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INSTITUTO SUPERO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Departamento de Ciência de Educação

Curso de Licenciatura em Gestão dos Recursos Humanos

O IMPACTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA SOCIEDADE


MOÇAMBICANA

José Julião Macuácua: 21210628

Maputo, Junho de 2021


INSTITUTO SUPERO DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Departamento de Ciência de Educação

Curso de Licenciatura em Gestão dos Recursos Humanos

O IMPACTO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA NA SOCIEDADE


MOÇAMBICANA

Trabalho de campo a ser submetido na


coordenação do curso de Licenciatura
em ensino de Gestão dos Recursos
Humanos do ISCED.

Tutor:

José Julião Macuácua: 21210628

Maputo, Junho de 2021


Índice

Capítulo I .......................................................................................................................................... 1
1. Introdução ..................................................................................................................................... 1
1.1. Contextualização ........................................................................................................................ 1
1.2. Objectivos .................................................................................................................................. 2
1.2.1. Objectivo Geral ....................................................................................................................... 2
1.2. Metodologia ............................................................................................................................... 3
Capítulo II ......................................................................................................................................... 4
2. Desenvolvimento .......................................................................................................................... 4
2.1. Violência doméstica ................................................................................................................... 4
2.1.2. Violência doméstica em Moçambique ................................................................................... 4
2.2. Revisão literária ......................................................................................................................... 6
2.2.1. Impacto da Violência doméstica em Moçambique ................................................................. 6
Capítulo III ...................................................................................................................................... 10
3. Conclusão.................................................................................................................................... 10
3.1. Referência Bibliográfica .......................................................................................................... 11
Capítulo I

1. Introdução

1.1. Contextualização

Há muito que se vem testemunhando a violência doméstica no mundo, particularmente em


Moçambique, sendo comum contra mulheres e crianças nas mais diversas sociedades. Onde
a desigualdade de género assume-se como a base de onde todas as formas de violência e privação
se manifestam, em paralelo o papel da mulher vem-se limitando às actividades meramente
domésticas ou inferioridade em relação ao homem. O que sempre colocou a mulher sem direito à
vontade própria ou justiça, mesmo em situações como sofrer assédio de rua, ter o comportamento
vigiado e controlado, não poder usar certas roupas, ser alvo de ciúme, violações mais dramáticas
até estupros.

Portanto, este trabalho surge na perspectiva académica, cujo objectivo é compreender


sensivelmente, o fenómeno Violência Doméstica em Moçambique, desde a percepção da
conceitualização do fenómeno Violência Doméstica em Moçambique, a forma como se manifesta
no contexto nacional, o impacto ou implicacções, até os possiveis factores que influem para
ocorrência desta problemática.

Assim, o presente estudo é oportuno na medida em que procura trazer uma abordagem que possa
contextualizar o leitor do do fenómeno violência doméstica no contexto nacional, podendo de
alguma forma auxiliar na melhor precepção deste fenómeno desde as suas consequências até os
possíveis factores que poderão estar envolvidos nessa problemática e, por cosnsequência
benefeciar-se deste conhecimento que protege a todo Moçambicano.

Violência doméstica em Moçambique 1


1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

Compreender sensivelmente, impacto do fenómeno violência doméstica em Moçambique.

1.2.1.1. Objectivos específicos

 Conceitualizar o termo chave: Violência Doméstica em Moçambique;


 Descrever o fenómeno Violência Doméstica em Moçambique;
 Identificar o impacto da Violência Doméstica em Moçambique, bem como os possíveis
factores que influem acorrência da violação doméstica.

Violência doméstica em Moçambique 2


1.2. Metodologia

Tal como é em os demais estudos semelhantes, para responder os objectivos traçados, a metodologia
foi baseada em exploração qualitativa, tendo consistido na confrontação da revisão literária de
algumas obras, ou artigos que debruçam sobre o assunto em estudo (o fenómeno Violência
Doméstica em Moçambique), bem como as opiniões, orientações ou observações de profissionais
previamente capacitados para dar parecer do assunto em estudo, na perspectiva de melhor e
cientificamente aprimorar no assunto, para em seguida avançar com os resultados.

1.3. Estrutura de Trabalho

O trabalho encontra-se dividido em 3 capítulos: desde a introdução até a conclusão.

O primeiro capítulo respeita a introdução, onde inicia com a contextualização do assunto em


estudo, a importância deste estudo, os objectivos traçados e o procedimento metodológico aplicada
para responder os objectivos traçados.

O segundo capítulo é a parte que respeita o desenvolvimento do assunto que se pretende levar a
cabo, onde Conceptualizam-se os termos chaves: Violência Doméstica em Mocambique,
descreve-se o fenómeno Violência Doméstica em Moçambique, o impacto e os possiveis factores
da Violência Doméstica em Moçambique.

O terceiro capítulo, é o último, nela encontra - se a conclusão, que de forma breve respondem o
objectivo geral do estudo, em seguida, estão as referências bibliográficas das fontes visitadas para
auxílio da compilação deste trabalho.

Violência doméstica em Moçambique 3


Capítulo II

2. Desenvolvimento

2.1. Violência doméstica

Para melhor percepção do assunto o desenvolvimento começa com a conceitualização do termo


chave do estudo: violência doméstica.

2.1.1 Conceitualização da violência doméstica

Em Moçambique, no âmbito da luta contra a violência doméstica, há uma instrumento legal que foi
criado pela sociedade civil, a Lei 29/2009. Esta lei define violência doméstica como sendo:

Todos os actos perpetrados contra a mulher e sque se cause, o que seja capaz de causar danos, fiscos,
psicológicos ou económicos, incluindo a ameça de tais actos, ou imposição de restrições ou privação
arbitrária das liberdades fundamentais na vida privada ou pública (Lei nº 29/2009, p. 15).

2.1.2. Violência doméstica em Moçambique

Em Moçambique a violência doméstica e indicada, segundo Tele & Minayo (OMS, 2009) como
sendo um dos pricnipais agraventes das taxas de homicídio.

A sociedade civil moçambicana, representada por varias associações e organizações não


governamentais como liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), O Forúm Mulher, Mulher
Lei e desenvolvimento, a Women and Law in Southern África (WLSA), a Associação das Mulheres
da carreira Jurídica, são algumas das entidades que nos últmos tempos vem mostrando esforços para
o combate deste mal de forma oficial.

Após um longo processo de campanhas e debates promovidos a nível nacional, sobre o combate a
violência doméstica contra a mulher que foi elaborado um despositivo legal exclisivamente virado
a a violência doméstica praticada contra a mulher, a Lei 29/2009.

Violência doméstica em Moçambique 4


A elaboaração da prosposta de lei contra a violência doméstica, foi baseado nos principos
defendidos na constituição da república de Moçambique e na Declaração Universal dos Direitos
Humanos. Ambos defendem o princípio de igualidade de direitos entre os homens e as mulheres.

Lei nº 29/2009 de 29 de Setembro

A lei 29/2009 de 29 de setembro – sobre a violência doméstica praticada contra a mulher foi
aprovada pela assembleia da Republica aos 21 de Julhop de 2009 e promulgada no dia 1 de setembro
de 2009 e, entrou em vigor 180 dias apos a sua publicação.

Esta lei defende, nos três primeiros artigos do seu primeiro capítulo, o seguinte, que:

Artigo 1:

1- a presente lei tem como objectivo a violacao praticada contra a mulher , no âmbito
das relações domésticas e familiares e de que não resulte a sua morte.
2- Nos casos em que dos actos de violência resulte a morte, são aplicadas as
desposições do código penal.

Aritogo 2:

É objectivo desta Lei previnir, sancionar os infractores e prestar às mulheres vtmas da


violência doméstica a necessária proteção, garantir e introduzir medidas que fornecam aos
órgãos do Estado os instrumetos necessários para a eliminção da violência doméstica.

Artigo 3:

A presente Lei visa proteger a integridade fisica, moral, psicologica, patrimonial e sexual
da Mulher, contra qualquer forma de violêncvia exercida pelo seu cônjuge, parceiro, ex-
parceiro, namorado, ex-namorado e familires.

Violência doméstica em Moçambique 5


Os artigos citados acima mostram claramente que, a lei em ilusão foi criada para servir como
despositivo legal que proteja a mulher da prática da violência doméstica. Esta lei prevê igualmenmte
as formas de sancionar os agressores.

Gabinete de Atendimento a mulher e crianca vitmas da Violencia domestica

O Gabinete de Atendimento às vitmas da Violência doméstica é um mecanismo de acção que


funciona como base num esforço colectivo (Governo, ONG`s e Associacoes da Sociedade Civil)
para se dar resposta à crescente manifestação do fenómeno da violência doméstica contra a mulher
e acriança, em especial.

Os gabinetes dea tendimento, instalados a nível nacional, são coordenados pelo Departamento de
Atendimento da Mulher e criança do comando Geral da policia da República de Moçambique
(PRM), e contam com a intrevenação multi-sectoral que envolve os Ministérios de saúde, (MSAU),
da Mulher e Acção social (MMAS), e da Justiça, para além das ONG`s e Associações da Sociedade
Civil. Portanto, estes gabinetes existem em quase todo país.

Para além das parceiras acima referidas, Os Gabinetes de Atendimento a Mulher e acranças vitmas
da Violência doméstica contam com um certo apoio técnico e fainanceio da UNICEF, da cooperação
Portuguesa, Embaixada da França, da Save the Children entre outros parceiros.

2.2. Revisão literária

2.2.1. Impacto da Violência doméstica em Moçambique

A violência doméstica contra a mulher é uma prática enraízada na sociedade moçambicana e


continua a ser considerada como um problema privado, isto é, como um assunto que apenas diz
respeito ao casal e sua família. Há a percepção generalizada do recurso a violência no contexto
doméstico como legítimo. (Taela, 2006. P, 24)

Violência doméstica em Moçambique 6


Um inquérito realizado no país, onde foram inquiridos jovens entre os 15 e 20 anos de ambos sexos,
revelou que a violência contra a mulher é percebida como um direito do homem/parceiro; quando
inquiridos questionados acerca de se um homem pode ou não bater na sua companheira tanto
rapazes como raparigas responderam afirmativamente. As situações identificadas pelo estudo nas
quais este pode agredir a sua companheira são: se a mulher não cuidar bem da casa e dos filhos, se
o parceiro suspeita que ela o traí; se ela negar-se a ter relações sexuais; e se esta utilizar o dinheiro
reservado para as despesas da casa para a compra de bebida. A mesma percentagem (26%) de
rapazes e de raparigas afirmou que o marido/namorado tem o direito de bater a sua esposa/namorada
se esta negar-se a ter relações sexuais; por outro lado cerca de 4% das raparigas inquiridas, com
experiência sexual, declararam já terem sido forçadas a manter relações sexuais. (INE, 2003)

Cerca de 54.2% das inquiridas admitiram que em algum momento da sua vida foram vítimas de
violência física e/ou sexual; os actos de violência física mais frequentes identificados pelo inquérito
foram: esbofetear, pontapear, morder ou esmurrar para além das ameaças a integridade física. Cerca
de 22.8% (439 mulheres) admitiram que em algum momento da sua vida experimentaram algum
tipo de violência sexual; os tipos de violência sexual mais frequentes identificados foram: “apalpar
sexualmente” e o sexo forçado/violação. Segundo os resultados do inquérito o principal agressor é
um parceiro íntimo particularmente o parceiro actual; cerca de 39.5% das agressões referidas foram
perpretadas por um parceiro íntimo. (Taela, 2006. P, 27)

Dados do Departamento da Mulher e Criança do Ministério do Interior indicam que a maior parte
dos casos (tabela II) de violência atendidas nas Secções de Atendimento a Mulher e Criança, são de
mulheres. Embora os dados não especifiquem o contexto em que a violência teve lugar nem por
quem foram perpretados sabe-se que as atribuições das Secções de Atendimento a Mulher e Criança
Vítimas de Violência são: a) prevenir e combater a violência doméstica, b) prestar assistência as
vítimas de violência doméstica, abuso sexual e tráfico, c) proporcionar um atendimento
personalizado de acordo com as necessidades de cada vítima e c) garantir a observância da lei e
facilitar o acesso a justiça. (Taela, 2006. P, 28)

Violência doméstica em Moçambique 7


Em relação aos motivos para apresentação da denúncia por parte das mulheres destacam-se:
homicídios; ofensas corporais; violação; violência psicológica; abandono da família e falta de
assistência; adultério; maustratos; discriminação por ser seropositiva; expulsão da casa do casal; e
não reconhecimento da parternidade. Enquanto as principais denúncias apresentados pelos homens
são estão os seguintes motivos: abandono do lar e dos filhos; adultério; falta de comparticipação no
sustento dos filhos; falta de respeito; e pedido de pensão. (Taela, 2006. P, 28)

As consequências da violência contra a mulher são múltiplas desde a violação dos seus direitos
fundamentais até ao impacto na sua saúde física (incluindo sexual e reprodutiva) e mental. Dentre
as consequências para a saúde física podem-se destacar: dor crônica, lesões físicas, distúrbios
gastrointentinais, dor de cabeça entre outros de acordo com a intensidade do acto violento e do
estado de saúde da mulher; algumas consequências ligadas a saúde sexual e reprodutiva a maior
parte associadas a relações sexuais forçadas são gravidez indesejada, aborto espontâneo, doenças
pélvicas inflamatórias, contágio de doenças sexualmente transmissíveis, HIV/SIDA e o femicídio.
Na saúde mental destacam-se a perda de auto-estima e confiança em si própria, o medo, os
transtornos psíquicos, como a depressão, a ansiedade, os distúrbios psicossomáticos, e tentativas de
suicídio e suicídio. O femícidio é uma das consequências fatais da violência contra a mulher. Estudo
realizado pela Associação Australiana de Criminologia revela que em média 125 mulheres de todas
as idades são assassinadas anualmente na Austrália e que ofensores masculinos foram responsáveis
pelo assassinato de aproximadamente 94% de mulheres adultas. Mais importante, o estudo sublinha
que 3 em cada 5 femicídios ocorrem entre parceiros íntimos e que a maioria destes é resultado de
desacatos domésticos; refere que a probabilidade de uma mulher ser morta por um homem
desconhecido é muito reduzida e que anualmente menos de 14 mulheres são assassinadas por um
homem que não conheciam. (MOUZOS, 1999)

Os efeitos da violência doméstica contra a mulher extendem-se para além desta. As crianças que
assistem cenas violentas na família quando não são elas próprias também vítimas de violência,
sofrem consequências emocionais, tais como: ansiedade, medo, depressão, baixo rendimento
escolar, isolamento, baixa auto-estima, pesadelos, etc. A violência é um fenómeno que se auto-
perpetua: quando as crianças são vítimas ou testemunhas de abusos em casa, tendem a imitar esse
comportamento. (Taela, 2006. P, 20)

Violência doméstica em Moçambique 8


Em Moçambique vários são os estudos feitos que debruçam sobre a violência doméstica no contexto
moçambicano. Todos como intuito de evidenciar esforços com vista a proteção da sociedade
moçambicana contra a violência doméstica. Assim, a seguir estão apresentados algumas obras.

Ainda na elaboração da proposta de Lei contra a violência doméstica, de acordo com Ximena
(2009), várias pesquisas foram feitas tanto nas áreas urbanas assim como nas rurais de quase todo
País, onde incluiram tres dimensoes de analise, a saber: o direito Piostivo, o direito consueudnario.
Tendo se constatado o seguinte:

A informação obtida sobre violência contra as mulheres demostrou tratar-se de um fenómeno


estruturante da manifestação das relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e
homem, que tem conduzido a dominição contra as mulheres e a interposição de obstáculos contra o
seu pelo desenvolvinmento. (Andrade, 2009. P,14)

Assim, so depois de um longo processo de debates e campanhas a nível nacional (realizadas entre
2004 e 2005) é que se aprovou em 2006, por unamnimidade o projecto de Lei Violência doméstica,
numa Reunião Nacional da Sociedade Civil que contou a participação de 150 pessoas. Nessa reunião
estiveram os representantes da sociedade Civil, da admisnistração da Justiça, da assembleia da
República e do Comité Africano dos Direitos Humanos (Muedane, 2012. P, 21)

De acordo com Sousa (2003), constatou que no senso comum, há uma conjunto de de discursos
dominates patricalistas, discursos acompanhados de práticas sociais concebidas durante o processo
de socialização dos indivíduos, que fazem com que as pessoas olhem pra a violência doméstica
como uma forma de dominacao socialmente legitmada e, por isso, é um problema familiar que não
de ingerencias externas, refere ainda que a ideologia patriacalista vigente na sociedade
moçambicana é a principal construtora das leis, normas, dos sistemas de valor e representação, das
práticas quotidianas sociais que levam a descriminação da mulher. Osório (2001), fundamenta a
ideia de que a manifestacao do fenomeno da violencia domestica é fundamentalemnte incitada pelo
modelo social patriarcal de poder dominante na sociedade moçambicana. Osório (2004), refere que
o fenómeno da violência doméstica que se tem manifestado na sociedade Moçambicana é produto
de uma moddelo patriarcal que através do qual se organiza a sociedade.

Violência doméstica em Moçambique 9


Capítulo III

3. Conclusão

Em linhas gerais, o estudo permitiu compreender sensivelmente o impacto da violência doméstica


no contexto moçambicano, que é definida como sendo todos os actos perpetrados contra a mulher
e que se cause, o que seja capaz de causar danos, fiscos, psicológicos ou económicos, incluindo a
ameça de tais actos, ou imposição de restrições ou privação arbitrária das liberdades fundamentais
na vida privada ou pública (Lei nº 29/2009).
O impacto no contexto nacional resume-se em consequências da violência mais voltadas contra a
mulher e, são múltiplas desde a violação dos seus direitos fundamentais até ao impacto na sua saúde
física (incluindo sexual e reprodutiva) e mental. Dentre as consequências para a saúde física pode-
se destacar: dor crônica, lesões físicas, distúrbios gastrointentinais, dor de cabeça entre outros de
acordo com a intensidade do acto violento e do estado de saúde da mulher; algumas consequências
ligadas a saúde sexual e reprodutiva a maior parte associadas a relações sexuais forçadas são
gravidez indesejada, aborto espontâneo, doenças pélvicas inflamatórias, contágio de doenças
sexualmente transmissíveis, HIV/SIDA e o femicídio. Na saúde mental destacam-se a perda de
auto-estima e confiança em si própria, o medo, os transtornos psíquicos, como a depressão, a
ansiedade, os distúrbios psicossomáticos, e tentativas de suicídio e suicídio. O femícidio é uma das
consequências fatais da violência contra a mulher. Estudo realizado pela Associação Australiana de
Criminologia revela que em média 125 mulheres de todas as idades são assassinadas anualmente na
Austrália e que ofensores masculinos foram responsáveis pelo assassinato de aproximadamente
94% de mulheres adultas. Mais importante, o estudo sublinha que 3 em cada 5 femicídios ocorrem
entre parceiros íntimos e que a maioria destes é resultado de desacatos domésticos;
Estudos feitos concluem como causas o conjunto de discursos dominates patricalistas, discursos
acompanhados de praticas sociais concebidas durante o processo de socializacao dos individuos,
que fazem com que as pessoas olhem pra a violencia domestica como uma forma de dominacao
socialmente legitmada e, por isso, é um problema familiar que não de ingerencias externas. refere
que o fenomeno da violencia domestica que se tem manifestado na sociedade Mocambicana é
produto de uma moddelo patriarcal que atraves do qual se organiza a sociedade.

Violência doméstica em Moçambique 10


3.1. Referência Bibliográfica

 Instituto Nacional de Estatística (2003): “Inquério Nacional Sobre Saúde Sexual e


Reprodutiva dos Jovens e Adolescentes”. Moçambique. Mpauto
 Taela, K. (2006). Revisao da Literatura Sobre violencia Doméstica Contra Mulher.
Moçambique. Mpauto.
 Osorio et all. (2004). Não Sofrer caladas: Violência Contra Mulheres e criancas. Denuncia
e Gestão de Conflitos. Moçambique. Maputo.
 Osorio et all. (2001). Poder e violência. Femicídio e Homicídio em Moçambique.
Moçambique. Mpauto.
 MOUZOS, J. (1999): “Femicide: An overview of major findings” in Trends and Issues in
crime and criminal justice, N. 124, Australian Institute of Criminology. Austrália.
 Muedane, A. (2012). A violência Doméstica na Cidade de Maputo: um estudo sobre a quebra
da Passividade da Mulher Vítma. Moçambique. Mpauto.
 Sousa, T. (2003). Violência Doméstica. Factos e Discunsões in : Santos Boaventura.
Conflito e tranformação socila: Uma paisagem de Justiças em Moçambique. Porto. Portugal.
 Ximena, A. (2009). Prosposta de lei contra a violência doméstica: processo e fundamentos.
In outras Vozes, Moçambique. Maputo

Violência doméstica em Moçambique 11

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