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ATIVIDADE PRÁTICA
PROGRAMA DE ESTUDOS:
Data: 26/06/2022
1. A premissa exposta de que atos ilegais em detrimento dos atos legais causam um
maior benefício econômico, social e de tempo, justifica os atos de criminalidade
em uma sociedade?
RESPOSTA:
Dessa forma, entendo que os atos de criminalidade numa sociedade não são
justificados pelos benefícios, mas sim são freados por causa dos custos.
RESPOSTA:
Entretanto, a política de punir não está sendo aplicada da maneira com que se
apregoa o discurso. Podemos afirmar, com enorme convicção, que não adianta punir o
crime enquanto não educar os membros da sociedade, para que possam entender o
que é moralmente certo e errado dentro de uma relação de coexistência social.
Vejamos o que afere CESARE BECCARIA:
É melhor prevenir os crimes do que ter de puni-los. O meio mais
seguro, mas ao mesmo tempo mais difícil de tornar os homens
menos inclinados a praticar o mal, é aperfeiçoar a educação. 4
Porém, o próprio Estado não tem interesse em educar a massa, pois prefere
continuar a promover o status de garantidor. Assim, é mais fácil os governantes se
manterem no poder. Quanto menor é a instrução do cidadão, mais fácil é realizar sua
manipulação.
RESPOSTA:
3
BARATTA, Alessandro. Criminologia Crítica e Crítica do Direito Penal. 3. ed. Rio de Janeiro: Revan, 2002,
p. 42.
4
BECCARIA, Cesare. Dos Delitos e das Penas. e-book. edição eletrônica:
http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/delitosB.html. 2002.
terminologias diversas) apresentou novas leituras dos fenômenos sociais criminais a
partir de fundamentos da Economia.
Assim, para reduzir a criminalidade, evidencia-se que uma sanção penal ótima
se apresenta possível, quando da redução dos custos para o Estado e no aumento da
dissuasão do individuo na atividade criminosa, através da certeza da punição. A
Análise
5
SHAVELL, Steven. The Optimal Structure of Law Enforcement. Journal of Law and Economics, v. 6, n. 1,
Part 2 (Apr., 1993), p. 255-287.
6
Esse é o objetivo da literatura sobre a melhor aplicação da lei. A partir de Gary Becker (1968), centrou-
se no equilíbrio entre a probabilidade e a gravidade da punição como meio de conseguir uma aplicação
da lei eficiente. A principal contribuição desta literatura é fornecer uma teoria do comportamento
criminal e como os criminosos reagem aos incentivos. Mais em: BECKER, Gary. Crime and punishment:
an economic approach. Journal of Political Economy, n. 76, 1968. p. 169-217. Novas pesquisas
atualizadas recentes incluem N. Garoupa, “The Theory of Optimal Law Enforcement” (1997) 11 Journal
of Economic Surveys,267-296; Polinsky e S. Shavell, “The Economic Theory of Public Enforcement of
Law” (2000) 38 Journal of Economic Literature, 45-76; e A.M. Polinsky e S. Shavell, “Aplicação Pública de
Direito, incluindo
Direito penal”, Manual de Direito e Economia (Amsterdã: Elsevier, 2007). Quanto ao apoio empírico para
a hipótese de dissuasão, ver em S. Levitt e T. Miles, “Estudo empírico de punição criminal”, Manual de
Direito e Economia (Amsterdã: Elsevier, 2007).
7
PARETO, Vilfrido. Manual de economia política. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987.
8
DOMINGUES, Victor Hugo. Ótimo de Pareto. In: RIBEIRO, Marcia Carla Pereira; KLEIN, Vinicius (Coord.).
O que é análise econômica do direito: uma introdução. Belo Horizonte: Fórum, 2011, p. 40.
Econômica do Direito penal é a ferramenta propulsora para o estudo, demonstrando-
se
eficiente na presente investigação.
RESPOSTA:
O crime não pode compensar! Essa deve ser a premissa para o combate às
práticas ilegais. Então, o custo do crime deve ser sempre maior que seus benefícios, o
que acaba por responder à pergunta.
5. Entendendo que uma sanção ou sentença pode ser entendida como igual ao
preço na análise econômica do direito, você considera que maiores sanções nas
leis penais reduziriam a criminalidade ou só aumentariam os gastos públicos em
áreas como prisões, sistema prisional, a polícia, sistema judicial, sem quaisquer
efeitos positivos? Quais medidas você proporia?
RESPOSTA:
O crime não pode compensar! Essa deve ser a premissa para o combate às
práticas ilegais. Então, o custo do crime deve ser sempre maior que seus benefícios.
Nesse sentido, ainda que maiores sanções contribuam com a redução da
criminalidade, essa medida não sustentaria essa redução por muito tempo.
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Elisandro Lotin, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Leia mais em:
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/investimento-combate-violencia-brasil/Copyright © 2022,
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REFERÊNCIAS: