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O espaço em que vivemos é o resultado da relação sociedade-natureza,através do trabalho. Noutras palavras, é o espaço
natural, transformado em constante reelaboração pelo trabalho humano, para entender às suas necessidades.
É, portanto, um ESPAÇO EM CONSTRUÇÃO.
Esta obra procura explicar o dinamismo do espaço geográfico denominado de Placas, ressaltando a sua história em seus
vários aspectos como a transformação de espaço natural em humano, evolução humana neste espaço e suas atribuições.
Esta obra pretende levar você a conhecer, entender melhor este espaço geográfico que na verdade é uma unidade do estado
do Pará que pôr sua vez é um UF do nosso grande país denominado de Brasil.
Esta sinopse da Historia e Geografia do Município de Placas – PA, objetiva estudar o Espaço Geográfico placaense, ou seja,
o espaço que o homem, objeto de estudo desta ciência humana chamada de geografia, ocupa: as formas de ocupação, os
meios usados, a interferência no meio natural, o impacto ambiental, a relação individual e coletiva de ambos os grupos
sociais diversos, espalhados pela superfície municipal, trilhando sempre as noções de DISTRIBUIÇÃO, LOCALIZAÇÃO e
ORGANIZAÇÃO deste homem.
EPIGRAFE
“A vida não é feita de desejos e sim dos atos de cada um”
Paulo Coelho
INTRODUÇÃO
Não poderíamos iniciar a história deste município pertencente ao estado do Pará, que por sua vez integra a Região Norte que
está inserido na Amazônia Legal sem antes fazer uma análise introdutória esclarecedora da conjuntura política que
vivenciava nosso país na época de nascimento do que, posteriormente se tornou o hodierno município de Placas.
O embrião de Placas consta-se na construção da BR 230 (Transamazônica) na década de 1970 pelo Governo Militar de
Emilio Garrastazu Médici que imbuído pela aparente preocupação de invasão de nossas divisas nortistas quase que
desabitadas por tupiniquins (brasileiros) por países sul americanos (Venezuela, Colômbia, ...) planejou e concretou a
construção de uma mega rodovia que rasgou a Floresta Amazônica de leste para oeste, saindo do Nordeste e chegando até
o Amazonas, no extremo norte do país. Com uma campanha psicológica amplamente visualizada pela mídia da época onde o
slogan federal que objetivava atrair moradores do sul, sudeste, nordeste e centro-oeste de nosso país para colonizar a
Amazônia denominado (Homens sem TERRA para TERRA sem homens) ou ainda (Integrar para não Entregar) o Governo
Federal Militar (também conhecido por ser austero em suas decisões na suspensão de direitos humanos) o que levou a ser
chamado de Governo de Mãos de Ferro (Também chamado de Anos de Chumbo) iniciou a colonização dos estados nortistas
do Brasil com emigrantes oriundos de vários estados com ênfase para os gaúchos, paranaenses, baianos, maranhenses e
cearenses que abarrotaram as margens da desconhecida Transamazônica (com muita poeira no verão e lama no inverno
chuvoso do norte brasileiro).
Aqui justificamos para nossos leitores a inserção primária da história da ditadura brasileira nesta obra que focará a história do
município de Placas no estado do Pará, justificativa está validada pelo embrião se aportado no período militar tupiniquim.
Podemos definir a Ditadura Militar como sendo o período da política brasileira em que os militares governaram o Brasil. Esta
época vai de 1964 a 1985. Caracterizou-se pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura
perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
A crise política se arrastava desde a renúncia de Jânio Quadros em 1961. O vice de Jânio era João Goulart, que assumiu a
presidência num clima político adverso. O governo de João Goulart (1961-1964) foi marcado pela abertura às organizações
sociais. Estudantes, organização popular e trabalhadores ganharam espaço, causando a preocupação das classes
conservadoras como, por exemplo, os empresários, banqueiros, Igreja Católica, militares e classe média. Todos temiam uma
guinada do Brasil para o lado socialista. Vale lembrar, que neste período, o mundo vivia o auge da Guerra Fria. Este estilo
populista e de esquerda, chegou a gerar até mesmo preocupação nos EUA, que junto com as classes conservadoras
brasileiras, temiam um golpe comunista. Os partidos de oposição, como a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido
Social Democrático (PSD), acusavam Jango de estar planejando um golpe de esquerda e de ser o responsável pela carestia
e pelo desabastecimento que o Brasil enfrentava. No dia 13 de março de 1964, João Goulart realiza um grande comício na
Central do Brasil (Rio de Janeiro), onde defende as Reformas de Base. Neste plano, Jango prometia mudanças radicais na
estrutura agrária, econômica e educacional do país. Seis dias depois, em 19 de março, os conservadores organizam uma
manifestação contra as intenções de João Goulart. Foi a Marcha da Família com Deus pela Liberdade, que reuniu milhares
de pessoas pelas ruas do centro da cidade de São Paulo. O clima de crise política e as tensões sociais aumentavam a cada
dia. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saem às ruas. Para evitar uma guerra civil, Jango
deixa o país refugiando-se no Uruguai. Os militares tomam o poder. Em 9 de abril, é decretado o Ato Institucional Número 1
(AI-1). Este cassa mandatos políticos de opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.
Em 1969, a Junta Militar escolhe o novo presidente: o general Emílio Garrastazu Médici. Seu governo é considerado o mais
duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política
de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão
artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou
exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna)
atua como centro de investigação e repressão do governo militar. Ganha força no campo a guerrilha rural, principalmente no
Araguaia. A guerrilha do Araguaia é fortemente reprimida pelas forças militares. A economia do país crescia rapidamente.
Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa um lento processo de transição rumo à democracia.
Seu governo coincide com o fim do milagre econômico e com a insatisfação popular em altas taxas. A crise do petróleo e a
recessão mundial interferem na economia brasileira, no momento em que os créditos e empréstimos internacionais diminuem.
Geisel anuncia a abertura política lenta, gradual e segura. A oposição política começa a ganhar espaço. Nas eleições de
1974, o MDB conquista 59% dos votos para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e ganha a prefeitura da maioria das
grandes cidades. Os militares de linha dura, não contentes com os caminhos do governo Geisel, começam a promover
ataques clandestinos aos membros da esquerda. Em 1975, o jornalista Vladimir Herzog á assassinado nas dependências do
DOI-Codiem São Paulo. Em janeiro de 1976, o operário Manuel Fiel Filho aparece morto em situação semelhante. Em 1978,
Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no
Brasil.
A vitória do MDB nas eleições em 1978 começa a acelerar o processo de redemocratização. O general João Baptista
Figueiredo decreta a Lei da Anistia, concedendo o direito de retorno ao Brasil para os políticos, artistas e demais brasileiros
exilados e condenados por crimes políticos. Os militares de linha dura continuam com a repressão clandestina. Cartas-bomba
são colocadas em órgãos da imprensa e da OAB (Ordem dos advogados do Brasil). No dia 30 de Abril de 1981, uma bomba
explode durante um show no centro de convenções do Rio Centro. O atentado fora provavelmente promovido por militares de
linha dura, embora até hoje nada tenha sido provado. Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no
país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. A ARENA muda o nome e passa a ser PDS, enquanto o MDB
passa a ser PMDB. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Democrático Trabalhista
(PDT). A Redemocratização e a Campanha pelas Diretas Já Nos últimos anos do governo militar, o Brasil apresenta vários
A Rodovia Transamazônica (BR-230), projetada durante o governo do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974)
sendo uma das chamadas "obras faraônicas" devido às suas proporções gigantescas, realizadas pelo regime militar, é a
terceira maior rodovia do Brasil, com 2.300 km de comprimento, cortando os estados brasileiros do Piauí, Maranhão, Pará e
Amazonas, nasce na cidade de Cabedelo na Paraíba. É classificada como rodovia transversal. Em grande parte, a rodovia
não é pavimentada. Planejada para integrar melhor o Norte brasileiro com o resto do país, foi inaugurada em 30 de agosto de
1972. Inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil quilômetros de comprimento, conectando as
regiões Norte e Região Nordeste do Brasil com o Peru e o Equador, não sofreu maiores modificações desde sua
inauguração. Os trabalhadores ficavam completamente isolados e sem comunicação por meses. Alguma informação era
obtida apenas nas visitas ocasionais a algumas cidades próximas. O transporte geralmente era feito por pequenos aviões,
que usavam pistas precárias. Por não ser pavimentada, o trânsito na Rodovia Transamazônica é impraticável nas épocas de
chuva na região (entre outubro e março). O desmatamento em áreas próximas à rodovia é um sério problema criado por sua
construção.
Ao tomar posse como presidente do país, o general Emílio Garrastazu Médici (ditador de 1969 a 1974) prometeu conduzir o
Brasil "à plena democracia". O conduziu rapidamente, com punho de aço, para aqueles que foram chamados de "anos de
chumbo" de repressão brutal. Diz uma adocicada história oficial que, no dia 6 de junho de 1970, o presidente foi ao semiárido
Placas surgiu na década de 70, na época em que o nosso país vivenciava o Período Militar, citado em sinopse acima,
período este que os militares governavam o Brasil, onde os direitos civis foram abolidos, assolando a população através de
prisões, mortes e proibições absurdas. Em 30 de agosto de 1970, o então Presidente da Republica (o rigoroso militar) Emilio
Garrastazu Médici e seu influente ministro da fazenda Delfin Neto iniciaram a construção de uma nova rodovia federal, que
cortaria a Amazônia Legal objetivando a inserção de tupiniquins (brasileiros) nesta região onde até então era quase que
despovoada.
A rodovia fora batizada popularmente de Transamazônica (Trans de cortar de passar pela Amazônia) que foi semi-
inaugurada em 30 de agosto de 1972.
O projeto de construção da nova rodovia teve dois órgãos federais responsáveis diretamente, o Departamento Nacional de
Estradas e Rodagens – DNER (hoje DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte) e o Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – INCRA (assim chamado em tempos hodiernos) que se efetuou nesta
Dinâmica.
DNER: Foi o órgão federal responsável pela construção da Br 230 que terceirizou a construção, contratando empresas
privadas para tal, como Mendes Junior (construtora privada) que abriu a rodovia no sentido Leste-Oeste da Amazônia Legal,
ligando assim esta região despovoada, até então, ao Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil.
INCRA: Órgão federal responsável pela colonização da região amazônica, através da nova rodovia que aconteceu assim:
O projeto se constituía em dividir as margens da BR 230 em lotes de 100 hectares e doar a população que estava chegando
à região, atendendo o chamado “enganoso” do governo militar, que mostrava algo que não existia na Amazônia da época,
como por exemplo a BR 230 pavimentada. O interior era divido, também em lotes de 100 hectares que tinha acesso através
de vicinais ou rodovias verticais a BR 230. Após a inauguração desta rodovia, o Departamento Nacional de Estradas e
Rodagens (DNER) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) fixaram placas para a demarcação de
trechos (trecho é uma parte da rodovia BR 230 entre duas cidades existentes na época da construção da mesma Ex:
Marabá – Altamira ou Altamira Itaituba ) cidades como Novo Repartimento, Pacajá, Anapú, Brasil Novo, Medicilândia,
Uruará, Placas, Rurópolis só surgiram após a construção da citada rodovia, os órgãos federais acima mostrado, também
assentaram placas para demarcar reservas nas margens da BR 230 e em especial uma reserva no km 240 do trecho Altamira
x Itaituba, situada exatamente no meio do caminho destas duas cidades paraenses ( reserva era a área separada pelo
1ª Gestão:
A primeira eleição municipal de Placas foi fervorosa com uma disputa acirrada entre os dois candidatos, o empresário
madeireiro Wilmar Ruchel e o funcionário público da Emater Osmildo Santiago (ambos até a data atual residem em Placas)
“Atualizado em 16/02/22”. As comunicações da época eram precárias, não tinha internet e o único meio de comunicação que
tinha era o posto da Telemar. A apuração dos votos era feita em Santarém, onde somava voto a voto impresso usado na
época da então urnas de lona. O resultado só foi conhecido de verdade dias após a eleição, tomou a vila por uma euforia
completa, com caminhadas pelas ruas, pois carros e motos eram raros na vila, para se ter uma carreata como dos dias
atuais. O prefeito eleito de Placas, Senhor Santiago foi aclamado na sua chegada de Santarém, isto dias após a eleição.
2ª Gestão:
A segunda eleição municipal de Placas, teve três chapas, ao contrário da primeira com duas chapas e mais acirrada. O então
Vice-prefeito de Placas, o saudoso Daniel Capitani encerrou o acordo político com o prefeito Santiago e se lançou como
candidato a prefeito, unindo-se ao Partido dos Trabalhadores com o Senhor Santo Pereira como vice-prefeito. O resultado
era visível, mesmo antes da eleição, o carisma e aceitação do então vice-prefeito Daniel Capitani tomou conta da maioria da
população que o elegeu como o segundo prefeito de Placas. O penúltimo e o último ano da gestão do prefeito Daniel foi
conturbado, do ponto de vista político, onde o mesmo foi afastado várias vezes, tomando posse seu vice Santo Pereira. Em
setembro de 2004 (faltando um mês para as eleições municipais) Daniel Capitani foi afastado de vez, terminando o mandato
como prefeito empossado, o seu vice Santo Pereira, que tinha se lançado como candidato a prefeito com Odilar Faleiro como
seu vice, onde foram eleitos em outubro do mesmo ano. Daniel Capitani foi assassinado em 2010 (por arma de fogo) na
Avenida Osvaldo Tomaela, recebeu alguns disparos de um nacional (preso algum tempo depois), quando não era mais
político local. Seu velório, no legislativo de Placas, trouxe uma multidão de plaquenses e visitantes de outros municípios para
suas últimas homenagens. A família Capitani é muito presente na política de Placas com a eleição de quatro membros nos
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
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poderes legislativo e executivo local: Duas filhas de Daniel Capitani (Solange em 1996 e Degmar em 2008) o seu então genro
Orlando Messias foram eleitos vereadores de Placas, assim como o próprio Daniel Capitani que foi eleito vice-prefeito e
posteriormente prefeito. Orlando Messias foi presidente do Legislativo local entre 2001 e 2002 e por alguns meses em 2008.
3ª Gestão:
A terceira gestão municipal de Placas, teve o PT como partido majoritário nos dois poderes, já que Reginaldo Soares do
mesmo partido se tornou o 2º presidente do legislativo local, eleito para o biênio 2007/2008. Tanto Reginaldo Soares, do
Legislativo, quanto o prefeito Santo Pereira foram afastados no último ano de governo por alguns meses, voltando a
normalidade dias depois. Nesta eleição, efetuada em Outubro de 2004, Placas vivenciou, pela primeira vez, a presença de
uma mulher aspirante ao executivo, Joselene Ruchel, esposa de Wilmar Ruchel (candidato a prefeito não vitorioso na
primeira e na segunda eleição municipal e vereador eleito nesta mesma eleição municipal) se consolidou como uma chapa
junto com Paulo Silva como vice-prefeito. Outro fato de grande repercussão na politica local, foi a troca de última hora de um
dos candidatos a prefeito de Placas, que poderia ter mudados os rumos da nossa história política. Osmildo Santiago era
candidato a prefeito com Denilson Amorim como vice-prefeito até que algo mudaria os rumos daquela eleição: Denílson foi
candidato a prefeito em 2004 com Deusarina Lopes da Silva para o cargo de Prefeito de Placas, Denilson era candidato a
vice-prefeito na chapa com Osmildo Santiago na eleição de 2004, no dia 30 de setembro do mesmo ano (uma quinta-feira),
três dias antes da eleição (dia 03 de outubro), Osmildo Santiago renunciou por empecilho, fazendo assim de Denilson o
candidato natural a prefeito, agora com a esposa de Osmildo Santiago, a senhora Deusarina Lopes como vice-prefeita. Pelo
fato da data esta próximo das eleições, o TSE não pode arrumar alguns dados já registrados, por isso, Denilson, mesmo
sendo PSDB com o número 45, concorreu com o número 14 do PTB. Apesar da micro campanha de dois dias (sexta e
sábado que antecedeu a eleição), Denilson conseguiu ficar em 2º lugar no resultado final, Santo Pereira foi eleito com 1.952
votos ou (30,306%) e Denilson com 1.643 votos ou (25,508%). Vê-se que Denílson Amorim, um atual vereador de cinco (5)
mandatos e muito conhecido pelos serviços burocráticos que presta a comunidade há décadas, poderia ter mudado a história
política de nosso município, se tivesse assumido a campanha desde o início. Em 2004, as redes socias e a web não eram
comuns como em 2022, assim ficava difícil de alcançar a totalidade do eleitorado plaquense com o aviso da mudança, em um
município que é maior que alguns países como Luxemburgo e San Marino na Europa e têm cerca de um mil (1000)
quilômetros de vicinais e 170 quilômetros de rodovia federal entre a Br 230 e 163 com uma imensidão de propriedades e
comunidades. Cremos que muitos eleitores votaram involuntariamente equivocados, sem agregar responsabilidades pelo
equivoco a nenhum candidato daquela eleição, pois eles foram também pegos de surpresa com a mudança e o resultado em
cima da hora. Assim, vemos que Denilson era um potencial candidato a prefeito local, quando vemos os números finais acima
apresentados, levando em conta a micro campanha agregada ao poder de voto de Osmildo Santiago e a aceitação de
4ª Gestão:
Negão Brandão era, até 2007, um nome pouco ventilado na política e sociedade de Placas, ele morava em Uruará e exercia
o título se Secretário Municipal daquele município em uma das pastas da gestão de Eraldo Pimenta, então prefeito e hoje
deputado estadual do Pará. Formou um grupo político, criaram uma FM em Placas que indiretamente impulsionou a
campanha meteórica de Negão Brandão. Em poucos meses, a sociedade de Placas foi tomada por este nome, que se tornou
um forte candidato ao majoritário municipal. De um nome pouco conhecido, se tornou prefeito eleito em 2008 com seu vice
Nilson Aranha, vulgo Parente. Assim, Negão Brandão tirava do poder majoritário, o PT, vencedor e presente na segunda e na
terceira gestão municipal, partido este que ficou ainda visto no poder legislativo com a eleição de vereadores como Baixinho
Faleiro. Neste governo, a população de Placas conhecia uma mulher, que se tornaria um ícone feminino na futura política
local, que deixaria na história municipal, um outdoor de vitórias e quebra de paradigma, Negão Brandão estabelece como
Secretária Municipal de Assistência Social, sua esposa e primeira dama Raquel Brandão, que seria e será visualizada na
história política de Placas em um patamar desejado por muitos e até a atualização deste texto, alcançado apenas por ela.
5ª Gestão:
A inversão da imagem de super político de Negão Brandão, se deu numa velocidade sinônima ao seu levante... Não agradou
e maioria da população com suas decisões políticas e até mesmo pessoais, os munícipes da época, construíram um conceito
antônima a imagem de super herói arquitetada pelo seu grupo na sua vitoriosa eleição anterior. Negão Brandão vêm de uma
família bem-sucedida no campo político da região, no vizinho município de Uruará, a família Brandão já fez três prefeitos e
alguns vereadores na história daquele município. Os senhores Jailson Brandão, Eraldo Pimenta e Gilsinho Brandão já foram
e é prefeito daquela cidade, além de Placas, com o próprio Negão Brandão (2009-2012) e de Raquel Brandão (2017 – 2020)
quando ainda era casada com Negão Brandão que foi o primeiro cavalheiro municipal por algum tempo na primeira gestão de
Raquel, antes da separação oficial do casal. Foi candidato majoritário para uma segunda gestão, perdendo para o empresário
Leonir Hermes com seu vice e também empresário Charles. Leonir Hermes foi um prefeito presente, que fomentou uma nova
cara política para Placas, antagônica de uma outrora história, conhecido pela sua humildade e forma humanizada de tratar a
todos.
ESTRO DO AUTOR:
PREFEITOS ELEITOS E EMPOSSADOS EM ORDEM ALFABÉTICA
GEOGRAFIA DE PLACAS
LOCALIZAÇÃO
Placas é um município nortista, localizado na Br 230, única via de acesso oficial para entrada e saída da cidade e da parte
leste/oeste dos 7.100km² que possui o município. O território plaquense é cortado também pela rodovia Santarém/Cuiabá (Br
163) no sentido norte/sul.
Norte Geográfico
Santarém-Cuiabá (Norte-Sul)
Placas Leste Geográfico
Oeste Geográfico
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
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Santarém-Cuiabá (Norte-Sul)
Sul Geográfico
Fonte: https://www.guiageo.com/para-estado.htm
Uruará
MUNICÍPIOS LIMÍTROFES
Rurópolis
Placas
COM PLACAS
Altamira
Norte: Mojui dos Campos e
Belterra
Sul: Altamira
Fonte:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/placas/panora Leste: Uruará
ma
Oeste: Rurópolis
Placas é um dos 144 municípios do estado do Pará, fica localizada no oeste deste estado em uma região margeado pelos
rios Xingu a leste, Tapajós ao oeste, Iriri ao sul e Amazonas ao norte.
Rio Xingu
Rio Iriri
Fonte do mapa:
CURUÁ-UNA: Nasce no sul do município na cadeia dos morros do sul (ver relevo) que serve como divisor de águas
com a bacia do rio Iriri (afluente do Xingu e subafluente do Amazonas).
O rio Curuá-Una deságua no rio Amazonas abaixo da cidade de Santarém. No rio Curuá-Una encontra-se a
Hidrelétrica do Curuá-Una a cerca de 70 km de Santarém.
O rio Curuá-Una é um rio semi-temporario, pois quase seca no rígido verão sem chuvas da região.
São afluentes do rio Curuá-Una os rios Uruará, Curuatinga, Tutuí e Moju entre outros.
CURUATINGA: Sua nascente acontece na mesma região do Curuá-Una e deságua neste rio a cerca de 30 km da
cidade de Placas em um encontro denominado de Dois Cus(de Curuá-Una e Curuatinga).
Observando a realidade dos rios Curuá-Una e Curuatinga, veremos que é o Curuá-Una que deságua no Curuatinga e
não o inverso, esta interpretação errada se deve pelo fato da população deste o início da colonização achar que o
Curuatinga era afluente do Curuá-Uma, o que na verdade não acontece, talvez isso se deva também ao fato do rio
Curuá-Una está mais próximo da área urbana de Placas; uns 8 km enquanto o rio Curuatinga está a mais de 45 km de
Placas já próximo a divisa com o município de Rurópolis.
Ouro Fonte:
Verde https://www.google.com/maps/@-3.9931405,-54.6386897,12z/data=!5m1!
1e4
No município quase não se encontra lagos, exceto alguns pequenos às margens dos rios referidos acima quando
transbordam no inverno chuvoso da região. Podemos citar, como exemplo de lago natural a denominada lagoa AZUL que na
verdade é extremamente azul podendo ver uma agulha a mais de 3 m de profundidade com grande perfeição. A lagoa Azul é
a nascente de um igarapé que desagua no Rio Curuá-Uma ao norte de Placas. Essa lagoa fica situada a poucos metros da
margem esquerda do rio Curuá-Una a cerca de 8 km da cidade de Placas. Para efeito de localização, a lagoa Azul fica nas
coordenadas geográficas: -3.877984, -54.296560
CULTURA
Placas é um município ainda novo, como criação oficial em dezembro de 1993 e surgimento, enquanto vila no final da década
de 70. Oriundo de uma reserva deixado pelo governo federal que construiu a Br 230, logo viu as margens da
Transamazônica, nos 700 metros de cada lada no km 240 entre Altamira e Itaituba, se encherem de casebre e barracos de
palha e de barro; estava consumado a invasão dos dois lotes que antes se chamavam reserva que hoje é o cerne da área
urbana da cidade Placas que fica entre as Avenida Osvaldo Tomaela ao leste e Travessa Faleiro ao oeste (a parte sul da
cidade) e Travessas São Pedro e da Saudade a parte norte da cidade.
Assim, percebe que a cultura de nossa região ainda é visualizada em seu embrião, na formação de uma cultura própria e
carregada de costumes e característica de nossa miscigenativa população.
No berço de Placas, quando iniciou a invasão da reserva, veio pra então vila de Santarém, pessoas dos mais diversos
estados ou UF do Brasil, baianos, paranaenses, maranhenses, gaúchos entre outros, vieram pra nossa região a procura de
uma nova e prospera vida. Hoje, na década de 01, há uma maciça presença de mato-grossenses e goianos recém chegados
na cidade e no interior. Percebe-se que as pessoas que se mudam pra nossa região, trazem com elas, seus costumes, suas
crenças que se somam aos costumes e crenças de outros povos de outros estados, em um mesmo lugar, em uma mesma
cidade. Vemos uma forte miscigenação em Placas: É o gaúcho com o chimarrão, o sul mato-grossenses com tereré, o
paraense com o tacacá, o paulista com o seu sotaque, o maranhense com o charme verbal no português e assim temos o
xote misturado com o axé, o vanerão com o brega. De certa forma é bom, aprendemos muito, um pouco de cada região do
Brasil. Como o passar dos tempos, teremos a concretização de uma cultura raiz, verdadeiramente plaquense que será o
resultado da miscigenação existente em Placas.
SOCIEDADE
POPULAÇÃO
População estimada [21] 32.325 habitantes
População no último censo [10] 23.934 habitantes
Densidade demográfica [10] 3,34 hab/km²
Dados oficiais do IBGE Cidades acessado em 16/02/22 às 16:42 h – Link: http://cod.ibge.gov.br/15VC
Obs: Os dados acima se referem a uma estimativa com base na taxa de crescimento vegetativo.
Segundo o CENSO 2010 Placas – Pará tinha uma população de 23.934 habitantes
RELEVO
A localização de Placas nos mapas morfológicos estruturais do Brasil inserem nosso município em classificações atípicas
entre si. Assim, este estudo, aqui apresentado, tomou como base dados do IBGE e as três versões mais aceitas da divisão
do relevo do nosso país, defendidas por Aroldo de Azevedo, Aziz Ab'Saber e Jurandyr L.S. Ross.
Desta forma, podemos afirmar que Placas fica localizada:
RELEVO: CLASSIFICAÇÃO DE JURANDYR Ross
No mapa abaixo, verifica-se a cidade de Placas inserida em um vale (planície) do Rio Curuá-Una que é parte da Planície
Amazônica na sua região de Terra Firme. Lembramos que este rio, é um afluente do Rio Amazonas e desagua na sua
margem abaixo da Cidade de Santarém.
Rio Curuá-Una
Planície Amazônica
Planalto Central
LEGENDA
Amarelo: Planalto Central
Verde: Planície Amazônica
Azul: Rios da Bacia Amazônica
Rio Tutuí
Altamira
Uruará
Analisando o mapa acima, vemos terminações do Planalto Central adentrando até as proximidades de nosso município, o
que poderá ser visto a seguir também em uma região do mapa com mais zoom e uma imagem do google Maps ampliada em
visualização do relevo da região.
A primeira classificação do relevo brasileiro foi proposta por Aroldo de Azevedo, em 1949, e tinha por critério a altitude, isto é,
o nível altimétrico das estruturas. O relevo foi dividido em planalto e planície. A segunda classificação foi de Aziz Ab’Saber,
proposta em 1962. Adotou-se um critério baseado em processos geomorfológicos – erosão e intemperismo. O relevo seria
então formado por planícies, em que predominam a sedimentação, e por planaltos, em que predominam a erosão. A terceira
e atual a classificação foi proposta em 1990 por Jurandyr Ross, que se baseou nos estudos anteriores e no projeto
RadamBrasil, que realizou mapeamento sistemático do território brasileiro
Para o geógrafo Aroldo de Azevedo (1910-1974), nosso município fica inserido em sua totalidade na planície
Amazônica, a sua divisão do relevo brasileiro de 1949, se tornou obsoleta após novos estudos e classificações em
1962;
Para o geógrafo Jurandyr L.S. Ross (1947), nosso município fica inserido na Depressão Marginal Sul Amazônica em
uma área de transição entre os Planaltos Residuais Sul Amazônicos e o Planalto da Amazônia Oriental. Veja abaixo
um esbouço do perfil do relevo brasileiro segundo Jurandyr Ross.
Localização de Placas
Vila Aparecida
Placas
Vale do Rio Curuatinga
N Ouro Verde
VEGETAÇÃO
Sendo um município localizado na Amazônia, Placas é totalmente abrangido pela floresta Amazônica, uma floresta equatorial
que corresponde a 1/3 do total mundial da espécie.
Mata de igapó: encontrada em pouca quantidade no município as margens dos rios Curuá-Una e
Curuatinga (principais rios da região). Sua presença nem chega a ser considerada no município,
Mata de várgea: encontrada com mais frequência que a de Igapó as margens dos mesmos rios principalmente. Seu
alagamento acontece no inverno chuvoso da região entre os meses de novembro e abril,
Mata de terra firme: é encontrada em cerca de 90% do município, sua maior frequência é no sul do município entre o
rio Iriri(Altamira)e a Br 230 que corta o município no sentido leste-oeste.
Ao norte do município, temos pequenas planícies pôr onde passam os rios Curuá-Una, Curuatinga, Moju e vários
outros igarapés que deságuam no Amazonas abaixo de Santarém.
Nossa floresta Amazônica, em 100% é uma floresta Amblofila Densa, onde a pluviosidade varia entre 2.000 e 2500 mm
anuais.
As árvores são de grande porte, variando entre 25 e 50 m de altura e se dividem em quatro grupos:
CLIMA
Placas está localizada na zona Intertropical ou Tórrida, uma zona climática entre os trópicos de câncer ao norte e capricórnio
ao sul. Seu clima é o equatorial úmido, com média anual entre 25º e 26º podendo atingir 35º no verão e 15º no inverno
EDUCAÇÃO
ECONOMIA
TERRITÓRIO E AMBIENTE
Apresenta 1.4% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 52% de domicílios urbanos em vias públicas com
arborização e 0% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada,
pavimentação e meio-fio). Quando comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 133 de 144, 35 de 144 e
119 de 144, respectivamente. Já quando comparado a outras cidades do Brasil, sua posição é 5331 de 5570, 4057 de 5570 e
4835 de 5570, respectivamente.
Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/placas/panorama em 21/03/22 ás 14:53h
TRABALHO E RENDIMENTO
AGROPECUÁRIA
AGRICULTURA TEMPORÁRIA
Refere-se ao município de Placas no estado do Pará - Ano base: 2007/2008: Agricultura
AGRICULTURA PERMANENTE
Refere-se ao município de Placas no estado do Pará
Produção Agrícola Municipal 2020. Rio de Janeiro: IBGE, 2021
BANANA CACHO
Quantidade produzida: 10.990 t
Área destinada à colheita: 1.570 ha
Área colhida: 1.570 há
CACAU AMÊNDOA
Quantidade produzida: 10.000 t
Área destinada à colheita: 12.355 ha
Área colhida:12.355 ha
Placas é um grande produtor de cacau, com destaque em todo estado do Pará. Segundo o (blog2coelhos.com.br) e
confirmado pela CEPLAC de Placas, nosso município é o 5º maior produtor de cacau do nosso estado nortista neste ranking
abaixo demostrado:
SÍMBOLOS MUNICIPAIS
BANDEIRA DE PLACAS
Cores Da Bandeira:
Azul Celeste - Amarelo Gema - Verde Folha
HINO DE PLACAS
REFRÃO:
PELA PAZ, PELA TERRA
PELAS VIDA, A LUTAR
PELA PAZ, PELA TERRA, PELA VIDA
JUNTOS A BRILHAR
BRASÃO MUNICIPAL
BRASÃO: DESENHO DE JOÃO SARAIVA ADAPTAÇÃO:LISVALDO CÉSAR
HISTÓRICO
A bandeira, o hino e o brasão de Placas foram criados em um concurso público realizado no dia 13 de julho de 1999.
O Hino, o Brasão e a Bandeira de Placas original do concurso tiveram que passar por alguns arranjos para ser adaptado a
nossa realidade, o que foi efetuado pelo Profº Lisvaldo César, com a autorização do autor e da então, Secretária de
Educação Profª Maria Jose Andreatta.
Pioneiro é a palavra usada para descrever alguém que é o primeiro a abrir caminho através de uma região mal conhecida.
Também pode ser um termo que designa um precursor, um desbravador ou descobridor.
Também pode ser aquele que prepara os resultados futuros ou explorador de sertões. Por exemplo, nos Estados Unidos, os
colonizadores do norte do continente americano eram conhecidos como pioneiros.
Fonte: https://www.significados.com.br/pioneiro/ em 30/03/22
Haja visto, o conceito supracitado, iremos aqui estabelecer como pioneiros da região, os moradores in memoriam ou em
plenitude que chegaram em nosso território plaquense entre agosto de 1972 (inauguração da Transamazônica) até dezembro
de 1993 (assinatura da lei de emancipação). Em 20/12/93 o então Governador do Pará, Jader Barbalho, assinou e publicou a
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lei de criação oficial do Município de Placas. Sabendo que oficialmente a história, é praxe levar em consideração, a dada de
criação ou independência de uma região em sua emancipação, como foi o caso do Brasil, emancipado em 7 de setembro de
1822 e reconhecido pela maioria dos países em data posterior. Sabemos que a emancipação de Placas, aconteceu no dia 26
de setembro de 1993 e a assinatura da lei de criação em dezembro do mesmo ano.
Aqui entendemos que, pioneiros são os que abriram ou auxiliaram, ou ainda foram protagonistas ou coadjuvantes da nossa
história até a dada se sua criação, enquanto município, as pessoas que participaram direta ou indiretamente do processo de
emancipação, processo este que é sinônimo de uma luta árdua e cruel, iniciada ainda com Otaviano Macedo, com Osvaldo
Tomaela, com Osmildo Santiago, entre outros, lá no início da década de 80 e posteriormente com Denilson Amorim, um dos
baluartes “burocrático” nesta conquista. Os pioneiros primários de Placas, enfrentaram uma guerra política e burocrática
entre Santarém e a vontade se se tornar donos de sua própria história e comandantes de seu território, esquecido
politicamente pelo seu tutor, o município santareno. Personagens como Otaviano Macedo, Osvaldo Tomaela, Ivo Borges,
Irani de Andrade, Ana Faleiro, Artur Faleiro, Lisvaldo Tomaela, Osmildo Santiago, Deusarina Lopes, Paulo Leal, Maria José
Andreatta, entre outros, foram elementos do pelotão de frente desta conquista.
IN MEMORIAM: Otaviano Macedo –- Artur Faleiro - Raimundo Morais – Osvaldo Tomaela – Nego Déco – Ulisses – Francisco Nozinho –
Bartolomeu Oliveira - Daniel Capitani – Olivio Ottobeli – Anilda Ottobeli - Ivo Borges – Maria Quirino de Andrade - Elias de Andrade - Chico
Lagoa - Wilson Soares – etc.
EM PLENITUDE: Ana Faleiro – Irani Tomaela – Maria José Andreatta – Gilson Macedo – Gerson Macedo - Herlenes Guimarães – Sandra
Monteiro –– Odette Otobelli – Selvina de Conto - Olivio de Conto –– Beatriz Ficagna –- Lutero Martins – Paulo Leal – Maria José - etc.
A síntese abaixo mostrada, não têm o foco de biografar as famílias pioneiras plaquense em sua magnitude,
isso seria uma falta de consideração aos nossos pioneiros, pois uma biografia com holofote em suas
conquistas de outrora, seria algo especifico e com grandeza textual merecedora dos quilates que cada uma
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família, que construiu nosso município, merece e é digna. Desta forma, focamos aqui, uma síntese biográfica
humildemente diagramada pela edição deste conteúdo, para uma breve visualização da história de nossos
pioneiros que estão ainda entre nós, e podem colher os louros da sua conquista e dos que in memoriam
recebem os louros em uma homenagem póstuma, justa e na grandeza de seu legado.
Agradecemos aos familiares que nos cedeu, gentilmente, os dados biográficos de suas famílias, cientes, que seriam
usados na atualização da História de Placas, e que esta seria largamente usada pelas escolas municipais e nas redes
socias para perpetuação e conhecimento da nossa história.
São pioneiros de Placas, em sua plenitude, que se formaram fonte para esta biografia abaixo demostrada:
Obrigado pela atenção dispensada, pelas dezenas de horas de Whatzapp trocando informações, imagens e sons, e
pela presteza de atender a edição desta obra no fornecimento de ricos dados históricos de nosso município:
Gilberto Rezende de Macedo;
Maria Aparecida de Macedo;
Aparecida Temistocles de Rezende;
Sueli de Conto;
Volmir de Conto;
Natália Cerqueira de Conto;
Cleuza Faleiro;
Rodrigo Faleiro;
Darla Ottobelii;
Odete Ottobeli;
Sandeney Monteiro;
Beatriz Ficagna;
Edenilson Morais;
Alice Morais;
Lisvaldo Tomaela;
Ramona Chaparro.
Gilberto Leite;
Família Ferreira de Macedo: Otaviano Ferreira de Macedo, nascido em 08/04/44 em Chapada em MG,
e falecido em 21/10/89 foi um literalmente grande homem plaquense que chegou na região nos primórdios da
Transamazônica, ainda em 1972, primeiro ano de inauguração desta rodovia federal. Um pioneiro de Placas,
que lutou e almejou a nossa independência do julgo de Santarém. Morou ao lado da então reserva do km 240,
ainda cheia de embaúbas e montes de terra feito pelas maquinas que construíram esta rodovia. Como na região
não existia comércio e tudo, por mais simples que seja, tinha de ser comprado em Rurópolis ou Uruará e
transporte para tais vilas era escasso, Otaviano de Macedo ou Seu Tatá como era conhecido, viu como solução
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de tal problema, a invasão das terras sem uso da reserva que era composta por um pouco mais que 200
hectares cada lotes as margens da rodovia. Seu Tatá foi um incentivador involuntário e voluntário da invasão
desta reserva, o que aconteceu ainda na década de 70 onde várias pessoas construíram barracos de palha ou
tabuinhas cercados de barro e um Hotel (Hotel Pedreiras) de madeira e Eternit (a melhor casa da reserva até o
inicio da década de 80). Seu Tatá era casado com a Srº Aparecida de Resende (Dona Neném) vivendo até hoje
na zona urbana de Placas no final da Travessa São Pedro na entrada da lagoa Odecam. Seu Tatá sonhava com
a vila, que até então não tinha nome, se tornar uma grande vila e se chamar Alto Pará. Ele veio a falecer em
Outubro de 1989 e não chegou a ver a sonhada vila se tonar a cidade de Placas em 26 de Setembro de 1993 (4
anos após seu falecimento) e eleger seu primeiro prefeito em Outubro de 1996 e se constituir verdadeiramente
um município em Janeiro de 1997. Seu Tatá está sepultado no cemitério municipal de Placas e é tido como o
fundador desta cidade levado pelo seu legado deixado ao povo plaquense. Entre os filhos de Seu Tatá,
podemos destacar os citados na Família Dutra de Rezende (que teve com a Dona Neném) e os dois filhos que
ainda residem aqui, frutos de um primeiro casamento antes do Pará. Gelson e Gilson Macedo moram no Bairro
Aparecida, sendo que Gilson Macedo já exerceu vários cargos públicos em Placas e é o atual Secretário de
Infraestrutura municipal do Governo de Raquel Possimouser.
Família Dutra de Rezende: A família Resende se efetiva como uma das primeiras famílias a se estabelecer na
região que hoje é a cidade de Placas. Seu Astolpho Dutra de Rezende, nascido em 17/09/22, patriarca da família,
veio pra região, oriundo do PR em 23 de outubro de 1972, menos de um mês depois da inauguração oficial da
Transamazônica, inaugurada pelo então Presidente Emilio Garrastazu Medici em 27 de Agosto do mesmo ano.
Com Sua esposa e hoje a matriarca da família, Aparecida Temistocles de Rezende nascimento em 03/10/33,
trouxeram uma grande família para a nova e desconhecida margens da Transamazônica, filhos como Mônica,
Marinês, Leilá, Fatima, Carlinhos, Astolfinho e Rosangela Dutra de Rezende cresceram e formataram uma bela e
forte célula familiar. Entre todos os filhos Dutra de Rezende, a mais conhecida seria a Senhora Maria Aparecida
Resende de Macedo, nascida em 24/07/1954 em Bandeirantes no PR e conhecida pela alcunha Dona Neném,
casada com Otaviano de Macedo (Seu Tatá, considerado o fundador de Placas) onde moravam as margens da Br
230 em uma propriedade divisória com a reserva do km 240, no sentido Uruará. Dona Neném construiu uma
grande família, a junção dos Dutra de Rezende com os Ferreira de Macedo, de onde saiu Jakson (já falecido),
Gilberto, Juscelino entre outros que moram, parte em Placas em parte em Santa Catarina. Dona Neném reside até
a data hodierna em Placas, a propriedade que morava, após o falecimento de Seu Tatá, foi aos poucos sendo
vendido pela família e hoje se configura como o Barrio Aparecida, um dos bairros com melhor estrutura e
Família Ottobeli: Uma ampla família pioneira da região, o patriarca da família, Olívio Ottobeli era proprietário de
um sitio divisório com a reserva originaria da cidade de Placas, posteriormente o sitio foi loteado e hoje se
tornou o Bairro Ottobeli. Os Ottobelis possuem um grande número de integrantes, hoje estão, em sua maioria
residentes na cidade de Placas, como exemplo podemos citar o nome da mais conhecida e influente membra da
família, uma mulher guerreira de nome Odete Ottobeli. Ainda temos membros que são muito conhecidos, como
o fazendeiro Hélio Ottobeli e a comerciante Darla Ottobeli. Olívio Ottobeli nasceu em Frederico Westfhalen em
15/10/30 e faleceu em Placas em 27/06/08, foi um homem integro e um pioneiro que trouxe, para a precária
região da remota Transamazônica dos anos 70 e 80, esperança e muita coragem na construção de um sonho e
uma nova vida em um novo e desconhecido lugar; a Amazônia, antagônica em todos os sentidos de sua região
natal, o Sul do Brasil, com climas parecidos com a Europa, economia estável e nível de vida plausíveis a
algumas nações desenvolvidas; a Amazônica encontrada pela família Ottobeli era quente, estrada de terra
poeirenta no fervente verão e muita lama no chuvoso inverno. Foram dias difíceis que potencializou a garra e o
fraterno entre esta família que aqui estabeleceu uma nova e prospera morada. O saudoso Olívio Ottobeli era
Família de Conto: A família de Conto, chegou em Placas em 15 de setembro de 1980, ainda nos primórdios da
então vila do km 240, posteriormente Placas. O patriarca dos de Conto, o Senhor Olivio Lourenço de Conto,
natural de Mondai em Santa Catarina e nascido, ainda durante a Segunda Guerra Mundial, em 10 de agosto de
1944, trouxe sua família para a vila com foco no comercio de alimentos, modalidade de negócio escasso na
região no início da década de 80. Construiu uma casa de madeira e brasilit onde morava e vendia, em especial,
alimentos no ambiente preparado na frente da construção. Com sua esposa e também pioneira de Placas, a
Senhora Selvina de Conto, cuidaram e coordenaram com grande competência o negócio da família, que
prosperou e logo se tornou o maior mercado de toda a região da bacia do Curuá-Una. Logo veio a construção
de um novo prédio, agora de material e bem avançado para os padrões das casas da vila no momento. Hoje, o
senhor Olivio e a senhora Selvina não trabalham mais com comercio, vivem no aproveite da vida, curtindo os
filhos, os netos e bisnetos que formam uma bela e fortunada família. Os filhos de Conto, se tornaram em sua
maioria, comerciantes, como a conhecida Sueli de Conto (proprietária de Farmácia por décadas), da Elaine de
Conto (uma mulher guerreira) proprietária de um restaurante e da principal rodoviária da cidade. O nome e a
honra da Família de Conto, têm um grande representante na atualidade, o senhor Volmir de Conto, um jovem
que chegou aqui adolescente e fez uma fortuna, com negócios na área de hotelaria, fazendas e comercio
agropecuário. Hoje Volmir de conto é o mais forte comerciante da região, sua história em síntese esta narrada
nesta publicação, no capítulo sobre política, já que o mesmo, foi protagonista com tripla participação na política
local desde a década de 90. Uma mulher que sabia o que queria desde sua adolescência, uma jovem de fibra e
com um caráter ímpar, hoje a Veterinária Natalia Rayz Cerqueira de Conto, nascida em 26/05/98 em Uruará, se
configura como um ícone da Família de Conto, conhecida pela sua alegria contagiante, pela sua beleza sem
par, por seu profissionalismo como comerciante e profissional na área animal. O maior e hotel de Placas,
pioneiro na cidade, no ramo de hotelaria, localizado no centro da Cidade, recebe o nome da empresária de
sucesso, o Hotel Natalia Rayz já foi “casa fora de casa” de milhares de viajantes, comerciantes de passagem,
festeiros visitantes e de artistas de renome local e nacional.
Família Faleiro: A grande e influente Família Faleiro se configura como uma família típica da política e da
educação local e nacional, que teve como patriarca, o famoso, conhecido e adorável Senhor Arthur Faleiro que
nasceu (Arthur Ervino Faleiro em 22 de maio de 1927 em Soledade no RS), um gaúcho forte, descontraído,
cheio de histórias e com uma legião de amigos. O Senhor Arthur Faleiro ficou caracterizado pelos seus gritos
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com o BOI BARROSA e a VACA MACINHA, dupla de animais que puxava seu também ilustre carro de boi no
estilo sulino (de madeira com rodas em aros madeirados forrados com ferro) pelas ruas empoeiradas de terra
de Placas na década de 80. Foi um grande homem e pioneiro de nossa região, com sua esposa que ainda se
encontra em sua plenitude, a professora pioneira de Placas Ana Faleiro (nascida em 11 de março de 1934 em
Ajuricaba no RS) com seus 88 anos, formaram a Família Faleiro, de onde saiu filhos, netos e bisnetos, de onde
saiu secretários e secretarias municipais, vereadores, deputado federal. Entre os membros mais conhecidos da
família, podemos citar, a Senhora Cleuza Faleiro (ex-secretária de Administração de Placas, ex-tesoureira
municipal e diretora da escola Almir Gabriel), o Senhor Baixinho Faleiro (ex-vereador de Placas), o senhor
Reginaldo Soares (ex-vereador e presidente da câmara de vereadores de Placas “genro de Arthur Faleiro”) o
Senhor Claudio Faleiro (ex-secretário de saúde de Placas) e o atual Deputado Federal Airton Faleiro entre
outros. As homenagens aos Faleiros se efetivam com o nome da Travessa Faleiro (que equivale a Vicinal 240
sul) na parte dentro da área urbana de Placas e da Escola de Educação Infantil Profª Ana Faleiro (cujo o prédio
primário fica localizado no Bairro São Francisco) hoje este prédio sedia a SEMED de Placas e parte dos alunos
estudam no prédio da Escola Tancredo Neves, segundo a PMP um novo prédio para a Escola Ana Faleiro será
construído no Bairro Resende que se limita com o Barrio São Francisco.
Família Monteiro: A Família Monteiro, se estabeleceu em uma propriedade há cerca de 5 km da atual cidade
de Placas, com o tempo, o patriarca da família Francisco Nozinho Monteiro, mudou para a cidade e construiu
um comercio de alimentos e higiene na esquina da atual Avenida Anilda Ottobeli com a Trav Rui Barbosa no
Bairro Centro Sul, ali o casal de pioneiros prosperou, Dona Neném (como era conhecida a senhora Maria José
Marques Monteiro) esposa do senhor Nozinho gerenciou com grande competência o negocio da família, que
cresceu e se tornou um dos maiores comercio da região nas década de 90, 00 e 01, hoje o comércio se
encontra desativado. Seu Nozinho nasceu em 25/09/34 em Baturité no CE, faleceu em 10/02/01 em Placas, já
dona Mª Marques (Dona Neném), nasceu em 22/01/33 em Redenção no Pará e faleceu em 19/07/20 em Placas.
Entre os membros mais conhecidos da Família Monteiro, encontramos a Professora pioneira de Placas, a
Cientista Social Sandra Monteiro, que durante décadas foi professora na escola Tancredo Neves, hoje a
professora Sanda curte a família em sua inatividade profissional. Outro membro de destaque da família foi o
saudoso Silvio Júnior, filho mais novo do casal de pioneiros, que se destacou como comerciante e um jovem
atuante no meio juvenil plaquense; Sandeney Monteiro é um filho dos Monteiros formado em Educação Física
que exerce coordenação do esporte e cultura municipal desde 2006, primeiro como Chefe de Departamento de
Família Ficagna: A Família Ficagna chegou no Pará em 21 de agosto de 1978, poucos anos após a
inauguração da Transamazônica, inaugurada oficialmente em 1972. Chegaram primariamente em Rurópolis, lá
ficou por alguns tempos e em 12/09/1978 chegaram na Comunidade Aparecida (conhecida como Lote Dez)
onde moram até a data atual. No início trabalharam com rizicultura (plantação de arroz) e plantio para o
sustento da família como macaxeira, abóbora, batata etc. Mas tarde fizeram uma plantação de pimenta do reino
e a partir de 1986 começaram a cultivar Guaraná, cultivado até hoje na propriedade. O patriarca da família, em
sua total plenitude, Pedro Ficagna nasceu em 15/04/1939 em Frederico Westphalen no RS, já sua saudosa
esposa Juraci Ribeiro Ficagna nasceu em 21/01/1939 na mesma cidade e faleceu em 10/08/2018. Entre os
membros desta grande família de pioneiros, podemos destacar a senhora Beatriz Ficagna, uma matemática
com autoridade em sua área de atuação, a primeira diretora da Escola Pioneira de Placas Tancredo Neves,
inaugurada em 1985. Outro destaque que podemos citar, em síntese, é a história do jovem Jacinto George
Ficagna (sobrinho de Pedro Ficagna) recebeu o título de melhor aluno do 3º ano em Língua Portuguesa na
avaliação de 2014 do Sistema Paraense de Avaliação Educacional (SisPAE). Em reconhecimento à boa
pontuação, o Grupo de Parceiros Estratégicos do Pacto concedeu ao jovem um mês de intercâmbio em
Londres, na Inglaterra, com todas as despesas pagas. Vieram junto do Rio Grande do Sul 7 filhos, mais um filho
nasceu no Pará, já falecido sendo o primeiro plaquense sepultado no Cemitério da Comunidade Aparecida (Lote
10). Hoje, Pedro Ficagna, mora em sua propriedade e gerencia fraternalmente um grande família, os Ficagnas
residem por todo município e formam um grupo de pessoas cultas sendo que muitos são ligados a educação,
formados em sua maioria na área de matemática. Os professores Toninho, Neuza e Eliane Ficagna, são
conhecidos e respeitados pelo legado que construíram na educação local.
Família Morais e Silva: Uma família nordestina, vinda para a região em 1978, aqui trabalharam em uma
propriedade, na produção de alimentos e criação de animais e posteriormente montaram uma máquina de
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
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limpeza de arroz e logo após um comercio de alimentos chamado Peg e Pag, localizado na esquina da Rua
Perimentral Norte com a Trav Otaviano de Macedo. O patriarca da Família Morais Silva, Raimundo Alves Silva,
nascido em 28/06/1950 em Aracaú no CE e falecido em 25 de agosto de 1996, formou uma família de cinco
filhos, sendo três mulheres e dois homens. Entre os membros da Família Morais, uma grande evidência se
consolida na pessoa de Edenilson Morais Silva, atual Sargento PM: Comandante do 69° Pelotão De Polícia
Militar de Placas, o Sargento é filho de Placas, estudou na escola pioneira Tancredo Neves e após seus
estudos, se mudou para Altamira, onde seguiu carreira militar. A matriarca da família, em total plenitude, Maria
do Amparo Moraes Silva, nasceu me 17/03/1951 em Barras no Piauí e até a data atual reside em Placas.
Família Andrade Tomaela: A Família Andrade Tomaela chegou em Placas em agosto de 1980, aqui focaram
no comercio madeireiro e posteriormente na plantação de alimentos nas diversas propriedades que adquiriram
na região. Uma propriedade de ênfase, adquirida pela família na chegada no Pará, foi o primeiro lote direito
sentido Uruará, hoje transformado no Bairro São Francisco. Entre os membros da grande família Andrade
Tomaela, pode citar Osvaldo Tomaela, um pioneiro que faleceu em janeiro de 1990, antes da emancipação de
Placas em 1993. Outros membros da família são Ivo Borges de Andrade (falecido em 2003 em Placas), Elias
Quirino de Andrade, e Irani de Andrade Tomaela, uma professora pioneira da região, nascida em 05/11/1945
em sua total plenitude vivendo ainda em Placas em sua inatividade profissional, depois de 33 anos de docência.
Um grande legado da família Andrade Tomaela são alguns lugares e endereços que receberam os nomes de
membros da família, como a Escola Municipal Prof Irani de Andrade Tomaela, localizada no Bairro Boa
Esperança e a Avenida Osvaldo Tomaela entre os Bairros Centro Sul e São Francisco, ligando o centro ao
Bairro Alto Pará e ao setor de chácaras.
Família Chaparro Blans: Era início da década de 80, precisamente em 15 de maio de 1982, chegava na região
uma família oriunda do Centro-Oeste brasileiro, objetivando a aquisição de terras, fartas na região na época que
aqui se estabeleceram. Primariamente fincaram residência na vicinal 58, não se fixou na terra, devido aos
rigores do clima e da época, e de grande incidência da malária, o que trouxe a família para morar na cidade. O
carpinteiro Florindo Blans de Lima, patriarca da Família Chaparro Blans, trouxe seus entes queridos para a
Amazônia vindos de Vila Marques no MS, na dívida entre Brasil e Paraguai. O Senhor Florindo nasceu em
30/08/40 em Laguna Carapâ no MS, uma cidade há 45 km do Paraguai, foi um homem simples, pai amoroso
que lutou pela criação dos filhos com exemplos fortes, familiar e fraternal, demonstrado pelo trabalho e pela
verdade em defesa da família como bem maior!. Placas perdeu o pioneiro Florindo em 26 de Dezembro de
2016, vitima de um grave acidente entre sua moto e um carro que percorria a Br 230, na região urbana de
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
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Placas. Iracema Chaparro de Lima, nascida em 24/07/1945 em Amambai no MS é, hoje, a matriarca da Família
Chaparro Blans, uma profissional do lar de grande habilidade, uma mãe amorosa e uma mulher guerreira e
forte, que manteve sua família unida e altiva na construção involuntária e natural de um legado rico que somará
capítulos para a história de Placas futura.
Família Oliveira: Bartolomeu de Oliveira foi um pioneiro muito conhecido, pelo seu caráter, pela sua alegria e
forte laço de amizades, além de ter morado décadas em uma propriedade anexa a antiga reserva e hoje área
urbana de Placas, propriedade esta que hoje se torna o Bairro Bartolomeu, ainda um misto de chácaras e
loteamento urbano, que fica entre o Bairro Ottobeli e o início da área rural no sentido Rurópolis, pela Br 230. O
saudoso pioneiro Bartolomeu, nasceu em São Vicente de Seridó na PB em 15/12/24 e faleceu em 22/04/08,
veio do Nordeste em busca de terras doadas pelo Incra, sendo alocado na Rodovia Transamazônica lote 4. Foi
agricultor, um bom pai e um cidadão de bem, zelando pela família pautado nos preceitos cristãos. Sua esposa,
a pioneira Luísa Maria de Oliveira, nascida em 06/06/34 e falecida em 01/05/20 foi uma mulher de fibra, que
construiu uma “literalmente” grande família, com 13 filhos, foi dona do lar e zelou pelo bem maior de sua família,
vivendo uma vida norteada nos preceitos cristões.
Família Bispo: O baiano de Esplanada, João Bispo dos Santos, nascido em 03/09/31 e falecido em 30/03/21,
foi um pioneiro plaquense chegado aqui em 03 de Outubro de 1972, cerca de dois meses após a oficial
inauguração da Transamazônica, pelo Governo de Medici. Com sua esposa, a mineira de Alvinópolis, Maria
Agda dos Santos, nascida em 10/01/30 e falecida em 02/02/91, trouxeram sua família focando uma nova e
prospera oportunidade de melhoria de vida, melhoria esta anunciada erroneamente pelo ditatorial governo
militar da década de 70 no Brasil. Num total de 6 filhos, dos quais 5 vieram de Minas Gerais com o casal de
pioneiros, formaram uma grande e guerreira família na região de Placas, Iara Aparecida dos Santos Pereira,
Ismael Gomes dos Santos, Iêda Conceição dos Santos Silva, Ivete Domingas dos Santos e Isnard Bispo dos
Santos são a prole dos Bispos que perpetuará o nome Bispo em toda a região e no nosso país. A família
primariamente morou em Miritituba, no município de Itaituba e posteriormente fincaram morada na nossa região.
Família Torres: O patriarca da Família Torres, o capixaba de Colatina, Darcy de Paula Torres, nasceu em
09/09/1940 e veio para o Pará em 1973 com sua esposa Lucimar de Sousa Torres, uma cearense de Iguatú,
nascida em 03/02/1956. Estabeleceram morada primariamente em Rurópolis e em 1974, mudaram para a
Comunidade Aparecida (conhecida como Lote Dez) há 42 quilômetros da cidade de Placas. Nesta comunidade
Família Carvalho: Seu Oni, assim ele é conhecido na sociedade plaquense, um pioneiro oriundo de Catanduva
no Paraná, que trouxe a família para o Pará em 26 de junho de 1985, focando melhoras para sua família,
aquisição de terras, fartas na região, na década em que aqui chegaram. Se estabeleceram próximo da então
vila de Alto Pará. A Família Carvalho tem como patriarca, um homem intenso, amável com seus ente queridos e
por demais educado em sua fala com a sociedade em geral, Custódio Moreira de Carvalho (o Seu Oni) nasceu
em 26/02/50 em Central nas Minas Gerais, com sua esposa, também mineira de Sobralia, Dona Maria
Aparecida de Carvalho, nascida aos 10/04/1959 trouxe seus filhos para o Norte calorento no verão e chuvoso
no inverno; assim Vera Lucia de Carvalho, Valcione Carvalho (falecido), Luciana Valeriano de Carvalho Melo e
Alcione Carvalho vieram com seus pais do frio Paraná para o quente Pará. Aqui, depois de 9 anos, chegou pra
somar aos filhos oriundos do sul, as jovens Lucimara Verônica de Carvalho e Lucila Santos Carvalho. Hoje, o
casal de pioneiros, moram no Bairro Centro Norte e desfrutam do prazer da presença da linda e forte família
Carvalho, de seus filhos, de seus netos que enchem Seu Oni e Dona Mª Aparecida de um incalculável amor
fraternal. Entre os membros desta família, podemos destacar a Professora Vera Carvalho, uma letrada de
grande respeito em sua área de atuação, uma mulher guerreira que é conhecida pelo sue profissionalismo e
uma vida pautada na família, na sua crença cristã e em seu trabalho na docência. Outra mulher de fibra, entre
tantas presentes na Família Carvalho, é a jovem senhora Luciana de Carvalho Melo, casada com Reinaldo
Gonçalves Melo, forte fazendeiro e Ir da Ordem Maçônica plaquense (Reinaldo Melo será retratado na narrativa
da sua família, nesta publicação). Luciana é sinônimo de determinação e uma mulher focada na família que foi
presenteada com a chegada de um neto, o maior presente dado pela vida para o jovem casal Ferreira Melo.
Família Cloth: A Transamazônica corta a cidade de Placas e todo o município de leste para oeste indo pra
Itaituba; cerca de 10 km de cada lado da cidade, para Uruará e para Rurópolis existe pavimento, um dos lugares
mais conhecidos é a Curva da Morte, apesar do negativo nome e de uma história cabrosa, pelos constantes
acidades que ali acontecem, a curva da morte, é na verdade, um belo local, pavimentada e inclinada para o
norte cortando uma represa e perfazendo uma imagem muito usada para fotos e poses de status de redes
socias. A curva da morte sempre foi a morada dos patriarcas da Família Cloth, uma propriedade no ponto mais
acentuado desta curva com uma visão privilegiada da represa e da Br 230, assim como do trânsito de veículos e
pedestres que passa por esta rodovia diariamente. Danilo da Curva, como o patriarca desta impar família era
conhecido, era um homem de inigualável legado, que constituiu uma família de quilates incomparáveis, que
atuou em Placas em sua formação, como agente defensor de muitos benefícios e conquistas angariadas para a
região. Nasceu Danilo Limberg Cloth em 02/07/41 em Sobradinho no RS e faleceu em 02/04/16. Agricultor e
trilheiro de arroz (usava uma trilhadeira: uma máquina levada por rodas de madeira encapsuladas com placas
de ferro que servia para descascar arroz em grande quantidade). Seu Danilo da Curva trabalhou na então vila
de Placas com um açougue por muitos anos e além de atuar como pacificador (uma espécie de delegado na
década de 80 e 90), atuou como incentivador para a construção da Escola Tancredo Neves, inaugurada em
maio de 1985, foi apoiador incansável para a conquista de um posto de telefone (a famosa Telepará) e do
primeiro Clube comunitário, hoje desativado, que ficava onde esta agora a Feira Municipal Daniel Capitani, entre
outras conquistas de outrora de nosso município. Era casado com Lourdes Canova de Cloth nascida em
25/05/39 em Irai no RS. A família chegou em Placas em 1977. O saudoso Danilo Cloth e Dona Lourdes, tiveram
sete (7) filhos, quinze (15) netos e dez (10) bisnetos. Os filhos Cloth são: Marlene Cloth Carestini, Marli de
Fatima Cloth, Milto José Cloth, Adelar Antônio Cloth, Celso Luis Celah, Roseli Rosani Cloth Rodrigues e
Edimilson Cloth. Entre os filhos de maior conhecimento, podemos citar a senhora Marli Cloth, proprietária por
décadas, de uma das primeiras papelarias da cidade, o conhecido Armarinho Globo, localizado na esquina da
Travessa Rita de Cássia com Avenida Perimentral Norte, também a Senhora Marlene Cloth que reside na
cidade e têm grandes amizades e é proprietária de uma farmácia natural, muito conhecida e requisitada na
região, assim como a Professora Roseli Rosani Cloth Rodrigues ,docente desde 1987 da rede municipal
Família Cardoso de Jesus: Falar da Família Cardoso de Jesus, é falar de sentimentos intensos, no ambiente
fraternal, é falar de uma literalmente grande família pautada na força de grandes mulheres e destemidos
homens. Uma família cristã, desde seu berço, que leva orgulhosamente o nome de sua religião aos quatro
ventos locais. Os “De Jesus” sempre moraram em uma propriedade cerca de 2 quilômetros da cidade, na rota
para Uruará, via Br 230, onde chegaram em 28 de outubro de 1972, vindos do Paraná, mesmo ano que
inaugurou a Transamazônica, feito este efetivado pelo então presidente Garrastazu Medici em 27 de agosto.
Era uma região inexplorada, cheia de mistérios e desafios, além da dificuldade de locomoção no chuvoso
inverno e no poeirento verão. O patriarca da Família Cardoso de Jesus, sempre foi conhecido como um firme e
amável pai de família, teve a honra de criar 12 filhos, grande parte deles de gêmeos, uma característica
Intrínseca nos genes da Família de Jesus até a data hodierna. Marcelino Cardoso de Jesus, nascido em
11/02/21 em Brasília de Minas em MG e falecido em 01/03/93 era esposo da pioneira Maria de Lourdes Ferreira
de Jesus, nascida em 22/08/44 em Tupã Paulista - SP e falecida em 02/08/17, um casal por demais conhecido,
nas Placas da década de 80 e parte de 90 por seu afável acolhimento para com os amigos e sociedade em
geral em sua morada. O sitio onde residiam, se tornou, com o tempo, uma espécie de vila da Família Cardoso
de Jesus, alguns filhos casaram e construíram suas casas no rebalde da sede do sitio, que era composta por
uma grande casa de madeira rodeada por imensos pés de mangas que ofertavam “gratuitamente” uma sombra
aconchegante para a família e para os amigos que constantemente lá estavam. Os filhos Cardoso de Jesus
foram moldados com muito amor e um concreto sentimento de união familiar, formando assim um grupo
fraterno, amado e respeitado por toda sociedade. Maria Aparecida de Jesus, Ilson Cardoso de Jesus, Gilson
Cardoso de Jesus, Nadir Cardoso de Jesus, Wilson Cardozo de Jesus, Marisa Cardozo de Jesus, Nilson
Cardozo de Jesus, Nilsa Cardozo de Jesus, Marcelo Cardozo de Jesus , Maurício Cardozo de Jesus, Maurilio
Cardozo de Jesus e Adriana Ferreira de Jesus formam esta família, que até hoje são conhecidos pela sua
Família Alves Bezerra: A Família Bezerra se consolida como pioneiros entre os mais conhecidos na região,
formados a partir de um casal de patriarca nordestinos de impar garra que formatou uma família de grandes
sentimentos fraternos focados na unidade familiar. Olívio Alves dos Santos, nascido em 26/05/1931 em Gandu
na Bahia e Maria José Bezerra dos Santos nascida em 04/08/1940 em Itororó no mesmo estado vieram para o
Pará em 14 de outubro de 1981 onde se estabeleceram em uma propriedade vizinha a reserva do km 240, que
deu origem a cidade de Placas. Na propriedade, entre outros construíram, com o passar dos tempos uma
farinheira, que ficou muito conhecida pela sociedade da década de 90, parte da família investiu em terras pelos
arredores da então vila de Placas. Seu Olívio Alves era conhecido pela alcunha de Olívio Baiano, de pequena
estatura, que era antônima a sua grande valia, enquanto honra e pai de família; faleceu em 14 de outubro de
2006, exatamente no dia em que completou 25 anos de Pará. Hoje Mª Bezerra, a matriarca da família, herdou
de Olívio Baiano a chefia de uma família de estremo foco no galgar rumo aos seus objetivos, uma família ampla
e com personagens de grande conhecimento na sociedade plaquense: Gleison Santos, um jovem pertencente a
Família Bezerra que já foi locutor, é funcionário público efetivo da PMP, exerceu a função de Secretário de
Agricultura em 2017, e exerce hoje o cargo de Coordenador do Ideflor-bio, hoje se consolida como um dos
“Bezerras” mais conhecidos na região, de extrema competência e um pai de família exemplar, reside em uma
Família Santos Araújo: Vindo de Braço do Rio no Espirito Santo, José Ribeiro de Araújo, um baiano de
Itamaratim, nascido em 25/09/34 chegou no Pará em novembro de 1979, como sua saudosa esposa Adelia dos
Santos Araújo, nascida em 10/03/43 e falecida em 13/07/20, aqui construíram uma linda família em sua fazenda
na vicinal do 235 norte, uma propriedade de grande beleza e apropriada para a pecuária, o que deixou a família
em condições econômicas confortáveis. Zé Queiroz, era a alcunha pela qual seu José Ribeiro é conhecido, um
homem de grande respeito entre os munícipes que gerencia uma família de admirável valor fraterno. O patriarca
desta honrosa família, reside hoje em um de seus prédios na cidade com seus 87 anos de uma vida carregada
de glória, sentimentos fraternais e realizações, pois criou 8 filhos que formou uma prole que levará o nome
Santos Araújo para a eternidade. Edilson dos Santos Araújo, Marlene dos Santos Araújo, Aides dos Santos
Araújo, Marli dos Santos Araújo, Josué dos Santos Araújo, Marileia dos Santos Araújo, Maureni dos Santos
Araújo e Ezequias dos Santos Araújo são os filhos destes patriarcas que irão deixa uma legada apreciável para
nossa história. Entre os membros mais conhecidos, podemos citar a Senhora Rita Araújo, nora do casal de
patriarcas, casada com o primogênito da família Edilson Araújo, Rita Araújo é conhecida pela sua vida cristã e
impar profissional, exercendo hoje a Direção da Escola Irani de Andrade Tomaela.
Família Pimentel Viera: Uma família de “Deus”, uma família abençoada que construiu uma biografia de grande
valor para o legado de Placas. João de Deus Pires Vieira, nascido em 28/02/28 em Lajes em SC e falecido em
12/09/16 era casado com Delira Pimentel Vieira, nascida em 30/11/36 em Amambai no MS, vindos do Paraná
para o Pará em novembro de 1980, se estabeleceram em uma fazenda na vicinal do Lama , interior de Placas,
onde criaram seus filhos e formaram uma bela propriedade, criando com o tempo, uma Comunidade de grande
conhecimento hoje na região, comunidade esta com Igreja, campo de futebol, escola e um pequeno salão de
festas. São 11 filhos, 39 netos e 56 bisnetos, os que formam hoje a Família Pimentel Vieira, família esta bem
representada por alguns de seus membros mais conhecidos, como Idnei Vieira da Silva que exerceu a função
Família Proença Florentino: Ele era um nato inventor, gostava de criar coisas, soldava aqui e acola, juntava
barras de ferros, inseria um pedaço de fio ali, botava um pneu acolá e de repente: Uma colheitadeira ou até um
carro personalizado aparecia do nada no seu quintal, e funcionava, e era de verdade... Este é um dos mais
icônicos pioneiros de nossa região, um homem de eximia inteligência no ramo da mecânica, capaz de criar
veículos a partir de ferro velho na década de 80 e 90, capaz de produzir ideias formidáveis há mais de 30 anos
atrás. Estamos honrosamente apresentando o icônico pioneiro Sezinando Barros Florentino, um homem de
admirável ótica de criação, de curiosidade que o levou a se tornar um dos pioneiros da segunda década de
Placas, mais conhecidos, com um laço forte de amizades que perpetuam até a dada hodierna (hoje). Nascido
em 10/06/38 em Presidente Alves em SP, é casado com a pioneira Maria de Lourdes Proença Florentino,
nascida em 10/03/53 em Cambará no PR e residem hoje em Rurópolis. O casal veio do Paraná em 22 de
janeiro de 1978 para o Pará e aqui construíram uma grande oficina mecânica na esquina da Travessa Faleiro
com a Av Anilda Ottobeli, hoje a antiga sede da AAP, de propriedade da Família Justino. O casal de pioneiros
construiu uma grande família, com 8 filhos: Suzana Proença Loeblein, Sezinaldo Proença, Suzimara Proença,
Sezinando Filho Proença Florentino, Simone Proença Florentino e José Silvio Proença Florentino formam a
Família Proença Florentino. Entre os membros mais conhecidos da família, podemos citar a senhora Suzana
Proença Loeblein, casada com empresário Abílio Loeblein que residem na Vila Bela Vista, de onde coordenam
os trabalhos na fazenda do casal chamada 2 irmãos, Suzana é vice-diretora da Escola Belarmina Soares na vila
citada acima. Outros membros desta família de pioneiros, muito conhecidos são a Senhora Marta Florentino,
irmã de Sezinando Florentino e o jovem Crisley Alber Florentino, que exerce a função de Técnico de
Enfermagem no Hospital Municipal de Placas, é conhecido pelo seu profissionalismo que oferta aos pacientes
um atendimento humanizado de grande valia aos que estão debilitados em sua saúde e procuram o HMP, a
esposa do jovem Crisley Florentino é a Senhora Ivone Miranda, hoje diretora do Hospital Municipal de Placas.
Família Rodrigues Leal: Nego Déco, alcunha pela qual um grande pioneiro de Placas era conhecido, nome
que carrega um legado de extrema valia para a história plaquense e para a história de toda nossa região. Pai de
uma família forte e com membros de destaques na política e educação local, um homem que construiu sua
prole pautado em sentimentos fraternos de intenso caráter, focados e imbuídos sempre na realização de seus
sonhos, algo comum entre os membros dos Rodrigues Leal. Joaquim Rodrigues Gonçalves, nascido em
09/12/21 em Alegre no ES e falecido em 2004, residiu em Placas por décadas, e ficou conhecido por ser
proprietário de uma das primeiras farmácias de Placas, localizada na esquina da Avenida Anilda Ottobeli (antiga
Rua Perimentral Sul) com a Rua Rui Barbosa. Seu Nego Déco era casado com a pioneira Luiza Rodrigues
Leal, nascida em 13/05/24 e falecida em 10/03/94, uma mulher sem igual no oficio de matriarca desta impar
família. Juntos, o casal teve quatro (4) filhos: Cicero Rodrigues Leal, Arlete Rodrigues Gonçalves, Paulo Celso
Pereira Dias: O baiano de Nanuque, nascido em 07 de Agosto de 1945, que vive em sua plenitude até a dada
hodierna na cidade de Placas, de nome Vantuil Pereira Dias, veio para nossa região em 05 de junho de 1981
com foco na angariação de terras e dilatação econômica de sua amada família. Com o pioneiro nordestino veio
sua esposa Juranilda Pereira Dias, uma mulher de garra e destemida, também baiana de Caravelas, nascida
em 13 de janeiro de 1959, aqui, Vantuil e Juranilda construíram uma grande família composta de 11 filhos, dos
quais 09 ainda vivem: Ananias Pereira Dias, Amozias Pereira Dias, Adifraina Dias Lídio , Adimaleia Pereira de
Souza, Adileia Pereira Dias, Efraim Pereira Dias, Juelene Pereira Dias, Jueli Pereira Dias e Vanildo Pereira Dias
formam a prole deste casal de pioneiros da bacia do Curuá-Una. A Família do homem, do pai, do companheiro
de todos os dias, Vantuil Pereira cresceu, vieram os casamentos, as relações convencionais e
consequentemente os netos, assim, hoje os Pereira Dias são formados por um grande número de integrantes,
dos quais, podemos citar: Amozias Pereira Dias, trabalha como funcionário público da prefeitura concursado. É
agente administrativo e Servidor do Tribunal Eleitoral do Pará, cedido pela prefeitura, é por demais conhecido
entre os jovens pelo seu carisma, pelo seu fraterno doado aos seus amigos e pelo seu caráter idôneo. Também
podemos citar a jovem, bela, cheia de vida, alegre e amiga... Juelene Pereira Dias, exerceu o cargo de
Secretária Adjunta de Administração e de Secretária de Administração na gestão do Prefeito Leonir Hermes,
desde 2017 trabalha em uma loja de alto padrão da cidade denominada Le Finesse, iniciou como atendente,
desde 2019 atua como uma competente gerente, que oferta para seus clientes, além das mercadorias
adquiridas, um atendimento com hombridade e personalizado. Uma mulher de garra, destemida como a mãe,
forte como o pai, focada como o esposo, e uma mãe exemplar, apresentamos a filha do casal de pioneiros que
Família Alves Santos: Placas foi colonizada prioritariamente por sulinos, em especial gaúchos e por nordestinos, com
ênfase para os baianos, Durval Alves Santos é mais um nordestino que se aventurou na vinda para a grandioso
Amazônia na década de 80, nascido em 19/07/10 e falecido em 02/12/05 com seus 95 anos de idade, o baiano de
Peçanha, trouxe sua família no almejo de uma nova e prospera vida pelas terras nortistas. Em 23 de julho de 1983, a
família Alves Santos chegou na incógnita Transamazônica, uma rodovia que nasce no Nordeste e penetra a Amazônia
de leste pra Oeste e trouxe milhares de famílias na sua colonização nas décadas de 70 e 80. Assim como Durval, sua
esposa era uma mulher de grande valia, uma matriarca de valor, de inestimado amor fraterno ofertado voluntariamente
a sua grandiosa a amada família; Ana de Almeida Santos, nasceu em 15/12/37 em Itapetinga na BA e faleceu em
23/07/83, com seu amado Durval, criaram dez (dez) filhos: Ilza Dos Santos Landim, João Almeida Dos Santos,
Veridiana Almeida Dos Santos , Pedro Almeida Dos Santos, Eliezário Almeida Dos Santos (Falecido), Adeilza Dos
Santos Silva, Elizeu Almeida Dos Santos, Ezeneide Bezerra Dos Santos, Ezenaide Alves Dos Santos e Maurilio
Almeida Dos Santos. Uma família que carrega a força do nordestino, que reflete o foco dos nossos ancestrais
brasileiros colonizadores de nosso país do nordeste colonial, uma família composta de grandes homens, de amáveis
mães, de orgulhosos filhos, de belos netos, de honrosas pessoas. Entre seus membros atuais, podemos fazer alvo de
Família Cabral: A Paraíba é um UF de nosso amado rincão brasileiro, é um estado de impar cultura, com
características peculiares que formata um povo conhecidos pela sua coragem, pela sua garra e sua veracidade
no expressar. Assim, e bem assim mesmo..., era o pioneiro Cabral, como era conhecido, Seu Cabral, um
paraibano de Princesa, nascido em 26/07/39 nos deixando em 05/06/00, era uma pessoa de inigualáveis
qualidades, de impar coragem e força de vontade em vencer e vencer com categoria os obstáculos naturais da
vida... Imbuído pelo objetivo de ultrapassar para a “praia paradisíaca, vindo do mar revolto”, rumou para o
inóspito Norte amazônico com sua família, oriundos de Santa Izabel do Ivaí no Paraná , onde moravam antes da
chegada no Norte, se estabeleceram as margens da recém construída rodovia Transamazônica, inaugurada no
segundo semestre de 1972. Wilson Leite Cabral, nome de batismo deste pioneiro, que foi casado com a
pioneira e matriarca da família Cabral, a Senhora Maria Terezinha Cabral, nascida em 16/10/1943 em Pedra
Azul – MG e vive em sua total plenitude em Anápolis no GO. O casal teve sete (7) filhos: Lenildo Cabral, o
primogênito, foi o primeiro a ir embora para o RJ, é graduado em Farmácia e Pós Graduado em Bioquímica; já
está aposentado, atualmente mora em São Gabriel da Palha – ES, Samuel Cabral, foi o segundo a ir para o RJ,
Graduado em Enfermagem, em Medicina e Pós Graduado em Cardiologia, com título em cardiologia pelas
Sociedade Brasileira de Cardiologia; mora no Rio de Janeiro, atua como Cardiologista no Hospital Municipal
Ronaldo Gazolla, é Médico Rotina e é responsável pelo setor de Ecocardiograma do Hospital Evandro Freire,
Plantonista no CTI do Hospital Ilha do Governador no Rio de Janeiro, Izaias Cabral, graduado em Enfermagem,
atuando como enfermeiro intensivista mora no Rio de Janeiro, atua como intensiva no hospital municipal
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 87 de 96
Evandro Freire e Hospital Municipal Jesus, Loyde Cabral, é graduada em Enfermagem, mora em Anápolis -
GO, atua como enfermeira particular, Lúcia Cabral é Licenciada em matemática e pós graduada em Pedagogia
Escolar, Lindalva Cabral, as duas últimas morando na capital do Tocantins e Wilson Cabral Filho que mora em
Jacareí em SP. A região do km 240, como era conhecido Placas na década de 70 e 80, era uma região quase
inóspita, salvo pela presença de uma rodovia construída pelo Governo Ditatorial do Brasil na década de 70, de
forma equivocada e não planejada para a plausível estadia das milhares de famílias que para a Amazônia
vieram, atendendo o chamado enganoso do Governo Federal da época, onde pregavam em larga escala, uma
propaganda com narrativa confusa e desprovida de verdades, apresentando nossa região como uma “Terra
sem Homens, para Homens sem Terra”, a Família Cabral desembarcou as margens da Br 230 próximo de uma
reserva, deixada pelo DNER para demarcar o meio do Trecho Altamira/Itaituba. Aqui encontraram dificuldades
extremas, uma terra de grande e perigosa floresta, abarrotadas de insetos peçonhentos, e de animais
carnívoros e ferozes, como as manadas de porco do mato, que passavam pela rodovia a luz do dia, oferendo
grande perigo para a população da época, não devemos esquecer da presença de onças, gatos do mato, entre
outros que ficavam a espreita de um descuido, o que podia oferecer perigo de morte. Neste ambiente
inexplorado, a Família Cabral se estabeleceu, e nela a confiança em uma vida melhor os alavancou na sua
caminhada para um futuro promissor e por demais fraterno. Wilson Cabral, era um homem cristão, pertencia a
Igreja Adventista do Sétimo Dia, no local da nova morada não havia templo, as reuniões cristãs eram feitas nas
sua própria residência, assim, Wilson Cabral e seus vizinhos, que professam a mesma fé cristã, construíram,
com recursos próprios da membresia (membros) um templo por volta de 1978, em frente a sua casa, com um
salão amplo para cultos e uma sala anexa nos fundos da Igreja que ficava em uma área própria entre muitas
árvores frutíferas como azeitonas e mangas. As Famílias Cordeiro, Cardoso de Jesus, Passinho, entre outras,
em forma de mutirão, construíram um belo templo de madeira, amplo e arejado, com majestosas janelas com
aberturas externas que deixava o ar e os raios frondosos do sol nortista adentrarem intimamente no interior do
Templo. A IASD (Igreja Adventista do Sétimo Dia) se tornou um ponto de encontro de famílias e amigos, que
iam para adorar seu “Criador” e também para botar a conversa em dias, Placas era uma vila pequena e sem
muitas opções de lazer e sem nenhuma praça ou passeio público, assim, nos sábados de manhã e nas quartas-
feiras a noite, o pátio lotava de pessoas, entre os jovens amigos(as) a roda de conversa saudável, a atualização
dos ocorridos na região, entre os mais velhos, as famílias se confraternizavam, estreitavam seus laços fraternos
antes do inicio do culto. O Culto, era em geral dirigido pelo pioneiro Cabral, um homem de grande respeito e
admiração, com uma vida pautada nos preceitos cristãos. Senhor Cabral, imbuído na crença de melhorias, na
condição de vida da região, se deslocou até Uruará, onde fez um micro curso de agente carteiro, fazendo assim
Família Ramalho
Família Perussato:
Família Sampaio:
Família Pavlak:
Família Ramalho:
família Jorge:
EPITOME
A edição do texto PIONEIROS DE PLACAS, não possui todos os dados de todas as famílias pioneiras de nossa
região, o volume de informações é grande suficiente pra a diagramação de um livro especifico, assim, aqui
discorremos, com uma síntese de algumas famílias pioneiras por parte do autor. Ao caro leitor deste, que
possua dados sobre outra família pioneira de Placas, e queira contribuir, para inserir a justa história nesta
publicação, pedimos encarecidamente que entre em contado com a edição desta obra para a inserção do
conteúdo faltoso:
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE PLACAS – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
Março de 2022 - Página 91 de 96
Ficaremos gratos pelo seu contato e por sua contribuição: Seria de grande valia, se membros das famílias
abaixo citadas entrassem com contato conosco para somar mais conteúdos nesta obra: Família do Senhor
Nego Déco, Chico Lagoa, Seu Paraíba, Família Martins, entre outras.
Contato do autor:
E-mail: lcat150170@gmail.com
Fone: 93984010323
Facebook: Lisvaldo Tomaela
Instagram: lisvaldotomaela
Placas -
A BEIRA DA ESTRADA NASCESTES
Total abrangido de Placas: 3,73 %
Fonte:
TRANSAMAZÔNICA É O TEU BERÇO O TEU LAR
DE UMA RESERVA QUE HOJE TE ENGRANDECES HOJE
Em: 28/03/22 às 22:26
Floresta
Br
163
Sombra
Pa PLACAS É UM MARCO NO PARÁ
REFRÃO:
Nacional do Santa PELA PAZ, PELA TERRA
Tapajós PELAS VIDA, A LUTAR
PELA PAZ, PELA TERRA, PELA VIDA
Novo JUNTOS A BRILHAR
Paraíso
SE O ORGULHO DO POVO FLORESCE
É DA TERRA QUE VEM A BROTAR
QUE FOI A LUTAPELA TERRA QUE VIESTE HOJE
Placa PLACAS É UMA ESTRELA A BRILHAR
s
HOJE EXISTE A HISTÓRIA DE UM POVO
Br COM UM FUTURO CRESCENTE E BRIOSO
UMA GLÓRIA NO MEIO DAS MATAS UMA GLÓRIA
População estimada (21): 32.325 hab. Aparecid 230 Bela
MUNICIPIO DE PLACAS
Densidade demográfica [10]: 3,34 hab/km² a Vista
PIB per capita [19]: R$ 8.367,13 Bom LETRA E MÚSICA. - ALBERTO DE FREITAS
Fonte: Sucesso ARRANJOS. - LISVALDO CESAR TOMAELA
Macan
Em 28/03/22 às 21:30
ã
Ouro
Fonte/mapa: Verde elha
Verm
Em: 28/03/22 às 16:32h Linha
Diagramação: Prof. Lisvaldo Tomaela a Seca
SINOPSE HISTÓRICA DO MUNICÍPIO DE
C a hoeir – PARÁ: Lisvaldo César de Andrade Tomaela
cPLACAS
na
Indíge
Placas: 717.319,40 hectares Terra Março de 2022 - Página 92 de 96
Terra Indígena: 128.271,96 hectares
Total abrangido de Placas: 17,48 %
Fonte:
Em: 28/03/22 às 22:15
Placas – Pará: Área: 7.173,194 km²
Clima: Equatorial quente e úmido
Macrorregião: Norte
Complexo Regional: Amazônia Legal
Abrangido: Rodovias Br 163 e Br 230
Graças ao seu formato esférico, o planeta Terra, , recebe de maneira desigual os raios solares ao longo de sua extensão. Assim,
enquanto em alguns lugares é dia, em outros está anoitecendo e, em outros, já está de madrugada. Diante dessa questão, os fusos
horários foram elaborados para definir os critérios a serem utilizados para a medição das horas em diferentes partes do mundo.
Assim, o planeta foi dividido em 24 fusos, sendo que cada um deles corresponde à diferença de uma hora. Tal definição levou em
conta o fato de a Terra levar justamente 24 horas para completar o seu movimento de rotação, responsável pela alternância entre os
dias e as noites. O Brasil, por possuir uma ampla dimensão territorial no sentido Leste-Oeste, perfazendo um total de 4.319,4 km
entre a Ponta do Seixas (PB) e a Nascente do Rio Moa (AC), inscreve a sua área em quatro zonas de fusos horários. Mas, como se
sabe, mesmo com os meridianos apontando exatamente o local desses fusos, é o poder público quem define a hora legal do país,
estabelecendo o número de demarcações e em que local elas serão feitas. Atualmente, então, o país é dividido em quatro fusos
horários, mas não foi sempre assim. Na verdade, houve uma alteração no ano de 2008 que resumia o território nacional a apenas
três diferentes horários no entanto, em 2013, parte do estabelecimento anterior foi retomado pela lei 11662/08 de 24 de Abril de
2018 que restituiu o horário anterior do Acre e oeste do Amazonas.
Placas foi considerada por muito tempo como a CIDADE DO FUSO HORÁRIO, por esta localizada exatamente na divisa não física
do terceiro para o segundo fuso horário do país. Nesta configuração, que durou até 2008, o Pará era dividido em dois fusos horários,
sendo o leste paraenses pertencente ao fuso horário nacional (hora de Brasília) e o oeste paraense ao terceiro fuso horário (aqui
também chamado da hora de Santarém ou Manaus) com uma hora a menos que o de Brasília. Com a aprovação da Lei 11662/08
de 24 de Abril de 2008 assinada pelo então presidente da república Lula houve uma grande mudança para nós do oeste do Pará
que deixamos de pertencer ao terceiro fuso horário e passamos a pertencer ao segundo fuso horário do Brasil (hora de Brasília)
ficando assim o oeste com uma hora a menos do que já era acostumado. A cidade de Placas viveu muito tempo com este estigma
de Cidade do Fuso Horário por ser cortada ao meio pela linha divisória do fuso horário de Brasília (vigorado no leste do Pará) e o
fuso horário de Santarém (vigorado no oeste do Pará, assim a cidade viveu por muitos anos com horas diferentes mesmo não
obedecendo, para fins econômicos, letivos este diferente horário onde a área urbana vivia o horário de Brasília em sua totalidade
“apesar de parte da cidade fazer estar do fuso horário de Brasília” e a área rural vivia o horário de Santarém “uma hora a menos que
a zona urbana (veja o mapa a seguir:
www.historiadobrasil.net
http://www.brasilescola.com/brasil/fuso-horario-brasileiro.htm
www.wikipedia
http://www.ibge.gov.br/
http://www.cidades.ibge.gov.br/
http://placasseme.blogspot.com.br/
https://www.facebook.com/lisvaldo.cesar?fref=ts
Em Março de 2022