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Estudo Dirigido – Prova II

Discente: Diogo Barbosa


Turma: 9 Período
Professora: Nathália

1. Explique a classificação de herdeiros considerando os conceitos de classe, grau e


linha.
O direito de sucessão prevê alguns tipos de herdeiros previstos na lei: ascendentes,
descendentes, colaterais e repartidos. Os primeiros são os pais, avós, que segundo
o Código Civil Brasileiro têm o direito à herança em heranças não testamentárias.
Os descendentes são os filhos, netos e descendentes, que também têm a
preferência para herdar no lugar dos herdeiros colaterais e dos repartidos. Além
disso, os herdeiros colaterais são os irmãos, primos e outros parentes próximos,
enquanto os repartidos são os herdeiros comuns, ou seja, aqueles que não se
encaixam em nenhuma das categorias acima.
Isso significa que, na ausência de herdeiros legítimos e testamento, qualquer
pessoa interessada incluindo instituições de caridade pode herdar, desde que se
prove sua relação com o falecido, com a devida documentação.

2. O que são herdeiros necessários? Quais as consequências?


São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge.
Os herdeiros necessários são aqueles que têm direito a parte legítima da herança: os
descendentes (filho, neto, bisneto) os ascendentes (pai, avô, bisavô) e o cônjuge.
A parte legítima equivale a 50% dos bens do testador, do qual os herdeiros necessários
não podem ser privados.
O cálculo da parte legítima é realizado no momento de abertura da sucessão. Este
percentual é calculado sobre a herança líquida, ou seja, após a quitação das dívidas e
as despesas com o funeral. A outra parte 50% do acervo hereditário é livre para que o
testador o deixe a quem desejar.

3. Explique as regras para a sucessão de:


a. Descendentes:

Na sucessão dos descendentes existem regras a serem observadas: A


igualdade entre os descendentes (trazida com o art. 227, §6 CF.
Descendentes jamais concorrem com ASCENDENTES (1.829CC). O
mais próximo sempre afasta o mais remoto. (1.833 CC); Os descendentes
que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para
igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida
receberam, sob pena de sonegação (Art. 2.002). NÃO DEVEM VIR À
COLAÇÃO (1) As doações aos ASCENDENTES; Os descendentes
concorrem com o cônjuge sobrevivente, dependendo do regime de bens.
b. Ascendentes:

Na falta de descendentes, são chamados à sucessão os ascendentes, em concorrência


com o cônjuge sobrevivente. (…) § 2 o Havendo igualdade em grau e diversidade em
linha, os ascendentes da linha paterna herdam a metade, cabendo a outra aos da linha
materna. Em paralelo, é preciso entender o que dispõe o art. 1.837 do CC/02. Os
ascendentes não são herdeiros necessários, podendo ser excluídos da sucessão por
testamento.

c. Cônjuge:

O cônjuge é herdeiro necessário, salvo se casado com o falecido no regime da


separação obrigatória de bens, ou no da separação convencional, se o pacto
antenupcial não dispuser o contrário. O cônjuge concorre com os descendentes ou os
ascendentes, dependendo da classe de herdeiros que existir, e tem direito a uma quota-
parte que varia de um terço a metade da herança. Se não houver descendentes nem
ascendentes, o cônjuge sobrevivente terá direito à totalidade da herança.

d. Colaterais:

Os colaterais são chamados à sucessão na falta de descendentes, ascendentes e


cônjuge. São herdeiros até o quarto grau, sendo que os mais próximos excluem os
mais remotos, salvo o direito de representação concedido aos filhos de irmãos do
falecido. Os colaterais são divididos em irmãos, sobrinhos, tios, sobrinhos-netos, tios
avós e primos. Os irmãos podem ser bilaterais (filhos do mesmo pai e da mesma mãe)
ou unilaterais (filhos de apenas um pai ou mãe comum), sendo que os primeiros
herdam em dobro dos segundos. Os colaterais não são herdeiros necessários, podendo
ser excluídos da sucessão por testamento ou indignidade.

4. Escolha 4 perguntas da lista de exercícios sobre sucessão legítima e resolva.


(AS QUESTÕES ESTÃO EM UM DOCUMENTO ANEXO)

5. O que é sucessão testamentária?


A sucessão testamentária é a forma de transmissão de bens e direitos de uma pessoa
após a sua morte, conforme a sua vontade expressa em um documento chamado
testamento. O testamento é um ato jurídico que permite ao autor da herança (testador)
escolher livremente os seus herdeiros e a forma de partilha dos seus bens, desde que
respeitados os limites impostos pela lei.
A sucessão testamentária se diferencia da sucessão legítima, que ocorre quando não
há testamento válido ou quando o testamento não abrange todos os bens do falecido.
Nesse caso, a lei determina quem são os herdeiros e como se dará a divisão da herança.
A sucessão testamentária pode ser vantajosa para quem deseja planejar o destino do
seu patrimônio, evitar conflitos entre os herdeiros, beneficiar pessoas que não seriam
herdeiras legítimas ou fazer doações para fins sociais ou culturais.
Para fazer um testamento válido, é preciso ter capacidade jurídica e mental, observar
as formalidades legais e respeitar a legítima dos herdeiros necessários (descendentes,
ascendentes e cônjuge), que corresponde à metade dos bens disponíveis.
Existem diferentes tipos de testamento, como o público, o particular e o cerrado, cada
um com suas características e requisitos específicos.

6. Quais as características do testamento?

O testamento é um documento que expressa a vontade de uma pessoa sobre o destino dos
seus bens e direitos após a sua morte. O testamento deve respeitar as regras legais e os
limites impostos pela lei, especialmente em relação aos herdeiros necessários. As
principais características do testamento são:

 Ser um ato unilateral de vontade, personalíssimo, livre e gratuito, revogável,


solene e formal.
 Ser um negócio jurídico unilateral, uma vez que o testador declara sua vontade
para que seja cumprida após sua morte.
 Poder tratar de questões que não são de natureza patrimonial, como por exemplo,
o reconhecimento de filiação, nomeação de tutor, deserdação, instituição de
fundações.
 Propiciar maior segurança ao testador e possuir menos chances de ser anulado por
não cumprir requisitos legais.
 Não precisa ser confirmado pelo juiz, já que o tabelião possui autoridade para
confirmá-lo.
 Poder ser feito por qualquer pessoa capaz de testar.

7. Quais as competências do testamenteiro?

O testamenteiro é a pessoa encarregada de dar cumprimento às disposições de última


vontade do autor da herança, exercendo os poderes que lhe forem conferidos e as
obrigações estabelecidas pelo testador. Algumas das competências do testamenteiro são:

 apresentar o testamento em juízo para que seja registrado e cumprido;


 cumprir as disposições testamentárias dentro do prazo marcado pelo testador;
 prestar contas do que recebeu e gastou, enquanto estiver com a responsabilidade
de executar o testamento.

O testamenteiro pode ser um herdeiro, um amigo ou outra pessoa de confiança do


testador. Ele tem direito a um prêmio pelos serviços prestados, que pode ser estipulado
pelo testador ou pelo juiz.

8. Explique as regras para:

As regras para os diferentes tipos de testamento são as seguintes:

a. Testamento público:
É o formato mais seguro e precisa ser feito no tabelionato de notas, na presença do
tabelião e de duas testemunhas. O documento permanece depositado no cartório até a
morte do testador, quando será apresentado ao juiz. Apesar do nome, o testamento público
é sigiloso e apenas o tabelião e as testemunhas ficam sabendo o que foi escrito.

b. Testamento cerrado:

É o formato mais sigiloso e pode ser escrito de próprio punho ou de forma mecânica pelo
testador. O documento é apresentado ao tabelião, que o aprova e o entrega ao testador,
sem conhecer o seu conteúdo. O testamento cerrado deve ser apresentado por quem o
detém ao juiz competente, após a abertura da sucessão.

c. Testamento particular:

É o formato mais simples e dispensa os serviços do cartório o documento precisa estar


assinado por três testemunhas, que também não podem receber parte da herança. O
testamento particular não deixa registro público de sua existência, o que o torna menos
seguro. Ele deve ser confirmado pelas testemunhas em juízo, após a morte do testador.

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