Explicação Do Uso Do Termo: Contrato de Doação Pura e Simples
Contrato de Doação pura e Simples Nos termos do artigo
Nos termos do artigo 538 do Código Civil de 2002:
“Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberali- dade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra.”
Trata-se de um contrato em que uma pessoa, por sua vontade visa
transferir de seu patrimônio bens móveis ou imóveis e vantagens, por exemplo, um desconto em passagens áreas por meio de milhas.
Para que ocorra a doação, obrigatoriamente deverá o donatário
aceitar por tratar se de negócio jurídico bilateral ou plurilateral.
Resumiremos as principais espécies de doação que pode ser: pura e
simples, contemplativa, remuneratória, doação modal ou mediante encargo.
a) Doação pura e simples é aquela que não está ligada a qualquer
uma condição, a um termo ou a um encargo. b) Doação contemplativa é realizada conforme o merecimento do donatário. c) Doação remuneratória ou onerosa: tem por premissa o agradecimento por determinado serviço prestado. d) Doação modal ou mediante encargo: nesta modalidade recai- se o ônus ao donatário para produzir efeitos específicos, assim como onerosidade contratual. Desta forma, se favorecer o doador, somente poderá cobrar, no entanto, se o contrato favorecer um terceiro, tanto o doador como o terceiro poderá cobrar. e) Doação de casamento futuro ou propter nuptias: trata se de contrato no qual somente haverá a doação se a parte casar-se. Por exemplo: a partir do casamento que o doador que irá dar um imóvel. f) Doação de subvenção periódica: é a doação que se destina à mantença de certa pessoa, em que o doador entrega periodicamente certa quantia. g) Doação com cláusula de reversão: somente haverá a reversão da doação se o donatário falecer e o doador for vivo, o objeto da doação retornará para seu patrimônio. Não haverá também a permissão de reversibilidade da doação em favor de terceiros, nos termos da lei. Nos casos de comoriência, a regra é a de que o comoriente não participa da sucessão um do outro e, portanto, não haverá sentido para o ato de reversão. h) Doação de ascendente para descendente. Não haverão restrições, bem como não ocorrerá a necessidade de autorização de ninguém, tendo em vista que doação de ascendente para descendente necessita de adiantamento de legítima, porém, precisa ser colacionado, servindo-se para igualar a legítima dos herdeiros necessários. Tal regra comportam duas excepcionalidades para não se colacionar a doação entre ascendentes e descedentes. A primeira excepcionalidade é a doação remuneratória. Já a segunda, será de acordo com a dispensa, conforme a sua clasula. i) Doação conjuntiva: É a doação realizada por muiltplos donatários. Ressalva-se que, se o contrato não estabelecer quota a receber entre os donatários, presume-se que a divisão é igualitária. Doação por entidade futura: Será possível a doação à pessoa jurídica que ainda não exista, devendo ser constituída no prazo de dois anos. Doação para nascituro: Será aceita por parte dos representantes do nascituro, cabendo, entretanto, aguardar até que se nasça com vida para que se produzam aos efeitos jurídicos da doação. SOBRE A REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO A revogação é ato no qual se retira o efeito jurídico destinado. Assim, nos contratos de doação, haverá também a revogação dos efeitos da doação, como nos casos de ingratidão do donatário (qualidade de quem não reconhece o bem que lhe foi oferecido nem a ajuda que lhe foi concedida) ou mesmo por inexecução do encargo, conforme o artigo 555 do Código Civil de 2002. Assim, poderá ser promovida determinada ação judicial de revogação de doação, no prazo de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que a autorizar e ter sido donatário de seu autor da doação, ao teor do artigo 559 do CC/02. NULIDADADE DE DOAÇÃO É proibida a doação universal de todos os bens, sendo passível de nulidade de doação, sendo que, excepcionalmente a pessoa possa reservar determinada renda. Em tratando se de doação inoficiosa, isto é, aquela que invade a legítima dos herdeiros necessários, poderá tais herdeiros vender tudo, entretanto, não poderá doar todos os bens que tem. Assim, se houver a doação universal para os descendentes, via de consequência, poderá ocorrer nulidade dupla, por ser universal e por haver herdeiro necessário. Salienta-se que, na doação inoficiosa haverá nulidade da doação da parte excedente a 50% do valor total dos bens. Podemos citar como exemplo: determinado sujeito doa 75%, no entanto, segundo a legislação civil, o doador só pode dispor de 50%, os outros 20% serão nulos. Poderá também haver a nulidade (em sentido amplo) contratual no caso de doação entre cônjuges exige bens excluídos da comunhão. Se o cônjuge é herdeiro necessário, a doação também importa adiantamento de legítima e precisa ser colacionada. A doação feita para o amante é anulável. Neste sentido, poderá o prejudicado promover medida judicial para que anule a doação feita entre amantes, sendo que serão legitimados, o cônjuge e os herdeiros.
Poderá também o cônjuge entrar com a ação antes do prazo,
concluindo assim, que os herdeiros não poderão entrar com a ação antes do prazo.