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que não há crime sem culpa. De fato, a consagrando no artigo 2º do Código Penal
ocupação nem por qualquer outro meio. Não se tem em vista a pessoa, mas, sim, a
função.
⇒ NAVIOS E
AERONAVES *Imunidades Diplomáticas: O diplomata
é dotado de inviolabilidade pessoal, pois
● Privados -: Alto mar: lei da bandeira que não pode ser preso nem submetido a
ostentam; No mar territorial ouno porto: lei qualquer procedimento ou processo sem
diversas atenua a pena imposta no Brasil, e Quando o crime tem início em território
ao autor do crime mas este benefício não da pena), se atendidos os seus requisitos
estrangeiro atenua a pena imposta no d) A ''novatio legis'' não constitui fato jurídico
extintivo da punibilidade.
Brasil pelo mesmo crime, quando diversas,
e) todas as alternativas acima NÃO estão
ou nela é computada, quando idênticas. corretas.
d) para efeitos penais,
consideram-se como extensão do território 9. Pelo princípio da responsabilidade pessoal,
nacional as embarcações e aeronaves o agente pode ser punido
brasileiras, de natureza pública ou a a) pelo seu alto grau de periculosidade.
serviço do governo brasileiro onde quer b) pela sua conduta.
que se encontrem, bem como as aeronaves c) pelos seus antecedentes desabonadores.
simples atividades, punindo a lei simples Mas de quem poder-se-á exigir tal ação?
pessoa. Geralmente contém, na definição quando o agente PODIA agir e DEVIA agir.
do tipo penal, um verbo que indica a falta O dever de ação incumbe a quem por lei,
descrição típica alude a um não - fazer policiais, bombeiros, médicos, etc.; por
alguma ciência, arte ou profissão. A agente, por erro de tipo inescusável, supõe
ocorrerá, por confiar erradamente em sua possa haver imposição da pena, é preciso
Se concluir que não, então é porque o fato completamente diversa da conduta. Rompe
Assim, quando se procura definir se responde pelos atos até então praticados.
uma conduta foi ou não causa de Aqui não há nexo. Ex: se alguém coloca
*Erro provocado por Terceiro: Nos termo dado secundário da norma penal
do art. 2º do Código Penal, “responde pelo incriminadora. O sujeito atua com plena
erro o terceiro que determina o erro’’. convicção do que faz, porém se engana a
achando que está furtando açúcar. Trata- recai sobre a proibição do fato (ele recai
bem, mas sim a propriedade como um todo. Exemplo: se o sujeito tem cocaína em
casa, supondo trata-se de outra
substância, inócua, trata-se de erro de tipo
✓ Erro sobre a pessoa (error in persona):
(art.20 do Código Penal).
ocorre quando, em face de um erro quanto
Já, porém, se o sujeito tem cocaína
à representação da realidade, o sujeito
em casa, sabendo trata-se de cocaína, no
atinge uma pessoa pensando trata-se de
entanto, supõe que o depósito não é
outra (ele não sabe que acertou outra
proibido, o tema é de erro de proibição (art.
pessoa. Ele acha que acertou exatamente 21 do Código Penal).
quem ele queria) De acordo com o § 3º do O art. 21 do Código Penal
art. 20 do Código Penal “o erro quanto à estabelece que o desconhecimento da lei é
pessoa contra a qual o crime é praticado inescusável (evitável). Existe então uma
não isenta de pena. Não se consideram, diferença entre o desconhecimento da lei (é
nesse caso, as condições ou qualidades da inescusável) e a falta de conhecimento
vítima, senão as da pessoa contra quem o sobre a ilicitude do fato.
agente queria praticar o crime”. Exemplo: o De fato, a lei é um diploma formal
agente pretende cometer homicídio contra editado pelo poder competente. Ilicitude é
Pedro. Coloca a relação de contrariedade que se
-se de tocaia e, pressentindo a aproximação estabelece entre a conduta praticada pelo
de um vulto e supondo tratar-se da vítima, agente e o ordenamento jurídico.
atira e vem a matar o próprio pai. Sobre o
fato não incide a agravante genérica
✓ Espécies de Erro de Proibição tutelado e mesmo assim não é punido em
face desse sacrifício ser razoável. Ex: A
O erro de proibição, também chamado
mãe que furta determinada coisa, em razão
de erro sobre a ilicitude do fato, podeser:
de seu filho estar sendo ameaçado de
morte por um criminoso, que o mantém
a) Invencível ou escusável:
como refém. Neste caso a mãe não será
aquele que não tinha como ser evitado.
punida pelo furto em face de estar dentro
Qualquer pessoa no lugar do agente
da justificativa de uma coação moral
cometeria o mesmo erro. Nos termos do
irresistível.
art.21 do CP, o erro de proibição,quando
invencível, isenta de pena.
A Obediência Hierárquica, só será
b) Vencível ou inescusável: é
causa de excludente de punibilidade se ela,
aquele que poderia ter sido evitado se o
embora ilegal, aos olhos do executor seja
agente tivesse tomando um pouco mais de
uma ação legal. Se ficar comprovada a
cuidado. Nos termos do art. 21 do Código
ilegalidade e o subordinando realizar a
Penal, o erro de proibição, quando vencível,
ação ilegal, responderá juntamente com o
poderá diminuir a pena de um sexto a um
mandante da ordem; mas, como na coação
terço.
moral resistível, responderá com atenuante
de pena conforme art. 65, II, “c”, do Código
8. COAÇÃO IRRESISTÍVEL E
OBEDIÊNCIA HIERÁRQUICA (art. Penal.
22, Código Penal).
9. ANTIJURICIDADE OU ILICITUDE
Coação é a utilização de força física
(coação física) ou grave ameaça (coação
Foi visto que o crime é fato típico e
moral) contra alguém, a fim de que esse
antijurídico. Assim, para a existência do
faça ou deixe de fazer algumacoisa.
ilícito penal é necessário que a conduta
A Coação moral sofrida pelo agente é
dividida em coação resistível e irresistível. típica seja, também, antijurídica.
ação do agente e por isso se pune, com entre uma conduta e o ordenamento
jurídico.
atenuante da pena;
O fato típico, até prova em contrário,
✓ Coação Irresistível: como a coação
supera ou se iguala à do bem jurídico é um fato que, ajustando-se ao tipo penal, é
antijurídico. Existem, entretanto, na lei modo, a sua ação poderá lesar um
penal ou no ordenamento jurídico em geral, interesse, mas não poderá ser considerada
causas que excluem a antijuridicidade do contrária ao direito".
fato típico. Por essa razão, diz-se que a Para outros, porém, a antijuridicidade
tipicidade é o indício da antijuridicidade, tem caráter objetivo, resolvendo-se num
que será excluída se houver uma causa que contraste entre o fato e o ordenamento
elimine sua ilicitude. "Matar alguém" jurídico, independentemente da capacidade
voluntariamente é fato típico, mas não será de entendimento ou da imputabilidade do
antijurídico, por exemplo, se o autor do fato sujeito. Como o dolo integra o tipo penal e
agiu em legítima defesa. Nessa hipótese a culpabilidade (reprovabilidade) é o
não haverá crime. elemento valorativo do crime, não deixa de
A antijuridicidade, como elemento ter antijuridicidade o ativo voluntário de um
na análise conceitual do crime, assume, inimputável. Os loucos, menores, silvícolas
portanto, o significado de "ausência de etc. praticam crime (fato típico e
causas excludentes de ilicitude". A antijurídico), embora esteja ausente a
antijuridicidade é um juízo de desvalor que culpabilidade.
recai sobre a conduta típica, no sentido de
que assim o considera o ordenamento 9.1 Causas excludentes da ilicitude ou
antijuricidade
jurídico.
Quanto ao caráter da
O direito prevê causas que excluem
antijuridicidade, há uma teoria subjetiva,
a antijuridicidade do fato típico (causas
fundada na noção de que o direito, com o
excludentes da criminalidade, causas
fim de proteger bens, exerce uma função
excludentes da antijuridicidade, causas
reguladora das vontades individuais e que
justificativas, causas excludentes da
o comando da lei somente pode dirigir-se
ilicitude, eximentes ou descriminantes).
àqueles capazes de serem motivados a
São normas permissivas, também
responderem às exigências da ordem
chamadas tipos permissivos, que excluem
emitida.
a antijuridicidade por permitirem a prática
Assim, os incapazes, os loucos e
de um fatotípico.
menores, os primeiros em virtude de
Segundo o entendimento adotado, a
razões naturais, os últimos, por prescrição
exclusão da antijuridicidade não implica o
legal, não agem contra o direito e "desse
desaparecimento da tipicidade e, por
conseguinte, deve-se falar em "conduta funcionário público, em apreciação ou
típica justificada". De acordo, porém, com a informação que preste no cumprimento de
teoria dos elementos negativos do tipo, as dever de ofício (art. 142) etc.
causas de justificação eliminam a Para a maioria dos doutrinadores,
tipicidade. Segundo esta posição, se presentes no fato os elementos objetivos
entende que o tipo constitui somente a constantes da norma permissiva, deixa ele
parte positiva do tipo total de injusto, a que de ser antijurídico, não se indagando do
se deve juntar a parte negativa conteúdo subjetivo que levou o agente a
representada pela concorrência dos praticá-lo. Para que o agente atue
pressupostos de uma causa de juridicamente, contudo, é necessário que,
justificação. além de estarem presentes os elementos
Somente será típico o fato que objetivos das descriminantes, preencham
também for antijurídico; presentes os também o elemento subjetivo. A norma
requisitos de uma descriminante não há permissiva, ou tipo permissivo, contém
que se falar em conduta típica. elementos subjetivos paralelos aos
A lei penal brasileira dispõe que "não objetivos. Deve haver também a
há crime" quando o agente pratica o fato "congruência" entre a conduta do agente e a
em estado de necessidade, em legítima norma que contém a causa excludente da
defesa, em estrito cumprimento de dever antijuridicidade.
legal ou no exercício regular de direito (art. Não estará em legítima defesa, por
23). exemplo, quem atira em um inimigo sem
Além das normas permissivas da saber que este está, por baixo do,
Parte Geral, todavia, existem algumas na sobretudo, com uma arma prestes a
Parte Especial, como, por exemplo, a disparar e matá-lo. Embora presentes os
possibilidade de o médico praticar aborto requisitos objetivos da legítima defesa, não
se não há outro meio de salvar a vida da existem os seus elementos subjetivos. O
gestante ou se a gravidez resulta de autor, para praticar fato típico que não seja
estupro (art. 128); a ofensa irrogada em antijurídico, deve agir no conhecimento da
juízo na discussão da causa, pela parte ou situação de fato justificante e com
por seu procurador; a opinião desfavorável fundamento em uma autorização que lhe é
da crítica literária, artística ou científica e o conferida através disso, ou seja, querer
conceito desfavorável emitido por atuar juridicamente.
9.2 Exclusão de Ilicitude
*Causas Supralegais de Excludente
de Antijuricidade ou Ilicitude Além de típico, para ser considerado
crime, o fato deve também ser antijurídico.
Tem-se sustentado que, além das
O artigo 23 do Código Penal Brasileiro
causas justificativas expressamente
dispõe que não há crime quando o agente
consignadas na lei, existem outras,
pratica o fato nos seguintes casos:
supralegais, não explícitas.
✓ Em Estado de Necessidade;
Essas causas que excluem a
✓ Em Legítima Defesa;
ilicitude podem ser legais (quando
previstas em lei) ou extralegais (quando ✓ Em Estrito Cumprimento do Dever
Legal;
não estão previstas em lei).
✓ No Exercício Regular de um
✓ Extralegais: é o consentimento do Direito.
ofendido. É a única que não está prevista
em lei. Se o ofendido dá o seu As excludentes da ilicitude têm suas
consentimento, esse ato tem força para regras básicas, comprovados os elementos
excluir a ilicitude do ato. No entanto, só se caracterizadores da excludente, a conduta
aplica se o bem for disponível. Ex: Carlos será impunível; ausentes os requisitos a
furta o relógio de Pedro (art. 155, CP), conduta será punível. Tais elementos
porém este último diz ao primeiro que pode exteriorizam-se no mundo fático e são
ficar com o relógio como presente. Nesse chamados de causas objetivas das
caso, está excluída a ilicitude desse ato excludentes da antijuricidade; entretanto,
que, em um primeiro momento, era furto, O despidas do seu elemento subjetivo, não
mesmo, entretanto, não se pode dizer no serão consideradas. Elemento subjetivo é
crime de homicídio, pois a vida é aquele que intimamente motiva o agente a
indisponível. praticar determinada conduta.
LEGÍTIMA DEFESA DOS AGENTES DE pessoa que tenha agido amparada pela
SEGURANÇA excludente da ilicitude.
requisitos previstos no caput deste pública está contida no art. 144 da CF.
10. CULPABILIDADE
Exemplos:
➢ O policial que, no estrito cumprimento de
É a possibilidade de declarar
seu dever, pratica lesão em delinqüente
culpado o autor de um fato típico e ilícito; é
que, após receber ordem de prisão, se
um pressuposto para imposição de pena.
recusa a ser algemado.
Culpabilidade é o juízo de
➢ O carrasco que executa o condenado à
reprovabilidade que recai sobre o agente
morte, nos países que admitem a pena de
pelo fato típico e ilícito que ele cometeu.
morte;
Em outras palavras, a culpabilidade refere-
➢ O soldado que mata o inimigo, em campo
se à reprovação de certa conduta.
de batalha, no caso de guerradeclarada.
Interessante observar que enquanto a
ilicitude refere-se ao fato (o fato é ou não
9.2.4 Exercício Regular de um Direito
ilícito), a culpabilidade refere-se ao agente
Configura-se pela utilização de um
(é o agente que é ou não culpável).
direito ou faculdade que pode decorrer da
De acordo com o Código Penal
lei, de um fim social ou dos costumes,
Brasileiro, a Culpabilidade possui três
dando ao agente a permissão para que
elementos:
pratique condutas dentro dos limites
➢ Imputabilidade: capacidade de o agente
estabelecidos e com finalidades diversas.
compreender a ilicitude do fato ou de
Ou seja, ocorre quando o agente age dentro
conduzir-se de acordo com esse
dos limites autorizadores pelo
entendimento.
k
➢ Potencial consciência da ilicitude:
possibilidade de o agente, dentro das
circunstâncias em que ocorre a prática da
conduta, saber que ela contraria o direito.
➢ Exigibilidade de conduta diversa:
sendo a culpabilidade uma reprovação por
não ter o agente evitado a prática da
conduta, não havendo liberdade de ação, ou
seja, não podendo o agente proceder de
outra maneira, não será reprovável.
ELEMENTO EXCLUDENTE
Imputabilidade *Inimputabilidade por doença ou desenvolvimento mental
incompleto ou retardado (art. 26, C.P.)
*Inimputabilidade por menoridade (art. 27, C.P.)
*Inimputabilidade por embriaguez completa, proveniente decaso
fortuito ou força maior (art. 28, §1º. C.P.).
imputável, a não ser que ocorra causa capacidade mental; surdos – mudos que
a exceção.
As causas, excludentes de imputabilidade
são as seguintes: ● Embriaguez completa proveniente de
● Menoridade: O art. 27 do Código Penal caso fortuito ou força maior:
trata da inimputabilidade por menoridade; Embriaguez é o estado de intoxicação
assim, os menores de 18 anos são aguda e passageira, provocada pelo álcool
penalmente inimputáveis, e ficam sujeitos (ou outras substâncias de semelhantes
às normas estabelecidas na legislação efeitos), que reduz ou priva a capacidade
especial, ou seja, no Estatuto da Criança e de entendimento. A embriaguez comporta
do Adolescente – Lei nº. 8.069/90. Sendo três estágios – excitação, depressão e fase
assim, a punição remetida aos menores de de sono. A embriaguez completa
18 anos, não poderá ser a mesma aplicada corresponde aos dois últimos estágios.
aos maiores de 18 anos; de acordo com a
lei. Na embriaguez completa, o indivíduo
● Doença mental ou desenvolvimento mental perde a capacidade dediscernimento e, por
incompleto ou retardado: vezes, chega a impossibilidade de
- Doença mental – é a compreensão do
perturbação mental de qualquer ordem,
caráter ilícito de sua conduta ou a
como psicose, esquizofrenia, loucura,
impossibilidade de direcionar-se de modo
paranóia, psicopatia, epilepsia.
diverso. O sistema penal brasileiro, só
isenta de pena o agente se tal embriaguez equipara à doença mental, onde o agente
derivar de caso fortuito ou acidental sofre dependência química, física e
(quando o agente ignora que esta se psíquica do álcool.
embriagando, seja por desconhecer que há Abaixo apresentamos um quadro
álcool na bebida, seja por ignorar especial com as espécies de embriaguez e suas
condição fisiológica), por força maior conseqüências jurídicos – penais:
(quando o agente foi, por exemplo, forçado
a ingerir bebida). E finalmente, a
embriaguez patológica, porque esta se
Espécies Origem Conseqüência Jurídica
de Embriaguez
Patológica Doença que provoca Inimputabilidade por
dependência física e equivalência à doença mental
psíquica (art. 26, caput, Código Penal).
Voluntária Intenção do indivíduo em Agente considerado imputável.
embriagar-se, embora não
tencionasse praticar crime
algum.
Culposa Ocasionada por descuido Idem
do agente.
Fortuita ou Quando o agente Inimputabilidade (art. 28, § 1º).
Acidental desconhecia os efeitos da
substância ingerida no seu
organismo.
Por Força Maior O agente é coagido física ouInimputabilidade (art. 28, § 1º).
moralmente a ingerir a
substância.
concurso de mais de uma pessoa; ex: rixa, deseja fazer atuar sua conduta ilícita se
quadrilha ou bando. utiliza de outrem, em estado de
Não é necessário que as condutas irresponsabilidade penal, como instrumento
sejam idênticas para que haja co – autoria, para alcançar o resultado desejado. Isto é,
mas que haja um fato para o qual autor mediato é aquele que de forma
concorram os diversos atos. consciente e deliberada faz atuar por ele o
Já na participação, ao fato principal outro cuja conduta não reúne todos os
acedem condutas diversas, como o requisitos para ser punível.
emprestar de uma arma (auxílio material,● Co-Autoria: É a união de vontade de
cumplicidade) ou o induzir à prática do diversas pessoas para alcançar o mesmo
crime (participação moral). resultado. Em última análise, o co – autor é
● Autor: É aquele que pratica diretamente a aquele que tem juntamente como os
ação ou tem, sob seu absoluto domínio, o demais autores o mesmo objetivo, cada
total comando da ação que culminará com um atuando de forma a se delinear em sua
o resultado desejado, mesmo que outros conduta uma ação típica. Na co – autoria
sejam os executores. Ex: chefe de ocorre a divisão, na prática, dos atos que
quadrilha determina a seus comandados a tendem à execução da ação delituosa, ou
ação delituosa. Nesse caso, o mandante é seja, os co – autores dividem tarefas em
autor da infração. A seguir, Formas de sede de tipo. Ex: no crime de roubo, um
autoria. ameaça e o outro despoja a vítima de seus
● Autor executor: É aquele que bens. Todos os co-autores respondem pelo
mesmo delito, por conseqüência. d) Identidade de fato.
● Participação: Partícipe é aquele que
contribui para a realização do crime, sem Devem estar presentes, portanto, além
praticar elementos do tipo, isto é, sem de caracteres objetivos, uma identidade
realizar atos de execução. O partícipe subjetiva entre os diversos agentes. Não é
colabora com a consumação, mas não se necessário o prévio ajuste, bastando que
sem, contudo, sua ação caracterizar fato não é desejado), mas à causa.
típico. Pode ser dar por Auxílio Moral Não pode haver participação dolosa em
com o artigo 29, adotou a teoria monista Nos crimes omissivos impróprios, são
art. 13 do C.P. Assim, é agente do crime O §1º do art. 29 do C.P., faculta ao juiz,
situação de confronto.
a) vontade de cometer o crime; “itercriminis”, ensejam, em qualquer
b) Previsibilidade do resultado;
hipótese, punição pela tentativa desse
c) previsão do resultado
d) Indiferença quanto ao resultado. crime.
d) O arrependimento posterior,
c) c) São espécies de pena privativa de
previsto no art. 16 do Código Penal, liberdade a reclusão e a detenção.
importa em redução de pena e pode ser
reconhecida em crimes de qualquerd) d) A desistência voluntária ocorre no
momento da preparação de crime.
natureza.
⇒ Furto qualificado
RIXA
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a
oito anos, e multa, se o crime é
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para cometido:
separar os contendores:Pena - detenção, I - com destruição ou rompimento de
de quinze dias a dois meses, ou multa. obstáculo à subtração da coisa; II - com
corporal de natureza grave, aplica- se, pelo escalada ou destreza;III - com emprego de
§ 6o A pena é de reclusão de
2 (dois) a 5 (cinco) anos
de semovente domesticável de produção, ROUBO
ainda que abatido ou dividido empartes
no local da subtração. Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia,
para si ou para outrem, mediante grave
§ 7º A pena é de reclusão de 4 (quatro) a 10ou(dez)
ameaça e multa,
anosa pessoa,
violência ou se a
depois
subtração for de substâncias explosivas ou de havê-la, por qualquer meio,
de acessórios que, conjunta ou
isoladamente, possibilitem sua
fabricação, montagem ou emprego.
(Incluído pela
Lei nº 13.654, de 2018)
reduzido à impossibilidade de resistência:
VI – se a subtração for de
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e
multa. substâncias explosivas ou de acessórios
que, conjunta ou isoladamente,
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo possibilitem sua fabricação, montagem ou
depois de subtraída a coisa, emprega emprego. (Incluído pela Lei nº 13.654, de
violência contra pessoa ou grave ameaça, 2018)
a fim de assegurar a impunidade do crime
ou a detenção da coisa para si ou para VII - se a violência ou grave
EXTORSÃO resgate:
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Art. 158 - Constranger alguém, § 1o Se o seqüestro dura mais de 24
mediante violência ou grave ameaça, e (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é
com o intuito de obter para si ou para menor de 18 (dezoito) ou maior de 60
outrem indevida vantagem econômica, a (sessenta) anos, ou se o crime é cometido
fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer por bando ou quadrilha.
alguma coisa: Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de
multa. natureza grave:Pena - reclusão, de
§ 1º - Se o crime é cometido por duas dezesseis a vinte e quatro anos.
ou mais pessoas, ou com emprego de § 3º - Se resulta a morte:
arma, aumenta-se a pena de um terço até Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta
metade. anos.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada § 4º - Se o crime é cometido em
mediante violência o disposto no § 3º do concurso, o concorrente que o denunciar à
artigo anterior. autoridade, facilitando a libertação do
§ 3o Se o crime é cometido mediante a seqüestrado, terá sua pena reduzida de um
restrição da liberdade da vítima, e essa a dois terços.
condição é necessária para a obtenção da
vantagem econômica, a pena é de reclusão,
⇒ Peculato mediante erro de outrem
14. CRIMES CONTRA A Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA qualquer utilidade que, no exercíciodo
(PECULATO E SUAS FORMAS, cargo, recebeu por erro de outrem:
CONCUSSÃO, CORRUPÇÃO Pena - reclusão, de um a quatro anos, e
ATIVA E PASSIVA, multa.
PREVARICAÇÃO).
CONCUSSÃO
PECULATO
Art. 316 - Exigir, para si ou para
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário outrem, direta ou indiretamente, ainda que
público de dinheiro, valor ou qualquer outro fora da função ou antes de assumi-la, mas
bem móvel, público ou particular, de que em razão dela, vantagem indevida:
tem a posse em razão do cargo, ou desviá- Pena - reclusão, de 02 (dois) a 12 (doze)
lo, em proveito próprio ou alheio: anos, e multa.
PREVARICAÇÃO