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BACHARELADO EM PSICOLOGIA
Guanambi – BA
2022
ELBA CARLA FERREIRA SANTOS MAGALHÃES
MARIA DAS GRAÇAS TEIXEIRA DE AZEVEDO
Guanambi – BA
2022
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1 – INTRODUÇÃO
2 - MATERIAS E MÉTODOS
3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
172 resultados; “maus tratos conjugais” 20 resultados. Com o descritor “TCC - terapia
cognitivo comportamental”, por título, foram encontrados 2 resultados. Para o descritor
“lei maria da penha” foi encontrado apenas um resultado e com o descritor “depressão
em mulheres vítima de seus parceiros”, nenhum resultado encontrado.
Após avaliação criteriosa dos resultados, chegou-se ao número de 35 textos,
dentre livros, artigos e Lei. Tais resultados favoreceram informações consistentes
sobre as finalidades do estudo e que se apresenta na seguinte sistematização (Tabela 1):
2011 Lei Maria da Penha BRASIL. LEI Cria mecanismos para coibir a violência
e Legislação MARIA DA PENHA doméstica e familiar contra a mulher, nos termos
Correlata. (2006) do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da
Convenção sobre a Eliminação de Todas as
Formas de Discriminação contra as Mulheres e
da Convenção Interamericana para Prevenir,
Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher;
dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência
Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o
Código de Processo Penal, o Código Penal e a
Lei de Execução Penal; e dá outras providências.
2001 Violência BRASIL. Tem como objetivo específico de orientar os
Intrafamiliar: MINISTÉRIO DA profissionais nas ações de diagnóstico,
orientações para SAÚDE. tratamento e prevenção da violência.
prática em serviço. SECRETARIA DE
POLÍTICAS DE
SAÚDE.
2011 Política Nacional BRASIL. POLITICA Alguns estudos, realizados por institutos de
de Enfrentamento NACIONAL DE pesquisa não governamentais, como a Fundação
à Violência Contra ENFRENTAMENT Perseu Abramo (2010), apontam que
as Mulheres O DE VIOLÊNCIA aproximadamente 24% das mulheres já foram
CONTRA A vítimas de algum tipo de violência doméstica.
MULHER Quando estimuladas por meio da citação de
diferentes formas de agressão, esse percentual
sobe para 40%.
2011 Política nacional de BRASIL. Do total de entrevistadas, 57% declararam
enfrentamento a SECREARIA DE conhecer mulheres que já sofreram algum tipo de
violência contra as POLÍTICA violência doméstica. A que mais se destaca é a
mulheres PÚBLICA PARA violência física, citada por 78% das pessoas
MULHERES ouvidas pela pesquisa. Em segundo lugar
PRESIDENCIA DA aparece a violência moral, com 28%,
REPÚBLICA praticamente empatada com a violência
psicológica (27%)
2016 Dependência BUTION, D.C; Quanto à prevalência da dependência
emocional: uma WECHSLER, A. M. emocional, não houve consenso entre as
revisão sistemática pesquisas: Sussman (2010), a partir de uma
da literatura revisão da literatura, afirmou que entre 5% a 10%
da população seria dependente
emocionalmente. Ahmdi et al. (2013) verificaram
que 17,9% de uma amostra de 290 pessoas
apresentou dependência emocional. Outros
estudos obtiveram uma porcentagem de 24,6%
da amostra estudada com tal patologia (569
sujeitos) (Lemos et al., 2012; Jaller Jaramillo &
Lemos Hoyos, 2009). Gude et al
2005 Terapia de grupo CORTEZ, M.B. et O proposto mostrou-se uma estratégia de
cognitivo- al. intervenção efetiva para alterar o comportamento
comportamental violento do agressor conjugal, além de promover
com agressores uma melhoria do ajustamento do casal.
conjugais
2006 Violência FONSECA, P. M.; Ao vivenciar uma relação violenta acarreta danos
Doméstica Contra LUCAS, T. N. S. à saúde mental da mulher, traduzidos,
a Mulher e suas principalmente, por constantes estados de
Consequências tristeza, ansiedade e medo.
Psicológicas.
2011 Violência contra a GADONI-COSTA, Os dados levantados apontaram que em 70,1%
mulher: L.M; ZUCATTI, A. dos casos o agressor era o companheiro da
levantamento dos P. N.; DELL’AGLIO, vítima, e que em apenas 3,1% dos casos era
casos atendidos no D. D. desconhecido. Segundo a Organização Mundial
setor de psicologia da Saúde, uma em cada seis mulheres no mundo
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profissionais de
saúde
2011 O estigma da MOREIRA, V. et al. Mostram que essas mulheres suportam várias
violência sofrida modalidades de violência na relação com seus
por mulheres na parceiros.
relação com seus
parceiros íntimos
3.2.2.3 Filhos
Os filhos são um dos possíveis fatores para permanecia de mulheres em
situação de violência, porem alguns autores versam sobre as possíveis
consequências que pode causar nesses indivíduos. Conforme relata Santos e Costa
(2004), as crianças que sofrem ou presenciam violência direta ou entre os pais geram
consequências que podem ser permanentes. Além de desenvolver características
especificas por conta da convivência com a violência como baixa estima; medo,
ansiedade, insegurança e incerteza; dificuldades de concentração; dependência
econômica e emocional; a possibilidade de auto mutilação e pensamentos e tentativas
de suicídio.
A esse processo de vivências dá-se o nome de violência intrafamiliar que se
define como toda ação ou omissão que venha prejudicar o bem-estar, integridade
física, mental ou a liberdade e o direito ao pleno desenvolvimento de outro integrante
familiar, se referindo além dos espaços físicos na qual ocorre as agressões mas a
todas relações construídas e consolidas (BRASIL, 2001).
Um fator importante na violência são mulheres que decidem permanecer na
relação, por pressão de familiares e especialmente, pelos filhos pré-adolescentes e
adolescentes. Muitas mulheres se limitam ao agressor, em decorrência, dos filhos
discordarem da atitude da mesma no papel de mãe (SOUSA; CUNHA, 2015). Para
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modo, a Terapia Cognitivo Comportamental entende que esse tipo de violência deve
ser compreendido a partir das crenças já presentes tanto no agressor, quanto nas
mulheres agredidas (MOREIRA, 2011). Seguindo esta premissa sobre pensamentos
disfuncionais e pessoas que sofreram violência doméstica e desenvolveram regras
cognitivas disfuncionais, Moreira (2011) ressalta a importância de se trabalhar tais
regras para que assim possa haver restruturação cognitiva e consequentemente uma
mudança nas emoções e comportamentos.
Conforme já mencionado e destacado por Beck (2013) não é a situação em si
que é responsável pelo o que a pessoa sente, mas como ela interpreta determinada
situação. O que significa dizer que não é a situação de violência por si só que gera o
sofrimento na mulher, mas a percepção que essa mulher tem de si mesma, que
influenciará seus sentimentos, afetando o seu comportamento de permanecer ou não
em um relacionamento violento.
Tanto Beck (2013) quanto Guimarães (2015) discorrem sobre a eficácia da
TCC - Terapia Cognitivo-Comportamental, para inúmeros problemas psiquiátricos e
psicológicos. Guimarães (2015) destaca que, para cada problema e contexto há
diversas técnicas e estratégias que podem ser utilizadas, tanto na modalidade grupal
quanto individual, com o intuito de contribuir para desenvolver pensamentos mais
racionais e comportamentos adaptativos, minimizando o sofrimento apresentado.
4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
5 - REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei Maria da Penha (2006). Lei Maria da Penha e Legislação Correlata. –
Brasília: Senado Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2011.
violencia/pdfs/politica-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-contra-as-mulheres >.
Acesso em 23 de abril de 2022.
NORWOOD, Robin. Mulheres que Amam Demais. São Paulo: ARX, 2005, 28 ed.