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Goiânia - GO
2020
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RESUMO
O presente trabalho tem por principal premissa a necessidade de demonstrar a importância de tornarem
próximas a segurança e a comunidade, em especial, a de periferia, objetivando resgatar a dignidade do
profissional de segurança pública e a confiança do cidadão, há muito tempo perdida. Essa pesquisa tem
sua justificativa pela necessidade de demonstrar que direitos humanos e prestação de serviços em
segurança pública são totalmente compatíveis, contudo, os resultados esperados em relação à questão
do resgaste pelo Estado de uma política social efetiva dentro da comunidade ainda não ocorrem de forma
satisfatória. Diante do exposto, percebe-se que esta situação leva a concluir que o Estado precisa rever
suas ações.
Palavras chave: Direitos humanos. Política nacional de segurança; Sistema Único de Segurança
Pública.
1 INTRODUÇÃO
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edermarriel87@gmail.com
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social e uma cultura de violência. Entre outras coisas, isso contribui para o fato de o
especialista em segurança estar realmente em clima de guerra. O propósito da
ocupação das comunidades deve mitigar e até exterminar a violência e as mortes
resultantes do tráfico.
O problema da segurança não pode, portanto, limitar-se ao repertório tradicional
do direito e das instituições judiciais, em particular a justiça criminal, prisões e polícia.
Obviamente, as soluções devem incluir o fortalecimento da capacidade do Estado de
lidar com a violência, a retomada das habilidades de liderança nas políticas de
segurança pública, mas também o alargamento dos pontos de contato entre instituições
públicas e a sociedade civil, a produção acadêmica mais relevante para essa área.
Em resumo, os novos gestores de segurança pública (não apenas a polícia,
promotores, juízes e burocratas da administração pública) devem enfrentar esses
desafios para que um amplo debate nacional sobre esse tema se torne um controle real
sobre a política de segurança e, incentivar parcerias entre órgãos governamentais e a
sociedade civil na luta pela segurança e qualidade de vida dos cidadãos brasileiros.
Cita Passetti (2003, p.170), sobre o Estado penalizador “os estudos e pesquisas
procuram mostrar as dimensões atuais dos efeitos da globalização nas segregações,
confinamentos e extermínios de populações pobres, adulta, juvenil e infantil”. Este
processo que criminaliza a pobreza gera insegurança social e promove o Estado Penal.
Neste sentido descreve Wacquant (2001, p13):
Desenvolver o Estado penal para responder as desordens suscitadas pela
desregulamentação da economia, pela dessocialização do trabalho assalariado
e pela pauperização relativa e absoluta de amplos contingentes do proletariado
urbano, aumentando os meios, a amplitude e a intensidade da intervenção do
aparelho policial e judiciário, equivale a restabelecer uma verdadeira ditadura
sobre os pobres. Sobre a insegurança social.
O Plano Nacional de Segurança Pública (PNSP) utiliza um parâmetro teórico
específico em relação ao desenvolvimento da política de segurança pública brasileira,
cujo principal objetivo é formular ações voltadas à repressão e prevenção ao crime
nesse país (SALLA, 2003).
O PNSP recebe apoio financeiro direto do Fundo Nacional de Segurança Pública
(FNSP), criado especificamente para subsidiar programas relacionados ao combate ao
crime e à violência na sociedade brasileira. Infelizmente, a formatação da atual política
de segurança pública não produziu resultados satisfatórios em relação à realidade no
Brasil.
De acordo com Salla (2003),
[...] o Plano Nacional de Segurança Pública [...] compreendia 124 ações
distribuídas em 15 compromissos que estavam voltadas para áreas diversas
como o combate ao narcotráfico e ao crime organizado; o desarmamento; a
capacitação profissional; e o reaparelhamento das polícias, a atualização da
legislação sobre segurança pública, a redução da violência urbana e o
aperfeiçoamento do sistema penitenciário. Uma novidade é que no plano, além
dessas iniciativas na área específica de segurança, eram propostas diversas
ações na esfera das políticas sociais. O plano, no entanto, não fixava os
recursos nem as metas para ações. Ao mesmo tempo, não estavam
estabelecidos quais seriam os mecanismos de gestão, acompanhamento e
avaliação do plano (SALLA, 2003, p. 430).
Percebe-se que o PNSP demonstra seu aspecto positivo ao possibilitar a
institucionalização de importantes diretrizes direcionadas para a efetividade de ações
de gestão da segurança pública, porém os avanços práticos ainda deixam muito a
desejar. A política de segurança pública definida pela implementação do Sistema Único
de Segurança Pública (SUSP) tem como principal objetivo controlar e reduzir a violência
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo teve como objetivo desenvolver um levantamento teórico sobre os
principais aspectos da gestão da segurança pública, destacando a situação atual da
segurança pública brasileira, tendências e perspectivas, porque, em geral, o crime no
Brasil é suportado por dois tipos específicos de crime: tráfico de drogas e crime
organizado.
Espera-se que, por meio de atividades normativas, o PNSP obtenha a
capacidade jurídica criminal do Estado, que será ampliada e aprimorada juntamente
com a aprovação e sanções de propostas legislativas, com a absorção de tendências
legais modernas e processos penais, além de impedir práticas ilegais de maior
extensão rigorosamente e desenvolver atuação mais eficaz e moderna.
Considera-se também que o presente estudo atenda aos objetivos propostos,
pois pode contribuir significativamente para futuras pesquisas de segurança pública no
país e, mais especificamente, no plano nacional de segurança pública, fornecendo
informações detalhadas sobre ele.
Por se tratar de um estudo bibliográfico, este estudo se limita a uma análise
detalhada de publicações teóricas, destacando apenas os conceitos e estatísticas
levantados nesse universo. Diante dessa limitação, propõe-se que os estudos a seguir
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REFERÊNCIAS