Você está na página 1de 60

Princípios penais e penais-constitucionais.

a) são dirigidos a TODOS.


b) podem ser explícitos ou implícitos.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


Como isto já foi cobrado em concurso público?

(CESPE - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) Assinale a opção


que apresenta princípios que devem ser observados pelas leis penais por
expressa previsão constitucional.

a) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal,


economicidade, individualização da pena
b) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da
inocência, eficiência da pena
c) legalidade, irretroatividade, responsabilidade pessoal, presunção da
inocência, individualização da pena
d) legalidade, irretroatividade, moralidade, presunção da inocência,
individualização da pena
e) legalidade, impessoalidade, irretroatividade, presunção da inocência,
individualização da pena

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


(FUNDATEC - PC/RS - ESCRIVÃO) Os princípios
só podem ser explícitos, ou seja, positivados no
ordenamento jurídico.

GABARITO: ERRADO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


Legalidade: art. 5°, XXXIX, CF

XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina,


nem pena sem prévia cominação legal;

Irretroatividade: art. 5°, XL, CF

XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o


réu;

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


Responsabilidade pessoal ou intranscendência da pena: 5°, XLV, CF

XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de


reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei,
estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do
patrimônio transferido;

Presunção de inocência ou da não culpabilidade: art. 5°, LVII, CF

LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença


penal condenatória;

Individualização da pena: art. 5°, XLVI, CF

XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as


seguintes:
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
Princípio da intervenção mínima: preconiza que a criminalização de uma conduta só se
legitima se constituir meio necessário para a prevenção de ataques contra bens jurídicos
importantes. Ademais, se outras formas de sanção ou outros meios de controle social
revelarem- se suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização é inadequada e não
recomendável

Indaga-se: o fato pode ser suficientemente reprimido por outros ramos do direito?

Caráter Fragmentário (princípio da fragmentariedade, dirigido ao LEGISLADOR): o Direito


Penal não existe para proteção de todo e qualquer bem jurídico, mas sim somente para
proteção daqueles bens jurídicos considerados mais importantes dentro da sociedade.

Indaga-se: o bem jurídico está entre os mais importantes a ponto de receber a tutela penal?

Caráter Subsidiário (princípio da subsidiariedade, dirigido ao OPERADOR DO DIREITO): se,


no caso concreto, o problema puder ser equacionado por outro ramo do direito, deve-se afastar
o Direito Penal.

Indaga-se: no caso concreto, pode se afastar a aplicação do Direito Penal sem prejudicar a
repressão ao fato?
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
Exemplo de aplicação da subsidiariedade penal:

“O paciente foi denunciado porque se constatou, em imóvel de sua


propriedade, suposta subtração de água mediante ligação direta
com a rede da concessionária do serviço público. Anote-se que, à
época dos fatos, ele não residia no imóvel, mas quitou o respectivo
débito. Dessarte, é aplicável o princípio da subsidiariedade, pelo
qual a intervenção penal só é admissível quando os outros ramos
do Direito não conseguem bem solucionar os conflitos sociais. Daí
que, na hipótese, em que o ilícito toma contornos meramente
contratuais e tem equacionamento no plano civil, não está
justificada a persecução penal” (STJ, HC 197.601/RJ, rel. Min.
Maria Thereza de Assis Moura, 6.a Turma, j. 28.06.2011, noticiado
no Informativo 479).

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

(CESPE - TCE-PR - Auditor) Conforme o entendimento


doutrinário dominante relativamente ao princípio da
intervenção mínima, o direito penal somente deve ser
aplicado quando as demais esferas de controle não se
revelarem eficazes para garantir a paz social. Decorrem de
tal princípio a fragmentariedade e o caráter subsidiário do
direito penal.

• GABARITO: CERTO
(FCC - TJ-MS - Juiz) O princípio de intervenção mínima do
Direito Penal encontra expressão nos princípios da
fragmentariedade e da subsidiariedade.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
(FCC - DPE-PR - Defensor Público) O princípio da intervenção mínima
no Direito Penal encontra reflexo nos princípios da subsidiariedade e da
fragmentariedade.

• GABARITO: CERTO

(PC-SP - PC-SP - Delegado de Polícia) A ideia de que o Direito Penal,


deve tutelar os valores considerados imprescindíveis para a sociedade, e
não todos os bens jurídicos, sintetiza o princípio da fragmentariedade.

• GABARITO: CERTO

(FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) O princípio da intervenção


mínima abrange os princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
Princípio da alteridade ou exteorização do fato: o Direito Penal
somente pode criminalizar condutas que produzam ou possam
produzir lesões a bens jurídicos alheios. Comportamentos que
prejudiquem exclusivamente bens jurídicos próprios devem ser
considerados irrelevantes penais.

EXEMPLO: o Direito Penal não tipificou como crime as condutas


de autoflagelação, a autolesão, a tentativa de suicídio, o uso de
droga etc.

Cuidado: algumas bancas (como CESPE, por exemplo) o


consideram como sinônimo do princípio da lesividade.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

(FGV - TJ-AM - Analista Judiciário - Direito) O princípio da


alteridade permite a punição do agente por conduta sem condições
de atingir direito de terceiros.

• GABARITO: ERRADO

(CESPE - TCE-PR - Auditor) Dado o princípio da alteridade, a


atitude meramente interna do agente não pode ser incriminada,
razão pela qual não se pune a cogitação.

• GABARITO: CERTO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


(CESPE - TJ-PB - Juiz Substituto) Depreende-se do princípio da lesividade que a
autolesão, via de regra, não é punível.

• GABARITO: CERTO

(MPE/BA - MPE/BA - PROMOTOR) A assertiva de que ninguém pode ser punido pelo
que pensa ou pelo modo de viver reflete o princípio da exteriorização do fato em
direito penal.

• GABARITO: CERTO

(CESPE - TJDFT - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E REGISTROS) Aplicado no


direito penal brasileiro, o princípio da alteridade assinala que, para haver crime, a
conduta humana deve colocar em risco ou lesar bens de terceiros, e é proibida a
incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Princípio da ofensividade: somente podem ser criminalizadas
condutas que provoquem lesão ao bem jurídico ou, ao menos,
exponham-no a perigo.

Cuidado: algumas bancas (como FUNDATEC, por exemplo) o


consideram como sinônimo do princípio da lesividade.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Crime de dano: são aqueles cuja consumação somente se
produz com a efetiva lesão do bem jurídico. Como exemplos
podem ser lembrados os crimes de homicídio (CP, art. 121),
lesões corporais (CP, art. 129) e dano (CP, art. 163).

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Crimes de perigo: são aqueles que se consumam com a mera
exposição do bem jurídico penalmente tutelado a uma situação de
perigo, ou seja, basta a probabilidade de dano. Subdividem-se em:

• a) crimes de perigo abstrato, presumido ou de simples desobediência:


consumam-se com a prática da conduta, automaticamente. Não se
exige a comprovação da produção da situação de perigo. Ao contrário,
há presunção absoluta (juris et de jure) de que determinadas condutas
acarretam perigo a bens jurídicos. É o caso do tráfico de drogas (Lei
11.343/2006, art. 33, caput), assim como os crimes de porte ilegal de
arma de fogo (arts. 14 e 16 da Lei 10.826/03).

• Obs: embora haja controvérsia, prevalece que os crimes de perigo


abstrato são constitucionais.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• b) crimes de perigo concreto: consumam-se com a efetiva
comprovação, no caso concreto, da ocorrência da situação de
perigo.

• Exemplo (no CTB):

• Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a devida


Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o
direito de dirigir, gerando perigo de dano:

• Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

(CESPE - TJ-RR - Titular de Serviços de Notas e de Registros)


Decorre do princípio da ofensividade a vedação ao legislador de
criminalizar condutas que causem potencial lesão a bem jurídico
relevante.

• GABARITO: ERRADO

(FCC - MP/PE - TÉCNICO) Não há crime sem lesão efetiva ou


ameaça concreta ao bem jurídico tutelado. Tal enunciado refere-se
ao princípio da ofensividade.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
(FUNDATEC - PC/RS - ESCRIVÃO) O princípio da ofensividade ou
lesividade (nullum crimen sine iniuria) não exige que do fato praticado
ocorra lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico tutelado.

GABARITO: ERRADO

(CESPE - TJ/BA - JUIZ) O princípio da ofensividade, segundo o qual não


há crime sem lesão efetiva ou concreta ao bem jurídico tutelado, não
permite que o ordenamento jurídico preveja crimes de perigo abstrato.

GABARITO: ERRADO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, CF/88).

• “XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará,


• entre outras, as seguintes...”

• Individualização legislativa;

• Individualização judicial;

• Individualização administrativa;

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (CESPE - TCE-PR - Auditor) Do princípio da individualização da pena decorre a exigência


de que a dosimetria obedeça ao perfil do sentenciado, não havendo correlação do referido
princípio com a atividade legislativa incriminadora, isto é, com a feitura de normas penais
incriminadoras.

• GABARITO: ERRADO

• (IBADE - SEJUDH - MT - Advogado) Segundo o art.5°da Lei de Execução Penal, os


condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para
orientar a individualização da execução penal, tratando-se, destarte, do princípio da
individualização da pena.

• GABARITO: CERTO

• (FAPEMS - PC-MS - Delegado de Polícia) Não se aplica o princípio da individualização da


pena na fase da execução penal.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Princípio da proporcionalidade (razoabilidade, convivência
das liberdades públicas).

• Deve haver correspondência entre a gravidade do ilícito


praticado e a resposta estatal a ele ser imposta.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Proibição ao excesso (Art. 273, CP) (HC 239.363/PR, Corte
Especial, STJ, 26.02.2015).

• Exemplo:

• Configurar, como tráfico de drogas, conduta de quem está portando


droga para consumo pessoal.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Proibição à proteção deficiente.

• Exemplo:

• Criação da Lei Maria da Penha.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (FCC - MPE-SE - Técnico Administrativo) Conta-se que o rei grego


Drácon, na Antiguidade, exatamente por não dispor de nada ainda mais
grave, mandava punir indistintamente todos os criminosos com a pena
de morte. Daí, portanto, o adjetivo draconiano a um direito penal assim
severo. À vista disso, já com o repertório da modernidade penal,
poderíamos criticar Drácon por não observar a ideia de
proporcionalidade.

• GABARITO: CERTO

• (CESPE - MPE-AC - Promotor de Justiça) Uma das vertentes do


princípio da proporcionalidade é a proibição de proteção deficiente, por
meio da qual se busca impedir um direito fundamental de ser
deficientemente protegido, seja mediante a eliminação de figuras típicas,
seja pela cominação de penas inferiores à importância exigida pelo bem
que se quer proteger.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• (FCC - TRF - 3ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária)
Dentre as ideias estruturantes ou princípios abaixo, todos
especialmente importantes ao direito penal brasileiro, NÃO tem
expressa e literal disposição constitucional o da

• a) legalidade
• b) proporcionalidade.
• c) individualização.
• d) pessoalidade.
• e) dignidade humana.

• (CESPE - MPE-PI - Promotor de Justiça) O legislador, ao considerar


o gênero da vítima, utilizando o sexo como critério de diferenciação,
para criar, à luz do princípio da igualdade, mecanismos para coibir e
prevenir a violência doméstica contra a mulher, pautou-se pelo
princípio da proibição de proteção insuficiente dos direitos
fundamentais.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Princípio da humanidade (decorre da dignidade da pessoa
humana, artigo 1º, III, CF/88).

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (FCC - DPE-MA - Defensor Público) A proscrição de penas cruéis e infamantes, a proibição de


tortura e maus-tratos nos interrogatórios policiais e a obrigação imposta ao Estado de dotar sua
infraestrutura carcerária de meios e recursos que impeçam a degradação e a ressocialização dos
condenados são desdobramentos do princípio da humanidade.

• GABARITO: CERTO

• (IBFC - PC-RJ - Oficial de Cartório) O princípio da humanidade consubstancia-se na ideia de que o


direito penal deve pautar-se na benevolência, de forma a tratar dignamente aquele que comete um
fato delituoso, visto que, apesar de ter infringido a norma penal, é pessoa humana como qualquer
outra. Sendo assim, podemos afirmar corretamente que a pena de morte confronta o princípio da
humanidade, sendo vedada no ordenamento jurídico brasileiro de forma absoluta.

• GABARITO: ERRADO

• (CESPE - TJ/CE - Juiz) O princípio da humanidade assegura o respeito à integridade física e moral
do preso na medida em que motiva a vedação constitucional de pena de morte e de prisão
perpétua.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Princípio da pessoalidade, responsabilidade pessoal ou
intranscendência da pena (art. 5º, XLV, CF/88).

• “Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a


obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de
bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra
eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;”

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (CESPE - TJ-MA - Juiz) A obrigação de pagar a quantia em dinheiro determinada


na pena de multa é transmissível aos herdeiros do condenado.

• GABARITO: ERRADO

• (FAURGS - TJ-RS - Assessor Judiciário) O princípio da pessoalidade da pena


impede que a responsabilidade pela indenização do prejuízo que foi causado
pelo autor do crime seja estendida aos seus herdeiros.

• GABARITO: ERRADO

• (CESPE - TJ/CE - JUIZ) O princípio da responsabilidade pessoal impede que os


familiares do condenado sofram os efeitos da condenação de ressarcimento de
dano causado pela prática do crime.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• (CESPE - TRT - 8ª Região (PA e AP) Por ser uma pena pecuniária, a multa pode
ser, nos termos da lei, estendida aos sucessores e contra eles executada, até o
limite do valor do patrimônio transferido.

• GABARITO: ERRADO

• (FUMARC - PC/MG - DELEGADO) A responsabilidade pela indenização do


prejuízo que foi causado pelo crime imputado ao agente não pode ser estendida
aos seus herdeiros sem que haja violação do princípio da personalidade da pena.

• GABARITO: ERRADO

• (CESPE - PC/SE - DELEGADO) O princípio da individualização da pena


determina que nenhuma pena passará da pessoa do condenado, razão pela qual
as sanções relativas à restrição de liberdade não alcançarão parentes do autor do
delito.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Princípio da responsabilidade penal subjetiva.

• Ninguém pode ser punido criminalmente sem que tenha agido


com dolo ou culpa. É vedada, portanto, a responsabilidade
penal objetiva.

• Exemplo: a gestante que não sabe que está grávida de gêmeos


e ingere intencionalmente medicamento abortivo responde por
crime único de aborto, pois não tem dolo de cometer dois
crimes de aborto, mas apenas um.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

(FCC- DPE/RS - DEFENSOR PÚBLICO) Arquimedes dirigia seu caminhão à noite,


por uma estrada de serra, com muitas curvas, péssima sinalização e sob forte chuva.
Ele estava sonolento e apenas aguardava o próximo posto de combustíveis para
estacionar e dormir. Motorista experiente que era, observava as regras de tráfego no
local, imprimindo ao veículo a velocidade permitida no trecho. Entretanto, a 50 Km do
posto de combustíveis mais próximo, após uma curva, Arquimedes assustou-se com
um vulto que de súbito adentrou a via, imediatamente acionando os freios, sem,
contudo, evitar o choque. Inicialmente, pensou tratar-se de um animal, mas quando
desembarcou do veículo, pôde constatar que se tratava de um homem. Desesperado
ao vê-lo perdendo muito sangue, Arquimedes logo acionou o serviço de socorro e
emergências médicas, que chegou rapidamente ao local, constatando o óbito do
homem em cujo bolso foi encontrado um bilhete de despedida. Era um suicida. Da
leitura do enunciado, pode-se afirmar que a conduta de Arquimedes não reúne os
elementos necessários à configuração do fato como crime.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Princípio da coculpabilidade.

• O estado, ante sua promoção de desigualdade social e


econômica, também é responsável pela prática de
determinados delitos.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (FAURGS - TJ/RS - ASSESSOR) O princípio da


coculpabilidade reconhece que o Estado também é
responsável pelo cometimento de determinados delitos em
razão das desigualdades sociais e econômicas. Tal
circunstância pode ser considerada na dosimetria da pena,
uma vez que o Código Penal prevê, no art. 66, uma atenuante
inominada.

• GABARITO: CERTO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Princípio do ne bis in idem (art. 8º, 4, pacto de São José da
Costa Rica)

• O agente não pode ser acusado, processado, condenado, mais


de uma vez por UM MESMO FATO dentro do MESMO RAMO
DO DIREITO.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (CESPE - PC-GO - Delegado de Polícia Substituto) É vedada


a imposição de multa por infração administrativa ambiental
cominada com multa a título de sanção penal pelo mesmo
fato motivador, por violação ao princípio do non bis in idem.

• GABARITO: ERRADO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Princípio da presunção de inocência.

• Ninguém poderá ser considerado culpado antes do trânsito em


julgado de sentença penal condenatória.

• O STF, quando do julgamento das ADCs 43, 44 e 54, firmou o


entendimento de que início de cumprimento de pena somente
pode se dar com a constatação de que o condenado é culpado e
esta constatação somente ocorre quando da condenação não
cabe mais qualquer tipo de recurso.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Judiciária) Em razão do princípio constitucional da


presunção de inocência, apenas condenações criminais transitadas em julgado podem justificar o
agravamento da pena base.

• GABARITO: CERTO

• (CESPE - TRF - 1ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto) A exigência da prisão provisória para apelar
não ofende a garantia da presunção de inocência.

• GABARITO: ERRADO

(FUNDATEC - PC-RS - Escrivão e de Inspetor de Polícia - Tarde) O princípio da presunção de


inocência (ou da não culpa) expresso na CF/1988 no artigo 5º, inciso LVII, determina que "ninguém
será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Destarte, não
é aceitável a decretação (excepcional) de uma prisão temporária ou preventiva sobre alguém sobre
o qual pairam indícios suficientes de autoria, mas que ainda não pode ser considerado culpado.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE DO FATO.

• Os tipos penais devem definir comportamentos humanos


(fatos), sendo vedada a incriminação exclusivamente em razão
de condições pessoais.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Princípio da Legalidade (art. 5º, XXXIX, CF/88).

Art. 1º, CPB:

“Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem
prévia cominação legal”

Também abarca as contravenções penais e as medidas de


segurança?

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em concurso público?

(CONSULPLAN- TJ-MG - JUIZ) O princípio da legalidade tem


âmbito de aplicação mais abrangente do que indica o teor
literal da lei, pois abrange crimes e contravenções penais, além
de penas e medidas de segurança.

• GABARITO: CERTO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• DESDOBRAMENTOS:

• Não há crime sem lei (lei formal, reserva legal);


• Não há crime sem lei anterior (anterioridade);
• Não há crime sem lei escrita;
• Não há crime sem lei estrita;
• Não há crime sem lei certa (taxatividade).

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Não há crime sem lei (lei formal, reserva legal, estrita
legalidade): somente pode falar sobre Direito Penal uma LEI
em sentido FORMAL, ou seja, que tenha passado por todo o
processo legislativo (art. 61, CPB).

• Espécies normativas que são consideradas leis em sentido


material mas não em sentido formal não podem falar sobre
Direito Penal. Exemplos: medida provisória e lei delegada.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (IBFC - PC-RJ - Oficial de Cartório) O princípio da reserva legal


constitui-se na garantia individual de que o poder de punir do Estado
em matéria penal será exercido nos limites da norma positivada,
permitindo a criação de tipos penais incriminadores e a instituição de
penas por intermédio de Lei em sentido estrito, entendida esta como
a espécie normativa aprovada em regular processo legislativo levado
a efeito no âmbito do Poder Legislativo.

• GABARITO: CERTO

• (MPE-MT - MPE-MT - Promotor de Justiça) Em caso de relevância e


urgência, é possível a edição de Medida Provisória em matéria
penal, desde que em benefício do réu.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• (CESPE - PRF) O presidente da República, em caso de extrema relevância e
urgência, pode editar medida provisória para agravar a pena de determinado
crime, desde que a aplicação da pena agravada ocorra somente após a
aprovação da medida pelo Congresso Nacional.

• GABARITO: ERRADO

• (VUNESP - TJ-SP - Titular de Serviços de Notas e de Registros – Provimento)


Pode-se afirmar que o princípio da legalidade torna possível à medida provisória
e lei delegada definirem crimes, criando tipos e impondo penas, desde que a
exceção esteja prevista na Constituição Federal.

• GABARITO: ERRADO

• (CESPE - PC/SE - DELEGADO) Em razão do princípio da legalidade penal, a


tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em sentido
material, não se exigindo, em regra, a lei em sentido formal.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Não há crime sem lei anterior (anterioridade);

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (VUNESP - PC-BA - Investigador) A lei penal incriminadora


somente pode ser aplicada a um fato concreto desde que
tenha tido origem antes da prática da conduta. Em situações
temporárias e excepcionais, no entanto, admite-se a
mitigação do princípio da anterioridade.

• GABARITO: ERRADO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Não há crime sem lei escrita;

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (MPE-GO - MPE-GO - Promotor de Justiça) Com relação ao crime de furto praticado


durante o repouso noturno (art. 155, § 1º, do Código Penal) para se definir o conceito
de "repouso noturno", é totalmente irrelevante levar em consideração os costumes de
uma determinada localidade.

• GABARITO: ERRADO

• (UFMT - TJ-MT - Distribuidor) Os costumes podem servir como fontes de agravamento


de pena ou de criação de infrações penais.

• GABARITO: ERRADO

• (VUNESP - PC-BA - Investigador) Uma das funções do princípio da legalidade é


permitir a criação de crimes e penas pelos usos e costumes.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Não há crime sem lei estrita;

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador


Federal) Em se tratando de direito penal, admite-se a analogia
quando existir efetiva lacuna a ser preenchida e sua aplicação for
favorável ao réu. Constitui exemplo de analogia a aplicação ao
companheiro em união estável da regra que isenta de pena o
cônjuge que subtrai bem pertencente ao outro cônjuge, na
constância da sociedade conjugal.

• GABARITO: CERTO

(FCC - MPE-AM - Agente Técnico - Jurídico) O uso da analogia para


punir alguém por ato não previsto expressamente em lei, mas
semelhante a outro por ela definido, é vedado, por importar em
violação do princípio da legalidade.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
(CESPE - TJ-DFT - Analista Judiciário - Oficial de
Justiça Avaliador) Pela analogia, meio de
interpretação extensiva, busca-se alcançar o sentido
exato do texto de lei obscura ou incerta, admitindo-
se, em matéria penal, apenas a analogia in bonam
partem.

• GABARITO: ERRADO

(CESPE - PC-GO - Agente de Polícia Substituto) Em


razão do princípio da legalidade, a analogia não
pode ser usada em matéria penal.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• (FCC - Prefeitura de Teresina – PI - Auditor Fiscal
da Receita Municipal) O emprego da analogia para
estabelecer sanções criminais é admissível no
Direito Penal.

• GABARITO: ERRADO

• (IBEG - Prefeitura de Teixeira de Freitas - BA -


Procurador Municipal) O princípio da legalidade
veda o uso da analogia in malam partem, e a
criação de crimes e penas pelos costumes.

• GABARITO: CERTO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Não há crime sem lei certa (taxatividade): tem por finalidade
conferir eficácia ao princípio da legalidade, vedando a
aprovação de leis que contenham tipos penais vagos, com
conteúdo impreciso, indeterminado. É necessário, portanto, que
a lei penal tipifique a conduta ilícita de forma taxativa, vale dizer,
descrevendo de maneira clara e exata em que consiste o crime.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (FCC - TCE-SP - Procurador) O princípio constitucional da legalidade em matéria penal


exige a taxatividade da lei incriminadora, admitindo, em certas situações, o emprego da
analogia.

• GABARITO: CERTO

• (VUNESP - PC-BA - Investigador) Desdobramento do princípio da legalidade é o da


taxatividade, que impede a edição de tipos penais genéricos e indeterminados.

• GABARITO: CERTO

• (CESPE - TJ/BA - JUIZ) O princípio da taxatividade, ou do mandado de certeza,


preconiza que a lei penal seja concreta e determinada em seu conteúdo, sendo vedados
os tipos penais abertos.

• GABARITO: ERRADO
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
Norma Penal em branco: o tipo penal, para ter aplicação necessita
de complemento em seu preceito primário (descrição da conduta).
Este complemento pode ser de lei ou de ato infralegal.

a) Heterogênea, própria, ou em sentido estrito;


Ex: Crimes envoltos à lei de drogas.

a) Homogênea, imprópria, ou em sentido amplo;

b.1) Homogênea homovitelina


Ex: Art. 312, CPB.

b.2) Homogênea heterovitelina


Ex: Art. 236, CPB.
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
Peculato

Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro


bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo,
em proveito próprio ou alheio:

Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.

Induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento

Art. 236 - Contrair casamento, induzindo em erro essencial o outro contraente, ou


ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior:

Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Parágrafo único - A ação penal depende de queixa do contraente enganado e não


pode ser intentada senão depois de transitar em julgado a sentença que, por motivo de
erro ou impedimento, anule o casamento.
Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06
• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (CESPE - TRE-MT - Analista Judiciário - Judiciária) Configura lei


penal em branco em sentido estrito o artigo do Código Penal, que
estabelece como criminosa a conduta de casar-se mesmo
conhecendo existir impedimento que acarrete a nulidade absoluta do
casamento.

• GABARITO: ERRADO

• (FAURGS - TJ/RS - ASSESSOR) O uso da norma penal em branco


heterogênea constitui situação de violação ao princípio da legalidade.

• GABARITO: ERRADO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Lei penal em branco ao avesso (imperfeita, ao revés ou
secundariamente remetida): o tipo penal, para ter aplicação
necessita de complemento em seu preceito secundário
(descrição da pena). Este complemento somente pode ser
através de lei estrita.

• Ex. Art. 304, CP.

• Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou


alterados, a que se referem os arts. 297 a 302:

• Pena - a cominada à falsificação ou à alteração.

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06


• Como isto já foi cobrado em Concurso Público?

• (FMP - DPE-PA - Defensor Público Substituto) No crime de uso de documento falso, o Código
Penal brasileiro emprega a técnica de leis penais em branco ao revés, isto é, daquelas leis
penais que remetem a outras normas incriminadoras para especificação da pena.

• GABARITO: CERTO

• (CESPE- DPE-MA - Defensor Público) Na norma penal em branco ao avesso, o preceito


secundário fica a cargo de norma complementar, que, de acordo com o ordenamento jurídico
brasileiro, pode ser legal ou infralegal.

• GABARITO: ERRADO

• (FUNDEP- MPE/MG - PROMOTOR) Norma penal em branco ao revés (ou invertida) é aquela
em que a complementação se dá no preceito sancionador e não no mandamento proibitivo.

• GABARITO: CERTO

Lara Sousa Silva - larasousasilva@unipam.edu.br - CPF: 106.362.866-06

Você também pode gostar