Você está na página 1de 5

Questionário 3

Direito das Sucessões

Prof: Claudia Fialho


Aluna: Fernanda Gabriela Lima de Faria

1) Explique adiantamento de legítima e colação.


R: Ambos tratam da transmissão do patrimônio de uma pessoa falecida para seus
herdeiros e estão ligados ao instituto da herança e envolvem a distribuição dos bens
deixados pelo falecido entre os herdeiros. Mas, há diferenças entre eles, como:
Adiantamento de legítima, está disposto no artigo 544 do C.C. Nada mais é do que
doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento
do que lhes cabe por herança. Assim, os descendentes que concorrerem à sucessão do
ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das
doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação.
Colação está disposta do artigo 2002 à 2012 do C.C. e tem por fim igualar, na
proporção estabelecida, as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente,
obrigando também os donatários que, ao tempo do falecimento do doador, já não
possuírem os bens doados.
Isso garantirá uma distribuição justa da herança e está relacionada ao dever dos
herdeiros de trazerem à colação (ou seja, à soma do montante total da herança) os bens
ou valores que receberam do falecido em vida, seja como doação, adiantamento de
legítima ou qualquer outra forma de transferência patrimonial.
A colação visa evitar que um herdeiro seja beneficiado excessivamente em detrimento
dos demais, equalizando as porções recebidas por cada um.

2) Explique inventário judicial e extrajudicial


R:Inventário Judicial é conduzido perante o Poder Judiciário, esse procedimento é mais
tradicional e pode ser necessário em algumas situações específicas, como quando há
conflitos entre herdeiros, menores incapazes envolvidos, testamento a ser analisado,
entre outros casos mais complexos.
O Código Civil estabelece que, em casos de inventário judicial, a abertura do processo
deve ser requerida ao juiz. Esse procedimento é acompanhado por um inventariante, que
é responsável por administrar o inventário, fazer o levantamento dos bens, quitar as
dívidas do falecido e, por fim, realizar a partilha entre os herdeiros. O inventário judicial
pode ser mais demorado devido aos trâmites legais e ao próprio ritmo da justiça. Artigos
1796, 1797 do C.C..
Inventário Extrajudicial: É uma opção rápida e simplificada, prevista pela Lei nº
11.441/2007. Esse inventário pode ser formalizado em cartório, sem haver a
necessidade de ir a juízo para efetivar a partilha, mas é fundamental cumprir requisitos,
como:
Todos os herdeiros devem ser maiores e capazes.
Não pode haver testamento.
Os herdeiros devem estar de acordo com a partilha.
A realização do inventário em cartório contará com a assistência de um tabelião. Esse
procedimento tende a ser mais ágil e menos custoso do que o inventário judicial. A
escritura pública de inventário, lavrada em cartório, tem a mesma eficácia de uma
sentença judicial.

3) Explique como é feito o cálculo da legítima.


R: A parte disponível é sempre a metade (50%)do valor do patrimônio do falecido. Já a
parte indisponível é a outra metade( 50%)
Nesse sentido, para calcular a legítima de cada herdeiro, será baseada no valor da parte
indisponível e dividida para os herdeiros.
EX:

4) Explique substituição fideicomissária.


R:O artigo 1.951 chama de substituição fideicomissária a situação em que o testador, ao
instituir herdeiros ou legatários, estabelece que, por ocasião de sua morte, a herança ou o
legado se transmitem, em confiança (fidúcia) a determinadas pessoas provisoriamente
(propriedade resolúvel), mas que, após a morte destes ou após o advento de certo termo
ou certa condição, a herança ou o legado passarão a outra pessoa, que vem a ser o
verdadeiro destinatário da deixa testamentária, trata-se de uma modalidade especial de
disposição testamentária em que o testador, ao instituir um herdeiro (fiduciário),
estabelece que, em determinada condição, a herança deverá ser transmitida a outro
herdeiro chamado fideicomissário.
A seguir, estão alguns pontos fundamentais sobre a substituição fideicomissária de
acordo com o Código Civil brasileiro em seus artigos 1951 a 1965.

Instituição do Fideicomisso:
O testador, por meio de testamento, institui o fideicomisso indicando o herdeiro
fiduciário e as condições para a transmissão da herança ao fideicomissário.
Fideicomitente, Fiduciário e Fideicomissário:
O testador é chamado de fideicomitente.
O herdeiro inicialmente instituído é o fiduciário.
O herdeiro que receberá a herança após o cumprimento das condições é o
fideicomissário.
Condições da Substituição:
As condições para a substituição fideicomissária podem ser diversas, como a morte do
fiduciário, o atingimento de uma idade específica, a ocorrência de determinado evento,
entre outras.
Transmissão da Herança:
Quando a condição estipulada é satisfeita, a herança é automaticamente transmitida do
fiduciário para o fideicomissário.
Direitos do Fiduciário e do Fideicomissário:
O fiduciário tem a posse e o usufruto dos bens herdados durante o período estipulado. O
fideicomissário tem a expectativa do direito de herdar, que se concretiza quando as
condições são atendidas.

5) Explique se existe fideicomisso além do segundo grau. R:Ao analisar a


questão e confrontá-la ao código civil brasileiro, chega-se a conclusão, por meio do artigo
1955 do C.C, que em caso de renúncia da herança por parte do fiduciário, o
fideicomissário poderá aceitar a herança.
Mas, essa herança não poderá ser transmitida novamente, pois o artigo 1959 do C.C, veda
essa possibilidade, e caso ocorra será nulos os fideicomissos além, do segundo grau

6) Explique as hipóteses de caducidade do fideicomisso. R: O artigo 1958


do C.C, dispõe sobre a caducidade do fideicomisso, em vista disso pode-se chegar a
conclusão de que a caducidade poderá acontecer quando o fideicomisso morrer antes do
fiduciário ou antes de realizar a condição resolutória do direito.
Essas são as hipóteses de caducidade do fideicomisso dispostas no Código civil.

7) Explique a sucessão necessária.


R: A sucessão necessária ou herança legítima é aquela em que os herdeiros necessários
são taxados por meio de previsão legal, ou seja existe um rol de herdeiros e uma ordem de
prioridade entre eles a serem chamados a receber a herança, está prevista do artigo 1845 a
1850 do C.C.
Outro fator importante se dá ao fato de esta herança ser protegida, assim o testador só
poderá dispor de 50% dos seus bens, pois o restante é indisponível devido a proteção
legal dada aos herdeiros necessários

8) Explique os requisitos do direito de acrescer e o direito de acrescer no


direito romano.
R:O direito de acrescer, está regularizado no Código Civil do artigo 1941 a 1946, trata do
direito dos herdeiros em receber a parte de outro herdeiro que não exerceu o seu direito à
herança ou que foi excluído por alguma razão.
Quanto ao direito romano, historicamente, o direito de acrescer também estava presente.
No direito romano, o direito de acrescer era conhecido como "jus accrescendi". No
entanto, as regras e condições para o direito de acrescer variavam conforme a época e as
diferentes fontes do direito romano.

Alguns pontos gerais sobre o direito de acrescer no direito romano incluíam: Condição de
Igualdade: Em muitos casos, o direito de acrescer era aplicado quando dois ou mais
herdeiros eram designados para herdar em conjunto. Se um dos herdeiros não pudesse ou

não quisesse aceitar a herança, a parte dele poderia acrescer aos demais herdeiros.

Presença de Cláusula de Acrescer: O direito de acrescer podia ser estabelecido por meio

de uma cláusula específica no testamento ou nas disposições que regiam a sucessão. Essa
cláusula indicava as condições nas quais o direito de acrescer seria aplicado. Limitações e
Exceções: Em algumas situações, o direito de acrescer poderia ter limitações ou
exceções, dependendo das circunstâncias específicas do caso. Por exemplo, o direito de
acrescer poderia ser excluído se os herdeiros fossem herdeiros colaterais em vez de
herdeiros descendentes.

9) Explique a partilha e suas modalidades.

R: A partilha é o processo de divisão e distribuição dos bens de uma herança entre os


herdeiros legítimos ou testamentários, visa transferir a propriedade dos bens do falecido
para os herdeiros, garantindo a cada um a sua parte correspondente. A partilha pode
ocorrer de diversas formas, sendo as modalidades mais comuns as seguintes:

Partilha Amigável ou Extrajudicial: Prevista no artigo 2015 do Código Civil, também

conhecida como partilha extrajudicial, essa modalidade ocorre quando os herdeiros estão

de acordo quanto à divisão dos bens e não há litígios envolvidos. A partilha é realizada
em cartório, por meio de escritura pública de inventário, com a assistência de um
advogado. Essa opção é mais rápida e menos onerosa em comparação com a partilha
judicial.

Partilha Judicial: Está prevista no artigo 2016 do Código Civil, é usada em casos em que

há discordância entre os herdeiros, incapazes envolvidos, testamento a ser analisado, ou


outras questões que demandam a intervenção do Poder Judiciário, a
partilha é feita por meio de um processo judicial.

Partilha por Adjudicação: Está prevista no artigo 2019 do código civil, é uma forma de

partilha na qual cada herdeiro recebe diretamente os bens que lhe cabem, sem a
necessidade de venda ou divisão física dos bens. Essa modalidade é comum quando os
herdeiros são co-proprietários dos mesmos bens e concordam em receber uma parte

específica.

Partilha por Meação: Na comunhão de bens entre cônjuges, a meação refere-se à metade

do patrimônio adquirido durante o casamento que pertence ao cônjuge sobrevivente. No


momento da partilha, a meação é separada dos demais bens para ser destinada ao cônjuge
sobrevivente.

Partilha por Estirpe e por Cabeça: Em alguns casos, a partilha pode ser realizada por

estirpe (linhagem) ou por cabeça (indivíduo). Na partilha por estirpe, os representantes de


uma linhagem recebem a parte que caberia a um membro já falecido dessa linhagem. Na
partilha por cabeça, os herdeiros recebem igualmente independentemente de sua relação
de parentesco.

Partilha por Testamento: Está prevista no artigo 2018 do código civil, define que quando

há um testamento válido, a partilha segue as disposições nele contidas. O testamento


pode indicar herdeiros específicos, estabelecer legados.

10) Explique se o filho nascido após a morte do pai pode exigir a

colação dos demais irmãos.

R: O filho nascido após a morte do pai possui direito a herança como os demais já

contemplados, visto que este filho é um herdeiro necessário. Em vista disso, esse filho
poderá mover uma ação fundamentada no instituto da colação previsto no código civil do
artigo 2002 a 2012.

A colação garante a igualdade entre as legítimas entre os descendentes.

Você também pode gostar