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• “É o conjunto de normas jurídicas voltado à fixação dos limites do poder punitivo do Estado, instituindo infrações
penais e as sanções correspondentes, bom como regras atinentes à sua aplicação”. (Nucci)
• “Ramo do Direito Público que se ocupa de estudar os valores fundamentais sobre os quais se assentam as bases
da convivência e da paz social, os fatos que os violam e o conjunto de normas jurídicas (princípios e regras)
destinadas a proteger tais valores, mediante a imposição de penas e medidas de segurança”. (Estefam e
Gonçalves)
2. Funções do Direito Penal
Cada dispositivo da lei penal é uma norma, e a norma incriminadora estrutura-se em artigos, compostos, na
parte especial, de 02 preceitos:
Exemplo:
Artigo 121, CP – Matar alguém (preceito primário)
Reclusão de 6 a 20 anos (preceito secundário)
4. Normas penais não incriminadoras (estrutura)
Permissivas: afastam a punibilidade do agente, ou seja, tornam lícitas determinadas condutas tipificadas em leis
incriminadoras.
Exemplo:
Art. 128 (não se pune aborto praticado por médico.....), art. 23 (não há crime ..... - excludentes de
ilicitude: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento de dever legal ou no exercício
regular de direito).
Exemplo:
Arts. 1º, 2º, 3º etc.
5. Fontes do Direito Penal
5.1. MATERIAL / DE PRODUÇÃO / SUBSTANCIAL: ÓRGÃO QUE ELABORA - A única fonte material de
Direito Penal é o ESTADO – UNIÃO – LEI FEDERAL
• Competência privativa da União para legislar sobre matéria penal (CF, art. 22, inc. I).
• Iniciativa de leis penais: membros do Congresso Nacional; Presidente da República; Iniciativa
Popular (art. 61, § 2º CF).
“A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se
em Estado democrático de direito e tem como fundamentos: (...). III - a dignidade da pessoa humana”;
• Insignificância/Lesividade/Ofensividade:
• Fragmentariedade
• Subsidiariedade/Intervenção Mínima (ultima ratio)
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PENAL. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. 1. A apanha de apenas quatro minhocuçus não desloca a
competência para a Justiça Federal, pois não constitui crime contra a fauna, previsto na Lei nº 5.197/67, em face da aplicação do
princípio da insignificância, uma vez que a conduta não tem força para atingir o bem jurídico tutelado. 2. Conflito conhecido. Declarada a
competência da Justiça Estadual para o julgamento dos demais delitos. Concedido, porém, habeas corpus de ofício trancando, em face
do princípio da insignificância, a ação penal referente ao crime previsto na Lei nº 5.197/67, exclusivamente. (CC 20.312/MG, Rel. Ministro
FERNANDO GONÇALVES, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 01/07/1999, DJ 23/08/1999, p. 72)
• Individualidade ou individualização da pena (art. 5° , XLVI, CF/88): A pena deve ser individualizada
segundo as características de cada autor.
Desenvolve-se em 3 (três) momentos:
• o legislativo, com a fixação das penas para cada tipo criminoso, observado o critério da
proporcionalidade;
• o judicial, com a fixação da pena dentro dos limites estabelecidos pela norma penal;
• o executivo, com a adequação do cumprimento da pena.
“Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação
do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o
limite do valor do patrimônio transferido;”
Estão proibidas as penas cruéis que tragam castigos físicos, que acarretem infâmia para o condenado ou
trabalhos forçados (art. 5º, XLVII da CF/88);
Vídeos – Aulas Complementares
https://www.youtube.com/watch?v=Oek7l4dWSmU
https://www.youtube.com/watch?v=kbLGg0mZuzA