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TEORIA GERAL

DOS CONTRATOS
MERCANTIS
Conceito:

O contrato corresponde ao vinculo obrigacional entre duas partes,


onde uma das partes deve prestação à outra, e esta, em contrapartida,
deve a primeira uma contraprestação.

O contrato é um acordo de vontades com a finalidade de criar,


modificar ou extinguir direitos.
CONTRATO CIVIL ≠ CONTRATO MERCANTIL

Código Civil Código Comercial

Quem pode Qualquer pessoa que seja capaz Praticado entre empresários, empresas ou
praticar? sociedades empresárias no exercício de suas atividades
empresariais.

Modelos de Compra e venda, Consignação, Compra e venda mercantil, representação


contratos Estimatório, comercial, distribuição, de franquia, factoring.
Contrato Mercantil

Para que o contrato seja um contrato mercantil, ambas as partes


devem ser empresária, ou seja, quando ambos exercerem,
profissionalmente, atividade econômica organizada para a produção ou
circulação de bens e serviços.
CONTRATO SOCIAL
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
Os contratos constituem-se a partir de alguns pilares ou princípios fundamentais:

1- Autonomia de vontade (mais importante na esfera empresarial)

2- Consensualismo

3- Obrigatoriedade

4- Boa-fé
1 - Autonomia de vontade:

O princípio mais importante na relação contratual, pois o conteúdo contratual depende da


liberdade que as partes tem em escolher com que vão contratar, de escolher o objeto do contrato,
bem como o conteúdo dessa relação.

2 - Consensualismo :

O vínculo contratual apenas será constituído pelo acordo de vontade existente entre as partes.
Nos contratos reais, apesar da manifestação de vontade ser essencial, é a tradição da coisa que
torna o contrato perfeito.
3- Obrigatoriedade:

As cláusulas estabelecidas no contrato devem ser respeitadas pelas partes, também conhecida
por cláusula pacta sunt servanda.
O contrato produz efeito de lei para as partes, tanto que se unilateralmente o contrato for
alterado, a parte prejudicada, pode exigir judicialmente o seu cumprimento e a aplicação de uma
penalidade pelo descumprimento.

4- Boa-fe:
O contrato deve levar em conta mais a intenção das pessoas envolvidas, do que o que foi
redigido como manifestação de vontade delas. Por esta razão, é que as pessoas envolvidas no
contrato devem manter uma relação de confiança e lealdade na realização de um contrato.
TEORIA DA APARÊNCIA

A teoria na aparência consiste em uma relação jurídica realizada por alguém,


utilizando-se dos meios necessários para ter origem no negócio jurídico com um
terceiro.

Por essa teoria, o direito reconhece eficácia a situações aparentes


que, assim, podem gerar obrigações a terceiros estranhos ao
contrato, quando o contratante de boa-fé tinha razões suficientes
para tomar por real uma situação aparente. (GONÇALVES,
2018, p.108).
CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS

1- Quanto aos efeitos


2- Quanto à formação
3- Quanto ao momento de sua execução
4- Quanto ao agente
5- Quanto ao modo por que existem
6- Quanto à forma
7- Quanto ao objeto
1- Quanto aos efeitos:

Contratos Unilaterais: Geram obrigação somente para uma das partes.


Ex.: Doação pura

Contratos Bilaterias: Geram obrigação para ambas as partes.


Ex.: Compra e venda

Contratos Gratuitos: Apenas uma das partes aufere vantagens a outra.


Ex.: Doação
Contratos Onerosos: Ambas as partes auferem vantagens.
Ex.: Compra e venda
2- Quanto à formação:

Contratos paritários: Acordo de vontade das partes que livremente estipulam suas condições.
Ex.: Contrato de mandato

Contratos de adesão: Uma das partes apenas adere a um modelo contratual previamente estabelecido pela outra
parte.
3- Quanto ao momento de execução:
Contratos de execução instantânea ou imediata: Exaurem em um só ato, sendo
cumpridos imediatamente após a sua celebração.
Ex.: Compra à vista

Contratos de execução diferida: Exaurem em um só ato, mas em momento futuro,


diverso daquele em que o contrato formou.

Contratos de trato sucessivos ou de execução continuada: Cumprem por meio de atos


reiterados. (Dar uma atenção maior)
Ex.: Empresa de vigilância que presta serviço a outra empresa.
4- Quanto ao agente:
Contratos personalíssimos: Características especiais de um ou de ambos os contratantes.
Ex.: Contrato de um show

Contratos impessoais: Qualidades pessoais do contratante são indiferentes à execução.


Ex.: Pintura de uma determinada parede, qualquer pintor pode realizar. Pintura para um museu, deverá ser pintada por
um pintor de renome.

5- Quanto ao modo por que existem:


Contratos principais: Existem por si só.
Ex.: Contrato de locação

Contratos acessórios: Segue o principal.


Ex.: Fiança
6- Quanto à forma:
Contratos solenes: Prescrita em lei para que sejam válidos.
Ex.: Contrato de seguro, depende de um apólice regida pela seguradora e assinada pelo segurado.

Contratos não solenes: Forma livre, de acordo com o consenso das partes.
Ex.: Orais, verbais, instrumento público ou particular.

7- Quanto ao objeto:
Contratos em preliminares: Objeto é justamente a celebração de um contrato definitivo.
Ex.: Compromisso de compra e venda.

Contratos definitivos: São os contratos finais, resultantes das negociações entre as partes.
8- Quanto à designação:

Contratos nominados: Designação própria.


Ex.: Compra e venda, comodato.

Contratos inominados: Não tem disciplina em lei, sendo decorrentes da criação das partes.

Contratos mistos: Formados pela combinação de um contrato típico com algumas cláusulas criadas pelas partes.

Contratos coligados: Resultantes da interligação de vários contratos típicos, constando, mas do mesmo
instrumento.
EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS

Regulamentado pelo artigo 476 CC, onde diz que, nos contratos bilaterais,
nenhuma das partes pode exigir o implemento do outro, antes de cumprida a
obrigação, ou seja, enquanto uma parte não arcar com a sua prestação (tradição ou
pagamento), não poderá exigir da outra, tratando então de prestações simultâneas.
Porém se a obrigação for sucessiva esta regra não se aplica, tendo em vista que,
uma das partes depende da prestação da outra para realizar a sua.
Artigo 476 CC, Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode
exigir o implemento da do outro.

EXTINÇÃO DOS CONTRATOS

O modo mais comum para a extinção de um contrato, é o seu cumprimento ou execução pelas
partes.
Exemplo: Contrato de compra e venda, uma parte tem a obrigação de entregar o objeto e a outra
parte a pagar pelo objeto.

Também são formas de extinção de contratos:

 Nulidade ou anulabilidade do contrato  Rescisão


 Direito de arrependimento  Morte de um dos contratantes
 Resolução
 Resilição
Nulidade ou anulabilidade do contrato: Decorre da incapacidade da parte, ilicitude do objeto, inidoneidade da
forma e vícios de consensualismo (artigos 166,167 e 171,CC)

Direito de arrependimento: Quando expressamente previsto no contrato, as arras ou sinal, entregues servirão
de indenização (artigo 420,CC)

 Resolução: É a inexecução do contrato em razão do inadimplemento de uma das partes de forma voluntária,
involuntária (caso fortuito ou força maior) ou por onerosidade excessiva.

 Resilição: Dissolução do vínculo contratual pela vontade de um ou ambos os contratantes. Geralmente é


bilateral, denominando-se distrato, cujas consequências serão aquelas que as partes combinaram.
Quando a resilição é unilateral, denomina-se denúncia e não existe a garantia do retorno a situação anterior ao
contrato (status quo ante). Esse tipo de dissolução só ocorre em alguns contratos, como por exemplo, naqueles de
execução continuada celebrados por prazo indeterminado, como uma prestação de serviços, no mandato, no
comodato (artigo 473,CC).

Rescisão: É a extinção de determinados contratos, em casos de lesão ou estado de perigo.

 Morte por um dos contratantes: Nos contratos personalíssimos (Ex.: casamento)


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GOMES, Fábio Bellote. Manual de Direito Empresarial. 3º.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais.2012

GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Empresarial: Títulos de crédito e contratos mercantis.12º. ed.v.22.
São Paulo: Saraiva Educação.2018.

VIDO, Elisabete. Curso de Direito Empresarial.2º.ed.São Paulo: Revista dos Tribunais.2012.


Alunos:

Aline da Silva Alcantara,


Helena Louback
Natália da Silva Kerschner

Professor:

Disciplina:
Direito Empresarial II

Canela
2018

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