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Direito Civil

Função Social do Contrato

Resumo

O contrato não é mais aquele de força obrigatória e absoluta como antigamente, há


princípios que o norteiam e que trazem ao contrato algumas limitações ao direito de contratar, por isso
os princípios das algumas limitações para que não haja nenhum tipo de repúdio entre as partes.

Palavras-chave: Contratos. Princípios. Função Social do Contrato.

Introdução.

Na época direito romano, não constituíram um conceito contrato; os acordos de vontades eram
denominados em convenções e os mesmos tinham por vez dois tipos de contratos, os encontros de
vontades que criavam apenas as obrigações naturais e os atos praticados pelo contrato civil se houvesse
uma causa civil.

Conceito

O contrato é um acordo de vontades, entre partes capazes, que tem por objeto de se criar obrigações para
ambos ou apenas a um dos contratantes. O contrato é a fonte mais comum de criação de obrigações, em
razão da necessidade do ser humano de se relacionar com as pessoas, adquirindo ou fornecendo produtos
e serviços, dentre outras obrigações da vida cotidiana.

Segundo Carlos Roberto Gonçalves o contrato “[...] é a mais comum e a mais importante fonte de
obrigação, devido às suas múltiplas formas e inúmeras repercussões no mundo jurídico. [...]”
(GONÇALVES, 2012, p.21).
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Maria Helena Diniz, neste sentido, compreende o contrato como:

“O contrato constituiu uma espécie de negócio jurídico, de natureza bilateral ou plurilateral, dependendo,
para a sua formação, do encontro da vontade das partes, por ser ato regulamentador de interesses
particulares, reconhecida pela ordem jurídica, que lhe dá força criativa. (DINIZ,2004, p.23) ”

II. Requisitos e princípios

Requisitos de validade de contrato:

Toda via o contrato, é como qualquer outro negócio jurídico, cabendo em uma de suas espécies, que
exige para a sua existência lícita e para o concurso de alguns elementos fundamentais, que constituem
condições de sua validade.

Os requisitos são de duas espécies; de ordem geral ou de ordem especial.


Os de ordem geral: são aqueles comuns a todos os atos e negócios jurídicos, como a capacidade do
agente, tem por objeto lícito, possível, determinado ou determinável, e a forma prescrita ou não defesa em
lei (art.104 CC, 2002).

Os requisitos de ordem especial: são aqueles peculiares das relações contratuais que é o consentimento
recíproco ou acordo de vontades. O consentimento deve ser livre e espontâneo, sob pena de ter a sua
validade afetada pelos vícios ou defeitos do negócio jurídico: erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão e
fraude.

Princípio da função contrato social:

Cabendo previsão no artigo 421, do CC, o princípio da socialidade, que norteou o Código Civil de 2002.
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A concepção social do contrato apresenta-se, modernamente, como um dos pilares da teoria contratual. A
função social do contrato serve precipuamente para limitar a autonomia da vontade quando se tem a
autonomia da vontade, a liberdade contratual.

Princípio da Obrigatoriedade das cláusulas contratuais:

Cabe a esse princípio uma força vinculante no contrato no que tange a autonomia de vontade, pois em
qualquer circunstância ninguém e obrigado a contratar, porém existe uma formalidade de quem os
contratar e o contrato for valido e eficaz devem ser cumpridos não podendo se forrarem as suas
consequências, a não ser com a anuência do contratante.

Esse princípio tem por embasar a celebração do contrato, uma vez observado nos preceitos legais
tornando-o obrigatórios entre as partes.

Princípio da relatividade dos efeitos do contrato:

Esse princípio tem um fundamento na premissa de que os efeitos colaterais do contrato só se produzem
em relação ás partes, os que se manifestam em sua vontade, vinculando-os ao seu conteúdo, não afetando
terceiros nem seus patrimônios, nesse princípio existe algumas exceções, com o a estipulação em favor de
terceiro e a promessa de fato de terceiro.

https://jus.com.br/artigos/25825/principios-relacionados-aos-contratos-civis

III. Maria Helena Diniz


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A esse sentido já mencionou Maria Helena Diniz:

“[...] intimamente ligado não só à interpretação do contrato – pois, segundo ele, o sentido literal da
linguagem não deverá prevalecer sobre a intenção inferida da declaração de vontade das partes – mas
também ao interesse social de segurança das relações jurídicas, uma vez que as partes deverão agir com
lealdade, honestidade e confiança recíprocas, isto é, proceder com boa fé, esclarecendo os fatos e o
conteúdo das cláusulas, procurando o equilíbrio nas prestações, evitando o enriquecimento indevido, não
divulgando informações sigilosas etc. (DINIZ, 2º V. 2004, p. 41.)”

IV

Maria Helena Diniz, contempla muito o princípio da boa-fé, assegura a honradez, honestidade denodo e
confiança das partes para dentro do contrato, havendo uma interpretação básica dentro do negócio
jurídico em sentido literal de uma linguagem que não poderá ser prevalecida sobre uma intenção de
inserir certas declarações de vontades. No caso do que discerne o pensamento da doutrinadora o que pode
também ao interesse social da segurança das relações jurídicas, uma vez que as partes devem agir com
lealdade, retidão e probidade, ao andamento das negociações preliminares.

Havendo um seguimento dentro de um dos princípios legais a boa-fé, segue, portanto, uma norma de
conduta das partes, como as partes devem prosseguir e agir. No que versa o pensamento da Doutrinadora
Maria Helena Diniz, é ter a reciprocidade de que a boa-fé pode ser subjetiva ou objetiva.

No sentido da situação subjetiva que é a chamada concepção psicológica da boa-fé, consiste em


ignorância do estado real dos fatos, tem a ver com a consciência da parte. A sua constatação será feita
pelo juiz no caso concreto, sendo que a boa-fé deve ser presumida, a má-fé ¨conhecimento do real estado
dos fatos é que deve ser provada¨

¨O contrato é um elo que de um lado, põe o valor do indivíduo que cria; mas de outro lado, estabelece a
sociedade como o lugar onde o contrato vai ser executado e onde vai receber uma razão de equilíbrio e de
medida”

Buscamos então outros doutrinadores com pensamentos objetivos e claros, tendo em virtude que possam
esclarecer dúvidas e abrir um leque para uma análise profunda sobre os princípios dos contratos para
darmos a solução do caso exposto.

Bibliografia: Rodolfo Sacco; Alípio Silveira, A boa-fé no Código Civil, 1973,2 v.;

Acesso em Out 2018, ás 20:11


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http://ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13932&revista_caderno=7

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