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DOAÇÃO E FUNDAÇÃO

CONCEITO E CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE DOAÇÃO

Doação é o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu


patrimônio bens ou vantagens para o de outra – Código Civil, artigo 538. Do conceito
legal ressaltam os seus traços característicos: a) a natureza contratual; b) o animus
donandi, ou seja, a intenção de fazer uma liberalidade; c) a transferência de bens para o
patrimônio do donatário; d) a aceitação deste. O primeiro nem precisaria, a rigor, ser
mencionado, pois o fato de a doação estar regulada no capítulo dos contratos em
espécies já evidencia a sua natureza contratual e, ipso facto, a necessidade da aceitação,
cuja menção foi dispensada. Mas o legislador o inclui para demonstrar ter optado pela
corrente que a considera um contrato, diferentemente do direito francês. Na realidade,
dois são os elementos peculiares à doação: a) o animus donandi (elementos subjetivo),
que é a intenção de praticar uma liberalidade (principal característica); b) a transferência
de bens, acarretando a diminuição do patrimônio do doador (elemento objetivo) A
doação constitui ao inter vivos.
Trata-se de um contrato, em regra, gratuito, unilateral, consensual e solene.
Gratuito, porque constitui uma liberalidade, não sendo imposto qualquer ônus ao
encargo ao beneficiário. Será, no entanto, oneroso, se houver tal imposição. Unilateral,
porque cria obrigação para somente uma das partes. Contudo, será bilateral, quando
modal ou com encargo. Consensual, porque se aperfeiçoa com o acordo de vontade
entre o doador e donatário, independentemente da entrega da coisa. Mas a doação
manual (de bens móveis de pequeno valor) é de natureza real, porque o seu
aperfeiçoamento depende da incotinenti tradição destes (Código Civil – artigo 541 –
Parágrafo Único).
Em geral solene, porque a lei impõe a forma escrita (Código Civil - artigo 541 –
Caput), salvo a de bens móveis de pequeno valor, que pode ser verbal (Código Civil -
Artigo 541, Parágrafo Único). O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é
sujeito as consequências da evicção ou do vício rebiditório (Código Civil , artigo 552 –
1ª parte), pois não seria justo que surgissem obrigações para quem praticou uma
liberalidade. Mas a responsabilidade subsiste nas doações remuneratórias e com
encargo, até o limite do serviço prestado e do ônus imposto. Nas doações para

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casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito a evicção, salvo
convenção em contrário (Código Civil - artigo 552 – 2ª parte).
A aceitação é indispensável para o aperfeiçoamento da doação e pode ser
expressa tácita ou presumida. Em geral vem expressa no próprio instrumento. Mas não é
imprescindível que seja manifestada simultaneamente à doação, podendo ocorrer
posteriormente. É tácita quando revelada pelo comportamento do donatário. Este não
declara expressamente que aceita o imóvel que lhe foi doado, mas, por exemplo, recolhe
a sisa devida, demonstrando, com isso, a sua adesão ao ato do doador, ou, embora não
declare aceitar a doação de um veículo, passa a usá-lo e providencia a regularização da
documentação, em seu nome.
A aceitação é presumida pela: a) Quando o doador fixa o prazo ao donatário,
para declarar se aceita, ou não, a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo,
não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou (Código Civil - artigo
539). O silêncio atua, nesse caso, como manifestação de vontade. Tal presunção só se
aplica às doações puras, que não trazem ônus para o aceitante; b) Quando a doação é
feita em contemplação de casamento futuro com determinada pessoa, e o casamento se
realiza. A celebração gera a presunção de aceitação, não podendo ser argüida a sua falta
(Código Civil - artigo 546). Dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura,
se o donatário for absolutamente incapaz ( Código Civil - artigo 543). A dispensa
protege o interesse deste, pois a doação pura só pode beneficiá-lo.

ESPÉCIES DE DOAÇÃO

A doação pode ser de diferentes formas, das quais vou descrever algumas:
Pura e simples (ou típica) – Quando o doador não impõe nenhuma restrição ou
encargo ao beneficiário, nem subordina a sua eficácia a qualquer condição. O ato
constitui uma liberalidade plena.
Onerosa (modal, em encargo ou gravada) – Aquela em que o doador impõe ao
donatário uma incumbência ou dever. O encargo (representado, em geral, pela locução
com a obrigação, ou seja, não suspende a aquisição, nem o exercício do direito (Código
Civil - artigo 136), diferentemente da condição suspensivo (identificada pela partícula
se), que subordina a eficácia da liberalidade a evento futuro e incerto (Código Civil -
artigo 121). Enquanto não se verificar, o donatário não adquirirá o direito. O encargo
pode ser imposto a benefício do doador, de terceiro, ou de interesse geral (Código Civil

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- artigo 553). O seu cumprimento, em caso de mora, pode ser exigido judicialmente,
salvo, quando instituído em favor do próprio donatário, valendo, nesse caso, como mero
conselho ou recomendação (exemplo: dou-te-tal importância para comprares tal
imóvel).
Remuneratória – É feita em retribuição a serviços prestados, cujo pagamento
não pode ser exigido pelo donatário. É o caso, por exemplo, do cliente que paga
serviços prestados por seu médico, mas quando a ação de cobrança já estava prescrita, e,
ainda, do que faz uma doação a quem lhe salvou a vida ou lhe deu apoio em momento
de dificuldade.
Mista – Decorre da inserção de liberalidade em alguma modalidade diversa de
contrato (por exemplo: venda a preço vil, que é a venda na aparência, é doação na
realidade). Embora haja a intenção de doar, existe um preço fixado, caracterizando a
venda.
Em contemplação do merecimento do donatário (contemplativa) - Quando o
doador menciona, expressamente, o motivo da liberalidade, dizendo, por exemplo, que a
faz porque o donatário tem determinada virtude, ou porque é seu amigo, ou renomado
profissional etc. Segundo dispõe o artigo 1º do artigo 540 do Código Civil, a doação é
pura e como tal se rege, não exigindo que o donatário faça por merecer a dádiva.
Feita ao nascitura – Dispõe o artigo 542 do Código Civil que tal espécie de
doação valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. Pode o nascituro ser
contemplado com doações, tendo em vista que o artigo 2º põe a salvo os meus direitos
desde a concepção. A aceitação será manifestada pelos país, ou por seu curador, nesse
caso com autorização judicial (Código Civil - artigo 1748, II c/c o artigo 1774). Sendo
titular de direito eventual, sob condição suspensiva, caducará a liberalidade, se não
nascer com vida.
Em contemplação de casamento futuro (propter nptias) – É o presente de
casamento, dado em consideração às núpcias próximas do donatário com certo e
determinada pessoa. Segundo prescreve o artigo 546 do Código Civil, só ficará sem
efeito se o casamento não se realizar. A sua eficácia subordina-se, pois, a uma condição
suspensiva: a realização do casamento (si nuptiae sequntur). Dispensa aceitação, que se
presume da celebração.
De ascendentes e descendentes – Proclama o artigo 544 do Código Civil que a
doação de ascendentes a descendentes, importa adiantamento do que lhes cabe por
herança. Estes são obrigados a conferir, no inventário do doador, por meio de colação,

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os bens recebidos, pelo valor que lhes atribuir o ato de liberalidade ou a estimativa feita
naquela época (Código Civil, artigo 2004, § 1º), para que sejam igualados os quinhões
dos herdeiros necessários, salvo se o ascendente os dispensou dessa exigência,
determinando que saiam de sua metade disponível, contando que não a excedam,
computado o seu valor ao tempo da doação (Código Civil artigos 2002 e 2005). A
obrigatoriedade da colação, na doação dos pais a determinado filho, (Código Civil -
artigo 496) ou permuta de bens e valores desiguais (Código Civil - artigo 533,II).

DA REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO
A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário ou por inexecução do
encargo (Código Civil - artigo 555), bem como pelos modos comuns a todos os
contratos.

FUNDAÇÕES

Na definição encontrada em Marcello Caetano, extrai-se que a Fundação é uma


organização destinada a prosseguir um fim duradouro, ao qual esteja afecto um
património.
O art.º 157º do C.C., vem enquadrar a fundação dentro da categoria jurídica das
pessoas colectivas, distinguindo-as de outros tipos de instituições congéneres como
associações e sociedades, confere expressamente capacidade de gozo de direitos às
pessoas colectivas.  
Quando á questão da abordagem da matéria das fundações, desde logo se nos
coloca a distinção entre fundações públicas e fundações privadas,
As primeiras são constituídas por iniciativa e acto do poder administrativo, por
via legislativa, com meios públicos, para a prossecução de fins altruístas e sempre no
interesse público.
A segunda categoria de fundações, que iremos abordar são as de direito privado
ou particulares, ora essas fundações são constituídas por iniciativa privada, através de
acto formal de escritura pública para reconhecimento pelo Estado, para a prossecução
dos mais variados fins de interesse colectivo, seja no âmbito cultural, educacional,
recreativo, científico ou mesmo de solidariedade social.

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No primeiro caso, a instituição, o reconhecimento e a aprovação dos respectivos
estatutos concretizam-se através de um acto legislativo, normalmente sob a forma de
decreto-lei, e as fundações regem-se pelo regime público administrativo. No segundo
caso, constituem-se normalmente mediante escritura pública - sem excluir todavia a
constituição pontual por acto legislativo – e existem sob a égide do direito civil,
mormente do Código Civil, se bem que qualquer dos tipos de fundações prossiga fins de
interesse público, colectivo ou de utilidade pública.
É de realçar, a existência de diversas fundações privadas cuja iniciativa e
utilidade pública foram objecto de instituição ou reconhecimento por decreto-lei – a
exemplo das Fundações constituídas no seio da Universidade de Coimbra,
nomeadamente a Fundação Rangel de Sampaio e a Fundação José Alberto dos Reis.
Também se realça para o facto de haver Fundações constituídas por iniciativa
privada, sob a égide do direito civil e que são em grande medida subsidiadas por
dinheirosa públicos ou comunitários, como por exemplo a Fundação Gomes Teixeira e a
Fundação Casa da Cultura que funcionam junto da Universidade do Porto.
As fundações, sejam elas públicas ou privadas, são pessoas colectivas às quais o
Estado reconhece a qualidade jurídica para exercer direitos e contrair obrigações, dentro
dos limites estabelecidos na Constituição da República Portuguesa (CRP) e na
legislação ordinária.
Embora todas as Fundações devam prosseguir interesses de carácter colectivo,
não privativos do fundador ou dos seus herdeiros, o nosso ordenamento jurídico parece
ainda consentir , por absurdo que pareça, a distinção entre as fundações de utilidade
pública e de utilidade particular, tendo em conta o especial interesse para a comunidade
nacional ou local dos fins por elas prosseguidos, bem como o âmbito ou a medida da
cooperação que tais entidades possam estabelecer com a Administração Pública.

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ENQUADRAMENTO DOUTRINÁRIO CLÁSSICO 

No enquadramento doutrinário clássico, as fundações privadas integram as


chamadas instituições particulares de interesse público, enquanto que as fundações
públicas são uma espécie do género instituições públicas ou institutos públicos em
geral.

No seio das instituições particulares de interesse público, este autor salienta a


existência de um quarto sector produtivo, não lucrativo ou de fins altruístas, constituído
pelas sociedades de interesse colectivo - sociedades e pelas pessoas colectivas de
utilidade pública – associações e fundações.

Estas últimas, por sua vez , integram as pessoas colectivas de utilidade pública
administrativa, as pessoas colectivas ou coletividades  de  mera utilidade pública, e as
instituições privadas ou particulares de solidariedade social

Dentro da categoria jurídica das pessoas colectivas de direito privado e utilidade


pública, onde a doutrina clássica mais representativa insere as fundações particulares,
privadas ou de direito privado, e tendo em especial atenção o elenco decorrente da
legislação aplicável , colhe-se a existência das seguintes espécies, a que parecem
corresponder também regimes jurídicos pontualmente diversificados, a saber, e em
função de uma certa ordem cronológica: como as pessoas colectivas de utilidade pública
administrativa, as de mera utilidade pública, as instituições privadas de solidariedade
social.

Tipos de Fundações:
1. Fundações de utilidade pública administrativa

Em obediência à sua maior longevidade, cumpre destacar as pessoas colectivas


de utilidade pública administrativa, previstas nos artigos  416.º e  segs. do Código
administrativo – ainda em vigor – cujos fins, na medida em que coincidentes com
atribuições particularmente importantes da Administração pública, parecem justificar a
sua submissão a um regime administrativo mais apertado, nas suas linhas gerais
decorrente do Código Administrativo.

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Esta categoria é constituída pelas fundações que prosseguem fins humanitários e
de beneficência, de assistência ou educação, não coincidentes com os enunciados para
outras duas categorias b- é o caso designadamente das associações de bombeiros
voluntários e das associações e fundações humanitárias que visam socorrer feridos,
doentes ou náufragos, a extinção de incêndios ou qualquer forma de protecção
desinteressada de vidas humanas ou de bens.

2. Fundações de mera utilidade pública

Se por um lado este tipo de pessoas colectivas de utilidade pública assume


carácter residual relativamente às duas outras categorias enunciadas, uma vez que nele
estão compreendidas todas as pessoas colectivas de utilidade pública – de tipo
fundacional, nomeadamente – com fins de interesse geral que não correspondam aos
fins específicos das pessoas colectivas de utilidade pública administrativa ou das
instituições privadas de solidariedade social, não menos verdade é que a eles se
reconduzem todas as outras, pelas razões anteriormente explanadas.

AS FUNDAÇÕES PRIVADAS DE ORIGEM E CAPITAIS PÚBLICOS

Há que distinguir as fundações públicas – que em nada se distinguem dos


serviços e organismos públicos em geral, constituídas por iniciativa e meios públicos,
através do DL, em que a instituição e o reconhecimento se fundem no próprio texto
legal e os estatutos se inserem na respectiva lei orgânica – das fundações privadas
construídas por iniciativa pública, nos moldes privados , nos termos do Código Civil,
mas com meios financeiros em parte ou na totalidade subscritos pelo erário público.
É neste âmbito que cabe a referência a uma prática arreigada de financiamento
público de fundações puramente privadas – haja em vista o financiamento à Fundação
Mário Soares, noticiado pelos média e debatido em diversas instâncias, que se teria
traduzido na concessão de dinheiro em públicos e de património edificado.
Várias questões teóricas nos planos da legalidade, legitimidade, equidade e deontologia
se suscitam neste domínio:
Podem o Estado ou outras pessoas colectivas públicas criar entidades privadas,
sejam elas fundações, sociedades anónimas ou associações, que tenham por escopo,
exclusiva ou predominantemente , a prossecução do interesse público ? Se bem que a
CRP não pareça reconhecer senão aos cidadãos o direito de livre associação.

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A maior dificuldade não reside , todavia, nos casos em que a própria fundação é
constituída por D.L., em termos e em tudo análogo às Direcções-Gerais e delas se
distinguindo apenas pelo nome, tendo de comum com as verdadeiras fundações,
unicamente, o nome também. Em tais circunstâncias, se por sua vez a fundação pública
constitui por escritura pública instituições privadas, com vista à prossecução dos seus
objetivos orgânicos, no plano lógico-jurídico é a sua própria subsistência orgânica que é
posta em causa.
Mais complexas, mas não menos plausíveis, são aquelas hipóteses em que , em
cumprimento de vontade manifestada pelo fundador, que lega ou não meios financeiros 
para o efeito, uma entidade pública, quiçá uma universidade ou autarquia, através de
D.L. também, instituem, reconhecem e declaram a utilidade pública de uma fundação , à
qual afectam o património recebido para o efeito  ou á qual afectam meios financeiros
públicos próprios.

INSTITUIÇÃO DAS FUNDAÇÕES


A constituição e existência efectivasse uma fundação – mormente de direito de
direito privado ou das fundações privadas típicas, digamos assim – resulta da
coexistência de três actos ou momentos distintos, quais sejam: a instituição ou acto
constitutivo, o reconhecimento e o registo.
O acto de instituição, constituição – ou dotação como, por vezes, também se designa –
traduz-se “grosso modo” na manifestação de vontade do instituidor no sentido de
efectuar um determinado património à prossecução de um fim duradouro socialmente
relevante.
Poderão as fundações, conforme disposto no art.º 185º, nº1, do Código Civil, ser
instituídas por acto entre vivos ou “mortis causa”, mediante escritura pública ou
testamento, respectivamente, devendo a entidade instituidora imperativamente indicar,
nesse acto de instituição, qual o fim a ser prosseguido pela fundação, bem como o
património que lhe é destinado. A título facultativo, poderão também dele constar a
sede, a organização e funcionamento da fundação , a sua transformação, extinção e o
destino dos respectivos bens –art.º 186.º do C.C.
De acordo com a lei , a instituição por acto entre vivos e a consequente dotação
de bens tornam-se irrevogáveis, a partir do momento em que se inicia o processo de
reconhecimento, se todavia revestir a forma de testamento , os herdeiros legitimários do
do fundador só podem atingir acto de instituição da liberalidade por inoficiosidade.

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Em qualquer dos casos estamos perante um trato em que só uma das partes o
determina, o chamado negócio jurídico unilateral.

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CONCLUSÃO

Diante do exposto, podemos concluir que o Contrato de Doação é um Contrato


de Doação é um contrato que é fundamental nas relações interpessoais, porque permite
que uma pessoa passe para outra parte do seu patrimônio, legalizando a transação,
fundamentada nos preceitos do Código Civil. Tal contrato, é em regra, gratuito,
unilateral, consensual e solene. Gratuito porque constitui uma liberalidade, não sendo
imposto qualquer ônus ou encargo ao beneficiário; Unilateral, porque cria obrigação
para somente uma das partes; Consensual, porque se aperfeiçoa com o acordo de
vontade entre o doador e o donatário, independentemente da entrega da coisa.
Apesar de se tratar de doação, o artigo 557 do Código Civil admite a revogação
da doação caso haja ingratidão por parte do donatário, mas somente se for pura e
simples, como se infere, por exclusão no texto do artigo 564 do Código Civil.
Enquanto que a fundação constituídas por iniciativa e acto do poder
administrativo, por via legislativa, com meios públicos, para a prossecução de fins
altruístas e sempre no interesse público.
O registo ou o acto de inscrição de uma fundação num registo público é mera
formalidade, acto administrativo declaratório ou acto não constitutivo que condiciona a
eficácia do acto de instituição de um ente não individual ou pessoa jurídica de existência
“artificial ou contingente” - na expressão feliz de Savigny.

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