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DIREITO CIVIL IV

Contratos
Professor
Irineu Carvalho de Oliveira Soares
Doutor e Mestre em Sociologia e Direito pela UFF
E-mail: irineusoares@saojose.br
UNIDADE 2

Princípios Gerais do Direito


Contratual

OBJETIVOS:
- Conhecer os princípios dos Direito Contratual.
- Analisar a sua relação com a Constituição de 1988.
- Verificar os desdobramentos do princípio da boa-fé.
Princípios – Contextualização

As relações contratuais precisam ser observadas com


cuidado, pois os princípios do Código Civil se aproximaram
dos princípios do Código de Defesa do Consumidor.

Enunciado nº 167 do Conselho da Justiça Federal (CJF). Com o advento


do Código Civil de 2002, houve forte aproximação principiológica entre
esse Código e o Código de Defesa do Consumidor no que respeita à
regulação contratual, uma vez que ambos são incorporadores de uma
nova teoria geral dos contratos.
Princípio da Autonomia da Vontade

A liberdade de contratar nunca foi ilimitada, pois


sempre esbarrou nos princípios de ordem pública.

Liberdade
propriamente dita
(contratar ou não)
Liberdade de
contratar
Escolha da
modalidade de
contrato
Princípio da Autonomia da Vontade

Contratos
Liberdade típicos
contratual Contratos
atípicos

Art. 421, CC. A liberdade de contratar será exercida


em razão e nos limites da função social do contrato.
Observação:

Nos contratos de adesão ou standards a autonomia


da vontade é deixada em um papel secundário, mas
ela continua existindo.

Art. 54, do CDC. Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas


tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou
estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou
serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar
substancialmente seu conteúdo.
A função social do contrato

Reflete a prevalência dos valores coletivos sobre os individuais.

Diminuir as desigualdades entre


os contraentes.

OBJETIVOS Limitar a autonomia da vontade

Entender e visualizar o contrato


no contexto da sociedade
(sociabilidade do direito).
A função social do contrato

Autonomia da vontade X Interesse social

Art. 2.035, parágrafo único, CC. Nenhuma convenção


prevalecerá se contrariar preceitos de ordem pública, tais
como os estabelecidos por este Código para assegurar a
função social da propriedade e dos contratos.
Observação:

A função social do contrato


Em tese,
a vontade contratual somente sofre limitação perante uma
NORMA DE ORDEM PÚBLICA.

Na prática,
existem IMPOSIÇÕES ECONÔMICAS que dirigem essa vontade.
Interferência do Estado na relação contratual privada

Crescente

Progressiva
Enunciado 23 da I Jornada de Direito Civil. A função social do
contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, NÃO
ELIMINA O PRINCÍPIO DA AUTONOMIA CONTRATUAL, mas
atenua ou reduz o alcance desse princípio quando presentes
interesses metaindividuais ou interesse individual relativo à
dignidade da pessoa humana.
Exemplo de aplicação da função social do contrato:

Contrato de exploração de minérios celebrado entre duas


empresas privadas e o interesse público na tutela ambiental.

Ruptura da
barragem de
Mariana em 2015.

Art. 421, CC. A liberdade de contratar será exercida


em razão e nos limites da função social do contrato.
Princípio da Força Obrigatória dos Contratos

ou Princípio da Obrigatoriedade

O acordo de vontades faz lei entre as partes.


Necessidade de segurança nos negócios

Você celebraria um contrato se a outra parte pudesse não


cumprir a palavra empenhada?
A força obrigatória é limitada pelos princípios constitucionais.

Dignidade da Função Social


Pessoa Humana dos Contratos
Observação – Conteúdo importante!

Lei nº 13.874, de 2019


(Declaração de Direitos de Liberdade Econômica)
Art. 421, do CC. A liberdade contratual será exercida nos limites da
função social do contrato. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o
princípio da INTERVENÇÃO MÍNIMA e a EXCEPCIONALIDADE DA
REVISÃO CONTRATUAL. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)

O princípio do pacta sunt servanda ganhou


força com a referida lei?
Observação – Conteúdo importante!

O que a lei de Liberdade Econômica quer dizer?

Ela afirma que a ingerência estatal nos contratos,


através do Poder Judiciário, será mínima e excepcional.

O pacta sunt servanda ganhou força e agora é


considerado por alguns doutrinadores como um
SUPER PRINCÍPIO.
Princípio da intervenção mínima

Art. 421-A, do CC. Os contratos civis e empresariais presumem-se paritários


e simétricos até a presença de elementos concretos que justifiquem o
afastamento dessa presunção, ressalvados os regimes jurídicos previstos
em leis especiais, garantido também que: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
I - as partes negociantes poderão estabelecer parâmetros objetivos para a
interpretação das cláusulas negociais e de seus pressupostos de revisão ou
de resolução; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
II - a alocação de riscos definida pelas partes deve ser respeitada e
observada; e (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
III - a revisão contratual somente ocorrerá de maneira excepcional e
limitada. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
Jurisprudência temática - ADI nº 6.445/PA

Lei nº 9.065, de 28 de maio de 2020, do Estado do Pará. Redução das


mensalidades devidas aos estabelecimentos da rede privada de ensino
durante a crise sanitária decorrente do novo coronavírus. Matéria ínsita ao
Direito Civil. Inconstitucionalidade formal de lei estadual. Competência da
União para legislar sobre a matéria. Intervenção indevida do Estado no
domínio econômico. Inconstitucionalidade material. Violação do princípio
da livre iniciativa. Ação direta julgada procedente. (...) A temática da lei não
tem, portanto, teor nitidamente consumerista. 2. A lei em comento
interfere na essência do contrato, de forma a suspender a vigência de
cláusulas contratuais que se inserem no âmbito da normalidade dos
negócios jurídicos onerosos, matéria ínsita ao Direito Civil, sobre a qual
compete à União legislar.
Jurisprudência temática - ADI nº 6.445/PA

3. Ademais, o legislador paraense invadiu indevidamente o espaço da


liberdade de iniciativa, na medida em que impôs uma redução de receita às
instituições de ensino do estado, sem qualquer contrapartida e de forma
anti-isonômica, já que atribuiu especificamente ao setor da educação
privada o dever de compensar os prejuízos experimentados pelos
particulares em razão da pandemia, sendo certo, ainda, que a estipulação de
descontos lineares não necessariamente importa em benefício para os
usuários do sistema de ensino, pois retira das partes contratantes a
capacidade de negociar formas de pagamento que se adéquem à
especificidade de cada situação. 4. Ação direta de inconstitucionalidade
julgada procedente (STF – ADI nº 6.445/PA 0094635-83.2020.1.00.0000, rel.
Min Marco Aurélio, data de publicação: 17.08.2021).
Exemplo histórico da força obrigatória dos contratos:

Contrato de empréstimo cuja


cláusula penal determinava o corte
de um pedaço da carne do devedor,
se este não pagasse no vencimento.

No direito atual essa obrigação


acessória seria NULA.
Decorre do Princípio da Força Obrigatória dos Contratos o

Princípio da INTANGIBILIDADE DO CONTRATO

Ninguém pode alterar


unilateralmente o
conteúdo do contrato.
Debate para a próxima aula

LIMITAÇÃO AO PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE

Pesquisar Caso fortuito ou Força maior

Art. 393, do CC. O devedor não responde pelos prejuízos


resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não
se houver por eles responsabilizado.
Parágrafo único. O caso fortuito ou de força maior verifica-se no
fato necessário, cujos efeitos não era possível evitar ou impedir.
Enunciado 22 da I Jornada de Direito Civil. A função social do
contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui
cláusula geral que REFORÇA O PRINCÍPIO DE CONSERVAÇÃO
DO CONTRATO, assegurando trocas úteis e justas.
Princípio da Relatividade dos efeitos do Contrato

Os efeitos do contrato só se produzem em relação às partes.

Sem afetar/prejudicar
terceiros nem seu
patrimônio.
Princípio da Relatividade dos efeitos do Contrato

OBS: O CC de 2002 possibilita que terceiros que não são partes do


contrato possam nele influir, em razão de serem atingidos por ele
de maneira direta ou indireta.

Relatividade

Função social
Enunciado 21 da I Jornada de Direito Civil. A função social do
contrato, prevista no art. 421 do novo Código Civil, constitui
cláusula geral a IMPOR A REVISÃO DO PRINCÍPIO DA
RELATIVIDADE DOS EFEITOS DO CONTRATO EM RELAÇÃO A
TERCEIROS, implicando a tutela externa do crédito.
Princípio da Boa-fé

Honestidade Lineu Silva

Art. 422, do CC. Os contratantes são obrigados a guardar,


assim na conclusão do contrato, como em sua execução,
os princípios de PROBIDADE e BOA-FÉ.
Princípio da Boa-fé

Dever das partes de agir de forma correta,


eticamente aceita.

Antes Durante Depois Efeitos


Residuais
Boa-fé Subjetiva

Concepção psicológica da boa-fé.

Conhecimento ou ignorância da pessoa em


relação a certos fatos.

Deve o intérprete considerar a intenção do


sujeito na relação jurídica.

Ex.: Hipótese de casamento putativo.


Boa-fé objetiva

Concepção ética da boa-fé.

Todos devem se comportar de boa-fé nas suas


relações recíprocas.

Regra de conduta / Colaboração entre os contratantes.

Ex.: Não sonegar informações sobre o objeto e conteúdo do negócio.


Ex.: Violação positiva do contrato.
Deveres anexos e funções da boa-fé objetiva:

• Cuidado;
• Respeito; • Interpretação;
Deveres • Informação; • Controle; e
anexos de: • Lealdade; Função de:
• Integração dos
• Colaboração; e negócios jurídicos.
• Honestidade.

Enunciado nº 170, da III Jornada de Direito Civil do CJF. A boa-fé


objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações
preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência
decorrer da natureza do contrato.
Observação:

O princípio da boa-fé é de ordem pública!

Enunciado 362, da IV Jornada de Direito Civil do CJF. Os


princípios da probidade e da confiança são de ordem
pública, sendo obrigação da parte lesada apenas demonstrar
a existência da violação.
Exemplo de boa-fé objetiva na fase PRÉ-contratual:

“A empresa CICA distribuía sementes a pequenos agricultores gaúchos


sob a promessa de lhes comprar a produção futura, o que gerava
expectativa quanto à celebração do contrato de compra e venda da futura
produção. Em dado momento, a empresa distribuiu e não adquiriu
posteriormente o que fora produzido, fato que ensejou demandas
indenizatórias por parte dos agricultores, alegando-se a quebra da boa-fé,
ainda que ausente qualquer contrato escrito. Os agricultores, nesse caso,
obtiveram êxito.” (TARTUCE, 2018, p. 601).
Exemplo de boa-fé objetiva na fase PÓS-contratual:

1. Cabe às entidades credoras que fazem uso dos serviços de cadastro de


proteção ao crédito mantê-los atualizados, de sorte que uma vez recebido
o pagamento da dívida, devem providenciar o cancelamento do registro
negativo do devedor. 2. Quitada a dívida pelo devedor, a exclusão do seu
nome deverá ser requerida pelo credor no prazo de 05 dias, contados da
data em que houver o pagamento efetivo. (...) 4. A inércia do credor em
promover a atualização dos dados cadastrais, apontando o pagamento, e
consequentemente, o cancelamento do registro indevido, gera o dever de
indenizar, independentemente da prova do abalo sofrido pelo autor, sob
forma de dano presumido (STJ – REsp. nº 1.149.998/RS, rel. Min. NANCY
ANDRIGHI, j. 07.08.2012).
Desdobramentos do princípio da Boa-fé

• Venire contra factum proprium;


• Supressio;
• Surrectio;
• Tu quoque;
• Duty to mitigate the loss.
Venire contra factum proprium

Ato comissivo
ou omissivo Ato comissivo
Surpresa e prejuízo
1ª Conduta 2ª Conduta
à outra parte
Cria uma Ato
expectativa contrário

Desperta
uma
CONFIANÇA OBS: Estes dois atos isoladamente
analisados seriam atos LÍCITOS.
Quer gravar mais fácil?

Música de Vanessa da Matta - Boa sorte

“Expectativas desleais”.
Prestem atenção
na letra da
música!
Precedente no STF: RE 86.787/RS

O caso do regime de bens.


Precedente do STJ: REsp. 95.539/SP

O casal que vendeu um terreno no interior de SP.


Precedente do STJ: STJ, REsp. 1.365.418/SP

Discussão sobre a penhorabilidade do bem de família


oferecido, voluntariamente, à penhora.
Enunciado nº 362, da IV Jornada de Direito Civil. A vedação
do comportamento contraditório (venire contra factum
proprium) FUNDA-SE NA PROTEÇÃO DA CONFIANÇA, tal
como se extrai dos artigos 187 e 422 do Código Civil.
Supressio (Verwirkung) / Surrectio (Erwirkung)

Ato omissivo Ato comissivo

1ª Conduta 2ª Conduta

Omissão qualificada pelo tempo


Suppressio

Um DIREITO NÃO EXERCIDO durante determinado lapso de


tempo NÃO PODERÁ MAIS SÊ-LO, por contrariar a boa-fé.

Art. 330, do CC. O pagamento reiteradamente feito em outro


local faz presumir renúncia do credor relativamente ao previsto
no contrato.
Surrectio

É a outra face da suppressio.

Acarreta o nascimento de um direito


em razão da CONTINUADA PRÁTICA de
certos atos.
Exemplo:

O credor concordou, durante a execução do contrato de prestações


periódicas, com o pagamento em lugar ou tempo diverso do
convencionado. Não pode surpreender o devedor com a exigência
literal do contrato.
Tu quoque ou Estoppel

Proíbe que uma pessoa faça contra a outra o


que não faria contra si mesma.

Seria lícito se não tivesse sido


Ato ilícito
antecedido pelo ato ilícito

1ª Conduta 2ª Conduta
“Tu quoque Brutus” = “Até tu Brutus!”

Foto de Júlio
Cesar e Brutus,
Série Roma.

Brutus Júlio Cesar

Quem viola uma regra dela não pode se beneficiar!


Exemplo:

Armando, dono de uma farmácia, contratou Bruno para exercer


cargo técnico, sabendo que ele não possui formação. Exercer
função de farmacêutico sem graduação. Depois de prestado o
serviço, Armando afirma que não vai pagar Bruno, pois ele não
possui formação técnica.
Exemplo:

Walquer, gestor público, contratou Sérgio para exercer cargo


técnico sem prévia realização de concurso público.

Como o vínculo de trabalho é ilegal, é correto afirmar que NÃO


são devidas as verbas remuneratórias ao servidor Sérgio?

Não!
A Administração não pode se beneficiar de seu
comportamento ilícito (contratação sem concurso) para negar
pagamento da remuneração do servidor.
Para se defender do Tu Quoque existe "a exceção de contrato não cumprido“.

E agora...
Quem poderá me
defender?

Art. 476, do CC. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes
de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do outro.
Jurisprudência temática:

DIREITO CIVIL. CONTRATOS. (...) EXCEÇÃO DE CONTRATO NÃO CUMPRIDO


(...) BOA-FÉ OBJETIVA. (...) A exceção de contrato não cumprido somente
pode ser oposta quando a lei ou o próprio contrato não determinar a
quem cabe primeiro cumprir a obrigação. Estabelecida a sucessividade
do adimplemento, o contraente que deve satisfazer a prestação antes do
outro não pode recusar-se a cumpri-la sob a conjectura de que este não
satisfará a que lhe corre. Já aquele que detém o direito de realizar por
último a prestação pode postergá-la enquanto o outro contratante não
satisfizer sua própria obrigação. (STJ, REsp. nº 981.750/MG, julgado em
13.04.2010).
Exceptio non adimplenti contractus

Exceção do contrato não cumprido.

Exemplo: Eu celebrei um contrato com X. Esse contrato prevê


obrigações para mim e para ele. É direito meu exigir que ele
cumpra as obrigações dele? Claro. Eu descumpro as minhas
obrigações. Ao descumprir as minhas obrigações eu pratico um
ato ilícito. Mas, curiosamente depois de descumprir as minhas
obrigações eu exijo que ele cumpra as dele.
Duty to mitigate the loss - Dever de mitigar as próprias perdas

Dever do credor em evitar o agravamento do


próprio prejuízo.

Enunciado nº 169, da III Jornada de Direito Civil. O princípio


da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento
do próprio prejuízo.
Jurisprudência temática:

3. Preceito decorrente da boa-fé objetiva. Duty to mitigate the loss: o dever de


mitigar o próprio prejuízo. Os contratantes devem tomar as medidas necessárias
e possíveis para que o dano não seja agravado. A parte a que a perda aproveita
não pode permanecer deliberadamente inerte diante do dano. Agravamento do
prejuízo, em razão da inércia do credor. Infringência aos deveres de cooperação e
lealdade. (...) O fato de ter deixado o devedor na posse do imóvel por quase 7
(sete) anos, sem que este cumprisse com o seu dever contratual (pagamento das
prestações relativas ao contrato de compra e venda), evidencia a ausência de zelo
com o patrimônio do credor, com o consequente agravamento significativo das
perdas, uma vez que a realização mais célere dos atos de defesa possessória
diminuiriam a extensão do dano. 5. Violação ao princípio da boa-fé objetiva. (...)
(exclusão de um ano de ressarcimento). (STJ, REsp. nº 758.518/PR, Relator:
VASCO DELLA GIUSTINA, j. 17.06.2010).
Considere as proposições abaixo e assinale a incorreta:

A função social do contrato representa uma limitação ao


A princípio da autonomia da vontade.

A função social eliminou o princípio da autonomia


B contratual.

A função social serve para diminuir as desigualdades entre


C os contratantes.
Considere as proposições abaixo e assinale a incorreta:

Nos contratos civis e empresariais, a revisão contratual somente


A ocorrerá de maneira excepcional e limitada.

Os contratos civis presumem-se paritários e simétricos até a presença


B de indícios que justifiquem o afastamento dessa presunção,
ressalvados os regimes jurídicos previstos em leis especiais.

Os princípios da probidade e da confiança são de ordem pública,


C sendo obrigação da parte lesada apenas demonstrar a existência da
violação.
Referências Bibliográficas

GONÇALVES, Carlos Roberto. Curso de Direito Civil. Volume 3.


São Paulo: Saraiva, 2020.
DONIZETTI, Elpídio; QUINTELLA, Felipe. Curso Didático de Direito
Civil. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2019.
TARTUCE, Flávio. Direito Civil - Vol. 3. 13ª edição. Rio de janeiro:
Forense, 2020. VitalBook file.
FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito
Civil. Volume 3. 16ª ed. Salvador: JusPodivm, 2018.

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