Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O espaço em que vivemos é o resultado da relação sociedade-natureza,através do trabalho. Noutras palavras, é o espaço
natural, transformado em constante reelaboração pelo trabalho humano, para entender às suas necessidades.
É, portanto, um ESPAÇO EM CONSTRUÇÃO.
Esta obra procura explicar o dinamismo do espaço geográfico denominado de Placas, ressaltando a sua história em seus
vários aspectos como a transformação de espaço natural em humano, evolução humana neste espaço e suas atribuições.
Esta obra pretende levar você a conhecer, entender melhor este espaço geográfico que na verdade é uma unidade do estado
do Pará que pôr sua vez é um UF do nosso grande país denominado de Brasil.
Esta sinopse da Historia e Geografia do Município de Placas – PA, objetiva estudar o Espaço Geográfico placaense, ou seja,
o espaço que o homem, objeto de estudo desta ciência humana chamada de geografia, ocupa: as formas de ocupação, os
meios usados, a interferência no meio natural, o impacto ambiental, a relação individual e coletiva de ambos os grupos
sociais diversos, espalhados pela superfície municipal, trilhando sempre as noções de DISTRIBUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO e
ORGANIZAÇÃO deste homem.
EPIGRAFE
“A vida não é feita de desejos e sim dos atos de cada um”
Paulo Coelho
INTRODUÇÃO
Não poderíamos iniciar a história deste município pertencente ao estado do Pará, que por sua vez integra a Região Norte que
está inserido na Amazônia Legal sem antes fazer uma análise introdutória esclarecedora da conjuntura política que
vivenciava nosso país na época de nascimento do que, posteriormente se tornou o hodierno município de Placas.
O embrião de Placas consta-se na construção da BR 230 (Transamazônica) na década de 1970 pelo Governo Militar de
Emilio Garrastazu Médici que imbuído pela aparente preocupação de invasão de nossas divisas nortistas quase que
desabitadas por tupiniquins (brasileiros) por países sul americanos (Venezuela, Colômbia, ...) planejou e concretou a
construção de uma mega rodovia que rasgou a Floresta Amazônica de leste para oeste, saindo do Nordeste e chegando até
o Amazonas, no extremo norte do país. Com uma campanha psicológica amplamente visualizada pela mídia da época onde o
slogan federal que objetivava atrair moradores do sul, sudeste, nordeste e centro-oeste de nosso país para colonizar a
Amazônia denominado (Homens sem TERRA para TERRA sem homens) ou ainda (Integrar para não Entregar) o Governo
Federal Militar (também conhecido por ser austero em suas decisões na suspensão de direitos humanos) o que levou a ser
chamado de Governo de Mãos de Ferro (Também chamado de Anos de Chumbo) iniciou a colonização dos estados nortistas
do Brasil com emigrantes oriundos de vários estados com ênfase para os gaúchos, paranaenses, baianos, maranhenses e
cearenses que abarrotaram as margens da desconhecida Transamazônica (com muita poeira no verão e lama no inverno
chuvoso do norte brasileiro).
Aqui justificamos para nossos leitores a inserção primária da história da ditadura brasileira nesta obra que focará a história do
município de Placas no estado do Pará, justificativa está validada pelo embrião se aportado no período militar tupiniquim.
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta
época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura
perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a
presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações
sociais. Estudantes, organização popular e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes
conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma
guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria. Este estilo
populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras
brasileiras, temiam um golpe comunista. Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido
Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia
e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava. No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na
Central do Brasil (Rio de Janeiro), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na
estrutura agrária, econômica e educacional do país. Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma
manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares
de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo. O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada
dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango
deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1
(AI-1). Este cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Médici. Seu governo é considerado o mais
duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política
de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão
artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou
exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna)
atua como centro de investigação e repressão do governo militar. Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no
Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares. A economia do país crescia rapidamente.
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia.
Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a
recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.
Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de
1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das
grandes cidades. Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover
ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do
DOI-Codiem São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante. Em 1978,
Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no
Brasil.
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista
Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros
exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba
são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba
explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de
linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado. Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no
país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB
passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista
(PDT). A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários
A Rodovia Transamazônica (BR-230), projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974)
sendo uma das chamadas "obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, realizadas pelo regime militar, é a
terceira maior rodovia do Brasil, com 2.300 km de comprimento, cortando os estados brasileiros do Piauí, Maranhão, Pará e
Amazonas, nasce na cidade de Cabedelo na Paraíba. É classificada como rodovia transversal. Em grande parte, a rodovia
não é pavimentada. Planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país, foi inaugurada em 30 de agosto de
1972. Inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil quilômetros de comprimento, conectando as
regiões Norte e Região Nordeste do Brasil com o Peru e o Equador, não sofreu maiores modificações desde sua
inauguração. Os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Alguma informação era
obtida apenas nas visitas ocasionais a algumas cidades próximas. O transporte geralmente era feito por pequenos aviões,
que usavam pistas precárias. Por não ser pavimentada, o trânsito na Rodovia Transamazônica é impraticável nas épocas de
chuva na região (entre outubro e março). O desmatamento em áreas próximas à rodovia é um sério problema criado por sua
construção.
Ao tomar posse como presidente do país, o general Emílio Garrastazu Médici (ditador de 1969 a 1974) prometeu conduzir o
Brasil "à plena democracia". O conduziu rapidamente, com punho de aço, para aqueles que foram chamados de "anos de
chumbo" de repressão brutal. Diz uma adocicada história oficial que, no dia 6 de junho de 1970, o presidente foi ao semiárido
Placas surgiu na década de 70, na época em que o nosso país vivenciava o Período Militar, citado em sinopse acima,
período este que os militares governavam o Brasil, onde os direitos civis foram abolidos, assolando a população através de
prisões, mortes e proibições absurdas. Em 30 de agosto de 1970, o então Presidente da Republica (o rigoroso militar) Emilio
Garrastazu Médici e seu influente ministro da fazenda Delfin Neto iniciaram a construção de uma nova rodovia federal, que
cortaria a Amazônia Legal objetivando a inserção de tupiniquins (brasileiros) nesta região onde até então era quase que
despovoada.
A rodovia fora batizada popularmente de Transamazônica (Trans de cortar de passar pela Amazônia) que foi semi-
inaugurada em 30 de agosto de 1972.
O projeto de construção da nova rodovia teve dois órgãos federais responsáveis diretamente, o Departamento Nacional de
Estradas e Rodagens – DNER (hoje DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e o Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – INCRA (assim chamado em tempos hodiernos) que se efetuou nesta
Dinâmica.
DNER: Foi o órgão federal responsável pela construção da Br 230 que terceirizou a construção, contratando empresas
privadas para tal, como Mendes Junior (construtora privada) que abriu a rodovia no sentido Leste-Oeste da Amazônia Legal,
ligando assim esta região despovoada, até então, ao Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
INCRA: Órgão federal responsável pela colonização da região amazônica, através da nova rodovia que aconteceu assim:
O projeto se constituía em dividir as margens da BR 230 em lotes de 100 hectares e doar a população que estava chegando
à região, atendendo o chamado “enganoso” do governo militar, que mostrava algo que não existia na Amazônia da época,
como por exemplo a BR 230 pavimentada. O interior era divido, também em lotes de 100 hectares que tinha acesso através
de vicinais ou rodovias verticais a BR 230. Após a inauguração desta rodovia, o Departamento Nacional de Estradas e
Rodagens (DNER) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) fixaram placas para a demarcação de
trechos (trecho é uma parte da rodovia BR 230 entre duas cidades existentes na época da construção da mesma Ex:
Marabá – Altamira ou Altamira Itaituba ) cidades como Novo Repartimento, Pacajá, Anapú, Brasil Novo, Medicilândia,
Uruará, Placas, Rurópolis só surgiram após a construção da citada rodovia, os órgãos federais acima mostrado, também
assentaram placas para demarcar reservas nas margens da BR 230 e em especial uma reserva no km 240 do trecho Altamira
x Itaituba, situada exatamente no meio do caminho destas duas cidades paraenses (reserva era a área separada pelo
1ª Gestão:
A primeira eleição municipal de Placas foi fervorosa com uma disputa acirrada entre os dois candidatos, o empresário
madeireiro Wilmar Ruchel e o funcionário público da Emater Osmildo Santiago (ambos até a data atual residem em Placas)
“Atualizado em 16/02/22”. As comunicações da época eram precárias, não tinha internet e o único meio de comunicação que
tinha era o posto da Telemar. A apuração dos votos era feita em Santarém, onde somava voto a voto impresso usado na
época da então urnas de lona. O resultado só foi conhecido de verdade dias após a eleição, tomou a vila por uma euforia
completa, com caminhadas pelas ruas, pois carros e motos eram raros na vila, para se ter uma carreata como dos dias
atuais. O prefeito eleito de Placas, Senhor Santiago foi aclamado na sua chegada de Santarém, isto dias após a eleição.
2ª Gestão:
A segunda eleição municipal de Placas, teve três chapas, ao contrário da primeira com duas chapas e mais acirrada. O então
Vice-prefeito de Placas, o saudoso Daniel Capitani encerrou o acordo político com o prefeito Santiago e se lançou como
candidato a prefeito, unindo-se ao Partido dos Trabalhadores com o Senhor Santo Pereira como vice-prefeito. O resultado
era visível, mesmo antes da eleição, o carisma e aceitação do então vice-prefeito Daniel Capitani tomou conta da maioria da
população que o elegeu como o segundo prefeito de Placas. O penúltimo e o último ano da gestão do prefeito Daniel foi
conturbado, do ponto de vista político, onde o mesmo foi afastado várias vezes, tomando posse seu vice Santo Pereira. Em
setembro de 2004 (faltando um mês para as eleições municipais) Daniel Capitani foi afastado de vez, terminando o mandato
como prefeito empossado, o seu vice Santo Pereira, que tinha se lançado como candidato a prefeito com Odilar Faleiro como
seu vice, onde foram eleitos em outubro do mesmo ano. Daniel Capitani foi assassinado em 2010 (por arma de fogo) na
Avenida Osvaldo Tomaela, recebeu alguns disparos de um nacional (preso algum tempo depois), quando não era mais
político local. Seu velório, no legislativo de Placas, trouxe uma multidão de plaquenses e visitantes de outros municípios para
suas últimas homenagens. A família Capitani é muito presente na política de Placas com a eleição de quatro membros nos
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 19 de 74
poderes legislativo e executivo local: Duas filhas de Daniel Capitani (Solange em 1996 e Degmar em 2008) o seu então genro
Orlando Messias foram eleitos vereadores de Placas, assim como o próprio Daniel Capitani que foi eleito vice-prefeito e
posteriormente prefeito. Orlando Messias foi presidente do Legislativo local entre 2001 e 2002 e por alguns meses em 2008.
3ª Gestão:
A terceira gestão municipal de Placas, teve o PT como partido majoritário nos dois poderes, já que Reginaldo Soares do
mesmo partido se tornou o 2º presidente do legislativo local, eleito para o biênio 2007/2008. Tanto Reginaldo Soares, do
Legislativo, quanto o prefeito Santo Pereira foram afastados no último ano de governo por alguns meses, voltando a
normalidade dias depois. Nesta eleição, efetuada em Outubro de 2004, Placas vivenciou, pela primeira vez, a presença de
uma mulher aspirante ao executivo, Joselene Ruchel, esposa de Wilmar Ruchel (candidato a prefeito não vitorioso na
primeira e na segunda eleição municipal e vereador eleito nesta mesma eleição municipal) se consolidou como uma chapa
junto com Paulo Silva como vice-prefeito.
4ª Gestão:
Negão Brandão era, até 2007, um nome pouco ventilado na política e sociedade de Placas, ele morava em Uruará e exercia
o título se Secretário Municipal daquele município em uma das pastas da gestão de Eraldo Pimenta, então prefeito e hoje
deputado estadual do Pará. Formou um grupo político, criaram uma FM em Placas que indiretamente impulsionou a
campanha meteórica de Negão Brandão. Em poucos meses, a sociedade de Placas foi tomada por este nome, que se tornou
um forte candidato ao majoritário municipal. De um nome pouco conhecido, se tornou prefeito eleito em 2008 com seu vice
Nilson Aranha, vulgo Parente. Assim, Negão Brandão tirava do poder majoritário, o PT, vencedor e presente na segunda e na
terceira gestão municipal, partido este que ficou ainda visto no poder legislativo com a eleição de vereadores como Baixinho
Faleiro. Neste governo, a população de Placas conhecia uma mulher, que se tornaria um ícone feminino na futura política
local, que deixaria na história municipal, um outdoor de vitórias e quebra de paradigma, Negão Brandão estabelece como
Secretária Municipal de Assistência Social, sua esposa e primeira dama Raquel Brandão, que seria e será visualizada na
história política de Placas em um patamar desejado por muitos e até a atualização deste texto, alcançado apenas por ela.
5ª Gestão:
A inversão da imagem de super político de Negão Brandão, se deu numa velocidade sinônima ao seu levante... Não agradou
e maioria da população com suas decisões políticas e até mesmo pessoais, os munícipes da época, construíram um conceito
antônima a imagem de super herói arquitetada pelo seu grupo na sua vitoriosa eleição anterior. Negão Brandão vêm de uma
família bem-sucedida no campo político da região, no vizinho município de Uruará, a família Brandão já fez três prefeitos e
6ª Gestão:
Assim como na eleição de 2004, esta apresentou a população local um total de quatro candidatos ao majoritário de Placas.
Pela segunda vez, o município conhecia uma mulher como aspirante ao executivo local, algo que tinha já ocorrido na eleição
de 2004 com Joselene Ruchel que também disputou a eleição de 2008, como candidata a vice-prefeita. Raquel Brandão foi
uma atuante primeira dama e Secretária de Assistência Social no mandato do seu então esposo e prefeito Negão Brandão
entre 2009 e 2012, fez um trabalho ímpar, frente a assistência social. Quando Negão Brandão ficou fora do executivo, com
sua derrota para Leonir Hermes, Raquel potencializou seu já dilatado conhecimento local, nos quatro anos que ficou fora da
política, no mandato de Leonir Hermes (2013-2016) efetuando trabalhos de ornamentação de festas em especial de
aniversários, serviço este que eram feitos em sua totalidade de forma altruísta, além da presença que fazia constantemente
no interior e na cidade, fazendo ser notada como uma mulher guerreira e pronta pra assumir as rédeas de nosso município.
Seu nome foi popularmente lançado já nos primeiros anos da gestão de Leonir, ficou cada dia mais forte, chegando como a
primeira mulher eleita para o executivo de Placas em uma eleição politizada por homens até então. Ela venceu três homens,
inclusive o prefeito em mandado, o empresário Leonir Hermes que tinha vencido seu esposo na eleição de 2012. Raquel é
professora letrada licenciada da esfera estadual e foi professora na Escola Tancredo Neves antes da entrada na política.
Concorreram também nesta eleição ao cargo público máximo local, os empresários Leonir Hermes (o atual prefeito na
época), Volmir de Conto (um forte empresário e fazendeiro que pela primeira vez trazia o nome da Maçonaria para os
holofotes da política municipal) e o empresário, (do ramo da TI e Educação Gilberto Leite). Um dia histórico para esta
campanha foi no último dia permitido pelo TSE para efetuar carreata, onde os candidatos se apresentam em um ato final,
antes da eleição, a toda a população. O ocorrido aconteceu pelas Ruas Perimentral Norte, Anilda Ottobeli (ex Perimentral
Sul) e Transamazônica, onde involuntariamente as três maiores campanhas do pleito vindouro, efetuaram sua carreata no
mesmo momento, chegando um ponto que se encontraram na Praça Fuso Horário pela Br 230 e pelas ruas laterais. Foi
bonito de ver a democracia reinando em sua essência, com milhares de pessoas de três grupos políticos antagônicos
convivendo pacificamente em um mesmo local, era muita gente com bandeiras de cores variadas com um amplo leque de
7ª Gestão:
A Campanha para a reeleição da prefeita Raquel Possimoser, que agora era conhecida pelo sobre nome de sua família
nativa, depois da separação oficial com o ex-prefeito Negão Brandão, foi uma campanha vitoriosa desde seu berço, desde
sua mentalização. Percebia, pela reação da população, pelo trabalho feito, pelo carisma que tinha frente aos munícipes, que
era uma paladina campanha desde seus primórdios. Raquel foi aclamada como prefeita reeleita com 68,25% dos votos
contra 31,75% de seu adversário Gilberto Matias, vereador e presidente do Legislativo em todo primeiro mandato de Raquel
Possimoser. Gilberto Matias, vereador e candidato fez uma campanha mais comedida que a de Raquel e chegou as urnas
tendo publicamente uma grande rejeição dos munícipes, enquanto servidor público eletivo, fato este comprovado pelo
resultado das urnas. Foi um vereador atuante, um presidente do Legislativo plausível, e deixou, entre outras conquistas, a
ampliação da casa legislativa, com a entrega de um belo e confortável novo auditório para a casa de leis plaquense. Nesta
eleição quebrou-se se paradigmas almejados por muitos e detestado por um grande grupo: Raquel se tornou a primeira
gestora municipal a se reeleger, a primeira mulher eleita em Placas, a primeira pessoa diretamente ligada a educação que
chegou ao executivo por meio eletivo. Santiago tentou a reeleição em 2000, perdeu para seu Vice-prefeito Daniel Capitani,
voltou as urnas em 2004 e foi novamente derrotado. Daniel Capitani tentou a reeleição em 2004 e perdeu para seu vice-
prefeito Santo Pereira, Negão Brandão tentou a reeleição em 2012 e perdeu para Leonir Hermes, já Leonir Hermes perdeu
pra Raquel na eleição de 2016. Raquel foi vitoriosa nas eleições de 2016 e 2020 e irá governar o município por 8 anos
ininterruptos entre 2017 e 2024. Algo inusitado, que merece destaque nesta eleição foi um resultado antagônico aos de
outras eleições, onde o vice-prefeito se tornava prefeito eleito, como foi o caso de Daniel Capitani em 2004 e Santo Pereira
em 2008. Aqui, em 2020 o ex prefeito Leonir Hermes, que foi derrotado na eleição de 2016 pela Raquel, saiu de mãos dadas
com a prefeita e juntos formaram uma vitoriosa chapa, se tornando vice-prefeito de um município que outrora tinha sido
prefeito.
ESTRO DO AUTOR:
PREFEITOS ELEITOS E EMPOSSADOS EM ORDEM ALFABÉTICA
GEOGRAFIA DE PLACAS
LOCALIZAÇÃO
Placas é um município nortista, localizado na Br 230, única via de acesso oficial para entrada e saída da cidade e da parte
leste/oeste dos 7.100km² que possui o município. O território plaquense é cortado também pela rodovia Santarém/Cuiabá (Br
163) no sentido norte/sul.
Norte Geográfico
Santarém-Cuiabá (Norte-Sul)
SINOPSE HISTÓRICA DOPlacas
MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo
Leste César de Andrade Tomaela
Geográfico
Março de 2022 - Página 38 de 74
Transamazônica (Leste – Oeste)
Oeste Geográfico
Sul Geográfico
Fonte: https://www.guiageo.com/para-estado.htm
MUNICÍPIOS LIMÍTROFES
Uruará
Rurópolis
Placas COM PLACAS
Altamira Norte: Mojui dos Campos e
Belterra
Sul: Altamira
Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/placas/panora
Leste: Uruará
ma
Oeste: Rurópolis
Rio Amazonas
Rio Xingu
Rio Tapajós
Rio Iriri
CURUÁ-UNA: Nasce no sul do município na cadeia dos morros do sul (ver relevo) que serve como divisor de águas
com a bacia do rio Iriri (afluente do Xingu e subafluente do Amazonas).
O rio Curuá-Una deságua no rio Amazonas abaixo da cidade de Santarém. No rio Curuá-Una encontra-se a
Hidrelétrica do Curuá-Una a cerca de 70 km de Santarém.
O rio Curuá-Una é um rio semi-temporario, pois quase seca no rígido verão sem chuvas da região.
São afluentes do rio Curuá-Una os rios Uruará, Curuatinga, Tutuí e Moju entre outros.
CURUATINGA: Sua nascente acontece na mesma região do Curuá-Una e deságua neste rio a cerca de 30 km da
cidade de Placas em um encontro denominado de Dois Cus(de Curuá-Una e Curuatinga).
Observando a realidade dos rios Curuá-Una e Curuatinga, veremos que é o Curuá-Una que deságua no Curuatinga e
não o inverso, esta interpretação errada se deve pelo fato da população deste o início da colonização achar que o
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 41 de 74
Curuatinga era afluente do Curuá-Uma, o que na verdade não acontece, talvez isso se deva também ao fato do rio
Curuá-Una está mais próximo da área urbana de Placas; uns 8 km enquanto o rio Curuatinga está a mais de 45 km de
Placas já próximo a divisa com o município de Rurópolis.
O Curuatinga corta a serra do sul da Br 230 entre as Vilas do Macanã e Ouro Verde, neste cerca de 22 km entre as
duas vilas a natureza construiu um vale por onde passa o leito do Rio Curuatinga vindo do sul e rasgando a serra
deixando a mesma ao norte da Br 230 a partir da Vila do Macanã. Veja o Mapa a seguir:
Ouro Fonte:
Verde https://www.google.com/maps/@-3.9931405,-54.6386897,12z/data=!5m1!
SINOPSE 1e4DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de
HISTÓRICA Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 42 de 74
LAGOS E LAGOAS
No município quase não se encontra lagos, exceto alguns pequenos às margens dos rios referidos acima quando
transbordam no inverno chuvoso da região. Podemos citar, como exemplo de lago natural a denominada lagoa AZUL que na
verdade é extremamente azul podendo ver uma agulha a mais de 3 m de profundidade com grande perfeição. A lagoa Azul é
a nascente de um igarapé que desagua no Rio Curuá-Uma ao norte de Placas. Essa lagoa fica situada a poucos metros da
margem esquerda do rio Curuá-Una a cerca de 8 km da cidade de Placas. Para efeito de localização, a lagoa Azul fica nas
coordenadas geográficas: -3.877984, -54.296560
CULTURA
Placas é um município ainda novo, como criação oficial em dezembro de 1993 e surgimento, enquanto vila no final da década
de 70. Oriundo de uma reserva deixado pelo governo federal que construiu a Br 230, logo viu as margens da
Transamazônica, nos 700 metros de cada lada no km 240 entre Altamira e Itaituba, se encherem de casebre e barracos de
palha e de barro; estava consumado a invasão dos dois lotes que antes se chamavam reserva que hoje é o cerne da área
urbana da cidade Placas que fica entre as Avenida Osvaldo Tomaela ao leste e Travessa Faleiro ao oeste (a parte sul da
cidade) e Travessas São Pedro e da Saudade a parte norte da cidade.
Assim, percebe que a cultura de nossa região ainda é visualizada em seu embrião, na formação de uma cultura própria e
carregada de costumes e característica de nossa miscigenativa população.
No berço de Placas, quando iniciou a invasão da reserva, veio pra então vila de Santarém, pessoas dos mais diversos
estados ou UF do Brasil, baianos, paranaenses, maranhenses, gaúchos entre outros, vieram pra nossa região a procura de
uma nova e prospera vida. Hoje, na década de 01, há uma maciça presença de mato-grossenses e goianos recém chegados
na cidade e no interior. Percebe-se que as pessoas que se mudam pra nossa região, trazem com elas, seus costumes, suas
crenças que se somam aos costumes e crenças de outros povos de outros estados, em um mesmo lugar, em uma mesma
cidade. Vemos uma forte miscigenação em Placas: É o gaúcho com o chimarrão, o sul mato-grossenses com tereré, o
paraense com o tacacá, o paulista com o seu sotaque, o maranhense com o charme verbal no português e assim temos o
xote misturado com o axé, o vanerão com o brega. De certa forma é bom, aprendemos muito, um pouco de cada região do
Brasil. Como o passar dos tempos, teremos a concretização de uma cultura raiz, verdadeiramente plaquense que será o
resultado da miscigenação existente em Placas.
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 43 de 74
EVENTOS CULTURAIS E ESPORTIVOS DE PLACAS
Hoje há eventos culturais já tradicionais no município de Placas mais ligados a educação como o GUIETAN (Gincana Inter
Sala da Escola Tancredo Neves) que acontece todo mês de Maio e comemora o aniversário da Escola Tancredo Neves
(escola pioneira), o JEAG (Jogos Estudantis da Escola Almir Gabriel) ocorrendo todo mês de setembro e a GABs (Gincana
Anual da Escola Belarmina Soares) acontecendo também em setembro. Em ambos os eventos existe noites culturais que
valorizam a cultura local que vem se consolidando com a presença de grupos já tradicionais ditos fies representante da
cultura municipal, desta forma podemos citar o Grupo B”Boys (dança secular), o Grupo Perolas da Adoração (dança Gospel),
o Grupo Onça Pintada (dança secular), a Banda Adonai (gospel), também são realizados torneio de futsal masculino e
feminino, assim como uma gama de esportes que envolvem os alunos das escola Tancredo Neves Fundamental, Tancredo
Neves Médio e Escola Almir Gabriel.
Há também grande presença, no mês de junho de arraias como o da Paroquia da Igreja Católica e o mais conhecido e
tradicional (Arraial da Rua Santo Antônio).
Na música, podemos destacar a Srª Rita Araújo, que vem se destacando com sua voz inconfundível e arrebatadora na
interpretação de músicas cristã, não podemos ofuscar a luz e trazer os holofotes para o maior e pioneiro cantor de música
secular da região, o famoso e aplaudido Reges e Banda. Há ainda cantores seculares que tem angariado seu espaço na
cultura local, como Diego Safadão, um jovem cantor que até os tempos hodiernos faz sucesso e faz a festa com seu gingado
e sua voz inconfundível. No calendário cultural municipal já é tradição dois eventos, o Aniversário do Município comemorado
em 26 de setembro de todo ano que em geral acontece em vários dias com shows, distribuição de premiação entre outros, e
do PLACAFOLIA (carnaval municipal) que tem uma aceitação muito grande pela população plaquense onde junta milhares de
pessoas nas ruas próximas a Praça Fuso Horário todos anos.
No esporte, pode se destacar alguns eventos tradicionais como a Copa da Amizade que acontecia primariamente no antigo e
hoje desativado Clube Alternativa, sendo realizada hoje no Sitio Castanheira. Outro evento de grande alarde na área
esportiva é o Campeonato Municipal de Futsal, chancelado sempre pela PMP e com participação efetiva de três municípios
(Placas, Uruará e Rurópolis) e com várias categorias como Sub15, Sub 17, Feminino, Masculino e Master.
Os maiores investimentos da prefeitura de Placas na cultura, ficam mesmo por conta do aniversário do município e do
carnaval (que desde 2006 é organizado pela PMP) e das gincanas GUIETAN e JEAG que em 2018 vivenciaram sua XIV
edição. Estes dois eventos de grande magnitude local, estão em offline desde 2019, quando iniciou a pandemia da
COVID19, a partir do primeiro ano pandêmico, não se teve mais os eventos citados, ligados diretamente a educação, cultura
e esporte.
Baseada na cultura do nosso município, temos uma ideia de como é a sociedade plaquense; uma sociedade com costumes
diversificados, originário em várias regiões do Brasil. Nossa sociedade é formada principalmente por nordestinos e sulinos:
baianos, maranhenses, paranaenses e gaúchos. É comum vermos pessoas típicas do sul brasileiro, com pele extremamente
branca nascidas no Pará ou pessoas negras de cabelos encaracolados verdadeiros representantes da etnia negroide
nascidos no norte. Vemos hoje a primeira leva demográfica de jovens filhos de Placas, haja vista que o munícipio fez 28 anos
(2021) e que suas origens remontam na década de 70, concentrando a chegada de grande massa demográfica a partir dos
anos 80. Assim já existem famílias formadas com plaquenses de origem e não emigrantes como ainda é formada a maioria
das famílias de Placas.
POPULAÇÃO
População estimada [21] 32.325 habitantes
População no último censo [10] 23.934 habitantes
Densidade demográfica [10] 3,34 hab/km²
Dados oficiais do IBGE Cidades acessado em 16/02/22 às 16:42 h – Link: http://cod.ibge.gov.br/15VC
Obs: Os dados acima se referem a uma estimativa com base na taxa de crescimento vegetativo.
Segundo o CENSO 2010 Placas – Pará tinha uma população de 23.934 habitantes
RELEVO
A localização de Placas nos mapas morfológicos estruturais do Brasil inserem nosso município em classificações atípicas
entre si. Assim, este estudo, aqui apresentado, tomou como base dados do IBGE e as três versões mais aceitas da divisão
do relevo do nosso país, defendidas por Aroldo de Azevedo, Aziz Ab'Saber e Jurandyr L.S. Ross.
Desta forma, podemos afirmar que Placas fica localizada:
RELEVO: CLASSIFICAÇÃO DE JURANDYR Ross
No mapa abaixo, verifica-se a cidade de Placas inserida em um vale (planície) do Rio Curuá-Una que é parte da Planície
Amazônica na sua região de Terra Firme. Lembramos que este rio, é um afluente do Rio Amazonas e desagua na sua
margem abaixo da Cidade de Santarém.
Rio Curuá-Una
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 46 de 74
Munícipio de Placas
Cidade de Placas
Planalto Central
LEGENDA
Amarelo: Planalto Central
Verde: Planície Amazônica
Azul: Rios da Bacia Amazônica
Planície do Rio Curuá-Una
Rio Tutuí
Altamira
Uruará
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 47 de 74
Analisando o mapa acima, vemos terminações do Planalto Central adentrando até as proximidades de nosso município, o
que poderá ser visto a seguir também em uma região do mapa com mais zoom e uma imagem do google Maps ampliada em
visualização do relevo da região.
A primeira classificação do relevo brasileiro foi proposta por Aroldo de Azevedo, em 1949, e tinha por critério a altitude, isto é,
o nível altimétrico das estruturas. O relevo foi dividido em planalto e planície. A segunda classificação foi de Aziz Ab’Saber,
proposta em 1962. Adotou-se um critério baseado em processos geomorfológicos – erosão e intemperismo. O relevo seria
então formado por planícies, em que predominam a sedimentação, e por planaltos, em que predominam a erosão. A terceira
e atual a classificação foi proposta em 1990 por Jurandyr Ross, que se baseou nos estudos anteriores e no projeto
RadamBrasil, que realizou mapeamento sistemático do território brasileiro
Para o geógrafo Aziz Ab'Saber (1924-2012), nosso município fica inserido nas Terra Baixas Amazônicas, uma parte da
Bacia Amazônica não inundável. Sua classificação do relevo brasileiro de 1962, ficou obsoleta com o surgimento de
uma nova classificação em 1990;
Para o geógrafo Jurandyr L.S. Ross (1947), nosso município fica inserido na Depressão Marginal Sul Amazônica em
uma área de transição entre os Planaltos Residuais Sul Amazônicos e o Planalto da Amazônia Oriental. Veja abaixo
um esbouço do perfil do relevo brasileiro segundo Jurandyr Ross.
Localização de Placas
Vila Aparecida
Placas
Vale do Rio Curuatinga
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 50 de 74
N Ouro Verde
VEGETAÇÃO
Sendo um município localizado na Amazônia, Placas é totalmente abrangido pela floresta Amazônica, uma floresta equatorial
que corresponde a 1/3 do total mundial da espécie.
Mata de igapó: encontrada em pouca quantidade no município as margens dos rios Curuá-Una e
Curuatinga (principais rios da região). Sua presença nem chega a ser considerada no município,
Mata de várgea: encontrada com mais frequência que a de Igapó as margens dos mesmos rios principalmente. Seu
alagamento acontece no inverno chuvoso da região entre os meses de novembro e abril,
Mata de terra firme: é encontrada em cerca de 90% do município, sua maior frequência é no sul do município entre o
rio Iriri(Altamira)e a Br 230 que corta o município no sentido leste-oeste.
Ao norte do município, temos pequenas planícies pôr onde passam os rios Curuá-Una, Curuatinga, Moju e vários
outros igarapés que deságuam no Amazonas abaixo de Santarém.
Nossa floresta Amazônica, em 100% é uma floresta Amblofila Densa, onde a pluviosidade varia entre 2.000 e 2500 mm
anuais.
As árvores são de grande porte, variando entre 25 e 50 m de altura e se dividem em quatro grupos:
CLIMA
EDUCAÇÃO
SAÚDE
ECONOMIA
TERRITÓRIO E AMBIENTE
Apresenta 1.4% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 52% de domicílios urbanos em vias públicas com
arborização e 0% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada,
pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 133 de 144, 35 de 144 e
119 de 144, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 5331 de 5570, 4057 de 5570 e
4835 de 5570, respectivamente.
Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/placas/panorama em 21/03/22 ás 14:53h
Em 2019, o salário médio mensal era de 2.0 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população
total era de 3.4%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 45 de 144 e 140 de 144,
respectivamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na posição 2034 de 5570 e 5526 de 5570,
respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 51.9% da
população nessas condições, o que o colocava na posição 54 de 144 dentre as cidades do estado e na posição 1013 de
5570 dentre as cidades do Brasil.
Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/placas/panorama em 21/03/22 ás 14:54h
AGROPECUÁRIA
AGRICULTURA TEMPORÁRIA
Refere-se ao município de Placas no estado do Pará - Ano base: 2007/2008: Agricultura
FEIJÃO GRÃO
Área colhida: 310 ha
Área plantada: 310 ha
Quantidade produzida: 202 t
AGRICULTURA PERMANENTE
Refere-se ao município de Placas no estado do Pará
Produção Agrícola Municipal 2020. Rio de Janeiro: IBGE, 2021
BANANA CACHO
Quantidade produzida: 10.990 t
Área destinada à colheita: 1.570 ha
Área colhida: 1.570 há
CACAU AMÊNDOA
Quantidade produzida: 10.000 t
Área destinada à colheita: 12.355 ha
Área colhida:12.355 ha
Placas é um grande produtor de cacau, com destaque em todo estado do Pará. Segundo o (blog2coelhos.com.br) e
confirmado pela CEPLAC de Placas, nosso município é o 5º maior produtor de cacau do nosso estado nortista neste ranking
abaixo demostrado:
SÍMBOLOS MUNICIPAIS
BANDEIRA DE PLACAS
Cores Da Bandeira:
Azul Celeste - Amarelo Gema - Verde Folha
HINO DE PLACAS
REFRÃO:
PELA PAZ, PELA TERRA
PELAS VIDA, A LUTAR
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 58 de 74
PELA PAZ, PELA TERRA, PELA VIDA
JUNTOS A BRILHAR
BRASÃO MUNICIPAL
BRASÃO: DESENHO DE JOÃO SARAIVA ADAPTAÇÃO:LISVALDO CÉSAR
HISTÓRICO
A bandeira, o hino e o brasão de Placas foram criados em um concurso público realizado no dia 13 de julho de 1999.
OS PIONEIROS DE PLACAS
Pioneiro é a palavra usada para descrever alguém que é o primeiro a abrir caminho através de uma região mal conhecida.
Também pode ser um termo que designa um precursor, um desbravador ou descobridor.
Também pode ser aquele que prepara os resultados futuros ou explorador de sertões. Por exemplo, nos Estados Unidos, os
colonizadores do norte do continente americano eram conhecidos como pioneiros.
Fonte: https://www.significados.com.br/pioneiro/ em 30/03/22
IN MEMORIAM: Otaviano Macedo –- Artur Faleiro - Raimundo Morais – Osvaldo Tomaela – Nego Déco – Ulisses – Francisco Nozinho –
Bartolomeu Oliveira - Daniel Capitani – Olivio Ottobeli – Anilda Ottobeli - Ivo Borges – Maria Quirino de Andrade - Elias de Andrade - Chico
Lagoa - Wilson Soares – etc.
EM PLENITUDE: Ana Faleiro – Irani Tomaela – Maria José Andreatta – Gilson Macedo – Gerson Macedo - Herlenes Guimarães – Sandra
Monteiro –– Odette Otobelli – Selvina de Conto - Olivio de Conto –– Beatriz Ficagna –- Lutero Martins – Paulo Leal – Maria José - etc.
Agradecemos aos familiares que nos cedeu, gentilmente, os dados biográficos de suas famílias, cientes, que seriam
usados na atualização da História de Placas, e que esta seria largamente usada pelas escolas municipais e nas redes
socias para perpetuação e conhecimento da nossa história.
São pioneiros de Placas, em sua plenitude, que se formaram fonte para esta biografia abaixo demostrada:
Obrigado pela atenção dispensada, pelas dezenas de horas de Whatzapp trocando informações, imagens e sons, e
pela presteza de atender a edição desta obra no fornecimento de ricos dados históricos de nosso município:
Gilberto Rezende de Macedo;
Maria Aparecida de Macedo;
Aparecida Temistocles de Rezende;
Sueli de Conto;
Volmir de Conto;
Natália Cerqueira de Conto;
Cleuza Faleiro;
Rodrigo Faleiro;
Darla Ottobelii;
Odete Ottobeli;
Sandeney Monteiro;
Beatriz Ficagna;
Edenilson Morais;
Alice Morais;
Lisvaldo Tomaela;
Ramona Chaparro.
Gilberto Leite;
Família Ferreira de Macedo: Otaviano Ferreira de Macedo, nascido em 08/04/44 em Chapada em MG,
e falecido em 21/10/89 foi um literalmente grande homem plaquense que chegou na região nos primórdios da
Transamazônica, ainda em 1972, primeiro ano de inauguração desta rodovia federal. Um pioneiro de Placas,
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 63 de 74
que lutou e almejou a nossa independência do julgo de Santarém. Morou ao lado da então reserva do km 240,
ainda cheia de embaúbas e montes de terra feito pelas maquinas que construíram esta rodovia. Como na região
não existia comércio e tudo, por mais simples que seja, tinha de ser comprado em Rurópolis ou Uruará e
transporte para tais vilas era escasso, Otaviano de Macedo ou Seu Tatá como era conhecido, viu como solução
de tal problema, a invasão das terras sem uso da reserva que era composta por um pouco mais que 200
hectares cada lotes as margens da rodovia. Seu Tatá foi um incentivador involuntário e voluntário da invasão
desta reserva, o que aconteceu ainda na década de 70 onde várias pessoas construíram barracos de palha ou
tabuinhas cercados de barro e um Hotel (Hotel Pedreiras) de madeira e Eternit (a melhor casa da reserva até o
inicio da década de 80). Seu Tatá era casado com a Srº Aparecida de Resende (Dona Neném) vivendo até hoje
na zona urbana de Placas no final da Travessa São Pedro na entrada da lagoa Odecam. Seu Tatá sonhava com
a vila, que até então não tinha nome, se tornar uma grande vila e se chamar Alto Pará. Ele veio a falecer em
Outubro de 1989 e não chegou a ver a sonhada vila se tonar a cidade de Placas em 26 de Setembro de 1993 (4
anos após seu falecimento) e eleger seu primeiro prefeito em Outubro de 1996 e se constituir verdadeiramente
um município em Janeiro de 1997. Seu Tatá está sepultado no cemitério municipal de Placas e é tido como o
fundador desta cidade levado pelo seu legado deixado ao povo plaquense. Entre os filhos de Seu Tatá,
podemos destacar os citados na Família Dutra de Rezende (que teve com a Dona Neném) e os dois filhos que
ainda residem aqui, frutos de um primeiro casamento antes do Pará. Gelson e Gilson Macedo moram no Bairro
Aparecida, sendo que Gilson Macedo já exerceu vários cargos públicos em Placas e é o atual Secretário de
Infraestrutura municipal do Governo de Raquel Possimouser.
Família Dutra de Rezende: A família Resende se efetiva como uma das primeiras famílias a se estabelecer na
região que hoje é a cidade de Placas. Seu Astolpho Dutra de Rezende, nascido em 17/09/22, patriarca da família,
veio pra região, oriundo do PR em 23 de outubro de 1972, menos de um mês depois da inauguração oficial da
Transamazônica, inaugurada pelo então Presidente Emilio Garrastazu Medici em 27 de Agosto do mesmo ano.
Com Sua esposa e hoje a matriarca da família, Aparecida Temistocles de Rezende nascimento em 03/10/33,
trouxeram uma grande família para a nova e desconhecida margens da Transamazônica, filhos como Mônica,
Marinês, Leilá, Fatima, Carlinhos, Astolfinho e Rosangela Dutra de Rezende cresceram e formataram uma bela e
forte célula familiar. Entre todos os filhos Dutra de Rezende, a mais conhecida seria a Senhora Maria Aparecida
Resende de Macedo, nascida em 24/07/1954 em Bandeirantes no PR e conhecida pela alcunha Dona Neném,
casada com Otaviano de Macedo (Seu Tatá, considerado o fundador de Placas) onde moravam as margens da Br
230 em uma propriedade divisória com a reserva do km 240, no sentido Uruará. Dona Neném construiu uma
Família Ottobeli: Uma ampla família pioneira da região, o patriarca da família, Olívio Ottobeli era proprietário de
um sitio divisório com a reserva originaria da cidade de Placas, posteriormente o sitio foi loteado e hoje se
tornou o Bairro Ottobeli. Os Ottobelis possuem um grande número de integrantes, hoje estão, em sua maioria
residentes na cidade de Placas, como exemplo podemos citar o nome da mais conhecida e influente membra da
família, uma mulher guerreira de nome Odete Ottobeli. Ainda temos membros que são muito conhecidos, como
o fazendeiro Hélio Ottobeli e a comerciante Darla Ottobeli. Olívio Ottobeli nasceu em Frederico Westfhalen em
15/10/30 e faleceu em Placas em 27/06/08, foi um homem integro e um pioneiro que trouxe, para a precária
região da remota Transamazônica dos anos 70 e 80, esperança e muita coragem na construção de um sonho e
uma nova vida em um novo e desconhecido lugar; a Amazônia, antagônica em todos os sentidos de sua região
natal, o Sul do Brasil, com climas parecidos com a Europa, economia estável e nível de vida plausíveis a
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 65 de 74
algumas nações desenvolvidas; a Amazônica encontrada pela família Ottobeli era quente, estrada de terra
poeirenta no fervente verão e muita lama no chuvoso inverno. Foram dias difíceis que potencializou a garra e o
fraterno entre esta família que aqui estabeleceu uma nova e prospera morada. O saudoso Olívio Ottobeli era
casado com a também saudosa Anilda Cloth Ottobeli, nascida em 27/11/34 em Sobradinho no RS e falecida no
Pará em 05/08/14.
Família de Conto: A família de Conto, chegou em Placas em 15 de setembro de 1980, ainda nos primórdios da
então vila do km 240, posteriormente Placas. O patriarca dos de Conto, o Senhor Olivio Lourenço de Conto,
natural de Mondai em Santa Catarina e nascido, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, em 10 de agosto de
1944, trouxe sua família para a vila com foco no comercio de alimentos, modalidade de negócio escasso na
região no início da década de 80. Construiu uma casa de madeira e brasilit onde morava e vendia, em especial,
alimentos no ambiente preparado na frente da construção. Com sua esposa e também pioneira de Placas, a
Senhora Selvina de Conto, cuidaram e coordenaram com grande competência o negócio da família, que
prosperou e logo se tornou o maior mercado de toda a região da bacia do Curuá-Una. Logo veio a construção
de um novo prédio, agora de material e bem avançado para os padrões das casas da vila no momento. Hoje, o
senhor Olivio e a senhora Selvina não trabalham mais com comercio, vivem no aproveite da vida, curtindo os
filhos, os netos e bisnetos que formam uma bela e fortunada família. Os filhos de Conto, se tornaram em sua
maioria, comerciantes, como a conhecida Sueli de Conto (proprietária de Farmácia por décadas), da Elaine de
Conto (uma mulher guerreira) proprietária de um restaurante e da principal rodoviária da cidade. O nome e a
honra da Família de Conto, têm um grande representante na atualidade, o senhor Volmir de Conto, um jovem
que chegou aqui adolescente e fez uma fortuna, com negócios na área de hotelaria, fazendas e comercio
agropecuário. Hoje Volmir de conto é o mais forte comerciante da região, sua história em síntese esta narrada
nesta publicação, no capítulo sobre política, já que o mesmo, foi protagonista com tripla participação na política
local desde a década de 90. Uma mulher que sabia o que queria desde sua adolescência, uma jovem de fibra e
com um caráter ímpar, hoje a Veterinária Natalia Rayz Cerqueira de Conto, nascida em 26/05/98 em Uruará, se
configura como um ícone da Família de Conto, conhecida pela sua alegria contagiante, pela sua beleza sem
par, por seu profissionalismo como comerciante e profissional na área animal. O maior e hotel de Placas,
pioneiro na cidade, no ramo de hotelaria, localizado no centro da Cidade, recebe o nome da empresária de
sucesso, o Hotel Natalia Rayz já foi “casa fora de casa” de milhares de viajantes, comerciantes de passagem,
festeiros visitantes e de artistas de renome local e nacional.
Família Monteiro: A Família Monteiro, se estabeleceu em uma propriedade há cerca de 5 km da atual cidade
de Placas, com o tempo, o patriarca da família Francisco Nozinho Monteiro, mudou para a cidade e construiu
um comercio de alimentos e higiene na esquina da atual Avenida Anilda Ottobeli com a Trav Rui Barbosa no
Bairro Centro Sul, ali o casal de pioneiros prosperou, Dona Neném (como era conhecida a senhora Maria José
Marques Monteiro) esposa do senhor Nozinho gerenciou com grande competência o negocio da família, que
cresceu e se tornou um dos maiores comercio da região nas década de 90, 00 e 01, hoje o comércio se
encontra desativado. Seu Nozinho nasceu em 25/09/34 em Baturité no CE, faleceu em 10/02/01 em Placas, já
dona Mª Marques (Dona Neném), nasceu em 22/01/33 em Redenção no Pará e faleceu em 19/07/20 em Placas.
Entre os membros mais conhecidos da Família Monteiro, encontramos a Professora pioneira de Placas, a
Cientista Social Sandra Monteiro, que durante décadas foi professora na escola Tancredo Neves, hoje a
Família Ficagna: A Família Ficagna chegou no Pará em agosto de 1977, poucos anos após a inauguração da
Transamazônica, inaugurada oficialmente em 1972. Chegaram primariamente em Rurópolis, lá ficou por alguns
meses até comprarem uma propriedade próximo da Comunidade Aparecida (conhecida como Lote Dez) onde
moram até a data atual. O patriarca da família, em sua total plenitude, Pedro Ficagna
nasceu em 15/04/1939 em Frederico Westphalen no RS, já sua saudosa esposa Juraci Ribeiro Ficagna nasceu
em 21/01/1939 na mesma cidade e faleceu em 10/08/2018. Entre os membros desta grande família de
pioneiros, podemos destacar a senhora Beatriz Ficagna, uma matemática com autoridade em sua área de
atuação, a primeira diretora da Escola Pioneira de Placas Tancredo Neves, inaugurada em 1985. Outro
destaque que podemos citar, em síntese, é a história do jovem Jacinto George Ficagna (sobrinho de Pedro
Ficagna) recebeu o título de melhor aluno do 3º ano em Língua Portuguesa na avaliação de 2014 do Sistema
Paraense de Avaliação Educacional (SisPAE). Em reconhecimento à boa pontuação, o Grupo de Parceiros
Estratégicos do Pacto concedeu ao jovem um mês de intercâmbio em Londres, na Inglaterra, com todas as
despesas pagas.
Família Morais e Silva: Uma família nordestina, vinda para a região em 1978, aqui trabalharam em uma
propriedade, na produção de alimentos e criação de animais e posteriormente montaram uma máquina de
limpeza de arroz e logo após um comercio de alimentos chamado Peg e Pag, localizado na esquina da Rua
Perimentral Norte com a Trav Otaviano de Macedo. O patriarca da Família Morais Silva, Raimundo Alves Silva,
nascido em 28/06/1950 em Aracaú no CE e falecido em 25 de agosto de 1996, formou uma família de cinco
filhos, sendo três mulheres e dois homens. Entre os membros da Família Morais, uma grande evidência se
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 68 de 74
consolida na pessoa de Edenilson Morais Silva, atual Sargento PM: Comandante do 69° Pelotão De Polícia
Militar de Placas, o Sargento é filho de Placas, estudou na escola pioneira Tancredo Neves e após seus
estudos, se mudou para Altamira, onde seguiu carreira militar. A matriarca da família, em total plenitude, Maria
do Amparo Moraes Silva, nasceu me 17/03/1951 em Barras no Piauí e até a data atual reside em Placas.
Família Andrade Tomaela: A Família Andrade Tomaela chegou em Placas em agosto de 1980, aqui focaram
no comercio madeireiro e posteriormente na plantação de alimentos nas diversas propriedades que adquiriram
na região. Uma propriedade de ênfase, adquirida pela família na chegada no Pará, foi o primeiro lote direito
sentido Uruará, hoje transformado no Bairro São Francisco. Entre os membros da grande família Andrade
Tomaela, pode citar Osvaldo Tomaela, um pioneiro que faleceu em janeiro de 1990, antes da emancipação de
Placas em 1993. Outros membros da família são Ivo Borges de Andrade (falecido em 2003 em Placas), Elias
Quirino de Andrade, e Irani de Andrade Tomaela, uma professora pioneira da região, nascida em 05/11/1945
em sua total plenitude vivendo ainda em Placas em sua inatividade profissional, depois de 33 anos de docência.
Um grande legado da família Andrade Tomaela são alguns lugares e endereços que receberam os nomes de
membros da família, como a Escola Municipal Prof Irani de Andrade Tomaela, localizada no Bairro Boa
Esperança e a Avenida Osvaldo Tomaela entre os Bairros Centro Sul e São Francisco, ligando o centro ao
Bairro Alto Pará e ao setor de chácaras.
Família Chaparro Blans: Era início da década de 80, precisamente em 15 de maio de 1982, chegava na região
uma família oriunda do Centro-Oeste brasileiro, objetivando a aquisição de terras, fartas na região na época que
aqui se estabeleceram. Primariamente fincaram residência na vicinal 58, não se fixou na terra, devido aos
rigores do clima e da época, e de grande incidência da malária, o que trouxe a família para morar na cidade. O
carpinteiro Florindo Blans de Lima, patriarca da Família Chaparro Blans, trouxe seus entes queridos para a
Amazônia vindos de Vila Marques no MS, na dívida entre Brasil e Paraguai. O Senhor Florindo nasceu em
30/08/40 em Laguna Carapâ no MS, uma cidade há 45 km do Paraguai, foi um homem simples, pai amoroso
que lutou pela criação dos filhos com exemplos fortes, familiar e fraternal, demonstrado pelo trabalho e pela
verdade em defesa da família como bem maior!. Placas perdeu o pioneiro Florindo em 26 de Dezembro de
2016, vitima de um grave acidente entre sua moto e um carro que percorria a Br 230, na região urbana de
Placas. Iracema Chaparro de Lima, nascida em 24/07/1945 em Amambai no MS é, hoje, a matriarca da Família
Chaparro Blans, uma profissional do lar de grande habilidade, uma mãe amorosa e uma mulher guerreira e
forte, que manteve sua família unida e altiva na construção involuntária e natural de um legado rico que somará
capítulos para a história de Placas futura.
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 69 de 74
Família Oliveira: Bartolomeu de Oliveira foi um pioneiro muito conhecido, pelo seu caráter, pela sua alegria e
forte laço de amizades, além de ter morado décadas em uma propriedade anexa a antiga reserva e hoje área
urbana de Placas, propriedade esta que hoje se torna o Bairro Bartolomeu, ainda um misto de chácaras e
loteamento urbano, que fica entre o Bairro Ottobeli e o início da área rural no sentido Rurópolis, pela Br 230. O
saudoso pioneiro Bartolomeu, nasceu em São Vicente de Seridó na PB em 15/12/24 e faleceu em 22/04/08,
veio do Nordeste em busca de terras doadas pelo Incra, sendo alocado na Rodovia Transamazônica lote 4. Foi
agricultor, um bom pai e um cidadão de bem, zelando pela família pautado nos preceitos cristãos. Sua esposa,
a pioneira Luísa Maria de Oliveira, nascida em 06/06/34 e falecida em 01/05/20 foi uma mulher de fibra, que
construiu uma “literalmente” grande família, com 13 filhos, foi dona do lar e zelou pelo bem maior de sua família,
vivendo uma vida norteada nos preceitos cristões.
EPITOME
A edição do texto PIONEIROS DE PLACAS, não possui todos os dados de todas as famílias pioneiras de nossa
região, o volume de informações é grande suficiente pra a diagramação de um livro especifico, assim, aqui
discorremos, com uma síntese de algumas famílias pioneiras por parte do autor. Ao caro leitor deste, que
possua dados sobre outra família pioneira de Placas, e queira contribuir, para inserir a justa história nesta
publicação, pedimos encarecidamente que entre em contado com a edição desta obra para a inserção do
conteúdo faltoso:
Ficaremos gratos pelo seu contato e por sua contribuição: Seria de grande valia, se membros das famílias
abaixo citadas entrassem com contato conosco para somar mais conteúdos nesta obra: Família do Senhor
Nego Déco, Chico Lagoa, Seu Paraíba, Família Martins, entre outras.
Contato do autor:
E-mail: lcat150170@gmail.com
Fone: 93984010323
Facebook: Lisvaldo Tomaela
Instagram: lisvaldotomaela
Placas -
A BEIRA DA ESTRADA NASCESTES
Total abrangido de Placas: 3,73 %
Fonte: https://uc.socioambiental.org/arp/653
TRANSAMAZÔNICA É O TEU BERÇO O TEU LAR
DE UMA RESERVA QUE HOJE TE ENGRANDECES HOJE
Em: 28/03/22 às 22:26
SINOPSE HISTÓRICA
Floresta 163 MarçoSombra
Pa
Br DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de
de 2022 - Página 70 de 74
AndradePLACAS É UM MARCO NO PARÁ
Tomaela
REFRÃO:
Nacional do Santa PELA PAZ, PELA TERRA
Tapajós PELAS VIDA, A LUTAR
PELA PAZ, PELA TERRA, PELA VIDA
JUNTOS A BRILHAR
Novo
Paraíso SE O ORGULHO DO POVO FLORESCE
QUE FOI A LUTAPELA TERRA QUE VIESTE HOJE
Placa PLACAS É UMA ESTRELA A BRILHAR
s
HOJE EXISTE A HISTÓRIA DE UM POVO
COM UM FUTURO CRESCENTE E BRIOSO
Br UMA GLÓRIA NO MEIO DAS MATAS UMA GLÓRIA
População estimada (21): 32.325 hab. Aparecid 230 Bela MUNICIPIO DE PLACAS
Densidade demográfica [10]: 3,34 hab/km² a Vista
PIB per capita [19]: R$ 8.367,13 Bom LETRA E MÚSICA. - ALBERTO DE FREITAS
Fonte: https://cidades.ibge.gov.br Sucesso ARRANJOS. - LISVALDO CESAR TOMAELA
Macan
Em 28/03/22 às 21:30
ã
Ouro
Fonte/mapa: http://geoftp.ibge.gov.br/ Verde elha
i nh a Verm
Em: 28/03/22 às 16:32h L
Diagramação: Prof. Lisvaldo Tomaela ec a
eira S
na Cacho
Indíge
Placas: 717.319,40 hectares Terra
Terra Indígena: 128.271,96 hectares
Total abrangido de Placas: 17,48 %
Fonte: https://terrasindigenas.org.br
Em: 28/03/22 às 22:15
Graças ao seu formato esférico, o planeta Terra, , recebe de maneira desigual os raios solares ao longo de sua extensão. Assim,
enquanto em alguns lugares é dia, em outros está anoitecendo e, em outros, já está de madrugada. Diante dessa questão, os fusos
horários foram elaborados para definir os critérios a serem utilizados para a medição das horas em diferentes partes do mundo.
Assim, o planeta foi dividido em 24 fusos, sendo que cada um deles corresponde à diferença de uma hora. Tal definição levou em
conta o fato de a Terra levar justamente 24 horas para completar o seu movimento de rotação, responsável pela alternância entre os
dias e as noites. O Brasil, por possuir uma ampla dimensão territorial no sentido Leste-Oeste, perfazendo um total de 4.319,4 km
entre a Ponta do Seixas (PB) e a Nascente do Rio Moa (AC), inscreve a sua área em quatro zonas de fusos horários. Mas, como se
sabe, mesmo com os meridianos apontando exatamente o local desses fusos, é o poder público quem define a hora legal do país,
estabelecendo o número de demarcações e em que local elas serão feitas. Atualmente, então, o país é dividido em quatro fusos
horários, mas não foi sempre assim. Na verdade, houve uma alteração no ano de 2008 que resumia o território nacional a apenas
três diferentes horários no entanto, em 2013, parte do estabelecimento anterior foi retomado pela lei 11662/08 de 24 de Abril de
2018 que restituiu o horário anterior do Acre e oeste do Amazonas.
Placas foi considerada por muito tempo como a CIDADE DO FUSO HORÁRIO, por esta localizada exatamente na divisa não física
do terceiro para o segundo fuso horário do país. Nesta configuração, que durou até 2008, o Pará era dividido em dois fusos horários,
sendo o leste paraenses pertencente ao fuso horário nacional (hora de Brasília) e o oeste paraense ao terceiro fuso horário (aqui
também chamado da hora de Santarém ou Manaus) com uma hora a menos que o de Brasília. Com a aprovação da Lei 11662/08
de 24 de Abril de 2008 assinada pelo então presidente da república Lula houve uma grande mudança para nós do oeste do Pará
que deixamos de pertencer ao terceiro fuso horário e passamos a pertencer ao segundo fuso horário do Brasil (hora de Brasília)
ficando assim o oeste com uma hora a menos do que já era acostumado. A cidade de Placas viveu muito tempo com este estigma
de Cidade do Fuso Horário por ser cortada ao meio pela linha divisória do fuso horário de Brasília (vigorado no leste do Pará) e o
fuso horário de Santarém (vigorado no oeste do Pará, assim a cidade viveu por muitos anos com horas diferentes mesmo não
obedecendo, para fins econômicos, letivos este diferente horário onde a área urbana vivia o horário de Brasília em sua totalidade
“apesar de parte da cidade fazer estar do fuso horário de Brasília” e a área rural vivia o horário de Santarém “uma hora a menos que
a zona urbana (veja o mapa a seguir:
www.historiadobrasil.net
http://www.brasilescola.com/brasil/fuso-horario-brasileiro.htm
www.wikipedia
http://www.ibge.gov.br/
http://www.cidades.ibge.gov.br/
http://placasseme.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/lisvaldo.cesar?fref=ts
Em Março de 2022