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Teoria geral

dos contratos

Prof. Fernando Augusto De Vita


Borges de Sales
Contatos

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Contratos

Contrato é negócio jurídico bilateral decorrente da


vontade humano.

Acordo de vontades para o fim de adquirir,


resguardar, modificar ou extinguir direitos
Evolução dos contratos

 Da revolução francesa ao Código Civil de 2002.

 Do pacta sunt servanda até a função social do


contrato
Contratos no Código Civil de 2002

 Função social do contrato:


 Art. 421.  A liberdade contratual será exercida
nos limites da função social do contrato. 
(Redação dada pela Lei nº 13.874, de 2019)
 Parágrafo único. Nas relações contratuais
privadas, prevalecerão o princípio da intervenção
mínima e a excepcionalidade da revisão
contratual. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Antes e depois
Art. 421. A liberdade de contratar será Art. 421.  A liberdade contratual será
exercida em razão e nos limites da exercida nos limites da função social
função social do contrato. do contrato. 
(Redação dada pela Lei nº 13.874, de
2019)
Parágrafo único. Nas relações
contratuais privadas, prevalecerão o
princípio da intervenção mínima e a
excepcionalidade da revisão
contratual. 
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
 STJ, súmula 381.
 Nos contratos bancários, é vedado ao julgador
conhecer, de ofício, da abusividade das
cláusulas.
 Art. 421-A.  Os contratos civis e empresariais presumem-se
paritários e simétricos até a presença de elementos concretos que
justifiquem o afastamento dessa presunção, ressalvados os regimes
jurídicos previstos em leis especiais, garantido também que:
 I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos
para a interpretação das cláusulas negociais e de seus pressupostos
de revisão ou de resolução; 
 II - a alocação de riscos definida pelas partes deve ser respeitada e
observada; e 
 III - a revisão contratual somente ocorrerá de maneira excepcional
e limitada. 
 (incluído pela Lei 13.874/2019).
Segue...

 Boa-fé objetiva:

 Art. 422. Os contratantes são obrigados a


guardar, assim na conclusão do contrato, como
em sua execução, os princípios de probidade e
boa-fé.
 Boa-fé objetiva é um dever de conduta imposto a
todos os contratantes. Trata-se de uma cláusula
geral, comum a todos os contratos,
expressamente prevista no CC, art. 422. Esse
dever de conduta impõe aos contratantes agir de
maneira proba e íntegra, observando os deveres
anexos do contrato, como a informação e a
segurança.
Conceitos correlatos à boa fé

 Venire contra factum proprium – protege uma


parte contra aquela que pretende exercer uma
posição jurídica em contradição com o
comportamento assumido anteriormente.

 Suppressio – um direito não exercido durante


determinando lapso de tempo não poderá mais
sê-lo
 Surrectio – acarreta o nascimento de um direito
em razão da prática continuada de certos atos.

 Tu quoque – proíbe que uma pessoa faça contra


outra o que não faria contra si mesmo.
 STJ, jurisprudência em tese.
 É ilícita a recusa de cobertura de atendimento,
sob a alegação de doença preexistente à
contratação do plano, se a operadora não
submeteu o paciente a prévio exame de saúde
e não comprovou a sua má-fé.
Condições de validade do contrato

 Agente capaz

 Objeto lícito, possível, determinado ou


determinável

 Forma prescrita ou não defesa em lei


Princípios dos contratos

 1. Autonomia da vontade
 2. Supremacia da ordem pública
 3. Consensualismo
 4. Força vinculante
 Pacta sunt servanda
 5. Revisão por onerosidade excessiva
 Rebus sic stantibus
Classificação dos contratos

 Típicos: contratos onde as regras estão


claramente na legislação, tendo tais regras
natureza supletiva. (art. 1.122 a 1504 do CC /
481 a 853 do NCC)

 Atípicos: surgem da vontade das partes, que é


discrepante dos esquemas legais, criando
negócios que se ajustam a suas necessidades e
que se distanciam-se dos esboços da lei.
 Consensuais (solo consensu): foram-se somente
do acordo das vontades, sem que nada mais se
exija para que as partes se obriguem. É a regra,
sendo os demais exceções.

 Formais (solenes): não basta o acordo de


vontades. As partes devem cumprir certas
formalidades que podem ser de diferentes tipos.
 Onerosos: as duas partes tem vantagens e
desvantagens, arcando cada uma delas com
obrigações, uma em benefício da outra

 Gratuitos: somente um goza das vantagens,


enquanto uma das partes apenas suporta os
encargos.
 Unilateral: cria obrigações para só um dos
contratantes.

 Bilateral: cria obrigações para ambos os


contratantes, que tornam-se mutuamente credores
e devedores.
 Comutativo: as prestações das partes são conhecidas
previamente, guardando equivalência entre elas. Mantêm
em geral uma correlação, sendo estimadas desde a origem
do contrato.

 Aleatórios: prestação de uma das partes não é conhecida e


estipulada com precisão antecipada. Depende, em
verdade, de um acontecimento incerto. Um dos
contratantes arca com o risco do negócio aleatório. O
risco existe em qualquer contrato, mas no contrato
aleatório o risco integra a sua essência
Interpretação dos contratos
 Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais
à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido
literal da linguagem.

 Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser


interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de
sua celebração.

 Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia


interpretam-se estritamente.
Segue...
 Contratos de adesão.

 Art. 423. Quando houver no contrato de adesão


cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á
adotar a interpretação mais favorável ao aderente.

 Art. 424. Nos contratos de adesão, são nulas as


cláusulas que estipulem a renúncia antecipada do
aderente a direito resultante da natureza do negócio.
Contratos atípicos

 Art. 425. É lícito às partes estipular contratos


atípicos, observadas as normas gerais fixadas
neste Código.
Pacta corvina

 Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a


herança de pessoa viva.
 Muito obrigado a todos.

 Até a próxima!

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