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Lariane gomes

Mendes
AO JUIZO DE DIREITO DA VARA DE FAMILIA DA COMARCA DE
HIDROLÂNDIA –GO.

EDESIO LUIZ NOGUEIRA CAMPOS JUNIOR , brasileiro, em união


estável, trabalhador rural, inscrito no CPF 101.112.366-57, residente e domiciliado na
Rua fazenda posse das flores n-0 outros br-153 em frente a entrada do rochedo zona
rural, cep 75645-000 professor Jamil - GO , endereço eletrônico: não tem e LARIANE
GOMES MENDES, brasileira, solteira , dona de casa, inscrita no CPF 706.404.661-09
residente e domiciliado na Rua FR Leonidas, N0, 2 VILA BOA NOVA , CEP 75645000,
PROFESSOR JAMIL - GO endereço eletrônico: desconhecido, vem perante Vossa
Excelência, com fulcro no art. 1.694 e seguintes do Código Civil e na Lei nº 5.478/68 ,
através de sua advogada legalmente constituída, REQUERER:

HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO DE ALIMENTOS, GUARDA E


CONVIVÊNCIA

Em favor do menor BRAYAN CAMPOS GOMES.

I. – DO PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA – ART. 5º, LXXIV, CF 88 e ART. 98


e 99 DO CPC, SÚMULA 25, TJGO
A assistência jurídica gratuita e integral ao hipossuficiente que comprovar
tal fato constitui direito de qualquer pessoa, seja física ou jurídica, uma vez que alcançou
o nível de garantia constitucional, conforme o artigo 5º, inciso LXXIV da Carta Magna.

Segundo expressa o Professor José Afonso da Silva:


"direitos fundamentais do homem, além de referir-se a princípios que
resumem a concepção do mundo e informam a ideologia política de cada

Rua Itu, Qd. 03, Lt. 01/07, esq. Com Rua Tapajós, Sala 604, Ed. B&B Business, Torre 2, Vila Brasília.
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Tel.: Cel.: (62) 9.9157-0065
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ordenamento jurídico, é reservado para designar, no nível do direito
positivo, aquelas prerrogativas e instituições que ele concretiza em
garantias de uma convivência digna, livre e igual de todas as pessoas".

Diante deste entendimento, a assistência jurídica gratuita e integral é um


direito individual expresso, absolutamente explícito no artigo 5º, inciso LXXIV da
Constituição Federal, não podendo ser restringido ou suprimido por lei ordinária:

“o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que


comprovarem insuficiência de recursos;”
Dessa forma, além da previsão constitucional, o Código de Processo Civil,
em seu art. 98 estabelece a gratuidade da justiça aos que comprovarem a insuficiência de
recursos para o pagamento de custas e demais despesas inerentes ao trâmite processual,
senão, vejamos:
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e
os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma
da lei.”

Tal previsão já vem sendo, inclusive, reconhecida por esse Egrégio Tribunal
de Justiça em suas jurisprudências:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. NEGATIVA DE JUSTIÇA


GRATUITA. HIPOSSUFICIÊNCIA NÃO COMPROVADA.
DESPROVIMENTO. Justiça gratuita é benefício previsto no art. 5º,
LXXIV, Constituição Federal, bem como no art. 98, caput, do Código de
Processo Civil de 2015, invocável por quem, comprovadamente, não
possua suficiência de recursos para arcar com as custas e despesas
processuais. Deixando a parte de demonstrar essa insuficiência que
possa alicerçar sua pretensão, há de ser mantido o indeferimento. Agravo
desprovido.” TJGO – AGRAVO DE INSTRUMENTO 183887-

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05.2016.8.09.0000, Rel. DES. BEATRIZ FIGUEIREDO FRANCO, 3A
CAMARA CIVEL, julgado em 28/06/2016, DJe 2064 de 08/07/2016.”

Ademais, a Egrégia Corte goiana editou a Súmula 25, que denota o


entendimento de concessão da assistência judiciária aos que comprovarem necessidade,
como no caso do Autor, verbis:
“Faz jus à gratuidade da justiça a pessoa, natural ou jurídica,
que comprovar sua impossibilidade de arcar com os encargos
processuais”. Grifo nosso.

Dessa forma, com arrimo na legislação vigente e documentos acostados, não


há dúvidas que Requerente ganha pouco tendo ainda outro filho menor do casamento
atual, bem como a requerente genitora se encontra desempregada, impossibilitando
qualquer possibilidade de arcar com custas iniciais, situação econômico-financeira que
traduz em necessidade a proteção do Estado, vez que, em não a possuindo, terá o seu
direito de acesso à justiça vedado, infirmando em afronta o princípio da inafastabilidade
da jurisdição, às escâncaras no Art. 5º, da Constituição Federal.

Pela exegese constitucional e por todo o exposto, requer os Autores a


concessão da gratuidade da justiça nos termos do art. 98 e seguintes do CPC.

II. DOS FATOS E DO ACORDADO ENTRE AS PARTES

Os acordantes mantiveram um relacionamento amoroso, advindo desta


relação um filho, sendo ele o menor, BRAYAN CAMPOS GOMES, nascido em
05/01/2016, conforme cópia da certidão em anexo.

III – DA GUARDA E DO REGIME DE VISITAS

A guarda será compartilhada. O filho, no entanto, continuará a residir no


endereço e na companhia da genitora.

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Compreendem os genitores que “a guarda compartilhada é um sistema de
corresponsabilidade dos pais no exercício do dever parental em caso de dissolução da sociedade
matrimonial ou do companheirismo”, devendo, portanto, haver cooperação entre os pais
visando o melhor desenvolvimento da criança, sendo certo que assim já agem.

A guarda compartilhada “define os dois genitores, do ponto de vista legal, como


iguais detentores da autoridade parental para tomar todas as decisões que afetem os filhos”.

A aplicação de referido instituto reforça os laços familiares por meio do


esforço conjunto na criação e educação do menor, mantendo a necessária referência
materna e paterna, além de reduzir as possibilidades de alienação parental, sendo certo
que, por tais motivos, a guarda compartilhada protege o melhor interesse da criança
como vêm decidindo o STJ. Pretendem os genitores que a convivência com o menor
ocorra de forma igualitária, nos termos do art. 1.583, § 2º, do Código Civil, que determina
o seguinte:

“Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.


§ 2o Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser
dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as
condições fáticas e os interesses dos filhos: (Redação dada pela Lei nº 13.058,
de 2014)”

Quanto ao tema, leciona Conrado Paulino da Rosa: “Imperioso ressaltar, nessa


esteira, que guarda e convivência são institutos distintos. Embora comumente confundidos, o
primeiro diz respeito ao modo de gestão dos interesses da prole – que pode ser de forma conjunta ou
unilateral – e o segundo, anteriormente tratado como direito de visitas, versa sobre o período de
convivência que cada genitor terá com os filhos, sendo necessária a sua fixação em qualquer
modalidade de guarda”.

Desta forma convencionam que o genitor conviverá aos finais de semana


alternados, podendo buscar seu filho às 8 horas da manhã do sábado e devolver até as
17:00 horas do domingo, devendo retirá-lo na casa materna e devolvê-lo no horário
estipulado. Fica estabelecido, ainda, que o genitor terá seu filho em sua companhia
em feriados alternados, além de metade dos períodos das férias escolares de meio e
final de ano. Dia do aniversario do genitor o filho passara com o pai e aniversario da

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Genitora o menor passará com a mãe, Dia dos Pais a menor passará com o pai e Dia
das mães com a mãe, Natal e ano novo alternados, Aniversário do menor será de
forma alternada cada ano com um Genitor.

IV – DA PENSÃO ALIMENTÍCIA:

Dúvidas não há de que o dever de alimentar é de ambos os pais, e deve ser


feito de forma equitativa, em observância ao disposto no artigo 1566 , IV do Código
Civil.
“Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges:
(...)
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;”

Portanto para a manutenção do filho menor, se compromete o genitor em


contribuir com 25% (vinte e cinco por cento) do salário mínimo e depositados
mensalmente na conta corrente de titularidade da genitora do alimentando, contribuirá
também o Genitor com metade dos materiais escolares + metade das despesas com
remédios desde que devidamente comprovadas com notas fiscais e receita médica.

Para a eventualidade de desemprego, já ficam fixados valor equivalente a


25% do salário mínimo.

V – DOS PEDIDOS:

Diante do exposto, requerem os interessados a Vossa Excelência que se


digne de HOMOLOGAR por sentença, o presente ACORDO DE GUARDA,
CONVIVÊNCIA E ALIMENTOS nas condições acima estipuladas, ouvindo-se em
tudo, o ilustre representante do Ministério Público. Requerem, igualmente, a dispensa
da realização de Audiência de Conciliação/Mediação com fulcro no artigo 334, § 5º,
do CPC, por se tratar de uma homologação de acordo extrajudicial e constar as
subscrições dos requerentes na presente peça processual.

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Protestam provar o alegado por todos os meios de prova em direito
permitido, especialmente juntada atual e posterior de documentos, perícias, vistorias,
demais meios probatórios que se fizerem necessários ao andamento e julgamento do
feito, tudo, de logo, requerido.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.302,00 (VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO),


apenas para efeitos fiscais.

Termos em que

Pede e espera deferimento.

De Aparecida de Goiânia para Hidrolândia, 15 de FEVEREIRO de 2023.

Assinado de forma digital


LAYANE ALVES DA por LAYANE ALVES DA
SILVA:0249857413 SILVA:02498574131
Dados: 2023.02.14
1 15:00:05 -03'00'
LAYANE ALVES DA SILVA
OAB/GO 54.906

EDESIO LUIZ NOGUEIRA CAMPOS JUNIOR

LARIANE GOMES MENDES

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