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PRINCIPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA

Não tem previsão expressa na constituição, ele tem uma relação direta com a política criminal.
Tendo também uma relação muito próxima com o principio da proporcionalidade.

O principio da intervenção mínima se desdobra em 2 outros, importantíssimos:

Subsidiariedade = o direito penal, por ser conter medidas mais severas, é utilizado em
situações excepcionais, de especial gravidade. Ele não regula todos os problemas da
sociedade. Então o princípio da subsidiariedade é uma materialização dessa ideia geral de
intervenção mínima.

Sendo assim, percebemos que o direito penal não é homogêneo mas fragmentário, ou seja,
ele não trata de forma homogênea, integral. EX: proteção ao patrimônio, em uma batida,
amassa um pouco o carro, de forma culposa, não é o direito penal quem vai cuidar dessa
relação, mas o direito civil.

Contudo, hoje, o direito penal caminha para um alargamento de sua abrangência, oposto do
que apregoa o principio da intervenção mínima. E a isto, a este fenômeno, é atribuído duas
causas:

Administrativização do direito penal = modificação da estrutura e do conteúdo material dos


tipos penais, transição do modelo de delitos de lesão para delitos de perigo abstrato contra
bens transindividuais e direito penal da prevenção, ou seja, da gestão punitiva de riscos gerais,
uma aproximação com o direito administrativo sancionador.

Com a administrativização do direito penal, foi desenvolvido os chamados delitos de


acumulação que são os pensados para proteger os bens transindividuais, o que interesse neste
caso não é a lesão concreta causada pela conduta, mas sim a possibilidade da repetição
daquelas condutas, por acumulação, gerar uma situação perigosa.

FONTES (de onde ele é extraído) DO PRINCIPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA:

ORDENAMENTO INTERNO: art 1º, III, CF INTERNACIONAL: art 8º da Declaração de


Direitos do Homem e do Cidadão
Princípio penal constitucional implícito e é Orientação protetiva de direitos humanos e
uma orientação político criminal. garantidora das liberdades individuais frente
ao Estado.

Algumas vertentes, subprincípios decorrentes da intervenção mínima:

 Lesividade ou ofensividade: também sendo um limitador ao poder de punir, exige a


lesão relevante a um bem jurídico de terceiro. Desta forma, para garantir a efetivação
da intervenção mínima, ele orientará que sejam excluídas da apreciação do direito
penal todas as condutas que não se mostrem, em concreto, aptas a ofenderem de
maneira intolerável um bem jurídico tutelado pela norma penal.
 Necessidade: autoexplicativo.
 Idoneidade: este principio orientará no sentido da invalidade de proibições inidôneas,
inadequadas, para que se alcance de maneira minimamente eficaz e compatível com o
ordenamento jurídico, os fins aos quais se destinam. Serve também como um critério
de racionalização no processo criminalizante na etapa legislativa. Parte relevante da
doutrina, MAS MINORITÁRIA, entendem que serve ainda para critério de controle de
constitucionalidade do processo legislativo de edição de leis penais, num controle
preventivo. Nas provas objetivas adotar apenas como controle repressivo de
constitucionalidade.
 Parei na letra D e-book

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