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Princípio da Culpabilidade: para que o sujeito ativo Alto-mar: no crime praticado em alto-mar, deve-se
da infração penal seja responsabilizado, deve ter agido aplicar a legislação do país de matrícula da embarcação
com dolo ou culpa. Se restar provado que o agente não (princípio do pavilhão ou da bandeira).
tinha consciência de seus atos, não poderá ser penalizado.
Extraterritorialidade: o CP prevê situações em
Também não haverá aplicação da pena em que a lei penal brasileira deve ser aplicada a crimes
caso de existência de excludentes de culpabilidade cometidos no estrangeiro. Existem duas espécies de
(inimputabilidade, potencial consciência de ilicitude e extraterritorialidade:
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Extraterritorialidade hipercondicionada: o § 3º do Crime doloso: aquele que foi praticado com a intenção
art. 7º do CP permite a aplicação da lei penal brasileira ao livre e consciente do agente, ou seja, com a intenção de
crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do praticar a conduta tipificada. O dolo pode ser: a) direto, b)
Brasil, se, reunidas as condições do § 2º do art. 7º CP, acima indireto (dividido em alternativo e eventual), c) genérico
destacadas, e desde que: a) não seja pedida ou seja negada ou d) específico (intenção adicional).
a extradição; b) haja requisição do Ministro da Justiça.
Crime culposo: deriva de conduta voluntária que
Pena cumprida no estrangeiro: para evitar o bis in idem, gera um delito não querido pelo agente, mas que era
o art. 8º do CP dispõe que a pena cumprida no estrangeiro previsto (culpa consciente) ou ao menos previsível (culpa
atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando inconsciente). Decorre da inobservância de um dever
diversas, ou nela é computada, quando idênticas. de cuidado por imprudência, negligência e imperícia do
agente. A culpa ainda pode ser classificada como própria
Lugar do crime: o Código Penal adotou a teoria da ou imprópria.
ubiquidade, considerando-se o crime praticado no lugar
em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, Crime preterdoloso (crime híbrido): praticado com
bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o dolo, mas que, posteriormente, há uma conduta culposa
resultado (art. 8º do CP). do agente que agrava o resultado (resultado agravador
culposo). Não há tentativa no crime preterdoloso, pois o
Conflito aparente de normas penais: ocorre quando resultado mais gravoso é cometido de forma culposa.
é possível a aplicação de duas ou mais normas a um
mesmo fato. O conflito é meramente aparente e pode ser Resultado: pode ser classificado em jurídico (própria
resolvido pela aplicação dos seguintes princípios: ofensa à norma penal) ou naturalístico (alteração do
mundo exterior). Com base no resultado naturalístico,
Princípio da especialidade: a norma especial prevalece é possível a existência de 3 tipos de crime: a) crime
sobre a norma geral, considerando-se especial aquela que, material (depende do resultado naturalístico), b) crime
além de englobar os elementos da norma geral, possui formal (a consumação do crime independe da obtenção
elementos específicos, considerados “especializantes”. do resultado), e c) crime de mera conduta (consuma-
se pela simples prática da conduta ilícita, não havendo
Princípio da subsidiariedade: a incidência do tipo resultado naturalístico possível).
penal mais grave afasta a do tipo penal menos grave, que
só é aplicado de forma subsidiária, funcionando como um Nexo causal: ligação de causa e efeito entre a conduta
“soldado de reserva”. e o resultado. O CP adotou, como regra geral, a teoria da
equivalência dos antecedentes causais (conditio sine qua
Princípio da Consunção: haverá a absorção do crime non), analisada em conjunto com dolo e a culpa (causalidade
meio pela prática do crime fim (ex.: o crime de lesão psíquica), a fim de se evitar o regressus ad infinitum.
corporal é absorvido pelo crime de homicídio doloso).
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Teoria da imputação objetiva: o agente apenas será sendo considerada elemento essencial para a caraterização
responsabilizado pela prática de um crime se ele criou ou do crime. Algumas condutas, apesar de serem típicas, não
incrementou um risco proibido ao bem penalmente tutelado. caracterizam crime, porque acobertadas por excludentes
de antijuridicidade ou de ilicitude: a) estado de necessidade,
Concausas: são causas paralelas à conduta do b) legítima defesa, c) estrito cumprimento de dever legal
agente, que concorrem para a produção do resultado. ou d) exercício regular de direito (art. 23 do CP).
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com moderação e nos termos autorizados pela legislação. diferente daquela que ele tomou, ele não poderá ser
censurado pelo que fez, excluindo-se sua culpabilidade.
Há duas hipóteses:
6. CULPABILIDADE
Coação moral irresistível: o coagido realiza conduta
A culpabilidade está relacionada à reprovabilidade da delituosa em razão de pressão psicológica irresistível
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Inexigibilidade de conduta diversa: se, no caso Crime vago: o sujeito passivo é destituído de
concreto, não se puder exigir, do agente, conduta personalidade jurídica, ou seja, a vítima é indeterminada
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(ex.: crimes de ato obsceno e tráfico). Crime culposo: nesse caso o agente causa o resultado
involuntariamente, enquanto que na tentativa, o agente
QUANTO AOS VESTÍGIOS DEIXADOS quer causar o resultado (exceção: culpa imprópria quando
o erro é evitável).
Crime transeunte: aquele que não deixa vestígios
(ex.: ato obsceno). Crime preterdoloso ou preterintencional: não admite
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9. CONCURSO DE PESSOAS mais crimes. Pode ser: a) concurso material homogêneo
(resultados dos crimes são idênticos) ou b) concurso
Quando mais de uma pessoa concorre para a prática material heterogêneo (resultados são distintos). As
do mesmo crime, devendo ser preenchidos os seguintes penas são aplicadas para cada um dos crimes cometidos
requisitos: a) pluralidade de agentes, b) liame subjetivo, e, posteriormente, somadas (sistema do cúmulo material
c) relevância causal e d) unidade de crime. de penas).
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AUTORIA: autor do crime, para a teoria restritiva, é Concurso formal: no concurso formal o agente,
aquele que pratica as elementares do tipo penal ou, para mediante uma única conduta, pratica dois ou mais crimes.
a teoria do domínio do fato, é aquele tem o domínio sobre Também apresenta duas espécies: a) concurso formal
a ação criminosa. próprio ou perfeito (delitos decorrem de uma única vontade
ou desígnio do agente) ou b) concurso formal impróprio ou
Autoria mediata: o autor mediato não realiza imperfeito (decorrem de desígnios autônomos).
diretamente a conduta típica, valendo-se de terceira pessoa
como um instrumento para a prática delitiva (ex.: coação CONCURSO FORMAL CONCURSO FORMAL
moral irresistível). Não se trata de concurso de pessoa, PERFEITO IMPERFEITO
uma vez que o executor não deseja praticar o crime.
Único desígnio Mais de um desígnio
Autoria colateral: o crime é praticado ao mesmo
tempo por mais de um agente, sem, entretanto, haver Pena do crime mais grave As penas são somadas,
liame subjetivo entre eles. é aumentada de 1/6 até assim como no concurso
a metade (sistema da material
Autoria incerta: no caso de autoria colateral, exasperação da pena), salvo
quando não for possível determinar qual dos agentes foi se resultado obtido for maior
responsável pelo crime, ambos respondem por tentativa, do que aquele obtido pela
em virtude do princípio in dubio pro reo. soma das penas (concurso
material benéfico)
Coautoria: ocorre quando duas ou mais pessoas
exercem elementares do tipo penal, segundo a teoria Crime continuado: o agente, mediante duas ou
restritiva, ou têm o controle da ação criminosa, segundo mais condutas, pratica crimes da mesma espécie que,
teoria do domínio do fato. em razão da semelhança de tempo, lugar e modo de
execução, são considerados atos de continuação do crime
Participação: ocorre quando alguém, de qualquer
principal. Há duas espécies: a) crime continuado comum
modo, concorre para o crime sem exercer elementares
(crimes sem violência ou grave ameaça à pessoa) e b)
do tipo (teoria restritiva) ou sem ter o domínio da ação
crime continuado específico (crimes dolosos, cometidos
criminosa (teoria do domínio do fato). A participação pode
com violência ou grave ameaça à pessoa).
ser: a) moral (induzimento ou instigação) ou b) material
(auxílio prático).
CRIME CONTINUADO CRIME CONTINUADO
O código penal adotou a teoria monista, unitária ou COMUM ESPECÍFICO
igualitária para o concurso de pessoas: todos respondem pelo
mesmo crime e com as mesmas penas, salvo no caso de: Sem violência ou grave Com violência ou grave
ameaça ameaça.
Cooperação dolosamente distinta: quando o agente
quis participar de crime menos grave do que aquele Aplica-se a pena mais Aplica-se a pena mais
efetivamente praticado. grave, que poderá ser grave, que poderá ser
aumentada de 1/3 a 2/3 aumentada até o triplo
Previsão especial em sentido contrário: quando o
legislador prevê crimes diferentes para aqueles que
atuaram em concurso de agentes, como nas hipóteses 11. SANÇÕES PENAIS
dos crimes de corrupção ativa (art. 333 do CP) e passiva
(art. 317 do CP). Reação do Estado em face do agente que cometeu
uma infração penal, subdividindo-se em medida de
Comunicabilidade das circunstâncias e elementares segurança e pena.
no concurso de pessoas: no concurso de pessoas (I) as
circunstâncias objetivas comunicam-se entre os agentes, MEDIDA DE SEGURANÇA: sanção penal cabível ao
(II) as circunstâncias subjetivas não se comunicam entre inimputável e, excepcionalmente, ao semi-imputável. Há duas
os agentes, e (III) as elementares do crime comunicam-se espécies: a) detentiva (internação em hospital de custódia
entre os agentes e tratamento psicológico) ou b) restritiva (tratamento
ambulatorial sem restrição da liberdade do agente).
10. CONCURSO DE CRIMES A medida de segurança tem prazo mínimo de 1
a 3 anos, mas perdura por tempo indeterminado, até
No concurso de crimes uma pessoa pratica, por a cessação de periculosidade. O tempo de duração da
meio de uma ou mais condutas, dois ou mais crimes. As medida de segurança não deve ultrapassar o limite
espécies de concurso de crimes são: máximo da pena abstratamente cominada ao delito
praticado (Súmula n. 527 do STJ.
Concurso material (ou concurso real): ocorre quando
o agente, mediante duas ou mais condutas, pratica dois ou Fase de Execução: se a inimputabilidade for verificada
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na fase de execução da pena, esta poderá ser substituída de liberdade e na medida de segurança, (i) o tempo
por medida de segurança. Recuperado o condenado, ele de prisão provisória, no Brasil ou no estrangeiro, (ii)
deverá voltar a cumprir a pena imposta na sentença. o de prisão administrativa e (iii) o de internação em
hospital de custódia, tratamento psiquiátrico ou outro
PENA: o CP prevê 3 espécies de pena: estabelecimento semelhante.
Pena privativa de liberdade: representa a restrição do
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Primário que praticou crime hediondo sem resultado Crime culposo: qualquer pena
morte: 40% da pena. imposta admite a substituição,
Primário que praticou crime hediondo com resultado QUANTIDADE DE Crime doloso: para que haja a
morte: 50% da pena, sendo vedado livramento condicional. PENA substituição, o crime deve ser
cometido sem violência ou grave
Reincidente específico que praticou crime hediondo ameaça à pessoa e a pena imposta
ou equiparado sem resultado morte: 60% da pena. deve ser inferior a 4 anos
Reincidente específico que praticou crime hediondo O réu não pode ser reincidente
ou equiparado com resultado morte: 70% da pena. em crime doloso, salvo se a
reincidência não for específica
Primário ou reincidente que praticou crime de no mesmo tipo penal e a medida
organização criminosa destinada a prática de crimes for socialmente recomendável,
hediondos ou equiparado: 50% da pena vedado o REINCIDÊNCIA
livramento condicional. A reincidência em crime culposo
não impede a substituição da
Remição: o condenado em regime fechado ou pena privativa de liberdade por
semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, restritiva de direito
parte do tempo de execução da pena:
Culpabilidade, antecedentes,
Cada 12 horas de frequência escolar conduta social, personalidade
CIRCUNSTÂNCIAS
= 1 DIA DE PENA do condenado, motivos e
FAVORÁVEIS
Cada 3 três dias de trabalho circunstâncias devem indicar
que a substituição é suficiente.
Trabalho do preso: o trabalho é um dever do preso e a
negativa injustificada de prestá-lo representa falta grave (o Violência e Grave Ameaça: Nos crimes dolosos
preso que, por acidente, não puder prosseguir no trabalho/ praticados com violência ou grave ameaça não é possível
estudos continua a beneficiar-se com a remição). a substituição por pena restritiva de direitos.
com atenuante que seja preponderante. ATENÇÃO: Não confundir suspensão condicional da
pena com a suspensão condicional do processo prevista
Reincidência: ocorre quando (i) o agente comete novo na Lei n. 9.099/95.
crime e (ii) depois de transitar em julgado a sentença que,
no país ou no estrangeiro, o tenha condenado por crime O sursis, ou suspensão condicional da pena,
anterior. representa o direito do condenado de ter suspensa
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Prescrição da reincidência: não haverá reincidência Reparação do dano: no caso de sursis especial, além
se entre a data do cumprimento ou extinção da pena e dos requisitos anteriores, o condenado deve reparar o
a infração posterior tiver decorrido período de tempo dano, salvo impossibilidade de fazê-lo.
superior a 5 anos, computado o período de prova da Pena Restritiva de Direito e de Multa: A pena
suspensão ou do livramento condicional, se não ocorrer restritiva de direitos e a de multa não admitem sursis.
revogação.
PERÍODO DE PROVA: tempo em que o condenado
TERCEIRA FASE: pena definitiva será submetido a certas condições para que a suspensão
Causas de aumento e diminuição: o juiz não está da sua pena privativa de liberdade seja considerada
atrelado aos limites abstratos da pena, podendo aumentar válida. O período de prova será de 2 a 4 anos, salvo nos
ou diminuir a pena além do máximo ou do mínimo casos de sursis etário e sursis humanitário (período de
previstos para o crime. Havendo concurso de causas de prova de 4 a 6 anos).
aumento e de diminuição, o juiz deverá observar que: CONDIÇÕES DO SURSIS: as condições impostas no
período de prova são classificadas em (i) legais, quando
Deve aplicar todas, salvo se as expressamente previstas em lei e (ii) judiciais, quando
causas de aumento estiverem determinadas pelo juiz. Em todas as espécies de sursis,
DUAS OU MAIS previstas na parte especial do o juiz tem liberdade para fixar as condições que entender
CAUSAS DE necessárias, desde que sejam razoáveis e proporcionais.
AUMENTO CP, podendo aplicar apenas uma
causa, desde que seja a causa
que mais aumenta a pena ESPÉCIES:
Deve aplicar todas, salvo se as Sursis simples: é o mais rigoroso, sendo imposto
DUAS OU MAIS causas de diminuição estiverem ao condenado que podia ter reparado o dano causado,
CAUSAS DE previstas na parte especial do mas não o fez. No primeiro ano do período, é condição
DIMINUIÇÃO DE CP, podendo aplicar apenas uma obrigatória a prestação de serviços à comunidade ou
PENA causa, desde que seja a causa limitação de fim de semana.
que mais diminua a pena
Sursis especial: menos grave porque o condenado
CAUSA DE reparou o dano ou não podia repará-lo. O juiz fixará
AUMENTO E O juiz deve primeiro aplicar a causa as seguintes condições: a) proibição de se ausentar
CAUSA DE de aumento e depois a de diminuição da Comarca sem autorização judicial; b) proibição de
DIMINUIÇÃO frequentar determinados lugares e c) comparecimento
mensal à juízo para comprovar e justificar atividades.
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Benefício legal concedido na fase de execução da • Não mudar de residência sem comunicação ao Juiz
pena, consistente no direito público subjetivo do agente, e à autoridade incumbida da observação cautelar e
que cumpre alguns requisitos objetivos e subjetivos, de de proteção;
ter e sua liberdade antecipada.
• Recolher-se à habitação em hora fixada;
REQUISITOS OBJETIVOS • Não frequentar determinados lugares.
• Pena privativa de liberdade igual ou superior a 2 REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO
anos, sendo considerada, para tanto, a somatória das
penas decorrentes de outras condenações; A revogação do livramento condicional pode ser
obrigatória ou facultativa:
• Reparação do dano, salvo motive justificado
• Cumprimento de parte da pena: 1/3, 1/2 ou 2/3, Se o liberado vier a Se o liberado deixar
dependendo dos antecedentes e de eventual reincidência ser condenado a pena de cumprir obrigações
do condenado (OBS.: condenado reincidente específico privativa de liberdade, impostas na sentença, ou
em crime hediondo ou assemelhado, ou com com morte em sentença irrecorrível: se for irrecorrivelmente
da vítima nesses crimes, não tem direito ao livramento a) por crime cometido condenado, por crime
condicional). durante a vigência do ou contravenção, a pena
benefício; b) por crime que não seja privativa de
anterior, caso a soma liberdade;
das penas impeça a
ATENÇÃO: a) não cabe livramento condicional para concessão do livramento; Em caso de condenação,
penas restritivas de direito nem de multa e b) Com a Lei por prática de contravenção
13.964/19 (pacote anticrime), aquele que cometeu falta O liberado deve ser penal, a pena de prisão
disciplinar grave nos últimos 12 meses não terá direito ouvido antes da decisão simples, a revogação será
ao livramento condicional. de revogação. facultativa, por falta de
previsão legal;
prazo decadencial não se interrompe nem é se suspende. será a pena imposta na sentença, o Estado adotou o
critério da pior hipótese possível, ou seja, a pena máxima
Perempção: sanção processual aplicada ao imposta em abstrato para o crime, conforme abaixo:
querelante inerte, que tem como consequência a extinção
da punibilidade do agente (ex.: querelante que deixa de
promover o andamento do processo durante 30 dias PENA MÁXIMA PREVISTA EM PRAZO DA PPP
ABSTRATO
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de que dependa o • Pronúncia; duas partes, levando em conta a pena imposta na decisão
reconhecimento da definitiva, sendo que o transcurso do seu prazo implica na
existência do crime; • Decisão perda do direito de o Estado executar a pena imposta.
confirmatória da
• Enquanto o agente pronúncia; O prazo prescricional será aumentando de 1/3 em
cumpre pena no caso de reincidência, ou reduzido pela metade quando o
estrangeiro; • Publicação da criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou,
sentença ou acórdão na data da sentença, maior de 70 anos.
• Réu citado por edital condenatórios
que não comparece recorríveis. Termo inicial: a PPE começa a correr: a) do dia em
nem constitui que transita em julgado a sentença condenatória, para a
advogado; • OBS.: na hipótese acusação, ou a que revoga a suspensão condicional da
de interrupção, o pena ou o livramento condicional, e b) do dia em que
• OBS.: no caso de prazo prescricional se interrompe a execução, salvo quando o tempo da
suspensão, cessada a começa a correr do interrupção deva computar-se na pena.
hipótese suspensiva, zero, ou seja, inicia-
o prazo retoma o seu se novo prazo. ATENÇÃO: evadindo-se o condenado, ou revogado
curso normalmente. o livramento condicional, a prescrição é regulada pelo
tempo que resta da pena.
Lei n. 13.964/19 (Pacote Anticrime): Duas novas
causas impedtivas ou suspensivas da prescrição: a) na Interrupção da PPE: são causas que interrompem o
pendência de embargos de declaração ou de recursos aos prazo da PPE: a) o início ou continuação do cumprimento
Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e (Incluído da pena e b) a reincidência.
pela Lei nº 13.964, de 2019); b) enquanto não cumprido
ou não rescindido o acordo de não persecução penal. PRESCRIÇÃO DA PENA DE MULTA: a prescrição da
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) pena de multa obedece às seguintes regras: a) prescreve
em 2 anos, quando a multa for a única cominada ou
Prescrição da pretensão punitiva retroativa (PPPR): aplicada e b) prescreve no mesmo prazo estabelecido
leva em conta a pena fixada na sentença irrecorrível para para prescrição da pena privativa de liberdade, quando
a acusação, quando não é mais possível aumenta-la por a multa for alternativa ou cumulativamente cominada ou
recurso da defesa (non reformatio in pejus). cumulativamente aplicada.