Você está na página 1de 11

1. Quais são as possibilidades de nulidade do testamento?

Falta de capacidade mental: O artigo 1.860 do Código Civil estabelece que são incapazes
de testar as pessoas que, no momento da elaboração do testamento, não estiverem no
pleno gozo de suas faculdades mentais ou que, por qualquer motivo, não puderem
exprimir sua vontade. Isso inclui casos de doença mental, deficiência cognitiva ou
influência de medicamentos que afetem a capacidade de discernimento.

Coação física ou moral: O artigo 1.861 estabelece que o testamento é nulo se houver prova
de que o testador foi coagido por meio de violência física ou ameaças graves para fazer o
testamento contra sua vontade.

Erro, dolo ou fraude: O artigo 1.862 trata da nulidade do testamento em casos de erro,
dolo ou fraude. Se houver evidências de que o testador foi enganado, manipulado ou
induzido a erro por outra pessoa para fazer o testamento de uma forma que não
corresponda à sua verdadeira vontade, o documento pode ser anulado.

Além dessas hipóteses de nulidade, é importante destacar que o testamento também


pode ser anulado se não cumprir as formalidades legais exigidas pelo Código Civil. O
testamento deve ser escrito, datado e assinado pelo testador, na presença de pelo menos
duas testemunhas, que também devem assinar o documento.

2. O que são os legados? Quem são os legatários?

Os legados são disposições testamentárias nas quais o testador determina a entrega de


bens específicos a pessoas ou entidades beneficiárias, chamadas de legatários. O legado
pode ser de natureza tanto patrimonial quanto não patrimonial.

O Código Civil aborda essa matéria nos artigos 1.911 a 2.027.

Definição dos legados (artigo 1.913): Os legados são as disposições testamentárias pelas
quais o testador determina a entrega de um bem determinado, seja ele um objeto, um
valor monetário, um direito, uma propriedade ou até mesmo uma obrigação.

Capacidade para receber legados (artigo 1.914): na época da abertura do processo


sucessório, deve haver responsabilidade civil da parte que receberá os bens.

Efeitos dos legados (artigos 1.915 a 1.918): Os legados transmitem ao legatário a


propriedade ou o usufruto dos bens determinados no testamento. Os legados são
considerados como dívidas da herança, e seu pagamento é feito antes da partilha entre os
herdeiros.

Modalidades de legados (artigos 1.919 a 1.924): Existem diferentes modalidades de


legados, como o legado universal, o legado particular, o legado de renda ou frutos, o
legado sob condição e o legado alternativo.

3. O que é o direito de acrescer?

Refere-se à transferência de uma parte da herança de um beneficiário (herdeiro ou


legatário) para outro quando o primeiro beneficiário não pode ou não deseja receber sua
parcela.

O princípio é aplicado quando um dos beneficiários não pode ou não deseja aceitar sua
parte da herança, seja por falecimento anterior ao testador, renúncia ou incapacidade,
vide art. 1.940 a 1.942 do CC.

O direito de acrescer determina que a parte não aceita ou não assumida pelo beneficiário
seja transferida para os demais beneficiários mencionados na disposição testamentária,
garantindo que a totalidade da herança seja distribuída de acordo com a vontade expressa
do testador.

4. Quem são os herdeiros necessários? Qual a fundamentação legal?

Previsto no Código Civil de 2002, nos artigos 1.845 a 1.851, os herdeiros necessários são:

Descendentes (filhos, netos, bisnetos etc.): Os filhos do falecido têm o direito de receber
uma legítima, que é a parte da herança reservada a eles por lei. Se houver netos ou
bisnetos vivos em representação de um filho pré-morto, eles também terão direito à parte
que caberia a seu pai ou mãe.

Ascendentes (pais, avós etc.): Caso o falecido não deixe descendentes, os pais têm direito
a receber uma parte da herança, assim como os avós, se os pais já forem falecidos.

Cônjuge ou companheiro: O cônjuge sobrevivente ou o companheiro tem direito a receber


uma parcela da herança, chamada de meação, que corresponde a uma quota equivalente
à metade dos bens adquiridos na constância do casamento ou da união estável.
Esses herdeiros necessários possuem uma proteção legal especial, garantindo que eles
recebam uma porção mínima da herança, independentemente da vontade do falecido
expressa em testamento.

5. Quando pode ocorrer as substituições? Até quantos graus? Quem pode ser
substituído?

As substituições podem ocorrer em casos de vacância, renúncia, indignidade ou


incapacidade do herdeiro ou legatário designado. As substituições são reguladas pelos
artigos 1.955 a 1.965 do Código Civil brasileiro.

Vacância: A vacância ocorre quando o herdeiro ou legatário pré-designado falece antes do


falecimento do testador ou antes de receber sua parte da herança. Nesse caso, a pessoa
prevista como substituta assume o direito de herdar ou receber o legado.

Renúncia: Um herdeiro ou legatário pode renunciar à sua parte da herança ou ao legado,


abrindo mão de seus direitos sucessórios. Se isso ocorrer, a pessoa designada como
substituta poderá receber a parte da herança ou o legado renunciado.

Indignidade: A indignidade ocorre quando um herdeiro ou legatário é considerado indigno


de receber sua parte da herança devido à prática de atos graves e desonrosos, como
homicídio doloso contra o falecido, tentativa de homicídio, calúnia grave, entre outros.
Nesse caso, a pessoa designada como substituta assume o direito de herdar ou receber o
legado.

Incapacidade: Se um herdeiro ou legatário designado é considerado incapaz de receber


sua parte da herança devido a problemas de capacidade mental ou outra incapacidade
legalmente reconhecida, a pessoa designada como substituta poderá receber a herança ou
o legado em seu lugar.

As substituições podem ocorrer em linha reta (descendentes e ascendentes) e até o quarto


grau de parentesco em linha colateral (irmãos, tios, sobrinhos, primos). Os substitutos
serão chamados à sucessão na ordem e nos graus determinados pela lei.
6. Quando o testador pode revogar seu testamento? Tem um limite? A revogação é
tácita ou expressa?

O testador pode revogar seu testamento a qualquer momento, desde que esteja em pleno
gozo de suas faculdades mentais e tenha a intenção de fazê-lo. Não há um limite específico
de tempo para a revogação do testamento. Está previsto no Código Civil, nos artigos 1.974
a 1.976, que estabelecem que o testamento pode ser revogado a qualquer tempo, por ato
expresso de vontade do testador ou por disposição legal.

Este ato pode ser feito de vforma tácita ou expressa, dependendo das circunstâncias e da
vontade do testador.

Revogação expressa: A revogação expressa ocorre quando o testador manifesta


explicitamente sua intenção de revogar o testamento por meio de um novo testamento,
codicilo ou outro documento legalmente aceito como instrumento de revogação. Nesse
caso, o testador precisa expressar sua vontade de forma clara e inequívoca.

Revogação tácita: A revogação tácita ocorre quando o testador pratica um ato que seja
incompatível com a manutenção do testamento anterior. Por exemplo, se o testador faz
um novo testamento que não menciona o testamento anterior, isso pode ser interpretado
como uma revogação tácita do testamento anterior. Outros exemplos de atos que podem
levar à revogação tácita incluem a destruição física do testamento anterior ou a disposição
dos bens de forma incompatível com as disposições do testamento anterior.

7. O que é um testamenteiro? Quem pode ser?

Pessoa designada pelo testador em seu testamento para administrar a execução das
disposições testamentárias após o falecimento. O testamenteiro é responsável por garantir
que as vontades expressas pelo testador sejam cumpridas de acordo com a lei.

As regras gerais para a nomeação, aceitação e atuação do testamenteiro, incluindo seus


deveres, responsabilidades e poderes está prevista nos artigos 1.964 a 1.971.
Com fulcro no artigo 1.964 do Código Civil brasileiro, podem ser nomeados como
testamenteiros:

Pessoas físicas: Qualquer pessoa física capaz, ou seja, que possua plena capacidade civil,
pode ser nomeada como testamenteiro. Isso inclui familiares, amigos, advogados, ou
qualquer outra pessoa de confiança do testador.

Pessoas jurídicas: Também é possível nomear uma pessoa jurídica, como uma instituição
financeira, uma empresa de administração de patrimônio ou uma fundação, como
testamenteiro, desde que essa pessoa jurídica seja legalmente capacitada para assumir tal
função.

8. O que é sonegação de testamento? Quais os efeitos jurídicos da sonegação?

A sonegação de testamento ocorre quando uma pessoa, após a abertura do testamento,


esconde, destrói, suprime ou altera o documento testamentário com o objetivo de ocultar
ou modificar as disposições nele contidas. Trata-se de violação da integridade do
testamento ou ocultação da sua existência para evitar o cumprimento das vontades do
testador.

A matéria é tratada pelo Código Civil em seus artigos 1.995 a 2.001.

Os principais efeitos jurídicos da sonegação de testamento abrangem:

Invalidade do ato praticado: Se uma pessoa sonega um testamento ou pratica atos para
ocultar ou modificar suas disposições, esses atos serão considerados inválidos. Isso
significa que qualquer alteração, supressão ou destruição feita no testamento será
ineficaz.

Responsabilidade civil e penal: A pessoa que comete a sonegação de testamento pode ser
responsabilizada civil e penalmente pelos atos praticados. Isso pode envolver a obrigação
de reparar danos causados e a possibilidade de sanções penais, como multas ou até
mesmo prisão, dependendo da gravidade do caso.
Possibilidade de ação judicial: Os herdeiros ou legatários que são prejudicados pela
sonegação de testamento têm o direito de tomar medidas legais para proteger seus
interesses. Eles podem entrar com uma ação judicial para requerer a anulação dos atos
praticados, bem como buscar a restituição dos bens ou direitos que lhes foram sonegados.

9. Quando ocorre a colação? Todos os graus, ascendentes, descentes e colaterais estão


sujeitos à colação?

As normas sobre colação estão previstas no Código Civil, nos artigos 2.002 a 2.014. Ocorre
quando se verifica a necessidade de equalização das doações feitas pelo falecido em vida
para seus herdeiros ou legatários. O objetivo da colação é garantir que todos os herdeiros
sejam tratados de forma igualitária, levando em consideração as doações recebidas em
vida.

A colação abrange apenas os herdeiros necessários, ou seja, aqueles que têm direito à
legítima, que é a parcela da herança reservada por lei aos descendentes, ascendentes e
cônjuge. Portanto, nem todos os graus de parentesco estão sujeitos à colação.

Os descendentes (filhos, netos etc.), os ascendentes (pais, avós etc.) e o cônjuge


sobrevivente são os herdeiros necessários sujeitos à colação. Essas pessoas têm direito à
legítima, e eventuais doações que tenham recebido em vida do falecido devem ser trazidas
à colação para que sejam consideradas na partilha da herança.

Já os herdeiros colaterais, como irmãos, tios, sobrinhos e primos, não estão sujeitos à
colação, pois não têm direito à legítima. As doações feitas pelo falecido em vida para esses
herdeiros colaterais não precisam ser trazidas à colação, uma vez que eles não têm a
mesma proteção legal concedida aos herdeiros necessários.

10. Diferencie Herança Jacente de Herança Vacante:

Herança Jacente: A Herança Jacente ocorre quando o falecido deixa bens e não há
herdeiros conhecidos ou capazes de reclamar a herança. Em outras palavras, não há
pessoas identificadas ou disponíveis para receber os bens deixados pelo falecido. Nesse
caso, a herança fica sob a responsabilidade do Estado ou de um órgão específico
designado para administrá-la, geralmente o Poder Judiciário. O objetivo da Herança
Jacente é garantir a proteção e preservação dos bens até que herdeiros sejam
identificados ou surjam reivindicações legítimas.

Herança Vacante: A Herança Vacante ocorre quando a herança é deixada por uma pessoa
falecida e há herdeiros conhecidos, mas todos renunciam ao direito de herdar ou são
considerados incapazes ou indignos de receber a herança. Nesse caso, os herdeiros
renunciantes ou incapazes são excluídos da sucessão, e a herança fica vaga, ou seja, sem
herdeiros efetivos. Assim como na Herança Jacente, a Herança Vacante também fica sob a
responsabilidade do Estado ou de um órgão específico para administrá-la.

Em ambos os casos, a administração da herança pelo Estado ou órgão designado visa


garantir a segurança e a correta gestão dos bens até que sejam encontrados herdeiros
legítimos ou reivindicações válidas.

No Brasil, o Código Civil estabelece que, se os bens não encontrarem herdeiros legítimos
no prazo de 10 anos, contado a partir da abertura da sucessão, eles serão arrecadados
pelo Município em que estiverem localizados. Essa disposição está prevista no artigo 1.819
do Código Civil brasileiro.

Assim, caso não sejam encontrados herdeiros legítimos no prazo estabelecido pela lei, os
bens da herança jacente ou herança vacante são transferidos para o Município, que passa
a administrá-los.

Válido ressaltar que o prazo de 10 anos pode ser suspenso ou interrompido em


determinadas circunstâncias, como no caso de surgimento de novas informações, novos
herdeiros ou reivindicações válidas.

11. Quais são os ritos do inventário?

Inventário Judicial: É realizado perante o Poder Judiciário, quando há necessidade de


intervenção do juiz para solucionar questões relacionadas à partilha dos bens. O inventário
judicial é obrigatório em determinadas situações, como quando existem herdeiros
incapazes, quando há litígio entre os herdeiros ou quando há testamento.

O rito do inventário judicial pode variar de acordo com as normas de cada Estado
brasileiro, mas geralmente segue as seguintes etapas:
a) Petição inicial: O processo é iniciado por meio de uma petição inicial, na qual o
interessado solicita a abertura do inventário.

b) Nomeação do inventariante: O juiz nomeia um inventariante, que será responsável pela


administração dos bens e pelo andamento do inventário.

c) Avaliação dos bens: Os bens do falecido são avaliados por um perito, a fim de
determinar o seu valor.

d) Pagamento de dívidas e obrigações: Eventuais dívidas e obrigações do falecido são


pagas com os recursos da herança.

e) Partilha dos bens: Após a quitação das dívidas, os bens são partilhados entre os
herdeiros de acordo com a lei ou com a vontade expressa do falecido em testamento.

Inventário Extrajudicial: É uma opção mais rápida e menos burocrática disponível quando
não há herdeiros incapazes, litígio ou testamento que exija o inventário judicial. O
inventário extrajudicial é realizado diretamente em um cartório de notas, com a
participação de um tabelião.

O rito do inventário extrajudicial é estabelecido pela Lei nº 11.441/2007 e inclui as


seguintes etapas:

a) Elaboração do acordo: Os herdeiros devem entrar em acordo sobre a partilha dos bens e
elaborar um instrumento particular de inventário e partilha, assinado por todos.

b) Apresentação dos documentos: Os herdeiros devem apresentar os documentos


necessários, como certidão de óbito, certidões de propriedade dos bens, documentos de
identificação etc.

c) Análise e registro: O tabelião analisa os documentos e realiza o registro do inventário no


cartório.
d) Pagamento de impostos: Os impostos devidos sobre a herança são recolhidos.

e) Registro da partilha: Após o cumprimento de todas as etapas, é feito o registro da


partilha no cartório.

12. Quais são os tipos de inventário?

Inventário Judicial:

Regulamentado pelos artigos 610 a 673 do Código de Processo Civil (CPC). Ocorre quando
há necessidade de intervenção do Poder Judiciário para a realização da partilha dos bens
deixados pelo falecido. Assim, preceitua o CPC:

Artigos 610 a 617 do CPC: Estabelecem as regras gerais do inventário judicial, incluindo a
competência do juiz, a abertura do processo, a nomeação do inventariante, a citação dos
herdeiros, entre outros aspectos do procedimento.

Artigos 618 a 620 do CPC: Tratam da avaliação dos bens, ou seja, do processo de
determinação do valor dos bens a serem partilhados.

Artigos 621 a 638 do CPC: Regulamentam a questão das dívidas e obrigações do falecido,
estabelecendo as regras para o pagamento e a forma como isso afeta a partilha dos bens.

Artigos 639 a 673 do CPC: Discorrem sobre a partilha propriamente dita, tratando dos
herdeiros necessários, dos herdeiros testamentários, da colação, das legítimas, das regras
para a divisão dos bens, entre outros aspectos relevantes.

Inventário Extrajudicial:

O inventário extrajudicial, também conhecido como inventário em cartório, é


regulamentado pela Lei nº 11.441/2007. Trata-se de opção simplificada, que pode ser
adotada desde que não haja herdeiros incapazes ou litígio entre os interessados.

Lei nº 11.441/2007: Estabelece os requisitos e os procedimentos para a realização do


inventário extrajudicial, permitindo que a partilha dos bens seja feita diretamente em
cartório, de forma mais ágil e menos burocrática.
Provimento nº 88/2019 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ): Regulamenta o inventário
extrajudicial, estabelecendo diretrizes e orientações para sua correta aplicação pelos
cartórios.

13. Qual a diferença de testamenteiro e administrador provisório?

Testamenteiro:

Trata-se da pessoa nomeada pelo testador em seu testamento para realizar a execução
das disposições testamentárias após a sua morte. Essa nomeação ocorre quando o
testador expressamente indica alguém para ser responsável por cumprir as disposições do
testamento. O testamenteiro tem como função principal administrar e realizar as vontades
expressas pelo testador, como realizar doações, pagar dívidas, distribuir bens, entre outras
determinações.

O testamenteiro é um representante dos interesses do testador e deve agir de acordo com


as instruções expressas no testamento. A nomeação do testamenteiro deve ser feita pelo
testador de forma expressa e clara, respeitando as formalidades legais.

Administrador Provisório:

O administrador provisório é uma figura designada pelo juiz em casos específicos quando
não há um testamento válido ou quando não existe um inventariante nomeado. Sua
função é cuidar da administração dos bens e interesses da herança de forma temporária
até que seja realizado o inventário e a partilha dos bens entre os herdeiros.

O administrador provisório assume a gestão dos bens até a nomeação de um inventariante


ou até a realização do inventário judicial ou extrajudicial. Sua atuação é temporária e
ocorre quando há necessidade de garantir a proteção dos bens e a regularização dos
assuntos relacionados à herança.

14. Para que serve a petição de herança? Quem ela beneficia?

A petição inicial é um documento apresentado pelo interessado (herdeiro, cônjuge,


companheiro, entre outros) ao Poder Judiciário, solicitando a abertura do inventário e a
nomeação do inventariante. Ela serve para dar início ao processo de inventário e permite
que o juiz tenha conhecimento da existência do falecido e de seus herdeiros.

A petição inicial beneficia todos os herdeiros legítimos, pois por meio dela é possível iniciar
o procedimento para a partilha dos bens deixados pelo falecido. Ela também é importante
para garantir que os direitos dos herdeiros sejam preservados e que a divisão da herança
ocorra de acordo com a lei.

A fundamentação legal para o processo de inventário e a apresentação da petição inicial


encontra-se no Código de Processo Civil (CPC), nos artigos 610 a 673. Esses artigos
estabelecem as regras e os procedimentos para a abertura do inventário, a nomeação do
inventariante, a avaliação dos bens, o pagamento de dívidas, a partilha dos bens, entre
outros aspectos relacionados à sucessão hereditária.

Quando existem vários herdeiros, é comum que cada um deles, individualmente ou em


conjunto, protocole sua própria petição inicial.

Caso mais de um herdeiro entre com a documentação de petição inicial de herança de


forma separada, o procedimento dependerá do contexto específico do caso e das normas
do órgão responsável pelo inventário.

Em geral, quando ocorre a apresentação de petições iniciais separadas por diferentes


herdeiros, o juiz pode:

Reunir as petições: O juiz pode determinar a reunião das petições em um único processo, a
fim de facilitar a tramitação e evitar duplicidade de atos.

Comunicação entre os herdeiros: O juiz pode solicitar que os herdeiros entrem em contato
entre si ou com seus representantes legais para buscar um acordo sobre a apresentação
conjunta de uma única petição inicial.

Designação de audiência: O juiz pode convocar uma audiência de conciliação ou uma


audiência de instrução e julgamento para discutir a questão e buscar uma solução
consensual entre os herdeiros.

Você também pode gostar