusive respondendo com os bens
particulares que já possuía antes do falecimento de seu pai.
C
não poderá ser estendida a Arantes nem poderá ser contra ele executada, pois nenhuma pena passará da
pessoa do condenado.
D
não poderá ser estendida a Arantes nem poderá ser contra ele executada, pois apenas será estendida aos
sucessores as obrigações de reparar dano, até o limite do valor do patrimônio transferido.
E
poderá, nos termos da lei, ser estendida a Arantes e contra ele executada, até o limite do valor do patrimônio
transferido.
E
poderá, nos termos da lei, ser estendida a Arantes e contra ele executada, até o limite do valor do
patrimônio transferido.

Artigo 5.º, CPF XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação
de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas
aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido
Com relação aos excluídos da sucessão nos moldes da legislação civil em vigor, assinale a opção correta,
referente à deserdação e à indignidade.
A
A deserdação foi abolida pelo legislador no atual Código Civil, que trata apenas da exclusão por
indignidade.
B
A deserdação diz respeito a qualquer tipo de sucessão, enquanto a exclusão por indignidade atinge
apenas os herdeiros necessários.
C
Tanto a deserdação quanto a exclusão por indignidade se referem a qualquer tipo de sucessão.
D
A deserdação diz respeito apenas aos herdeiros necessários, enquanto a exclusão por indignidade se
refere a qualquer tipo de sucessão.
E
Tanto a deserdação quanto a exclusão por indignidade se referem exclusivamente aos herdeiros
necessários.
D - A deserdação diz respeito apenas aos herdeiros necessários, enquanto a exclusão por indignidade se
refere a qualquer tipo de sucessão.

A exclusão da herança pode ocorrer por INDIGNIDADE (por decisão judicial, abrange herdeiros e
legatários)
DESERDAÇÃO (ocorre por testamento e abrange apenas os herdeiros necessários).
a) Declaração de INDIGNIDADE: art 1814, CC. Hipóteses: 1- autor (a) de homicídio DOLOSO consumado
ou tentado contra ascendente, descendente, cônjuge/companheiro; 2- acusa caluniosamente contra
honra de cônjuge ou companheiro; 3- inibir ou obstar o autor da herança por violência ou meio
fraudulento de fazer ato de última vontade.
Prazo para reclamar: 04 anos a partir da abertura da sucessão (morte). Os efeitos são pessoais e
sucedem aos descendentes dos herdeiros excluídos.
b) Declaração de DESERDAÇÃO: art 1961, CC. Possibilidades: do descendente pelo ascendente no
1962, CC: 1- ofensa física, 2 – injúria grave, 3 – relações ilícitas com a madrasta ou padrasto, 3 –
desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade, 4 – hipóteses do art 1814, I, II
e III, CC.

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