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Introdução ......................................................................................................................................2
Conceito ......................................................................................................................................... 2
Regime jurídico ...............................................................................................................................2
Espécies ..........................................................................................................................................3
Pressupostos .................................................................................................................................. 3
Requisitos .......................................................................................................................................4
Notificação ..................................................................................................................................... 7
Anuência e impugnação ................................................................................................................. 8
Qualificação do registro ............................................................................................................... 10
Efeitos registrais ...........................................................................................................................11
Emolumentos ............................................................................................................................... 13
Jurisprudência: ............................................................................................................................. 14
Adjudicação x Usucapião ..............................................................................................................15
Comentários ao Provimento nº 150/2023 do
CNJ - Adjudicação Compulsória
Introdução
Conceito
A jurisprudência do STJ fixou-se no sentido de ser um direito potestativo, mas para cujo
exercício a lei não previu prazo decadencial especial, de modo que prevalece a regra geral
da inesgotabilidade ou da perpetuidade. Nessa linha, o pedido de adjudicação
compulsória, quando preenchidos os requisitos da medida, poderia ser realizado a
qualquer tempo (nesse sentido, o REsp 1.216.568-MG).
Regime jurídico
Espécies
Pressupostos
Requisitos
Legitimados
Cumulatividade
O requerente poderá cumular pedidos referentes a imóveis diversos, desde que atenda
aos seguintes requisitos, cumulativamente (art. 440-D):
III – da cumulação não resulte prejuízo ou dificuldade para o bom andamento do processo.
Competência/Atribuição
Além disso, admite-se o processo de adjudicação ainda que ausentes alguns elementos de
especialidade (objetiva ou subjetiva), mas desde que haja segurança quanto à
identificação do imóvel e dos proprietários descritos no registro (art. 440-E, §2º).
Ata Notarial
O tabelião de notas, além de indicar que a ata não possui valor de título de propriedade,
deverá orientar a parte a respeito da eventual inviabilidade da adjudicação extrajudicial,
bem como informar que a ata poderá ser aproveitada em processo judicial (art. 440-G,
§2º).
O art. 440-J do Código Nacional de Normas (incluído pelo Prov. 150/2023, CNJ) deu
poderes ao Oficial de Registro para fixar prazos preclusivos, determinando que a inércia
do requerente implica na extinção do procedimento extrajudicial.
Obs: o art. 440-M resolveu a polêmica a respeito da ata notarial, consignando que
ela é ANTERIOR ao procedimento registral, ou seja, é preexistente.
• Identificação do imóvel;
Essa exigência consta do art. 216-B, § 1º, inciso III, no qual se elenca, dentre os
documentos necessários para instruir o respectivo pedido, a “ata notarial lavrada por
tabelião de notas da qual constem a identificação do imóvel, o nome e a qualificação do
promitente comprador ou de seus sucessores constantes do contrato de promessa, a
prova do pagamento do respectivo preço e da caracterização do inadimplemento da
obrigação de outorgar ou receber o título de propriedade”.
Efeitos registrais
Sobre os aspectos tributários, o STF havia decidido em repercussão geral (Tema 1124) que
o fato gerador o ITBI somente ocorreria com a efetiva transferência da propriedade
imobiliária, que se dá mediante registro. Contudo, nos Embargos de Declaração julgados
em agosto de 2022, a questão da incidência do ITBI sem a transferência da propriedade
pelo registro imobiliário ficou novamente em aberto.
Por essas razões, havendo lei local criando a hipótese de incidência aqui tratada, não cabe
ao Oficial de Registro entender pela impossibilidade de tributação. Tal matéria deverá ser
discutida, se o caso, no campo jurisdicional.
Nem mesmo a tese fixada pelo Colendo Supremo Tribunal Federal, no julgamento do
Tema nº 1.124, com repercussão geral, altera essa situação. Isto porque, em 29 de agosto
de 2022, a referida Casa de Justiça acolheu, por maioria de votos, os embargos de
declaração opostos pelo Município de São Paulo, no Recurso Extraordinário com Agravo
(ARE 1294969)1, assim decidindo:
Aliás, cumpre anotar que, no título apresentado, não há decisão referentemente à isenção
do Imposto de Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis ITBI. Daí porque, à falta de
decisão judicial que exclua a incidência do referido imposto, nos termos da legislação
incidente, compete seu recolhimento. (CSMSP - APELAÇÃO CÍVEL: 1007258-
65.2020.8.26.0609, Rel. Fernando Antônio Torres Garcia, j. 29/06/2023, Dj. 12/09/2023).
Emolumentos
“Enquanto não for editada, no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, legislação acerca
de emolumentos para o processo de adjudicação compulsória extrajudicial, a elaboração
da ata notarial com valor econômico e o processamento do pedido pelo oficial de registro
de imóveis serão feitos na forma de cobrança da usucapião pela via extrajudicial,
ressalvados os atos de notificação e de registro.” (art. 440-AM, cap. V, do Prov. nº
149/2023 incluído pelo Prov. nº 150/2023).
Jurisprudência
Adjudicação x Usucapião