Estágio para solicitadores (2022)

Resolução do quinto estudo de caso

1.A) A habilitação de herdeiros é um meio de prova de quem sucede por falecimento do

de cujos. O conceito de sucessão prevê-se no artigo 2024º CC.

A prova da habilitação (artigo 83º CN – definição) pode ser solicitada de três formas,
judicial, notarial (por escritura publica) ou em processo especial (210 e ss do CPC).

Analisando a via extrajudicial, podemos concluir no DL 116/2008 de 04 de julho os

poderes que estão em posse do solicitador. Desta forma podemos constatar que por via
notarial o solicitador não dispõe de poderes para praticar a habilitação de herdeiros por
escritura publica.

Os pressupostos da habilitação notarial estão presentes nos artigos 82º a 88º do CN e é

necessário para a sua elaboração a prova por três testemunhas ou pelo cabeça de casal
(artigo 2080º CC).

Os documentos necessários para solicitar a habilitação de herdeiros são a certidão

narraria de óbito do autor da herança, certidões do registo civil justificativas da sucessão
legitima ou legitimaria que diz a qualidade de herdeiros, certidão de teor do testamento
ou escritura de doação por morte.

A habilitação pode ser solicitada também em processo simplificado, cujo é realizado na

conservatória.

B) O contrato promessa esta representado no artigo 410 e 413º do CC. Este pressupõe
de uma obrigação de prestações de fato positivo, é apenas obrigacional (artigo 406º
n2CC), onde para ter efeitos para com terceiros seria necessário que o mesmo estivesse
eficácia real através de uma declaração expressa, sobre a forma de DPA e registado.

Os documentos necessários para a elaboração do contrato promessa são o certificado

da licença de utilização (reconhecida presencialmente) artigo 40º n3 CC.

2-A) A procuração é um ato que é feito de forma volutaria através de outrem (artigo
262º CC – Conceito).

3-A) O comportamento do solicitador Luis, conforme podemos observar o estatuto da

camara dos soltadores e agentes de execução (Artigo 102º e 1003º do EOSAE) termos
de verificar primeiramente em analise as incompatibilidades que o solicitador pode ter
numa fase inicial na preparação da habilitação e no contrato de promessa. Uma vez que
primeiramente ele foi procurado pelas duas partes comprador e vendedor, e neste

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sentido apenas uma parte foi solicitar-lhe o seu serviço, logo estamos presentes um
conflito de interesses. Assim terá de recusar uma vez que podemos estar presentes uma
situação de conflito de interesses, neste sentido tendo duvidas acerca da mesma, o
solicitador pode solicitar esclarecimentos ao respetivo colégio, para evidenciar se esta
mesmo impedido de praticar o ato. (artigos 103 e 143 do EOSAE e o artigo 21º e 119 e
3º do CDOSAE).

4-A) o artigo 2 do CDOSAE juntamente com o artigo 21, 4º nº1 e 121 do COSAE.

O solicitador deve primeiramente antes de aceitar qualquer trabalho diligenciar pelo

pagamento de despesas e honorários ao seu colega solicitador anteriormente
designador para a referida. Se tiver dúvidas pode providenciar pela informação dos
mesmos junto do solicitador, de forma a não se opor e solicitar o processo ao colega,
(senão pagar estamos presentes o pressuposto de laudos).

Uma vez que o solicitador não deve assumir as rédeas de um processo em que tenha
pertencido a outro colega sem serem pagas as despesas e os honorários, onde estamos
presentes o pressuposto da solidariedade entre colegas, conforme refere o artigo 124
n2 e) do ESOAE.

b) O artigo 24º do DL 116/2008 de 04 de Julho Representa os pressupostos a ter em

conta. Tais como assegurar o cumprimento fiscal (Artigo 25º), bem como o arquivo dos
documentos (Artigo 4º n1 da portaria 1535/2008 de 30 de dezembro e o deposito
eletrónico bem como o preenchimento do modelo 1 de IMI.

A redação deve respeitar as normas conclusas no artigo 150º n2 do CN, onde é

constituído por um documento particular, que pode ser elaborado pelas partes e
assinado apenas por elas ou por sua vez quando as mesmas solicitem, ou quando o
solicitador verifica que pode ser modificado o mesmo, seja feito por ele. O termo de
autenticação é o documento onde o solicitador assina. No entanto relativamente a
competência territorial, podemos referir no artigo 7º nº1 CN, que o solicitador tem
poderes para praticar atos em todo o território português.

Em relação ao DPA, este é lavrado no próprio documento ou numa folha anexa (artigo
36º n3 CN). Desta forma podemos concluir que o documento particular + autenticação
é apenas um documento. A cor deve ser preta conferem refere o artigo 39º n1 CN e as
folhas devem ser brancas, de forma a conservar a durabilidade do documento. No
entanto, este pode ser elaborado tanto manualmente, como gráfico ou a máquina de
escrever (artigos 40º CN), em relação as abreviaturas e as rasuras verificamos os
pressupostos dos artigos 40º n4 CN.

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O título do ato pode ser o que acharmos mais apropriado conforme refere o artigo 46º
CN e 48º CN.

Em relação aos documentos primeiramente temos de verificar a identificação das partes

(artigo 54º nº9 e n1 CN).

Bem como a licença de utilização quando estivermos presentes um prédio contruído

antes do ano 1951. Onde a sua prova de inscrição é dispensada através do
preenchimento da matriz ou certificado camarário que prove o mesmo.

A ficha técnica de habitação conforme refere o DL 68/2004 de 5 de Marco.

O certificado energético (DL118/2013 de 2’0 de agosto)

E por fim o deposito eletrónico do DPA bem como dos documentos que o acompanham,
através dpo portal do ROAS conforme refere a portaria 1535/0208 e no predial online.

5-A) Nesta questão estamos presentes os pressupostos no âmbito do segredo

profissional (artigo 195ºCP), onde este se prevê sempre defesa e não pode ser quebrado
(artigos 135º CPP e 417º nº4 CPPC).

No Artigo 417º CPC podemos verificar que o mesmo só pode ser quebrado quando
solicitado ordem ao bastonário. (artigo 18COSAE e 3º, 181º do EOSAE)

A violação do segredo profissional da lugar a um processo disciplinar. Neste sentido o

que faria sentido seria fazer seria um pedido dirigido ao bastonário da osae e aguardar
pela decisão do mesmo.

Carina Gameiro Nº140

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