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Senhor Amado Pastor José Bento a Abaixo Segue

Explicação Do Uso Do Termo: Contrato de Doação Pura e Simples

Contrato de Doação pura e Simples Nos termos do artigo

Nos termos do artigo 538 do Código Civil de 2002:


“Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberali-
dade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de
outra.”

Trata-se de um contrato em que uma pessoa, por sua vontade visa


transferir de seu patrimônio bens móveis ou imóveis e vantagens, por
exemplo, um desconto em passagens áreas por meio de milhas.

Para que ocorra a doação, obrigatoriamente deverá o donatário


aceitar por tratar se de negócio jurídico bilateral ou plurilateral.

Resumiremos as principais espécies de doação que pode ser: pura e


simples, contemplativa, remuneratória, doação modal ou mediante
encargo.

a) Doação pura e simples é aquela que não está ligada a qualquer


uma condição, a um termo ou a um encargo.
b) Doação contemplativa é realizada conforme o merecimento do
donatário.
c) Doação remuneratória ou onerosa: tem por premissa o
agradecimento por determinado serviço prestado.
d) Doação modal ou mediante encargo: nesta modalidade recai-
se o ônus ao donatário para produzir efeitos específicos, assim como
onerosidade contratual.
Desta forma, se favorecer o doador, somente poderá cobrar, no
entanto, se o contrato favorecer um terceiro, tanto o doador como o
terceiro poderá cobrar.
e) Doação de casamento futuro ou propter nuptias: trata se
de contrato no qual somente haverá a doação se a parte casar-se. Por
exemplo: a partir do casamento que o doador que irá dar um imóvel.
f) Doação de subvenção periódica: é a doação que se destina à
mantença de certa pessoa, em que o doador entrega periodicamente
certa quantia.
g) Doação com cláusula de reversão: somente haverá a reversão
da doação se o donatário falecer e o doador for vivo, o objeto da
doação retornará para seu patrimônio. Não haverá também a
permissão de reversibilidade da doação em favor de terceiros, nos
termos da lei. Nos casos de comoriência, a regra é a de que o
comoriente não participa da sucessão um do outro e, portanto, não
haverá sentido para o ato de reversão.
h) Doação de ascendente para descendente. Não
haverão restrições, bem como não ocorrerá a necessidade de
autorização de ninguém, tendo em vista que doação de ascendente
para descendente necessita de adiantamento de legítima, porém,
precisa ser colacionado, servindo-se para igualar a legítima dos
herdeiros necessários. Tal regra comportam duas excepcionalidades
para não se colacionar a doação entre ascendentes e descedentes. A
primeira excepcionalidade é a doação remuneratória. Já a segunda,
será de acordo com a dispensa, conforme a sua clasula.
i) Doação conjuntiva: É a doação realizada por muiltplos
donatários. Ressalva-se que, se o contrato não estabelecer quota a
receber entre os donatários, presume-se que a divisão é igualitária.
Doação por entidade futura: Será possível a doação à pessoa
jurídica que ainda não exista, devendo ser constituída no prazo de
dois anos.
Doação para nascituro: Será aceita por parte dos representantes
do nascituro, cabendo, entretanto, aguardar até que se nasça com
vida para que se produzam aos efeitos jurídicos da doação.
SOBRE A REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO
A revogação é ato no qual se retira o efeito jurídico destinado. Assim,
nos contratos de doação, haverá também a revogação dos efeitos da
doação, como nos casos de ingratidão do donatário (qualidade de
quem não reconhece o bem que lhe foi oferecido nem a ajuda que lhe
foi concedida) ou mesmo por inexecução do encargo, conforme o
artigo 555 do Código Civil de 2002.
Assim, poderá ser promovida determinada ação judicial de revogação
de doação, no prazo de um ano, a contar de quando chegue ao
conhecimento do doador o fato que a autorizar e ter sido donatário de
seu autor da doação, ao teor do artigo 559 do CC/02.
NULIDADADE DE DOAÇÃO
É proibida a doação universal de todos os bens, sendo passível de
nulidade de doação, sendo que, excepcionalmente a pessoa possa
reservar determinada renda.
Em tratando se de doação inoficiosa, isto é, aquela que invade a
legítima dos herdeiros necessários, poderá tais herdeiros vender
tudo, entretanto, não poderá doar todos os bens que tem.
Assim, se houver a doação universal para os descendentes, via de
consequência, poderá ocorrer nulidade dupla, por ser universal e
por haver herdeiro necessário.
Salienta-se que, na doação inoficiosa haverá nulidade da doação
da parte excedente a 50% do valor total dos bens. Podemos
citar como exemplo: determinado sujeito doa 75%, no entanto,
segundo a legislação civil, o doador só pode dispor de 50%, os outros
20% serão nulos.
Poderá também haver a nulidade (em sentido amplo) contratual no
caso de doação entre cônjuges exige bens excluídos da comunhão. Se
o cônjuge é herdeiro necessário, a doação também importa
adiantamento de legítima e precisa ser colacionada. A doação feita
para o amante é anulável.
Neste sentido, poderá o prejudicado promover medida judicial para
que anule a doação feita entre amantes, sendo que serão legitimados,
o cônjuge e os herdeiros.

Poderá também o cônjuge entrar com a ação antes do prazo,


concluindo assim, que os herdeiros não poderão entrar com a ação
antes do prazo.

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