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ESCOLA DE PSICOLOGIA
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................4
2 METODOLOGIA .......................................................................................................7
REFERÊNCIAS .........................................................................................................22
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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Secretaria Nacional de Assistência Social, 2011, pp. 8 -11), uma instituição que
tem como referência ofertar um trabalho social a famílias e indivíduos em
situação de risco pessoal e social por violação de direitos. Como também por ser
uma instituição da Assistência Social, tem como compromisso, garantir a
cidadania, conforme descrito em suas orientações técnicas. Utilizam esta
expressão também pelo fato dos atendimentos nos CREAS não serem
obrigatórios, ou seja, a mulher pode optar ou não pelo acompanhamento e
desistir quando quiser.
“... não é porque é a delegacia da mulher que ela vai ser bem
recebida lá tá, nós temos vários casos, vários relatos de mulheres que foram
maltratadas na delegacia da mulher e o agressor foi tido como “ai coitado”
(Maria)
Por ser o CREAS uma política da assistência social, não tem como
papel realizar atendimentos psicoterapêutico, assim os dados demonstraram
que havendo a necessidade de um atendimento clínico as mulheres são
encaminhadas para as UBS ou CAPS, como orienta Maria:
“... então nós vamos ter uma escuta a princípio que não é terapia, mas
é terapêutico, porque nós como profissionais de psicologia não podemos fazer
atendimento clínico em nenhum órgão da assistência social…” (Maria)
E Raquel complementa:
“... diferente de um psicólogo clínico que atua na UBS, ele não vai ter
condições de aprofundar questões emocionais, questões profundas da mulher,
ele só vai focar na questão da violência mesmo. ” (Raquel)
Os dados revelaram não ser fácil para a vítima romper com o ciclo da
violência, como descreve Maria:
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“... isso não é uma coisa que essas mulheres estão acostumadas a
vivenciar e se motivam a participar, algumas se motivam por resultados um
pouco mais concreto né. ” (Raquel)
“Eu acho que mesmo com toda a escassez do serviço público a gente
consegue fazer um excelente trabalho… ” (Maria)
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“Eu tenho cursos mais caros que seriam muito ricos para nós, mas
esses a gente não consegue fazer.” (Maria)
“... tem projetos que não fogem muito disso […] e temos algumas
ONGs”
“...uma coisa já feita com o judiciário, esse homem vai ter que cumprir,
porque ou ele cumpre ou ele vai preso, então ele vai.” (Maria)
“... a mulher consegue sair dessa relação, mas o agressor vai procurar
uma outra companheira e de repente vai ser a próxima vítima dele” (Raquel)
Segundo (Toneli, Beiras, & Ried, 2017) por ser a violência doméstica
um problema social, apenas estruturar instituições ou promulgar leis protetivas
são insuficientes para resolver o problema. Assim como a segregação social do
agressor é uma crença ilusória, pois não se tem garantia de que deixará de
repetir o comportamento agressivo e violento.
De acordo com (Pessôa & Wanderley, 2020) apenas a força legal não
seria a solução mais adequada, assim se faz necessário ajudar o agressor com
o objetivo de evitar a reincidência da violência e prevenir novas vítimas.
Acreditam que “a responsabilidade pelo comportamento do agressor deve recair,
não apenas sobre este, mas sobre toda comunidade.” (Pessôa & Wanderley,
2020, p. 5)
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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
(IPE), I. d., & (FBSP), F. B. (2019). Atlas da Violência. Brasília; Rio de Janeiro;
São Paulo, Brasil: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada; Fórum
Brasileiro de Segurança Pública. Acesso em 17 de 10 de 2020, disponível
em https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/
Gil, A. C. (2002). Como Elaborar Projetos de Pesquisa (4ª ed.). São Paulo:
Editora Atlas.
https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/2593/3/2082074
6.pdf
Toneli, M. J., Beiras, A., & Ried, J. (Janeiro- Junho de 2017). Homens autores
de violência contra mulheres: políticas públicas, desafios e intervenções
possíveis na América Latina e Portugal. Revistas de Ciências Humanas,
174-193. Doi:10.5007/2178-4582.2017