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Tutor:
Capítulo I .......................................................................................................................................... 1
1. Introdução ..................................................................................................................................... 1
1.1. Contextualização ........................................................................................................................ 1
1.2. Objectivos .................................................................................................................................. 2
1.2.1. Objectivo Geral ....................................................................................................................... 2
1.2. Metodologia ............................................................................................................................... 3
Capítulo II ......................................................................................................................................... 4
2. Desenvolvimento .......................................................................................................................... 4
2.1. Violência doméstica ................................................................................................................... 4
2.1.2. Violência doméstica em Moçambique ................................................................................... 4
2.2. Revisão literária ......................................................................................................................... 6
2.2.1. Impacto da Violência doméstica em Moçambique ................................................................. 6
Capítulo III ...................................................................................................................................... 10
3. Conclusão.................................................................................................................................... 10
3.1. Referência Bibliográfica .......................................................................................................... 11
Capítulo I
1. Introdução
1.1. Contextualização
Assim, o presente estudo é oportuno na medida em que procura trazer uma abordagem que possa
contextualizar o leitor do do fenómeno violência doméstica no contexto nacional, podendo de
alguma forma auxiliar na melhor precepção deste fenómeno desde as suas consequências até os
possíveis factores que poderão estar envolvidos nessa problemática e, por cosnsequência
benefeciar-se deste conhecimento que protege a todo Moçambicano.
Tal como é em os demais estudos semelhantes, para responder os objectivos traçados, a metodologia
foi baseada em exploração qualitativa, tendo consistido na confrontação da revisão literária de
algumas obras, ou artigos que debruçam sobre o assunto em estudo (o fenómeno Violência
Doméstica em Moçambique), bem como as opiniões, orientações ou observações de profissionais
previamente capacitados para dar parecer do assunto em estudo, na perspectiva de melhor e
cientificamente aprimorar no assunto, para em seguida avançar com os resultados.
O segundo capítulo é a parte que respeita o desenvolvimento do assunto que se pretende levar a
cabo, onde Conceptualizam-se os termos chaves: Violência Doméstica em Mocambique,
descreve-se o fenómeno Violência Doméstica em Moçambique, o impacto e os possiveis factores
da Violência Doméstica em Moçambique.
O terceiro capítulo, é o último, nela encontra - se a conclusão, que de forma breve respondem o
objectivo geral do estudo, em seguida, estão as referências bibliográficas das fontes visitadas para
auxílio da compilação deste trabalho.
2. Desenvolvimento
Em Moçambique, no âmbito da luta contra a violência doméstica, há uma instrumento legal que foi
criado pela sociedade civil, a Lei 29/2009. Esta lei define violência doméstica como sendo:
Todos os actos perpetrados contra a mulher e sque se cause, o que seja capaz de causar danos, fiscos,
psicológicos ou económicos, incluindo a ameça de tais actos, ou imposição de restrições ou privação
arbitrária das liberdades fundamentais na vida privada ou pública (Lei nº 29/2009, p. 15).
Em Moçambique a violência doméstica e indicada, segundo Tele & Minayo (OMS, 2009) como
sendo um dos pricnipais agraventes das taxas de homicídio.
Após um longo processo de campanhas e debates promovidos a nível nacional, sobre o combate a
violência doméstica contra a mulher que foi elaborado um despositivo legal exclisivamente virado
a a violência doméstica praticada contra a mulher, a Lei 29/2009.
A lei 29/2009 de 29 de setembro – sobre a violência doméstica praticada contra a mulher foi
aprovada pela assembleia da Republica aos 21 de Julhop de 2009 e promulgada no dia 1 de setembro
de 2009 e, entrou em vigor 180 dias apos a sua publicação.
Esta lei defende, nos três primeiros artigos do seu primeiro capítulo, o seguinte, que:
Artigo 1:
1- a presente lei tem como objectivo a violacao praticada contra a mulher , no âmbito
das relações domésticas e familiares e de que não resulte a sua morte.
2- Nos casos em que dos actos de violência resulte a morte, são aplicadas as
desposições do código penal.
Aritogo 2:
Artigo 3:
A presente Lei visa proteger a integridade fisica, moral, psicologica, patrimonial e sexual
da Mulher, contra qualquer forma de violêncvia exercida pelo seu cônjuge, parceiro, ex-
parceiro, namorado, ex-namorado e familires.
Os gabinetes dea tendimento, instalados a nível nacional, são coordenados pelo Departamento de
Atendimento da Mulher e criança do comando Geral da policia da República de Moçambique
(PRM), e contam com a intrevenação multi-sectoral que envolve os Ministérios de saúde, (MSAU),
da Mulher e Acção social (MMAS), e da Justiça, para além das ONG`s e Associações da Sociedade
Civil. Portanto, estes gabinetes existem em quase todo país.
Para além das parceiras acima referidas, Os Gabinetes de Atendimento a Mulher e acranças vitmas
da Violência doméstica contam com um certo apoio técnico e fainanceio da UNICEF, da cooperação
Portuguesa, Embaixada da França, da Save the Children entre outros parceiros.
Cerca de 54.2% das inquiridas admitiram que em algum momento da sua vida foram vítimas de
violência física e/ou sexual; os actos de violência física mais frequentes identificados pelo inquérito
foram: esbofetear, pontapear, morder ou esmurrar para além das ameaças a integridade física. Cerca
de 22.8% (439 mulheres) admitiram que em algum momento da sua vida experimentaram algum
tipo de violência sexual; os tipos de violência sexual mais frequentes identificados foram: “apalpar
sexualmente” e o sexo forçado/violação. Segundo os resultados do inquérito o principal agressor é
um parceiro íntimo particularmente o parceiro actual; cerca de 39.5% das agressões referidas foram
perpretadas por um parceiro íntimo. (Taela, 2006. P, 27)
Dados do Departamento da Mulher e Criança do Ministério do Interior indicam que a maior parte
dos casos (tabela II) de violência atendidas nas Secções de Atendimento a Mulher e Criança, são de
mulheres. Embora os dados não especifiquem o contexto em que a violência teve lugar nem por
quem foram perpretados sabe-se que as atribuições das Secções de Atendimento a Mulher e Criança
Vítimas de Violência são: a) prevenir e combater a violência doméstica, b) prestar assistência as
vítimas de violência doméstica, abuso sexual e tráfico, c) proporcionar um atendimento
personalizado de acordo com as necessidades de cada vítima e c) garantir a observância da lei e
facilitar o acesso a justiça. (Taela, 2006. P, 28)
As consequências da violência contra a mulher são múltiplas desde a violação dos seus direitos
fundamentais até ao impacto na sua saúde física (incluindo sexual e reprodutiva) e mental. Dentre
as consequências para a saúde física podem-se destacar: dor crônica, lesões físicas, distúrbios
gastrointentinais, dor de cabeça entre outros de acordo com a intensidade do acto violento e do
estado de saúde da mulher; algumas consequências ligadas a saúde sexual e reprodutiva a maior
parte associadas a relações sexuais forçadas são gravidez indesejada, aborto espontâneo, doenças
pélvicas inflamatórias, contágio de doenças sexualmente transmissíveis, HIV/SIDA e o femicídio.
Na saúde mental destacam-se a perda de auto-estima e confiança em si própria, o medo, os
transtornos psíquicos, como a depressão, a ansiedade, os distúrbios psicossomáticos, e tentativas de
suicídio e suicídio. O femícidio é uma das consequências fatais da violência contra a mulher. Estudo
realizado pela Associação Australiana de Criminologia revela que em média 125 mulheres de todas
as idades são assassinadas anualmente na Austrália e que ofensores masculinos foram responsáveis
pelo assassinato de aproximadamente 94% de mulheres adultas. Mais importante, o estudo sublinha
que 3 em cada 5 femicídios ocorrem entre parceiros íntimos e que a maioria destes é resultado de
desacatos domésticos; refere que a probabilidade de uma mulher ser morta por um homem
desconhecido é muito reduzida e que anualmente menos de 14 mulheres são assassinadas por um
homem que não conheciam. (MOUZOS, 1999)
Os efeitos da violência doméstica contra a mulher extendem-se para além desta. As crianças que
assistem cenas violentas na família quando não são elas próprias também vítimas de violência,
sofrem consequências emocionais, tais como: ansiedade, medo, depressão, baixo rendimento
escolar, isolamento, baixa auto-estima, pesadelos, etc. A violência é um fenómeno que se auto-
perpetua: quando as crianças são vítimas ou testemunhas de abusos em casa, tendem a imitar esse
comportamento. (Taela, 2006. P, 20)
Ainda na elaboração da proposta de Lei contra a violência doméstica, de acordo com Ximena
(2009), várias pesquisas foram feitas tanto nas áreas urbanas assim como nas rurais de quase todo
País, onde incluiram tres dimensoes de analise, a saber: o direito Piostivo, o direito consueudnario.
Tendo se constatado o seguinte:
Assim, so depois de um longo processo de debates e campanhas a nível nacional (realizadas entre
2004 e 2005) é que se aprovou em 2006, por unamnimidade o projecto de Lei Violência doméstica,
numa Reunião Nacional da Sociedade Civil que contou a participação de 150 pessoas. Nessa reunião
estiveram os representantes da sociedade Civil, da admisnistração da Justiça, da assembleia da
República e do Comité Africano dos Direitos Humanos (Muedane, 2012. P, 21)
De acordo com Sousa (2003), constatou que no senso comum, há uma conjunto de de discursos
dominates patricalistas, discursos acompanhados de práticas sociais concebidas durante o processo
de socialização dos indivíduos, que fazem com que as pessoas olhem pra a violência doméstica
como uma forma de dominacao socialmente legitmada e, por isso, é um problema familiar que não
de ingerencias externas, refere ainda que a ideologia patriacalista vigente na sociedade
moçambicana é a principal construtora das leis, normas, dos sistemas de valor e representação, das
práticas quotidianas sociais que levam a descriminação da mulher. Osório (2001), fundamenta a
ideia de que a manifestacao do fenomeno da violencia domestica é fundamentalemnte incitada pelo
modelo social patriarcal de poder dominante na sociedade moçambicana. Osório (2004), refere que
o fenómeno da violência doméstica que se tem manifestado na sociedade Moçambicana é produto
de uma moddelo patriarcal que através do qual se organiza a sociedade.
3. Conclusão