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1. Aplicação da lei penal. (1.1 Princípios da legalidade e da anterioridade. 1.2 A lei penal no tempo e no
espaço. 1.3 Tempo e lugar do crime. 1.4 Lei penal excepcional, especial e temporária. 1.5 Territorialidade e
extraterritorialidade da lei penal. 1.6 Pena cumprida no estrangeiro. 1.7 Eficácia da sentença estrangeira. 1.8
Contagem de prazo. 1.9 Frações não computáveis da pena. 1.10 Interpretação da lei penal. 1.11 Analogia. 1.12
Irretroatividade da lei penal. 1.13 Conflito aparente de normas penais.) 2. O fato típico e seus
elementos. (2.1 Crime consumado e tentado. 2.2 Pena da tentativa. 2.3 Concurso de crimes. 2.4 Ilicitude e
APLICAÇÃO DA LEI PENAL Analogia: é possível, desde que em benefício do réu. Observação Medidas Provisórias:
Art. 1º - Não há crime sem LEI ANTERIOR que o Interpretação analógica: é possível, ainda que em Medidas Provisórias, mesmo tendo força de lei, não
podem criar crimes e estabelecer penas.
defina. Não há pena sem PRÉVIA cominação LEGAL. prejuízo do réu, pois é uma instrumento autorizado
pela legislação penal. A Constituição Federal veda a edição de medida
provisória sobre matéria de Direito Penal (art. 62, §1º CF)
PRINCÍPIO DA PRINCÍPIO
O STF já admitiu medida provisória tratando sobre direito
RESERVA LEGAL ANTERIORIDADE penal não incriminador, desde que a norma seja benéfica ao
réu.
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Lei penal no tempo Retroatividade da lei mais benéfica Surgimento de uma nova lei penal:
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo Lei nova incriminadora
Ex.: Lei 13.641/18 - Cria o crime de descumprimento de medida protetiva
posterior deixa de considerar crime, cessando em favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda
Lei nova mais severa (novatio legis in pejus)
virtude dela a execução e os efeitos penais da que decididos por sentença condenatória transitada Ex.: Lei 13.771/18 Aumento de pena para o crime de feminicídio
sentença condenatória. em julgado. Lei nova mais benéfica (novatio legis in mellius)
Ex.: Lei 11.343/06 Retira a pena privativa de liberdade para o usuário de drogas
Observação: Princípio da continuidade normativa-típica: Crime Permanente e a Nova Lei Penal Mais Grave
É vedada a combinação de leis (lex tertia) para beneficiar Pode ocorrer a revogação formal da lei sem que ocorra a CRIME DE SURGIMENTO DE
EXTORSÃO MEDIANTE NOVA LEI PENAL
o agente abolitio criminis. SEQUESTRO MAIS GRAVE
RECLUSÃO DE 8 A 15 ANOS RECLUSÃO DE 12 A 20 ANOS
Súmula 511 do STJ: É cabível a aplicação retroativa da Lei É o que ocorreu com o crime de atentado violento ao
n. 11.343/2006, desde que o resultado da incidência das pudor (art. 214), que com o advento da Lei 12.015/09. O INÍCIO DA
FIM DA
EXECUÇÃO
EXECUÇÃO
suas disposições, na íntegra, seja mais favorável ao réu do artigo 214 foi formalmente revogado, mas a conduta
que o advindo da aplicação da Lei n. 6.368/1976, sendo típica passou a ser considerada como crime de estupro
Súmula 711/STF: A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime
vedada a combinação de leis. (art. 213). permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
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QUESTÃO DE FIXAÇÃO DEFINIÇÕES:
Lei excepcional ou temporária
Um crime de extorsão mediante sequestro perdura há meses e, nesse
Lei excepcional: é aquela que possui vigência durante
período, nova lei penal entrou em vigor, prevendo causa de aumento Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, situação transitória emergencial, como nos casos de guerra,
de pena que se enquadra perfeitamente no caso em apreço. Nessa
situação hipotética, a lei penal mais grave deverá ser aplicada, pois a embora decorrido o período de sua duração ou calamidade pública, inundação etc. Não é fixado um prazo
atividade delitiva prolongou-se até a entrada em vigor da nova
cessadas as circunstâncias que a certo de vigência, que persistirá enquanto não cessar a
legislação, antes da cessação da permanência do crime. situação que a determinou.
determinaram, aplica-se ao fato praticado
(Certo) (Errado)
Lei temporária: é aquela que possui uma vigência expressa
durante sua vigência.
previamente determinada.
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Extraterritorialidade CONDICIONADA § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a
crimes que, por tratado ou convenção, o Brasil se brasileira depende do concurso das seguintes lei brasileira autoriza a extradição;
obrigou a reprimir; condições: d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou
crimes praticados por brasileiro; não ter aí cumprido a pena;
a) entrar o agente no território nacional;
crimes praticados em aeronaves ou embarcações e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, b) ser o fato punível também no país em que ou, por outro motivo, não estar extinta a
quando em território estrangeiro e aí não sejam
foi praticado; punibilidade, segundo a lei mais favorável.
julgados.
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4. Princípio da Justiça Universal ou da Universalidade da Justiça Pena cumprida no estrangeiro Eficácia da sentença estrangeira
Cosmopolita (art. 7º, I, d, II, CP): Direito de todos os países em punir
qualquer crime; Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a aplicação da
5. Princípio da Representação (art. 7º, II, c, CP): A lei brasileira será imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando diversas, ou lei brasileira produz na espécie as mesmas
aplicada aos crimes cometidos no estrangeiro em aeronaves e nela é computada, quando idênticas. consequências, pode ser homologada no Brasil para:
embarcações privadas, desde que não sejam julgados no local do
crime. I - obrigar o condenado à reparação do dano, a
ATENUA quando DIVERSAS
restituições e a outros efeitos civis;
COMPUTADA quando IDÊNTICAS II - sujeitá-lo a medida de segurança.
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Parágrafo único - A homologação depende: Contagem de prazo Desconsideração das frações de pena
a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte
interessada;
Art. 10 - O dia do começo inclui-se no Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de
cômputo do prazo. Contam-se os dias, os liberdade e nas restritivas de direitos, as
b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição
com o país de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, meses e os anos pelo calendário comum. frações de dia, e, na pena de multa, as frações
na falta de tratado, de requisição do Ministro da Justiça. de cruzeiro.
Obs.: Compete ao STJ a homologação de sentença estrangeira (art. 105, I, i da CF)
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01. No que concerne à aplicação da lei penal, assinale a alternativa correta. 02. Quanto à aplicação da lei penal é INCORRETO afirmar:
Legislação especial A) A lei excepcional ou temporária não se aplica ao fato praticado durante A) Com relação ao lugar do crime, para efeito de aplicação da lei brasileira e
sua vigência. sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, o
Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam- B) Considera-se praticado o crime no momento do resultado, ainda que Código Penal adotou a teoria da ubiquidade, nos termos do seu art. 6º,
outro seja o momento da ação ou omissão. considerando praticado o delito no lugar em que ocorreu a ação ou omissão,
se aos fatos incriminados por lei especial, se C) Lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado.
esta não dispuser de modo diverso fatos anteriores, mas apenas se ainda não decididos por sentença
condenatória transitada em julgado. B) Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes
D) Não há crime sem lei anterior que o defina, porém, pode haver pena sem praticados contra o patrimônio da União, do Distrito Federal, de Estado, de
prévia cominação legal. Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista,
E) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público, ainda que o agente
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença tenha sido absolvido no estrangeiro.
40 condenatória 41 42
C) Com relação ao tempo do crime, o Código Penal adotou, nos termos de 03. Assinale a alternativa correta: D) Crime cometido no estrangeiro contra a vida ou liberdade do
seu art. 4º, a teoria da atividade, considerando praticado o delito no
Presidente da República brasileiro está sujeito a lei penal
momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do A) A lei excepcional ou temporária aplica-se exclusivamente brasileira desde que o agente não tenha sido absolvido no
resultado.
ao fato praticado e julgado durante sua vigência. estrangeiro.
D) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela os efeitos penais e extra penais da sentença B) Em nenhuma situação, a lei brasileira pode ser aplicada E) Não se consideram extensão do território nacional aeronaves
condenatória aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou privadas a serviço do governo brasileiro em espaço aéreo
E) Consiste hipótese de extraterritorialidade incondicionada o crime contra a embarcações estrangeiras de propriedade privada. correspondente a outro país.
vida ou a liberdade do Presidente da República.
C) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execução e os efeitos penais da sentença condenatória
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04. Em relação à aplicação da lei penal, marque a alternativa CORRETA. 05. A aeronave X é de propriedade da União e está sobrevoando 06. Com relação à lei penal no espaço, a legislação brasileira
A) Não há crime sem lei ou decreto anterior que o defina. Não há pena sem país estrangeiro quando Flávio, passageiro da aeronave, é utiliza, em regra, o princípio da
prévia cominação legal.
acusado de cometer crime de lesão corporal contra outra A) territorialidade
B) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar
passageiro durante o voo. Nesse caso, de acordo com a parte B) personalidade ativa.
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais e civis da
sentença condenatória. geral do Código Penal, é correto afirmar:
C) personalidade passiva.
C) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos A) Aplica-se a lei estrangeira do local de sobrevoo.
anteriores, com exceção se houver sentença condenatória transitada em D) justiça cosmopolita.
B) A aeronave é considerada extensão do território nacional
julgado.
brasileiro E) defesa.
D) A lei excepcional ou temporária, uma vez decorrido o período de sua duração
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram não se aplica ao fato C) A tipificação de crimes culposos não se aplica a sobrevoos.
praticado durante a sua vigência. D) Caberá ao Estado brasileiro decidir qual lei será aplicada.
E) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que E) A aplicação da lei cabível dependerá de tratados internacionais.
outro seja o momento do resultado 46 47 48
07. A respeito da lei penal no tempo e no espaço, julgue IV A lei penal mais benéfica aplica-se ao crime continuado 08. A respeito da analogia, assinale a opção correta.
os seguintes itens, tendo como referência o Código Penal ou ao crime permanente, ainda que ocorra superveniência A) No direito penal aplica-se a analogia tanto para as normas penais
e a jurisprudência dos tribunais superiores. de lei penal mais gravosa ao longo da atividade delitiva. incriminadoras como para as normas não incriminadoras.
I - A lei penal mais benéfica retroagirá em benefício do réu, Estão certos apenas o item B) O direito penal admite a aplicação da analogia apenas para as
de acordo com o princípio da retroatividade benéfica normas incriminadoras.
Alternativas
penal. C) Em razão do princípio da legalidade, o direito penal não admite a
A) I e II aplicação da analogia.
II - Em relação ao tempo do crime, o direito penal brasileiro B) I e IV. D) O direito penal admite a aplicação da analogia, desde que seja
adota a teoria da atividade. C) II e III. para beneficiar o réu
E) O direito penal admite a aplicação da analogia, desde que a vítima
III Em relação ao lugar do crime, o direito penal brasileiro D) I, III e IV. do crime concorde com a aplicação do instituto.
adota a teoria do resultado. 49 E) II, III e IV. 50 51
09. Considere que tenha sido cometido um homicídio a bordo de D) nada poderá fazer a autoridade policial brasileira: navios e 10. A tripulação de determinado navio africano de propriedade
um navio petroleiro de uma empresa privada hondurenha ancorado aeronaves são extensões do território do país de origem, não estando privada, quando a embarcação já se encontrava em águas
no porto de Recife PE. Nessa situação hipotética, sujeitos às leis brasileiras. territoriais brasileiras, percebeu a presença de um passageiro
A) o comandante do navio deverá ser compelido a tirar, E) caberá à autoridade policial brasileira instaurar, de ofício, o clandestino que, jogado ao mar antes de a embarcação atracar no
imediatamente, o navio da área territorial brasileira e o crime será inquérito policial para investigar a materialidade e a autoria do delito, porto de Maceió, morreu afogado. A partir dessa situação
julgado em Honduras. que será punido conforme as leis brasileiras hipotética, assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei
B) o crime será apurado diretamente pelo Ministério Público penal.
brasileiro, dispensando-se o inquérito policial, em função da eventual A) A lei penal brasileira só será aplicada ao caso se os responsáveis
repercussão nas relações diplomáticas entre os países envolvidos. pelo delito não forem julgados em seus países de origem.
B) Nesse caso, aplica-se a lei penal brasileira para a punição dos
C) a investigação e a punição do fato dependerão de representação responsáveis pelo delito, ainda que todos sejam de nacionalidade
do comandante do navio. estrangeira
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C) Deve ser aplicada ao caso exclusivamente a lei penal do país de GABARITO OFICIAL
origem do navio, já que não se trata de embarcação que estava a
serviço de país estrangeiro. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
D) Aplica-se a essa situação a lei penal do país onde se localizava o E D C E B A A D E B
último porto em que a embarcação havia atracado antes de ingressar
em águas marinhas brasileiras. 2. Fato típico e seus
E) Segundo previsão expressa do Código Penal, a lei brasileira será
aplicada ao caso narrado apenas se a vítima for de nacionalidade
brasileira.
elementos
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+ Crime Crime
FATO TÍPICO ANTIJURÍDICO + CULPÁVEL
RESUMÃO
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o Excesso punível
CRIME TENTADO
DESISTÊNCIA
VOLUNTÁRIA
ARREPENDIMENTO
EFICAZ
ARREPENDIMENTO
POSTERIOR fato em: Parágrafo único - O agente, em qualquer das
O agente não
O agente que repara o
Estado de necessidade;
hipóteses deste artigo, responderá pelo
O agente que, durante O agente que, após a dano antes do
consegue consumar o
crime por
a execução,
voluntariamente
execução, impede que
o resultado se
recebimento da
denúncia de crime
excesso doloso ou culposo.
circunstâncias alheias
a sua vontade
desiste de prosseguir produza sem violência ou Legítima defesa;
grave ameaça
Pena do crime Pena do crime Estrito cumprimento de dever legal Excesso extensivo
Responde pelos atos Responde pelos atos
consumado, reduzida consumado, reduzida
já praticados já praticados
de 1/3 a 2/3 de 1/3 a 2/3
Exercício regular de direito. Excesso intensivo
67 68 69
76 77 78
CONCURSO DE CRIMES § 1º - Na hipótese deste artigo, quando ao agente tiver sido Concurso formal
aplicada pena privativa de liberdade, não suspensa, por um Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou
Concurso material dos crimes, para os demais será incabível a substituição de omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-
Art. 69 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou que trata o art. 44 deste Código. se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente
omissão, pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não, uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto
§ 2º - Quando forem aplicadas penas restritivas de direitos,
aplicam-se cumulativamente as penas privativas de até metade. As penas aplicam-se, entretanto,
o condenado cumprirá simultaneamente as que forem
liberdade em que haja incorrido. No caso de aplicação cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes
compatíveis entre si e sucessivamente as demais. concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o
cumulativa de penas de reclusão e de detenção, executa-se
primeiro aquela. disposto no artigo anterior.
Parágrafo único - Não poderá a pena exceder a que seria
82 83
cabível pela regra do art. 69 deste Código. 84
Crime continuado Parágrafo único - Nos crimes dolosos, contra vítimas
Art. 71 - Quando o agente, mediante mais de uma ação ou diferentes, cometidos com violência ou grave ameaça à
omissão, pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pessoa, poderá o juiz, considerando a culpabilidade, os
pelas condições de tempo, lugar, maneira de execução e antecedentes, a conduta social e a personalidade do
outras semelhantes, devem os subseqüentes ser havidos agente, bem como os motivos e as circunstâncias,
como continuação do primeiro, aplica-se-lhe a pena de um aumentar a pena de um só dos crimes, se idênticas, ou a 3. Imputabilidade penal
só dos crimes, se idênticas, ou a mais grave, se diversas, mais grave, se diversas, até o triplo, observadas as regras
aumentada, em qualquer caso, de um sexto a dois terços. do parágrafo único do art. 70 e do art. 75 deste Código.
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Art. 28 - Não excluem a imputabilidade penal: Embriaguez fortuita ou por força maior § 2º - A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3, se o
agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito
I - a emoção ou a paixão; § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da
completa, proveniente de caso fortuito ou força omissão, a plena capacidade de entender o caráter
II - a embriaguez, voluntária ou culposa, pelo maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com
álcool ou substância de efeitos análogos inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do esse entendimento
fato ou de determinar-se de acordo com esse
entendimento
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O indígena é imputável? Causas de exclusão da imputabilidade
Se integrado a vida em sociedade, é imputável Inimputabilidade
Se relativamente integrado a vida em sociedade, é semi- Erro de proibição inevitável
imputável
Inexigibilidade de conduta diversa (Coação moral e
4. Concurso de Pessoas
Se não é integrado a vida em sociedade, é inimputável
obediência hierárquica)
SÚMULA Nº 140/STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o
indígena figure como autor ou vítima.
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Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre Teoria objetivo-formal Participação de menor importância
para o crime incide nas penas a este Autor: aquele que realiza o núcleo do tipo § 1º - Se a participação for de menor
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Partícipe: aquele que contribui com o crime (induzir, importância, a pena pode ser diminuída de
instigar ou auxiliar) sem realizar o núcleo do tipo. 1/6 a um 1/3.
Teoria unitária / monista (REGRA)
Teoria do domínio do fato (Claus Roxin) .
Teoria pluralista (EXCEÇÃO)
Autor é aquele possui o domínio da empreitada criminosa,
mesmo que não realize o núcleo do tipo.
100 101 102
§7º - A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a VII contra autoridade ou agente descrito Forças Armadas (art. 142)
metade se o crime for praticado:
nos arts. 142 e 144 da CF, integrantes do
durante a gestação ou 3 meses após o parto Segurança Pública (art. 144)
sistema prisional e da Força Nacional de
contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos Sistema Prisional
Segurança Pública, no exercício da função
ou com deficiência ou doença degenerativa;
ou em decorrência dela, ou contra seu Força Nacional
na presença física ou virtual de descendente ou de
ascendente da vítima. cônjuge, companheiro ou parente
Cônjuge, Companheiro ou Parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão
em descumprimento a medida protetiva de urgência consanguíneo até 3º grau desses agentes.
115 dessa condição: 116 117
Causa de aumento de pena Induzimento, instigação ou auxílio a Suicídio Se causa lesão grave ou gravíssima
ou a Automutilação
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 até a § 1º - Se da automutilação ou da tentativa de
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar- suicídio resulta lesão corporal grave ou
metade se o crime for praticado por:
se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art.
milícia privada, sob o pretexto de auxílio material para que o faça: 129 deste Código:
prestação de serviço de segurança, Pena - reclusão, de 6 meses a 2 anos. Pena - reclusão, de 1 a 3 anos.
Se causa morte Vítima vulnerável lesão gravíssima Vítima vulnerável resultado morte
§ 2º - Se o suicídio se consuma ou se da auto- § 6º - Se o crime de que trata o § 1º deste artigo § 7º - Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é
mutilação resulta morte: resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é cometido contra menor de 14 anos ou contra quem
cometido contra menor de 14 anos ou contra quem, não tem o necessário discernimento para a prática do
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos por enfermidade ou deficiência mental, não tem o ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode
necessário discernimento para a prática do ato, ou oferecer resistência, responde o agente pelo crime
que, por qualquer outra causa, não pode oferecer de homicídio, nos termos do art. 121 deste Código.
resistência, responde o agente pelo crime descrito
no § 2º do art. 129 deste Código
130 131 132
Causa de aumento de pena § 4º - A pena é aumentada até Infanticídio
o dobro se a conduta é
§ 3º - A pena é duplicada: realizada por meio da rede de Art. 123 - Matar, sob a influência do
computadores, de rede social
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, estado puerperal, o próprio filho, durante
ou transmitida em tempo real
torpe ou fútil; o parto ou logo após:
§ 5º - Aumenta-se a pena em
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por metade se o agente é líder ou
qualquer causa, a capacidade de resistência. JOGO DA BALEIA AZUL Pena - detenção, de 2 a 6 anos.
coordenador de grupo ou de
rede virtual
133 134 135
Aborto provocado pela gestante ou com Aborto provocado por terceiro sem o Aborto provocado por terceiro com o
seu consentimento consentimento da gestante consentimento da gestante
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma Art. 125 - Provocar aborto, SEM o consen- Art. 126 - Provocar aborto COM o consen-
ou consentir que outrem lho provoque: timento da gestante: timento da gestante
Consentimento não válido Art. 127 - As penas cominadas nos dois Exclusão do crime
Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigos anteriores são aumentadas de 1/3,
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado
artigo anterior, se a gestante não é maior se, em consequência do aborto ou dos
por médico:
de quatorze anos, ou é alienada ou débil meios empregados para provocá-lo, a
mental, ou se o consentimento é obtido gestante sofre lesão corporal de natureza Aborto necessário
mediante fraude, grave ameaça ou grave; e são duplicadas, se, por qualquer
I - se não há outro meio de salvar a vida
violência dessas causas, lhe sobrevém a morte.
139 140
da gestante; 141
II - se a gravidez resulta de estupro e o No julgamento da ADPF 54, venceu a tese Art. 129. Ofender a integridade corporal
aborto é precedido de consentimento da de que a interrupção de gestação de feto ou a saúde de outrem:
gestante ou, quando incapaz, de seu sem cérebro (feto anencefálico) não pode
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano.
representante legal. sequer ser considerada aborto. Assim, o
crime é impossível.
142 143 144
Lesão corporal GRAVE (reclusão, 1 a 5 anos) Lesão corporal GRAVÍSSIMA (rec. 2 a 8 anos) Lesão corporal seguida de morte
Incapacidade para as ocupações habituais, por Incapacidade permanente para o trabalho;
§ 3° - Se resulta morte e as circunstâncias
mais de 30 dias; enfermidade incurável;
evidenciam que o agente não quis o
Perigo de vida; perda ou inutilização do membro, sentido ou resultado, nem assumiu o risco de
Debilidade permanente de membro, sentido ou função; produzi-lo:
função; deformidade permanente;
Aceleração de parto Pena - reclusão, de 4 a 12 anos.
aborto
145 146 147
§ 7o Aumenta-se a pena de 1/3 se ocorrer § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, § 10 - Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro,
qualquer das hipóteses dos §§ 4o e 6o do deste artigo, se as circunstâncias são as
ou com quem conviva ou tenha convivido, ou,
art. 121 deste Código. indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se
ainda, prevalecendo-se o agente das relações
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade a pena em 1/3.
§ 11 - Na hipótese do § 9o deste artigo, a § 12 - Se a lesão for contra autoridade ou §13. Se a lesão for praticada contra a mulher,
pena será aumentada de 1/3 se o crime for agente descrito nos arts. 142 e 144 da CF, por razões da condição do sexo feminino, nos
integrantes do sistema prisional e da Força termos do § 2º-A do art. 121 deste Código:
cometido contra pessoa portadora de
Nacional de Segurança Pública, no exercício da Pena - reclusão, de 1 a 4
deficiência
função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até 3º grau, a pena é aumentada
154
de 1/3 a 2/3. 155 156
Omissão de Socorro Causa de aumento de pena Rixa
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, Parágrafo único - A pena é aumentada de Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à metade, se da omissão resulta lesão corporal os contendores:
criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa de natureza grave, e triplicada, se resulta a
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e morte. Pena - detenção, 15 dias a 2 meses, ou multa.
iminente perigo; ou não pedir o socorro da Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão
autoridade pública: corporal grave, aplica-se detenção, de 6 meses
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa. a 2 anos aos que participaram da rixa
157 158 159
DOS CRIMES CONTRA A HONRA Ex. 01: João, mesmo sabendo que não é verdade,
FALSO E DEFINIDO
CALÚNIA afirma que Pedro entrou na loja da esquina durante
Tipos de honra COMO CRIME
a madrugada e furtou para sim um notebook de
Honra objetiva: é a visão que as demais pessoas FATO última geração.
da coletividade têm acerca das qualidades físicas, DESABONADOR E
DIFAMAÇÃO
morais e intelectuais de alguém (reputação) NÃO CRIMINOSO Ex. 02: Lucas, com o objetivo de ofender a
reputação de Rafael, espalha no grupo de whatsapp
Honra subjetiva: é o sentimento que cada pessoa
ADJETIVO que este estava completamente embriagado e com
possui acerca das suas próprias qualidades (auto INJÚRIA
NEGATIVO a roupa suja de vômito após a festa de confrater-
estima)
160 161
nização da empresa. 162
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, Exceção da verdade III - se do crime imputado, embora de ação
sabendo falsa a imputação, a propala ou pública, o ofendido foi absolvido por
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
sentença irrecorrível.
divulga.
I - se, constituindo o fato imputado crime de
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das
166
pessoas indicadas no nº I do art. 141; 167 168
Difamação Exceção da verdade Injúria
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe Parágrafo único - A exceção da verdade Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a
fato ofensivo à sua reputação: somente se admite se o ofendido é dignidade ou o decoro:
funcionário público e a ofensa é relativa
Pena: detenção, 3 meses a 1 ano, e multa. Pena: detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
ao exercício de suas funções.
Art. 2º-A - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a Conceito: É um meio de defesa, à Calúnia: em regra será cabível, salvo nas
dignidade ou o decoro, em razão de raça, disposição do acusado por crime contra hipóteses do §3º do artigo 138
cor, etnia ou procedência nacional. honra, para demonstrar que o fato dito Difamação: será cabível apenas quando o fato
em relação a vítima é verdadeiro e com for contra funcionário público e relativo ao
Pena: reclusão, de 2 a 5 anos, e multa. exercício das funções.
isso obter sua absolvição no processo.
Injúria: não será cabível
175 176 177
Disposições comuns II - contra funcionário público, em razão de § 1º - Se o crime é cometido mediante paga ou
suas funções; promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.
Art. 141 - As penas cominadas neste
III - na presença de várias pessoas, ou por § 2º - Se o crime é cometido ou divulgado em
Capítulo aumentam-se de 1/3, se qualquer
meio que facilite a divulgação da calúnia, quaisquer modalidades das redes sociais da rede
dos crimes é cometido:
da difamação ou da injúria. mundial de computadores, aplica-se em triplo a pena.
I - contra o Presidente da República, ou
IV contra pessoa maior de 60 anos ou
contra chefe de governo estrangeiro; (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)
portadora de deficiência, exceto na injúria.
178 179 180
Exclusão do crime II - a opinião desfavorável da crítica literária, Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III,
artística ou científica, salvo quando responde pela injúria ou pela difamação
Art. 142 - Não constituem injúria ou
inequívoca a intenção de injuriar ou difamar; quem lhe dá publicidade.
difamação punível:
III - o conceito desfavorável emitido por
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão
funcionário público, em apreciação ou
da causa, pela parte ou por seu
informação que preste no cumprimento de
procurador; dever do ofício.
181 182 183
Art. 143 - O querelado que, antes da Parágrafo único. Nos casos em que o querelado Privada: regra geral
tenha praticado a calúnia ou a difamação
sentença, se retrata cabalmente da calúnia
utilizando-se de meios de comunicação, a Pública Condicionada: contra Presidente
ou da difamação, fica isento de pena. retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido, da República, contra Funcionário Público e
pelos mesmos meios em que se praticou a na Injúria Racial
ofensa.
Pública Incondicionada: Injúria Real
184 Incluído pela Lei nº 13.188, de 185
2015 186
do exercício de suas funções. Cabe retratação Cabe retratação Não cabe retratação Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
Não há possibilidade de exclusão Possibilidade de exclusão do Possibilidade de exclusão do
do crime crime crime
P.Único - Se procede mediante representação.
Não cabe perdão judicial Não cabe perdão judicial Cabe perdão judicial
187 188 189
Perseguição § 1º - A pena é aumentada de metade se o crime é § 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem
Art. 147-A - Perseguir alguém, reiteradamente e por
cometido: prejuízo das correspondentes à violência.
qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física I contra criança, adolescente ou idoso; § 3º - Somente se procede mediante representação
ou psicológica, restringindo-lhe a capacidade de
locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou II contra mulher por razões da condição de sexo
perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade. feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste
Código;
Pena reclusão, de 6 meses a 2 anos, e multa.
III mediante concurso de 2 ou mais pessoas ou
(Incluído pela Lei nº 14.132, de 190
2021)
com o emprego de arma.
191 192
Violência psicológica contra a mulher
Seqüestro e cárcere privado
Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique
e perturbe seu pleno desenvolvimento ou que vise a degradar Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade,
ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões,
mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, mediante sequestro ou cárcere privado:
isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito de
ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde
6. Crimes contra o patrimônio
Pena - reclusão, de 1 a 3 anos.
psicológica e autodeterminação:
Pena - reclusão, de 6 meses a 2 anos, e multa, se a conduta não
constitui crime mais grave.
(Incluído em 28 de julho, pela Lei nº 14.188, de193
2021) 194 195
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, § 3º - Equipara-se à coisa A interceptação clandestina de sinal de TV a
coisa alheia móvel: móvel a energia elétrica ou Cabo ou de Internet não caracteriza crime de
qualquer outra que tenha furto.
Pena - reclusão, de 1 a 4 anos, e multa.
valor econômico.
Súmula 511 do STJ: Furto com uso de explosivo Furto eletrônico ou cibernético
É possível o reconhecimento do privilégio previsto § 4ºA - A pena é de reclusão de § 4º-B - A pena é de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa,
no § 2º do art. 155 do CP nos casos de crime de se o furto mediante fraude é cometido por meio de
4 a 10 anos e multa, se houver
dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou
furto qualificado, se estiverem presentes a emprego de explosivo ou de não à rede de computadores, com ou sem a violação
primariedade do agente, o pequeno valor da coisa e artefato análogo que cause de mecanismo de segurança ou a utilização de
a qualificadora for de ordem objetiva. perigo comum. programa malicioso, ou por qualquer outro meio
fraudulento análogo.
(Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
208 209 210
CRIME HEDIONDO
Animais de estimação não se enquadram nesta qualificadora, § 7º A pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa, Sistema de vigilância realizado por
portanto o crime será de furto simples. monitoramento eletrônico ou por
se a subtração for de substâncias explosivas ou de
existência de segurança no interior de
Semovente domesticável de produção é o animal criado para acessórios que, conjunta ou isoladamente,
abate, exploração de seus frutos ou para procriação (p.ex.: estabelecimento comercial, por si só,
possibilitem sua fabricação, montagem ou não torna impossível a configuração
bovinos, suínos, caprinos, aves). Cães, gatos e equinos, quando
criados para fins de reprodução e venda de filhotes, também emprego. do crime de furto.
são considerados.
214 215 216
Princípio da insignificância e o furto qualificado: Furto de uso (não é crime) Trombadinha
Em regra, não se aplica o princípio da subtração da coisa móvel Se o contato físico contra a vítima tiver o
insignificância ao furto qualificado, salvo quando propósito único de distraí-la, sem capacidade de
intenção de utilizar momentaneamente
machucá-la, o crime será de furto. Contudo, se o
presentes circunstâncias excepcionais que
restituição da coisa antes do descobrimento pela contato físico for com a intenção de reduzir a
recomendam a medida vítima capacidade de resistência/defesa da vítima, o
crime será de roubo.
Não é possível reconhecer a continuidade delitiva Se no contexto de um roubo, praticado contra um único Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência
patrimônio, duas ou mais pessoas são mortas, haverá um ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si
entre os crimes de roubo e de latrocínio, pois não
único crime de latrocínio (p.ex.: o assaltante que mata
se trata de delitos da mesma espécie, apesar de ou para outrem indevida vantagem econômica, a
todos os moradores de uma casa para subtrair os bens que
pertencerem ao mesmo gênero. lá se encontram). fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer
alguma coisa:
Não se aplica o princípio da insignificância ao crime de
roubo. Pena - reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
235 236 237
§ 1º - Se o sequestro dura mais de 24 horas, se § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de Delação premiada
o sequestrado é menor de 18 ou maior de 60 natureza grave:
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o
anos, ou se o crime é cometido por bando ou concorrente que o denunciar à autoridade,
Pena - reclusão, de 16 a 24 anos
quadrilha. facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua
§ 3º - Se resulta a morte: pena reduzida de 1 a 2/3.
Pena - reclusão, de 12 a 20 anos.
Pena - reclusão, de 24 a 30 anos. Observação: Só haverá a incidência da causa de diminuição de pena se a delação
efetivamente contribuir para a libertação da pessoa sequestrada.
III - contra o patrimônio da União, de Estado, IV - por motivo egoístico ou com prejuízo Obs.: Pichação
do Distrito Federal, de Município ou de considerável para a vítima:
Crime ambiental edificação
autarquia, fundação pública, empresa pública, Pena - detenção, de 6 meses a 3 anos, e multa, ou monumento público;
sociedade de economia mista ou empresa além da pena correspondente à violência.
concessionária de serviços públicos; Crime de dano
nos demais casos
§2º - Nas mesmas penas incorre quem: Fraude para recebimento de indenização ou valor Fraude eletrônica
de seguro
Fraude no pagamento por meio de cheque § 2º-A - A pena é de reclusão, de 4 a 8 anos, e multa,
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa se a fraude é cometida com a utilização de
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de
própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou informações fornecidas pela vítima ou por terceiro
fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o
agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o induzido a erro por meio de redes sociais, contatos
pagamento.
intuito de haver indenização ou valor de seguro; telefônicos ou envio de correio eletrônico
fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento
259 260
análogo. 261
Escusa absolutória (art. 181) Escusa relativa (art. 182) Art. 183 As escusas não se aplicam:
É isento de pena quem comete qualquer dos Somente se procede mediante representação: se o crime é cometido com o emprego de
crimes previstos neste título: Cônjuge divorciado ou separado grave ameaça ou violência à pessoa
judicialmente
Cônjuge, na constância do casamento ao estranho que participa do crime
Irmão
Ascendente ou descendente
Tio ou sobrinho, quando há coabitação se o crime é praticado contra idoso
274 275 276
CÔNJUGE Moeda Falsa
ESCUSA ABSOLUTÓRIA
ASCENDENTE ISENTO DE PENA
DESCENDENTE Art. 289 - Falsificar, fabricando ou alterando,
moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no
CÔNJUGE SEPARADO
ESCUSA RELATIVA
DEPENDE DE REPRESENTAÇÃO IRMÃO 7. Crimes Contra a Fé país ou no estrangeiro:
TIO OU SUBRINHO* Pública Pena - reclusão, de 3 a 12 anos, e multa.
VIOLÊNCIA OU AMEÇA
ESTRANHO NÃO SE APLICA OS BENEFÍCIOS
IDOSO
* DESDE QUE HAJA COABITAÇÃO
277 278 279
Falsificação de
Crime de Moeda Falsa
qualidade
Falsificação
Crime de Estelionato
grosseira
Falsificação absur-
Crime Impossível
damente grosseira
283 284 285
§ 2º - Quem, tendo recebido de boa-fé, como Petrechos para falsificação de moeda Falsificação de documento público
verdadeira, moeda falsa ou alterada, a restitui Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte,
à circulação, depois de conhecer a falsidade, título oneroso ou gratuito, possuir ou
guardar maquinismo, aparelho, documento público, ou alterar documento
Pena: detenção, de 6 meses a 2 anos, e multa. instrumento ou qualquer objeto público verdadeiro:
especialmente destinado à falsificação
de moeda: Pena - reclusão, de dois a seis anos, e
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos, e multa. multa.
Adulteração de sinal identificador § 1º - Se o agente comete o crime no exercício da II aquele que adquire, recebe, transporta, oculta,
de veículo automotor função pública ou em razão dela, a pena é mantém em depósito, fabrica, fornece, a título
aumentada de um terço. oneroso ou gratuito, possui ou guarda
Art. 311. Adulterar, remarcar ou suprimir
número de chassi, monobloco, motor, placa
maquinismo, aparelho, instrumento ou objeto
de identificação, ou qualquer sinal § 2º - Incorrem nas mesmas penas do caput deste especialmente destinado à falsificação e/ou
identificador de veículo automotor, elétrico, artigo: adulteração de que trata o caput deste artigo; ou
híbrido, de reboque, de semirreboque ou de
suas combinações, bem como de seus I o funcionário público que contribui para o
componentes ou equipamentos, sem
autorização do órgão competente: licenciamento ou registro do veículo remarcado ou
Pena - reclusão, de 3 a 6 anos, e multa. adulterado, fornecendo indevidamente material ou
(Redação dada pela Lei nº 14.562, de295
2023) informação oficial; 296 297
III aquele que adquire, recebe, transporta, § 3º - Praticar as condutas de que tratam os incisos
conduz, oculta, mantém em depósito, desmonta, II ou III do § 2º deste artigo no exercício de
monta, remonta, vende, expõe à venda, ou de atividade comercial ou industrial:
qualquer forma utiliza, em proveito próprio ou
alheio, veículo automotor, elétrico, híbrido, de Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e
reboque, semirreboque ou suas combinações ou multa. 8. Crimes Contra a
partes, com número de chassi ou monobloco, § 4º - Equipara-se a atividade comercial, para Administração Pública
placa de identificação ou qualquer sinal
efeito do disposto no § 3º deste artigo, qualquer
identificador veicular que devesse saber estar
adulterado ou remarcado. forma de comércio irregular ou clandestino,
298
inclusive aquele exercido em residência. 299 300
Dos crimes contra a administração pública Dos crimes contra a Administração da Funcionário público
praticados por Funcionário Público Justiça
Art. 327 - Considera-se funcionário público,
Art. 312 ao Art. 327 Art. 338 ao Art. 359 para os efeitos penais, quem, embora
Dos crimes contra administração pública Dos crimes contra as Finanças Públicas transitoriamente ou sem remuneração,
praticados por Particular exerce cargo, emprego ou função pública.
Art. 359-A ao Art. 359-H
Art. 328 ao Art. 337-A
301 302 303
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário § 2º - Se o funcionário concorre
público de dinheiro, valor ou qualquer outro público, embora não tendo a posse do dinheiro, culposamente para o crime de outrem:
bem móvel, público ou particular, de que valor ou bem, o SUBTRAI, ou concorre para
que seja subtraído, em proveito próprio ou Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano.
tem a posse em razão do cargo, ou
alheio, valendo-se de facilidade que lhe
desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
proporciona a qualidade de funcionário.
Pena - reclusão, de 2 a 12 anos e multa. 307 308 309
§ 1º - A pena é aumentada de sexta parte, se o Comunicação falsa de infração penal Autoacusação falsa
agente se serve de anonimato ou de nome
suposto. Art. 340 - Provocar a ação de autoridade, Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de
comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de crime inexistente ou praticado por outrem:
§ 2º - A pena é diminuída de metade, se a contravenção que sabe não se ter verificado: Pena: detenção, de 3 meses a 2 anos, ou multa.
imputação é de prática de contravenção.
Pena - detenção, de 1 a 6 meses, ou multa.
Exercício arbitrário das próprias razões Favorecimento pessoal § 1º - Se ao crime não é cominada pena de
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para reclusão:
satisfazer pretensão, embora legítima, salvo
Art. 348 - Auxiliar a subtrair-se à ação de
autoridade pública autor de crime a que é Pena - detenção, de quinze dias a três meses,
quando a lei o permite:
e multa.
Pena - detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa, cominada pena de reclusão:
além da pena correspondente à violência. § 2º - Se quem presta o auxílio é ascendente,
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa. descendente, cônjuge ou irmão do criminoso,
Parágrafo único - Se não há emprego de violência,
fica isento de pena.
somente se procede mediante queixa.
340 341 342
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Favorecimento real
TORTURA
Art. 349 - Prestar a criminoso, fora dos casos EQUIPARADOS
A HEDIONDOS
crime: Hediondos
CRIMES HEDIONDOS
DEFINIDOS NA
- Lei 8.072/90 - LEI 8.072/90
RIGORES DA HEDIONDEZ Progressão de regime condicionada ao cumprimento de ao Art. 3º - A União manterá estabelecimentos penais, de
menos (art. 112 da LEP):
segurança máxima, destinados ao cumprimento de penas
insuscetíveis de graça, anistia e indulto; o 40% da pena, condenado por crime hediondo ou equiparado, se primário;
impostas a condenados de alta periculosidade, cuja
inafiançáveis o 50% da pena, condenado por crime hediondo ou equiparado, com resultado
permanência em presídios estaduais ponha em risco a
morte, se primário;
prisão temporária de 30 dias + 30 dias ordem ou incolumidade pública.
o 60% da pena, se for reincidente em crime hediondo ou equiparado;
regime inicialmente fechado* o 70% da pena, se for reincidente em crime hediondo ou equiparado com
resultado morte;
*Obs.: Desde 2012 o STF reconhece a inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicialmente
fechado aos condenados por crimes hediondos ou equiparados. Pode, assim, haver regime inicial diverso e
mais brando.
352 353 354