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1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................4.
7. Conclusão...................................................................................................................18.
8. Agradecimentos..........................................................................................................22.
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho, objetiva fazer uma análise sobre a Lei Maria da Penha, com
reciprocidade na luta da sociedade contra a violência sofrida pelas mulheres no
ambiente familiar, considerando a importância da criação de sanções penais para coibir
e punir a agressão contra a mulher. Far-se-á uma explanação à cerca da origem dessa
lei e a importância da atenção conferida pelo ordenamento jurídico brasileiro.
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2. História da criação da Lei Maria da Penha.
Conhecida popularmente como Lei Maria da Penha, a lei 11.340/06, foi considerada
um ponto marcante no combate à violência domestica e familiar contra a mulher.
Essa lei também representa a ratificação dos direitos da mulher enquanto ser humano
e cidadã, segundo a Constituição Federal brasileira de 1988.
Essa lei ficou conhecida como Lei Maria da Penha (LMP), em homenagem à
biofarmacêutica, natural de Fortaleza, capital cearense, que foi vítima de agressões
físicas e mentais por parte do marido, o professor universitário colombiano Marco
Antonio Herredia Viveros.
Mas este episódio tornou-se mais do que um caso de justiça brasileira, tomou
conhecimento internacional, como expomos no parágrafo anterior, provocando uma
grande pressão no País para que fosse tomada uma medida em favor da luta que passou
a ser a de milhões de mulheres representadas pela mesma indignação de Maria da
Penha.
Essa lei representa a ratificação dos direitos das mulheres enquanto seres humanos,
garantidos pela Constituição Federal brasileira de 1988, conferindo-lhes o direito à
vida, à integridade física e moral, à liberdade, ao patrimônio, e, dentre tantos outros, o
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direito à dignidade e à busca pela felicidade, colocando-as em igualdade com os
homens, como cidadãs.
É válido ressaltar que com o tempo a Lei Maria da Penha foi modificada, para
proteger não só a mulher, mas a toda pessoa que for vítima de qualquer tipo de
violência doméstica, englobando também aos homens que sofrerem maus tratos e
violações de seus direitos no núcleo familiar.
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3. Participação da ONU no caso de violência contra a Sra. Maria da Penha.
A ONU, sempre busca diminuir o numero de agressões contra mulheres, sendo com
criação de lei ou até mesmo de uma forma literária, levando para a escola desde os mais
novos até os mais velhos, segundo uma reportagem do site 2.camara.leg.br a lei Maria
da Penha chega as escolas em forma de cordel, segue um trecho da reportagem: “A lei
Maria da Penha virou tema até de cordel, traduzido para o Inglês e o Espanhol.
Convidado pelas Nações Unidas, o autor da obra representa o Brasil na campanha
“UNA-SE pelo fim da violência contra a mulher“, coordenada pela ONU. O projeto
“Lei Maria da Penha em Cordel” ganhou as escolas. Do Piauí, foi para Minas Gerais,
Mato Grosso e Pernambuco.”
Reconhecida por 98% da população brasileira a lei Maria da penha completou 10 anos
agora em 2016, e em sua data de comemoração a ONU – mulheres fez uma nota, onde
citou que “é importante que a Lei Maria da Penha seja preservada de propostas
legislativas que possam desfigurá-las. Ao completar 10 anos, urge dar continuidade a
todas as ações iniciadas pelo governo federal para dar maior efetividade à aplicação da
Lei Maria da Penha. Para tanto, é fundamental também o compromisso do poder
público em todas as esferas de governo com a defesa da Lei para conseguir avançar na
cobertura integral dos direitos por ela assegurados às mulheres brasileiras na sua
diversidade”.
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A ONU ainda afirma que somente com uma atuação incansável, integrada e vinculada
aos direitos das mulheres, que será capaz de enfrentar e reverter à violência machista e
reverter o 5° lugar que o Brasil ocupa num ranking de 83 países em assassinato de
mulheres.
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4. Convenção Para Eliminar Todas as Formas de Descriminação Contra a
Mulher.
No Brasil ela foi adotada pela Resolução 34/180 da Assembleia Geral das Nações
Unidas, em 1979 e foi assinada e ratificada no ano de 1984. A convenção é multilateral,
foi ratificada por cerca de cento e oitenta e oito países, sendo que cinquenta aderiu o
tratado e trinta e oito rejeitaram o artigo 29. O Brasil fez parte desses países que
rejeitaram o artigo 29, §1°. Tais rejeições que foram suspensas em 1994 pelo Decreto
Legislativo n° 26, sendo reconhecida como válida através do Decreto N° 4.377, de 13
de setembro de 2002.
Esse tratado é criado para coibir qualquer comportamento que se configure como
discriminação contra a mulher, tendo em vista apresentando duas propostas, promover
os direitos da mulher na busca da igualdade de gênero e reprimir todas as
discriminações contra a mulher.
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Sendo assim a igualdade formal é mecanismo insuficiente para se objetivar uma
igualdade no plano concreto, isto porque a ausência de condições acaba por aumentar a
desigualdade social, sendo sanável somente através da garantia do Estado no
fornecimento de uma igualdade material.
(...) encontra-se diretamente ancorado na dignidade da pessoa humana, não sendo por
outro motivo que a declaração universal da ONU consagrou que todos os seres humanos
são iguais em dignidade e direitos. Assim, constitui pressuposto essencial para o
respeito da dignidade da pessoa humana a garantia da isonomia de todos os seres
humanos, que, portanto, não podem ser submetidas a tratamento discriminatório e
arbitrário, razão pela qual não podem ser toleradas a escravidão, a discriminação racial,
perseguição por motivo de religião, sexo, enfim, toa e qualquer ofensa ao principio
isonômico na sua dupla dimensão formal e material.
Prescreve o caput do art. 5º da nossa Constituição Federal de 1988: ”Todos são iguais
perante a lei sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito á vida, a igualdades, a
segurança, e a propriedade, (...)”.
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José Afonso da Silva nos diz “porque existem desigualdades, é que se aspira à
igualdade real ou material que busque realizar a igualdade das condições desiguais”.
Finalmente, no meu ponto de vista, o Tratado buscou criar leis para que se resolva da
melhor forma possível essas discriminações contra a mulher para que tanto tenha uma
vida social adequada para se encaixar nos parâmetros de igualdade perante ao homem
pois não podemos fazer que o homem seja superior a mulher, vemos mulheres se
destacamos propriamente mais que os homens nos mercados de trabalho nos dias atuais,
por bem sessar qualquer tipo de violação contra a mulher era o mais correto e foi feito
pelo tratado para que os direitos de todos prevalecesse.
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5. Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra
a Mulher.
Outra convenção muito importante que garante os direitos fundamentais das mulheres
é a ”Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a
Mulher”, também é conhecida como Convenção de Belém do Pará - 1994. Ela vai nos
definir como violência quaisquer atos ou condutas a que vem ocorrer através das
diferenças de gêneros ocasionando morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou
psicológico à mulher, tanto na área pública quanto na privada.
Neste tratado nos deixa claro e afirma que a violação contra a mulher por si constitui
uma violação contra os direitos humanos e das liberdades fundamentais e limita total ou
parcialmente a mulher o reconhecimento, gozo e exercício de tais direitos e liberdades,
deixando claro este tratado que os direitos das mulheres serão iguais para que eles
possam se enquadrar na vida social da melhor maneira possível sem distinção de
qualquer forma.
Esta convenção se preocupa por conta que a violência contra a mulher é uma ofensa a
dignidade humana e uma manifestação de relações de poder historicamente desiguais
entre mulheres e homens, pode se perceber que antes desse tratado a mulher não se
beneficiava de nenhum privilegio, era apenas para servir ao homem sem possuir o
direito de se expressar a suas idéias ou ate mesmo em âmbito de trabalho.
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Para os efeitos desta convenção pode se entender que a violência contra a mulher
através de qualquer ação ou conduta baseada no gênero que cause morte, dano ou
sofrimento físico, sexual ou psicológico a mulher, tanto no âmbito privado por conta
dessas violações contra a mulher, os direitos humanos busca intervir para que dessa
maneira não ocorra mais nenhum tipo de abuso no qual o homem sinta-se superior a
mulher no que se refere aos direitos, sendo assim a partir desta convenção foi possível a
concretização dos direitos femininos da sociedade.
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6. Aspectos comuns entre os objetivos da Lei Maria da Penha e das Convenções.
A década da mulher, instituída entre 1976 e 1985 pelas Nações Unidas, teve como
lemas a igualdade de direito, desenvolvimento e paz. O grande marco na história dos
direitos femininos foi à adoção em 1979 da Convenção para Eliminar Todas as Formas
de Discriminação Contra a Mulher (Cedaw na sigla em inglês). Como veremos a seguir
a convenção foi um importante marco para o reconhecimento dos direitos da mulher
como direitos humanos e sendo assim inicialmente possui lacunas na proteção dos
direitos femininos.
Em 1975 foi proclamado com o ano internacional da mulher e quatro anos depois foi
aprovada em 18 de dezembro de 1979 a Convenção Para Eliminar Todas as Formas de
Discriminação Contra a Mulher, e apesar de inúmeros países terem aderido, a
quantidade de reservas foi imensa, tanto que o próprio Brasil aderiu inicialmente com
reservas em 1983, e em 1984 foi ratificada pelo Congresso Nacional tendo força de lei
conforme o parágrafo 2º do artigo 5º da Constituição Federal, posteriormente em 1994 o
governo aderiu inteiramente e retirou as reservas.
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considerada um importante passo na luta das mulheres, e serviu de base para a lei
11.340 ( Lei Maria da Penha), a convenção delineia a violência contra as mulheres,
retratando-a como uma ofensa aos direitos humanos.
Também esta Convenção, no Brasil, tem força de lei, de acordo com o disposto no
segundo parágrafo do artigo 5º da Constituição Federal. Logo em seu início é possível
identificar o termo “Violência” e os avanços na conceituação do mesmo, sendo que em
seu Artigo 1 a convenção determina “entender-se-á por violência contra a mulher
qualquer ato ou conduta baseada no gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico,
sexual ou psicológico à mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada.”,
percebe-se que as definições de violência abrangem diversas esferas do indivíduo.
No decorrer do texto é inaugurada mais uma possibilidade que até então não existia, no
decorrer do artigo 7 é dito que o ao Estado cabe “estabelecer mecanismos judiciais e
administrativos necessários para assegurar que a mulher sujeita a violência tenha efetivo
acesso a restituição, reparação do dano e outros meios de compensação justos e
eficazes;” e sendo assim o texto afirma a necessidade da criação de chamados
“mecanismos judiciais” que seriam feitos exclusivamente para proteger a mulher sujeita
a violência.
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família que decorrem de atitudes violentas como explicitado no artigo que diz que o
Brasil “dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a
Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de
violência doméstica e familiar”.
A Lei Maria da Penha é a mais recente lei de proteção a mulher no Brasil, sendo assim
percebe-se uma serie de avanços no decorrer de seus artigos iniciais, tal como a ênfase
na violência domestica como explicita o Art. 4o “Na interpretação desta Lei, serão
considerados os fins sociais a que ela se destina e, especialmente, as condições
peculiares das mulheres em situação de violência doméstica e familiar”.
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Além das citadas acima a lei 11.340 definiu uma serie de importantíssimos novos
parâmetros e concepções para prevenir e punir a violência contra as mulheres, tais como
o acréscimo de um terço de pena no caso de portadoras de deficiência, proibição de
penas pecuniárias como cestas básicas e multas. E por fim no Parágrafo único em seu
artigo 45 a lei explicita que “Nos casos de violência doméstica contra a mulher, o juiz
poderá determinar o comparecimento obrigatório do agressor a programas de
recuperação e reeducação.”.
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7. Conclusão.
A começar pela historia que de fato, foi escrita através de uma perspectiva masculina
dos acontecimentos. E isto não é novidade a ninguém uma vez que os homens eram
responsáveis por ocupar os papéis sociais, econômicos e políticos enquanto a mulher
destinava-se apenas para ambientes domésticos, lidando com seus filhos e marido.
Nasce deste modo o patriarcalismo.
Mais para frente o homem se desenvolvia e ganhava seu lugar como cidadão,
começava a ter seu papel na política, haja vista que a figura feminina novamente era
restrita ao ambiente do lar. Em Roma a coisificação da mulher se fez presente e esta
passou a ser apenas uma coisa na posse de seu genitor ou marido, ganhando sua
autonomia apenas com a morte de ambos.
Qualquer mulher que se dispusesse a ter uma opinião própria ou comportamentos tidos
por inadequados eram levadas às fogueiras e acusadas de feitiçaria pelo comportamento
rebelde. Algo que ocorreu durante toda a Idade Média e Moderna. As porcentagens de
mortos por fogueiras nestes tempos eram 75 a 90% apenas mulheres.
E decorrendo destes fatores, no século XIX se inicia a luta pelos direitos das mulheres
de forma mais eficaz. Desde então com a Revolução Industrial, com o capitalismo e
outros importantes acontecimentos as mulheres se organizaram em busca de melhores
condições de trabalhos e salários. Tragicamente isto resultou em centenas de
trabalhadoras queimadas em uma greve operária de uma indústria têxtil em Nova
Iorque, no ano de 1857. Sendo assim a luta feminina continuou pleiteando direitos
políticos e participação nas instâncias públicas.
De qualquer modo, a luta pelos direitos e igualdades das mulheres não impede que o
número de violência contra as mesma cresça algo que acontece no âmbito doméstico e
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familiar e que é fruto do poder exercido pelo homem, sendo “mais frequente em países
de uma prevalecente cultura masculina e menor em culturas que buscam soluções
igualitárias para as diferenças de gênero”.
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suficientes de autoria e materialidade, caberá ao Ministério Público
oferecer a denúncia, instaurando-se o processo penal, que terá como
fim natural e precípuo a sentença, de conteúdo condenatório ou
absolutório.
Com uma breve analise feita do conteúdo trabalhado podemos finalizar que o objetivo
deste era de analisarmos a necessidade de uma proteção especializada as vitimas de
violência doméstica, as mulheres em seu todo. Começando com a estruturação histórica
da sociedade e seus papéis no âmbito social e domiciliar, verificando a existência de
uma desigualdade enraizada em nossa cultura patriarcal e nossa herança histórica.
Identificando sua origem e tratando também dos direitos fundamentais das mulheres.
Apesar de não ser de fato a raiz de toda e qualquer forma de violência torna-se
imprescindível à existência de uma intervenção estatal nestas relações abusivas
domesticas e familiares de violência. Tornando-se essencial para que haja uma
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superação de grande parte de todas as ocorrências exteriores neste meio do ambiente
familiar e doméstico.
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8. Agradecimentos
Agradeço ao meu grupo pelo belo trabalho realizado, pela compreensão de todos ao
falarmos sobre a violência contra a mulher.
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