Este documento é um contrato de doação que define os termos e condições legais de uma doação, incluindo os elementos essenciais como a intenção de doar (animus donandi), a obrigação de transferir bens, as espécies de doação, a aceitação, e os motivos pelos quais uma doação pode ser revogada, como a ingratidão do donatário.
Este documento é um contrato de doação que define os termos e condições legais de uma doação, incluindo os elementos essenciais como a intenção de doar (animus donandi), a obrigação de transferir bens, as espécies de doação, a aceitação, e os motivos pelos quais uma doação pode ser revogada, como a ingratidão do donatário.
Este documento é um contrato de doação que define os termos e condições legais de uma doação, incluindo os elementos essenciais como a intenção de doar (animus donandi), a obrigação de transferir bens, as espécies de doação, a aceitação, e os motivos pelos quais uma doação pode ser revogada, como a ingratidão do donatário.
uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra. Segue...
Elementos:
a) animus donandi – que é o elemento subjetivo,
caracterizado pela intenção de praticar uma liberalidade; e,
b) obrigação de transferir bens ou vantagens –
que é o elemento objetivo, implicando na diminuição do patrimônio do doador. Segue...
Espécies:
a) doação pura – é aquela em que o doador não
impõe nenhum encargo ao donatário, decorrendo, o ato, de plena liberalidade. Também chamada de pura e simples, é a doação típica, consubstanciando, em verdade, um contrato unilateral. Segue... b) doação onerosa – também chamada de gravada, modal ou com encargos, é aquela em que o doador impõe uma incumbência, ou encargo, que o donatário deve cumprir para ter direito ao benefício da doação. O encargo pode ser estabelecido em favor do doador, de terceiros ou do interesse geral, na forma do art. 553. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva (CC, art. 136), podendo ser exigido do donatário, quando aceitar a doação, o seu cumprimento, inclusive judicialmente. Segue...
c) doação condicional – é a aquela na qual se
estabelece uma condição, ou seja, cuja eficácia depende de um evento futuro e incerto (art. 121). É exemplo a doação feita a nascituro (art. 542) e por conta do casamento (art. 546). Segue...
d) doação remuneratória – é aquela feita como
retribuição de serviços prestados pelo donatário, sem que obrigação houvesse, conforme previsto no art. 540. Segue...
Art. 539. O doador pode fixar prazo ao donatário,
para declarar se aceita ou não a liberalidade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou, se a doação não for sujeita a encargo. a) aceitação expressa – é a que é dada por escrito pelo donatário, no mesmo instrumento da doação, ou em documento apartado. b) aceitação tácita – é a que resulta de atos incompatíveis com a recusa da doação; é revelada pelo comportamento do donatário, que não se coaduna com quem não aceita a doação, tal como o pagamento de imposto devido pelo ato. c) aceitação presumida – é a que decorre do silencio do donatário, como previsto no art. 539: fixando o doador prazo para que o donatário declare a aceitação, o silêncio deste será entendido como aceitação, desde que a doação seja pura, não estando sujeita a encargo. Segue...
Art. 540. A doação feita em contemplação do
merecimento do donatário não perde o caráter de liberalidade, como não o perde a doação remuneratória, ou a gravada, no excedente ao valor dos serviços remunerados ou ao encargo imposto. Segue...
Art. 541. A doação far-se-á por escritura pública
ou instrumento particular.
Parágrafo único. A doação verbal será válida, se,
versando sobre bens móveis e de pequeno valor, se lhe seguir incontinenti a tradição. Segue...
Jornada de Direito Civil VIII, enunciado 622.
Art. 541: Para a análise do que seja bem de pequeno valor, nos termos do que consta do art. 541, parágrafo único, do Código Civil, deve‐se levar em conta o patrimônio do doador. Segue...
Art. 542. A doação feita ao nascituro valerá,
sendo aceita pelo seu representante legal. Segue...
Art. 543. Se o donatário for absolutamente
incapaz, dispensa-se a aceitação, desde que se trate de doação pura. Segue...
Art. 544. A doação de ascendentes a
descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança. Segue...
Art. 545. A doação em forma de subvenção
periódica ao beneficiado extingue-se morrendo o doador, salvo se este outra coisa dispuser, mas não poderá ultrapassar a vida do donatário. Segue...
Art. 546. A doação feita em contemplação de
casamento futuro com certa e determinada pessoa, quer pelos nubentes entre si, quer por terceiro a um deles, a ambos, ou aos filhos que, de futuro, houverem um do outro, não pode ser impugnada por falta de aceitação, e só ficará sem efeito se o casamento não se realizar. Segue...
Art. 547. O doador pode estipular que os bens
doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.
Parágrafo único. Não prevalece cláusula de
reversão em favor de terceiro. Segue...
Art. 548. É nula a doação de todos os bens sem
reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador. Segue...
Art. 549. Nula é também a doação quanto à parte
que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento. Segue...
Art. 550. A doação do cônjuge adúltero ao seu
cúmplice pode ser anulada pelo outro cônjuge, ou por seus herdeiros necessários, até dois anos depois de dissolvida a sociedade conjugal. Segue...
Art. 551. Salvo declaração em contrário, a
doação em comum a mais de uma pessoa entende-se distribuída entre elas por igual.
Parágrafo único. Se os donatários, em tal caso,
forem marido e mulher, subsistirá na totalidade a doação para o cônjuge sobrevivo. Segue...
Art. 552. O doador não é obrigado a pagar juros
moratórios, nem é sujeito às conseqüências da evicção ou do vício redibitório. Nas doações para casamento com certa e determinada pessoa, o doador ficará sujeito à evicção, salvo convenção em contrário. Segue...
Art. 553. O donatário é obrigado a cumprir os
encargos da doação, caso forem a benefício do doador, de terceiro, ou do interesse geral.
Parágrafo único. Se desta última espécie for o
encargo, o Ministério Público poderá exigir sua execução, depois da morte do doador, se este não tiver feito. Segue...
Art. 554. A doação a entidade futura caducará se,
em dois anos, esta não estiver constituída regularmente. Da Revogação da Doação
Art. 555. A doação pode ser revogada por
ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo. A extinção da doação pode ocorrer:
a) pelos modos comuns a todos os negócios jurídicos
– dada a natureza contratual da doação, ela está sujeita a todos os requisitos exigidos aos contratos em geral, tais como agente capaz, objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e a forma prescrita em lei (nulidade absoluta). Também deve estar isenta de vícios que lhes contamine o consentimento (art. 171) – coação, dolo, erro, fraude, etc. (nulidade relativa). b) pelos vícios que são lhes são peculiares – vícios que são próprios da doação, como vimos anteriormente, nos arts. 548 (doação de todos os bens), 549 (doação da parte inoficiosa), 550 (doação ao cúmplice de adultério). c) pela vontade das partes – se dá por resilição, através de um distrato. d) pelo falecimento das partes – na doação em forma de subvenção periódica, extingue-se com a morte do doador ou do donatário (art. 545); na doação com cláusula de reversão, extingue-se com a morte do donatário (art. 547). e) pela falta de constituição do donatário – no caso de doação para entidade futura, não constituída esta no prazo de dois anos (art. 554) f) nas hipóteses do art. 555 – casos em que será revogada: f.1) inexecução do encargo – na doação onerosa, o donatário é obrigado a cumprir o encargo que lhe foi imputado (art. 553). Não cumprindo estará em mora (ver art. 562 sobre a ocorrência da mora), sujeitando à resolução do contrato. f.2) ingratidão do donatário – a doação, quando pura e simples (ver art. 564), impõe ao donatário a obrigação de ser grato ao doador. Isso é um dever ético e moral. Poderá, por isso mesmo, ser revogada por ingratidão do donatário, nas hipóteses previstas no art. 557. Segue...
Art. 556. Não se pode renunciar antecipadamente
o direito de revogar a liberalidade por ingratidão do donatário. Segue...
Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as
doações: Segue...
I - se o donatário atentou contra a vida do doador
ou cometeu crime de homicídio doloso contra ele; Segue...
II - se cometeu contra ele ofensa física;
Segue...
III - se o injuriou gravemente ou o caluniou;
Segue...
IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador
os alimentos de que este necessitava. Segue...
Jornada de Direito Civil I, enunciado 33. Art.
557: o novo Código Civil estabeleceu um novo sistema para a revogação da doação por ingratidão, pois o rol legal previsto no art. 557 deixou de ser taxativo, admitindo, excepcionalmente, outras hipóteses. Segue...
Art. 558. Pode ocorrer também a revogação
quando o ofendido, nos casos do artigo anterior, for o cônjuge, ascendente, descendente, ainda que adotivo, ou irmão do doador. Segue...
Art. 559. A revogação por qualquer desses
motivos deverá ser pleiteada dentro de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor. Segue...
Art. 560. O direito de revogar a doação não se
transmite aos herdeiros do doador, nem prejudica os do donatário. Mas aqueles podem prosseguir na ação iniciada pelo doador, continuando-a contra os herdeiros do donatário, se este falecer depois de ajuizada a lide. Segue...
Art. 561. No caso de homicídio doloso do
doador, a ação caberá aos seus herdeiros, exceto se aquele houver perdoado. Segue...
Art. 562. A doação onerosa pode ser revogada
por inexecução do encargo, se o donatário incorrer em mora. Não havendo prazo para o cumprimento, o doador poderá notificar judicialmente o donatário, assinando-lhe prazo razoável para que cumpra a obrigação assumida. Segue...
Art. 563. A revogação por ingratidão não
prejudica os direitos adquiridos por terceiros, nem obriga o donatário a restituir os frutos percebidos antes da citação válida; mas sujeita-o a pagar os posteriores, e, quando não possa restituir em espécie as coisas doadas, a indenizá- la pelo meio termo do seu valor. Segue...
Art. 564. Não se revogam por ingratidão:
I - as doações puramente remuneratórias; II - as oneradas com encargo já cumprido; III - as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural; IV - as feitas para determinado casamento. Muito obrigado a todos.