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O RECONHECIMENTOS

DE ASSINATURAS

CARLOS LASCASAS SOARES


Aluno nº: 8060186

Mestrado em Solicitadoria

Registo Civil e Notariado

Docente: Dr. Abílio Silva

Felgueiras, 14 de janeiro de 2024


O RECONHECIMENTOS DE ASSINATURAS

CARLOS LASCASAS SOARES

Aluno nº: 8060186

Mestrado em Solicitadoria

Registo Civil e Notariado

Docente: Dr. Abílio Silva


Resumo

No âmbito da unidade curricular de Registo Civil e Notariado, integrado no Mestrado em


Solicitadoria, proponho-me apresentar o presente trabalho sob o tema “O Reconhecimento
de Assinaturas”.
Dessa forma, farei uma abordagem a temáticas pertinente, iniciando com as entidades que
tem competência para efetuar o ato, seguindo com a forma com que se verifica a
identidade dos intervenientes, quais as espécies de reconhecimentos existentes, quais os
seus requisitos, quais as assinaturas que não podem ser reconhecidas, o registo informático
que é devido, e os encargos que oneram o ato, assim como outros temas que irão
completar o trabalho.

Palavras Chave: Reconhecimento de assinatura, Reconhecimento simples,


Reconhecimento com menções especiais, Reconhecimento a rogo, Atos
Notarias Advogados, Atos Notarias Solicitadores .
Siglas e Abreviaturas

al. - Alínea
art.º(s) - Artigo(os)
BRN - Boletim dos Registos e Notariado
CC - Código Civil
cfr. - Conforme
CIMT - Código do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis
CIS - Código de Imposto de Selo
CN - Código Notariado
CSC - Código das Sociedades Comerciais
DL - Decreto Lei
DUC - Documento Único de Cobrança
DGRN - Direção Geral dos Registos e do Notariado
LOE - Lei do Orçamento de Estado
OSAE - Ordem dos Solicitadores e Agentes de Execução
p. - Página
RERN - Regulamento Emolumentos dos Registos e Notariado
SCAP - O sistema de Certificação de Atributos Profissionais
UE - União Europeia
Índice

1. Introdução …………………………………………………………………….…. 06

2. Competência …………………………………………………………….… .06 e 07

3. A verificação da identidade …………………………………………..……. 08 e 09

4. Espécies de Reconhecimentos ………………………………….……….………. 10

4.1. Reconhecimento Simples …………………………………..……………….. 10

4.2. Reconhecimento com menções especiais …………………….……….. 11 a 13

4.3. Reconhecimento a Rogo …………………………...……………………….. 13

5. Requisitos ……………………………...…………………………………… 13 e 14

6. Assinaturas que não podem ser reconhecidas ………...………………………….. 15

7. Registo Informático ………………...…………………………...……………….. 16

8. Encargos …………………………………….……………………………… 16 e 17

9. Regime de prevenção e combate à atividade financeira não autorizada e proteção

dos consumidores …………………………………………………………….... 17 e 18

10. Lei do Branqueamento de Capitais ……………………………………………... 19

11. Sistema de Certificação de Atributos Profissionais (SCAP) ……………… 20 e 21

12. Minutas ……………………………………………………..…………..…. 22 a 25

Referências Bibliográficas ………………………………….………………………. 26

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1. Introdução

O reconhecimento de assinatura é o processo de verificar a autenticidade de uma


assinatura num documento. Esse processo é habitualmente usado em contextos legais,
bancários e em todos aqueles que é necessário confirmar se a assinatura aposta num
determinado documento corresponde à assinatura conhecida do indivíduo que alega tê-la
feito, existindo várias formas de realizar o reconhecimento de assinatura.
Os reconhecimentos de assinatura, podem ser simples 01 ou com menções especiais 02, a
entidade com competência para o reconhecimento da assinatura tem de proceder à
verificação da autoria da assinatura, ou da letra e assinatura, e aos poderes de quem assina,
no caso de se tratar de um reconhecimento com menções especiais.

2. Competência

Nos termos do nº 1 do art.º 1º do Código do Notariado a função notarial corresponde à


função de “dar forma legal e conferir fé pública aos atos jurídicos extrajudiciais”.
Trata-se, pois, de uma função de inquestionável relevância no comércio jurídico.
Nos últimos anos, outras entidades como as Câmaras de Comércio e Indústria, Advogados
e Solicitador tem vindo a adquirir competências legais notariais, estando, ainda que
excecionalmente e apenas relativamente a certos atos, apto ao desempenho das funções
notariais cfr. alínea d) do n.º 1 do artigo 3.º do Código do Notariado.
Gradualmente, ano após ano, têm vindo a ser estendidas as competências notariais às
entidades acima referidas. Com efeito, em 2000, com a entrada em vigor do Decreto Lei
n.º 28/2000, de 13 de março, foi conferida às Câmaras de Comércio e Indústria,

________________________________________________________________________
01
Dispõe o n.º 2 do artigo 153.º do Código do Notariado que “O reconhecimento simples respeita à letra e
assinatura, ou só à assinatura, do signatário de documento.”.
02
O n.º 3 do artigo 153.º do Código do Notariado refere que “O reconhecimento com menções especiais é
o que inclui, por exigência da lei ou a pedido dos interessados, a menção de qualquer circunstância especial
que se refira a estes, aos signatários ou aos rogantes e que seja conhecida do notário ou por ele verificada
em face dos documentos exibidos e referenciados no termo.”.

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Advogados e Solicitador a faculdade de poder certificar fotocópias com os documentos
originais de que as mesmas são extraídas, assim como as Juntas de Freguesia e os CTT –
Correios de Portugal, SA. O objetivo deste diploma legal prendeu-se com a necessidade
de introduzir mecanismos legais de simplificação na certificação de atos, admitindo-se
formas alternativas de atribuição de valor probatório dos documentos policopiados.
Em 2001, com a publicação do Decreto-Lei n.º 237/2001, de 30 de agosto, veio
possibilitar-se às Câmaras de Comércio e Indústria, Advogados e Solicitador o
reconhecimento de assinaturas com menções especiais, por semelhança, e a tradução ou a
certificação da tradução de documentos.
Este diploma legal, ou seja, o Decreto-Lei n.º 237/2001, de 30 de agosto, constituiu um
objetivo político de persecução da desburocratização do sistema do notariado, mediante a
simplificação e a redução do número de atos que careciam, até então, de certificação por
Notário e também de introdução de formas alternativas de atribuição de valor probatório
aos documentos. A este propósito, e tal como resulta do artigo 6.º do citado diploma, “Os
reconhecimentos e as traduções efetuadas pelas entidades previstas no artigo anterior
conferem ao documento a mesma força probatória que teria se tais atos tivessem sido
realizados com intervenção notarial.”.
Podem também os Conservadores e os Oficiais de Registo, nos termos do art.º 38.º do DL
nº 76 A/2006 de 29/03 efetuar atos Notariais nessa norma prevista.
Desta forma, podem proceder ao reconhecimento de assinaturas, as seguintes entidades:

- Notários;

- Câmaras de Comercio e Indústria reconhecidas nos termos do Decreto-Lei n.º


244/92, de 29 de outubro, Advogados e Solicitadores, com poderes decorrentes das
atribuições do DL nº 237/2001 de 30 de agosto e DL 28/2000 de 13 de março, mas
devendo em conformidade com a Portaria nº 657-B/2006 ser efetuado mediante
registo informático, mas sem prejuízo das competências para a prática dos atos
previstos nos DL n.º 237/2001 de 30 de agosto e 28/2000, de 13 de março.

- Conservadores e Oficiais de Registo pelas atribuições decorrentes do art.º 38.º


do DL nº 76 A/2006 de 29 de março

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3. A verificação da identidade

A verificação de identidade é o processo de confirmar a identidade de uma pessoa. A


verificação de identidade é realizada para garantir que uma pessoa seja quem ela alega
ser e para prevenir fraudes. Devendo nos termos do art.º 155.º e 48º, ambos do CN
efetuar-se da seguinte forma:

- Nos casos em que estamos perante um cidadão nacional, poder-se-á efetuar a


verificação de identidade através do Cartão de Cidadão, Bilhete de Identidade ou
Passaporte.

- Nos casos em que estamos perante um cidadão estrangeiro, a verificação de


identidade será pela apresentação do Passaporte 03.

- A verificação da identidade, pode também ser efetuada pelo conhecimento


pessoal 04, nos termos da al. a) do nº 1 do art.º 48º CN.

- Decorre da al. b) do nº 1) do já referido art.º 48º CN, que a verificação de


identidade pode efetuar-se pela exibição do Bilhete de Identidade, ou outro
documento equivalente, se tiver sido emitida pela autoridade competente de um
dos países da União Europeia.

- Os outros “documentos equivalentes” tem que ter fotografia e a totalidade dos


elementos necessários à perfeita identificação de quem se apresenta, não sendo
admitidos documentos como os Bilhetes de Identidade Militares, Bilhetes de
Identidade da Polícia de Segurança Publica, entre outros.

- O fundamento para a verificação de assinatura pelo Passaporte, que é uma das


formas previstas para a verificação de identidade encontramos na al. c) do nº 1 do
art.º 48º CN.

________________________________________________________________________
03
No âmbito os acordos de Cooperação Jurídica e Judiciária existentes entre Portugal e S. Tomé, Guiné,
Angola e Moçambique e quanto aos Brasileiros no âmbito da Convenção Sobre a Igualdade de Direitos e
Deveres entre Brasileiros e Portugueses, podem os oriundos destes países ser identificados pelo Bilhete de
Identidade.
04
A verificação de identidade por este método só pode ser efetuada para os casos que não estão abrangidos
pela Lei n.º 58/2020, de 31 de agosto “Branqueamento de Capitais”.

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- Pela declaração de dois abonadores 05 cuja identidade seja verificada por uma
das formas previstas no já referido art.º 48º do CN, consignando-se expressamente
qual o meio de identificação usado d) do nº 1 do art.º 48º CN.

Não deve ser aceite, para verificação de identidade, documentos cujos dados não
coincidam com os elementos de identificação fornecidos pelo interessado ou cujo prazo de
validade tenha expirado, admitindo-se a alteração da residência e do estado civil, se,
quanto a estes, for exibido documento comprovativo da sua alteração não ocorrida há mais
de seis meses nº 2 do art.º 48º CN.

No âmbito da verificação de identidade e uma vez que hoje em dia os meios digitais são
cada vez mais presentes na vida de cada um de nós, devemos fazer uma abordagem para os
referidos meios já disponíveis, como é o id.gov.

O id.gov.pt é uma aplicação móvel pública, desenvolvida pela Agência para a


Modernização Administrativa, I.P., que permite ao cidadão guardar no seu "smarphone",
consultar e partilhar, em qualquer momento, os dados dos seus documentos de
identificação que estejam disponíveis na aplicação, como o Cartão de Cidadão, Carta de
Condução e outros.

Os documentos digitais na app id.gov.pt têm a mesma validade dos documentos originais.
Esta validade pode ser verificada através da app id.gov.pt instalada noutro dispositivo
móvel, estando a app disponível desde janeiro de 2019 nas principais lojas de aplicações
moveis, nos termos do aditamento do art.º 4.º-A à Lei 37/2014, de 26/06 que Estabelece
um sistema alternativo e voluntário de autenticação dos cidadãos nos portais e sítios na
Internet da Administração Pública denominado Chave Móvel Digital, pelo artigo 331.º da
Lei n.º 71/2018, de 31/12 (LOE 2019).

Não obstante, a forte probabilidade de no futuro podermos utilizar este meio para efetuara
a verificação de assinatura, por consulta dos documentos anteriormente referidos, como o
Cartão de Cidadão e Carta de Condução, o facto é que por insuficiência de meios capazes

_______________________________________________________________________
05
A verificação de identidade por este método só pode ser efetuada para os casos que não estão abrangidos
pela Lei n.º 58/2020, de 31 de agosto “Branqueamento de Capitais”.

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à sua utilização pelos Notários, Advogados, Solicitadores e demais entidades competentes
para efetuar o reconhecimento de assinaturas, no presente ainda não é possível.

4. Espécies de Reconhecimentos

Por determinação do art.º 153º do CN, os reconhecimentos podem ser simples ou com
menções especiais.

4.1. Reconhecimento Simples

O reconhecimento simples, está previsto nos termos do nº 2 do art.º 153. do CN, e é


sempre presencial, ou seja, feito na presença do Notário, Advogado, Solicitador ou
outra entidade que a lei atribui essa capacidade. O reconhecimento simples pode ser
de letra e assinatura, ou apenas de assinatura, efetuado em documentos escritos e
assinados ou apenas assinados, na presença do oficial, estando o signatário presente
no ato.

O art.º nº 1 e 2 do Decreto-Lei 250/96, de 24 de dezembro, vieram abolir os


reconhecimentos notarias de letra e assinatura, ou apenas de assinatura, feitos por
semelhança, ou seja, não presenciais e sem menções especiais relativamente aos
signatários ou sem determinação de espécie, estabelecida sem qualquer disposição
legal, pela indicação feita pelo signatário do seu número de identificação civil (para
o caso de ser titular de BI ou CC), data de emissão (no caso do BI) e serviço
emitente (no caso do BI) ou data limite da sua validade (no caso do CC) ou pelo
Passaporte 06.

Igual doutrina consta do art.º 31º do Decreto-Lei nº 135/99, de 22 de abril, diploma


que procurou reunir as normas vigentes no contexto de modernização administrativa
07.

_______________________________________________________________________
06
FERREIRINHA, F. N. – Formulários BDJUR, Actos Notariais dos Advogados - 4ª Edição, Coimbra, Almedina,
2022, p. 27
07
IDEM-Ibidem, p. 28

10
4.2. Reconhecimento com menções especiais

O reconhecimento com menções especiais é aquele que inclui, por lei ou por pedido

dos interessados de uma circunstância especial que diga respeito a estes, aos

signatários ou aos rogantes e que seja conhecida do notário, advogado ou solicitador,

ou por estes verificada em face de documentos exibidos e referenciados no termo,

conforme dispõe o nº 3 do art.º 153º do CN.

Nos termos do nº 4 do anteriormente referido art.º 153 do CN, 2ª parte, os

reconhecimentos com menções especiais podem ser presenciais ou por semelhança e

traduz-se no reconhecimento da letra e assinatura, apenas nos casos que é uma única

assinatura, ou só assinatura.

Não obstante o facto do nº 6 do art.º 153º do CN designa por semelhança o

reconhecimento com menções especiais relativa à qualidade de representante do

signatário feita por simples confronto da assinatura deste com a assinatura aposta no

bilhete de identidade ou documento equivalente de um pais da UE, ou Passaporte, ou

com a respetiva reprodução constante de pública-forma extraída por fotocópia.

O facto é, como se observa no BRN (Boletim dos Registos e Notariado) nº 7/2003 –

I caderno – a pp. 20 e ss sob o tema “Reconhecimentos de Assinaturas por

Advogado” não deve descurar-se o teor do art.º 153º do CN, onde vem definido o

reconhecimento com menções especiais nem o teor do Decreto-Lei nº 250/96 de 24

de Dezembro, que aboliu nos reconhecimentos feitos por semelhança e sem menções

especiais relativos aos signatários, nem o preâmbulo do próprio diploma, onde se

dizia que deve o governo reproduzir o âmbito de aplicação do reconhecimento por

semelhança, “unicamente a situações que comporte menções especiais”, o que

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significa, se bem analisado, que também se pode faze por semelhança o

reconhecimento de assinaturas com menções de qualquer circunstancia especial que

se refira aos interessados, designadamente na qualidade de representante, com

poderes para o ato 08.

Sobre os reconhecimentos na qualidade de representante de pessoa coletiva, com


poderes para o ato, o Conselho Técnico da DGRN deliberou em 26/01/2011 cfr.
BRN (Boletim dos Registos nº 2/2001, caderno II pp. 50 e 51 o seguinte 09:

I – O n.º 1 do art.º 9º do Regulamento de Registo de Automóvel, constante do


DL nº 55/75, de 12 de fevereiro, a propósito da regularidade da representação
de pessoas coletivas ou sociedades interessadas no registo, que o
reconhecimento notarial da assinatura do signatário contenha a declaração da
sua qualidade de representante da pessoa coletiva ou sociedade e de que tens
poderes para o ato.

II – Em conformidade com o nº 1 do art.º 6 do CSC, a capacidade de gozo da


sociedade compreende os direitos e as obrigações necessárias ou convenientes
à persecução do seu fim.

III – Assim, a sociedade comercial tem capacidade para alienar veículos


automóveis mesmo nos casos que a atividade de compra e venda desses bens
não se inclua no seu objeto, se tal se revelar necessário ou conveniente à
persecução do seu fim.

IV – Nas sociedades por quotas é o gerente que compete a celebração de atos


aludidos no número anterior, uma vez que cabe nos seus poderes funcionais,
sem necessidade de deliberação dos sócios, se o contrato social não dispuser
diversamente, cfr. art.ºs 252º, 259 e 246º do CSC.

________________________________________________________________________
08
FERREIRINHA, F. N. – A Função Notarial dos Advogados e dos Solicitadores – 2ª Edição, Coimbra,
Almedina, 2022, p. 39
09
FERREIRINHA, F. N. – Formulários BDJUR, Actos Notariais dos Advogados - 4ª Edição, Coimbra, Almedina,
2022, p. 30

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V – De resto, os atos praticados pelos gerentes, em nome da sociedade e dentro
dos poderes que a lei lhe confere, quer tais atos se compreendam no objeto
social, quer ultrapassem o âmbito da atividade que constitui o seu objeto, sem
prejuízo do disposto no nº 1 do art.º 6º do CSC, vinculam-na para com
terceiros, restando apenas à sociedade a possibilidade de lhe opor as limitações
de poderes resultantes do seu objeto social, se provar que o terceiro sabia ou
não podia ignorar que o ato não respeitava a clausula e se entretanto a
sociedade o não assumiu. Por deliberação expressa ou tácita dos sócios, vide
nºs 1 e 2 do art.º 260º do CSC.

VI – Não é assim legitima a recusa do reconhecimento da assinatura do(s)


gerente(s), da sociedade por quotas, aposta em requerimento de registo
automóvel, com menção de que o(s) signatário(s) têm poderes para o ato,
mesmo no caso em que objeto da sociedade não compreenda a alienação de
veículos automóveis, cfr. art.º 173º do CN, muito embora se não possa
considerar supérflua a consignação no termo de reconhecimento da declaração
prestada pelo signatário de que o ato é necessário ou conveniente à persecução
dos fins da sociedade.

VII – Também, por outro lado, não deve o conservador recusar o registo
automóvel com argumento de que o reconhecimento notarial não contem a
expressa menção de que ou os signatários têm “poderes para o ato”, desde que
dele conste que são representantes da sociedade, já a representação implica
aqueles mesmos poderes”.

4.3. Reconhecimento a Rogo

No que concerne aos reconhecimentos a rogo, dispõe o art.º 153º CN e 373º nº 4 do


CC que, a assinatura feita a rogo só pode ser reconhecida como tal por via de
reconhecimento presencial e desde que o rogante não saiba ou não possa assinar,
devendo o rogo ser dado ou confirmado perante o oficial, no próprio ato do
reconhecimento da assinatura e depois de lido o documento ao rogante, nos termos
do nº 2 do mencionado art.º 153 nº 1 do CN.

No documento, deve conter a expressa menção das causas que dão legitimidade ao
reconhecimento, assim como a forma como foi verificada a identidade do rogante.
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5. Requisitos

Os reconhecimentos devem ser lavrados no próprio documento a que respeitam ou em


folha anexa, cfr. nº 4 do art.º 36º CN. Ou seja, podem ser feitas no próprio documento
onde consta a assinatura, ou quando é em folha anexa tem a mesma de ser agrafada ao
documento onde constam as assinaturas, numerando e rubricando todas as folhas.

Os reconhecimentos devem conter:

- A designação do dia, mês, ano e lugar onde foram lavrados ou assinados e quando
solicitado pelas partes a indicação da hora a que se realizada – cfr. al. a) nº 1 art.º 46º CN
e nº1 do art.º 155º do CN;

- Tem de ser assinado pelo Notário, Advogado ou solicitador – cfr. nº1 do art.º 155º do
CN parte final;

- A menção do nome completo do signatário ou do rogante e a referência à forma como


foi verificada a sua identidade, com indicação de esta ser de conhecimento pessoal do
Notário, ou por exibição de algum dos documentos que alude o art.º 48º do CN, cujo
número, data e serviço emitente terá de ser referenciado, ou por declaração de dois
abonadores – cfr. nº2 do art.º 155º do CN;

- A menção, nos reconhecimentos com menções especiais, dos documentos exibidos que
foram referenciados – cfr. nº3 do art.º 155º do CN;

- A assinatura do notário, advogado, ou solicitador, antes dela, a dos abonadores que


intervierem nos reconhecimentos presenciais - cfr. nº3 do art.º 155º do CN;

- No reconhecimento de assinatura feito a rogo, deve fazer expressa menção das


circunstâncias que legitimam o reconhecimento e a forma como foi verificada a
identidade do rogante - cfr. nº4 do art.º 155º do CN;

- A impressão digital dos rogantes – cfr. art.º 51º do CN;

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- A menção alusiva ao arquivamento da declaração para a liquidação do IMT e do
competente comprovativo de cobrança, nos reconhecimentos de assinaturas apostos nos
documentos que disserem respeito a negócios jurídicos que, embora anteriores ou mesmo
laterais à formalização de contratos translativos de imóveis, tiverem um resultado
económico equivalente à transmissão deste tipo de bens, cfr. art.ºs 154º e 155º do CN e
49º, nº1 co CIMT;

- Nos reconhecimentos é permitido o uso de algarismos e abreviaturas – cfr. al. a) do nº 3


do art. 40 do CN;

- Se no ato em causa seja devido Imposto de Selo, o notário, advogado ou solicitador


deverá cobra-lo, e mencionar esse facto no reconhecimento, nos termos do nº 6 do art.º
23º do CIS.

- Quanto aos atos que se encontram sujeitos a IMT nos termos das alíneas a) e b) do nº 3
do art.º 2 CIMT é necessário apresentar declaração de liquidação e cobrança, que devem
ser mencionados no reconhecimento, nos termos do art.º 49.º nº1 do CIMT.

6. Assinaturas que não podem ser reconhecidas

Nos termos do art.º 157º do CN, é insuscetível de reconhecimento a assinatura aposta em


documento cuja leitura não seja facultada ao notário, advogado ou solicitador, ou em papel
sem nenhuns dizeres, em documento escrito em língua estrangeira que o notário não
domine, ou em documento escrito ou assinado a lápis.

Tratando-se de documento escrito em língua estrangeira que o notário não domine, salvo
se o documento estiver traduzido, nos termos que se encontram previstos no art.º 172º do
CN, ou for traduzido ainda que verbalmente, por perito à sua escolha, sem grandes
formalidades.

O notário deve recusar o reconhecimento da letra ou assinatura em cuja feitura tenham


sido utilizados materiais que não ofereçam garantias de fixidez e, bem assim, da letra ou
assinatura apostas em documentos que contenham linhas ou espaços em branco não
inutilizados.

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Não é permitido o reconhecimento de assinaturas em documentos não selados que titulem
atos ou contratos abrangidos pela Tabela Geral do Imposto do Selo, mas que beneficiem
de isenção ou redução do imposto, se no documento não estiver mencionada a disposição
legal que confere o benefício -cfr. art.º 8.º do CIS e nº 4 do art.º 157.º do CN

No caso de documento que titulem contrato de promessa de alienação de imóveis com


clausula que permite ao promitente adquirente ceder a sua posição contratual a terceiro
sem apresentação do DUC comprovativo do pagamento do IMT nos temos do art.º 49.º nº
1 CIMT.

Quando o Notário, Advogado ou Solicitador tiver dúvidas sobre a integridade das


faculdades mentais dos intervenientes, nos termos do art.º 173.º n.º 1 al. c) do CN.

Quando o ato titulado no documento onde estão apostas as assinaturas a reconhecer for
inválido, deve ser efetuada advertência aos signatários dessa invalidade, e mencioná-la
no reconhecimento, embora que essa invalidade não impeça que se faça o
reconhecimento.

7. Registo Informático

Dispões o nº 3 do art.º 38º de DL nº 76-A/2006, de 29 de março que os reconhecimentos


de assinaturas apenas podem ser validamente praticados pelos advogados, solicitadores e
câmaras de comércio e indústria mediante registo no sistema informático da OSAE
previsto e regulado pela Portaria 657-B/2006, de 29 de junho no seu art.º 1º.

Deverá constar do reconhecimento por forma a permitir a sua verificação, o respetivo


número de registo do reconhecimento efetuado neste sistema informático.

8. Encargos

Os encargos devidos pelo reconhecimento de assinaturas referem-se aos honorários que


podem ser cobrados pelos advogados, solicitadores e câmaras de comércio e indústria, já
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que, em princípio, não estão, por si só, sujeitos à liquidação de IS, sendo atualmente,
estes atos de custo livre, a que acresce o IVA 10,

O montante a pagar junto das conservatórias está estabelecido no artigo 27.º n.º 7.1 e 7.2
do RERN e é respetivamente de 12,00€ ou 16,50€, se feito sem ou com menções
especiais.

Podem também os advogados, solicitadores e câmaras de comércio e indústria nada


cobrar, em virtude de ser de custo livre, e neste caso como é evidente não haverá lugar à
liquidação de IVA 11.

Atente-se em que hoje o próprio notário pode abster-se de cobrar os custos integrais
resultantes da aplicação da dita tabela, pois o nº3 do seu art.º 9º foi revogado pela
Portaria nº 574/2008 de 04 de julho 12.

9. Regime de prevenção e combate à atividade financeira não autorizada e proteção


dos consumidores

O regime de prevenção e combate à atividade financeira não autorizada e proteção dos


consumidores, encontra-se previsto na Lei nº 78/2021 de 24 de novembro e nos termos do
seu nº 1, estabelece o quadro de proteção do consumidor perante a oferta de produtos, bens
ou prestações de serviços financeiros por pessoa ou entidade não habilitada a exercer essa
atividade.
Este diploma impões obrigações aos notários, solicitadores, advogados, oficiais de registo
e câmaras de comércio e indústrias, nomeadamente o dever de consulta e reporte ao Banco
de Portugal previsto no art.º 4º da já referida Lei nº 78/2021 de 24 de novembro. Pois,
sempre que as entidades anteriormente mencionadas e conforme dispões o nº 1 do seu art.º
4º, intervenham em atos, contratos ou documentos que, pela sua natureza, possam estar
relacionados com:

________________________________________________________________________
10
FERREIRINHA, F. N. – Formulários BDJUR, Actos Notariais dos Advogados - 4ª Edição, Coimbra, Almedina,
2022, p. 30
11
FERR IDEM-Ibidem, p.
12
FERREIRINHA, F. N. – A Função Notarial dos Advogados e dos Solicitadores – 2ª Edição, Coimbra,
Almedina, 2022, p. 46
17
- A tentativa ou o exercício de atividade financeira não autorizada, nomeadamente em
contratos de mútuo ou declarações de assunção ou confissão de dívida;
- Contratos de locação financeira;
- Contratos de locação financeira restitutiva;
- Contratos de compra e venda de imóveis associados a contrato de arrendamento ao
vendedor ou de transmissão da propriedade ao primitivo alienante;
- Contratos de compra e venda de bens imóveis ou de bens móveis sujeitos a registo que
não envolvam a concessão de mútuo por entidades habilitadas a desenvolver a atividade
creditícia, sempre que o comprador já tenha sido vendedor do mesmo bem, ou esteja
previsto o arrendamento ou usufruto do bem imóvel ou o usufruto do bem móvel pelo
vendedor, ou esteja prevista a opção de recompra do bem pelo vendedor;
Têm o dever de proceder à consulta do registo público de entidades autorizadas disponível
no sítio do Banco de Portugal e de fazer constar do documento a celebrar se o ato, contrato
ou documento em causa é ou não celebrado no âmbito do exercício de uma atividade
financeira reservada a entidades habilitadas junto do Banco de Portugal, divulgando aos
outorgantes e fazendo constar do documento a informação obtida.
Tem também, nos termos do nº 2 do art.º 4º, em atos de assunção ou confissão de dívida
ou contratos de mútuo, o dever de certificação negativa junto dos mutuantes, devendo
obter declaração do mutuante em como não está a realizar uma atividade reservada a
entidades habilitadas junto do Banco de Portugal e fazê-la constar do documento em
causa.
Devem as entidades anteriormente referidas, abster-se de executar qualquer operação ou
conjunto de operações, presentes ou futuras, que saibam ou que suspeitem poder estar
associadas à tentativa ou ao exercício de atividade financeira não autorizada, nos termos
do nº 3 do já referido art.º 4º.
A partir de 1 de março de 2022, devem também comunicam eletronicamente ao Banco de
Portugal a informação sobre as escrituras públicas, documentos particulares autenticados
ou documentos com assinatura por si reconhecida em que intervenham e que se
reconduzam aos tipos referidos nas alíneas do n.º 1, com exceção daqueles em que atuem
por conta de entidades autorizadas pelos supervisores financeiros, conforme o disposto no
nº 5 do art.º 4º.

18
10. Lei do Branqueamento de Capitais

A Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto estabelece medidas de natureza preventiva e repressiva


de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo e transpõe
parcialmente para a ordem jurídica interna a Diretiva 2015/849/UE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 20 de maio de 2015, relativa à prevenção da utilização do
sistema financeiro e das atividades e profissões especialmente designadas para efeitos de
branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo, bem como, a Diretiva
2016/2258/UE, do Conselho, de 6 de dezembro de 2016, que altera a Diretiva
2011/16/UE, no que respeita ao acesso às informações anti branqueamento de capitais por
parte das autoridades fiscais.
Nos termos da al. f) do nº 1 do art.º 4º da presente Lei, encontram-se sujeitos às
disposições da presente lei, os advogados, solicitadores, notários e outros profissionais
independentes da área jurídica, constituídos em sociedade ou em prática individual que
exerçam atividade em território nacional.
Nos ternos do art.º 7º da referida Lei os conservadores e oficiais dos registos, são
considerados entidades auxiliares na prevenção e combate ao branqueamento de capitais e
ao financiamento do terrorismo, devendo os mesmos no exercício das respetivas funções
estar sujeitos:
- Ao dever de comunicação previsto no artigo 43.º;
- Ao dever de colaboração previsto no artigo 53.º;
- Ao dever de não divulgação previsto no artigo 54.º, quanto às comunicações efetuadas ao
abrigo das alíneas anteriores.
E sempre que estejam em causa atos de titulação, os conservadores e os oficiais dos
registos estão ainda sujeitos aos deveres de exame e de abstenção previstos na presente lei,
sendo considerados atos de titulação aqueles em que se confira forma legal a um
determinado ato ou negócio jurídico, designadamente, através da elaboração de títulos nos
termos de lei especial, da autenticação de documentos particulares ou do reconhecimento
de assinaturas.

19
11. Sistema de Certificação de Atributos Profissionais (SCAP)

Atualmente o cidadão pode autenticar-se e assinar documentos digitais na qualidade das


funções que desempenha enquanto profissional qualificado. Para isso terá de associar
atributos profissionais através do Sistema de Certificação de Atributos Profissionais
(SCAP), que se encontra-se previsto na Portaria 73/2018 de 12 de março que Define os
termos e as condições de utilização do Sistema de Certificação de Atributos Profissionais
(SCAP), para a certificação de atributos profissionais, empresariais e públicos através do
Cartão de Cidadão e Chave Móvel Digital e art. 10º do Decreto-lei nº 83/2016 de 16 de
dezembro que aprova o serviço público de acesso universal e gratuito ao Diário da
República (art.º 10º Articulação com o Sistema de Certificação de Atributos Profissionais)
O Programa do XXI Governo Constitucional estabeleceu como uma das suas prioridades
fortalecer, simplificar e digitalizar a atividade da Administração, com o propósito de a
tornar mais eficiente e facilitar da vida dos cidadãos e das empresas, através do
lançamento do Programa SIMPLEX+.
De forma a simplificar a atividade das empresas, no seguimento da alteração ao artigo
546.º do Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de setembro, permite -se, igualmente, a utilização do
sistema de certificação de atributos profissionais (SCAP) para certificar a qualidade e
poderes do procurador da entidade comercial, através de procuração.
O SCAP permite ao utilizador, através do cartão de cidadão ou da chave móvel digital
autenticar -se ou assinar eletronicamente, atribuindo-lhe valor probatório, permitindo-lhe
comprovar o cargo que exerce em determinada entidade comercial, sem necessidade de
exibir qualquer outro comprovativo.
O SCAP poderá ser utilizado por administradores, gerentes ou diretores, das Sociedades
Anónimas, Sociedades por Quotas ou Cooperativas, para a assinatura dos contratos de
gestão corrente, como sejam, contratos com as entidades fornecedoras de eletricidade,
água, gás e serviços de telecomunicações, contratos com outros fornecedores, contratos de
trabalho, e, entre outros, procedimentos associados à formação e execução de contratos
públicos.

20
Dado o valor probatório desta assinatura, passa a ser possível que contratos que até hoje
obrigavam a deslocações por parte dos órgãos sociais das empresas, ou dos seus
representantes, possam ser assinados, com segurança, à distância. Evitam -se milhares de
horas de deslocações desnecessárias, facilitando a vida ao cidadão e ao empresário.
Permite também que qualquer ordem profissional proporcione aos seus associados um
mecanismo expedito e seguro de autenticação e assinatura, dando cumprimento ao
estabelecido na Lei n.º 2/2013, de 10 de janeiro.
São enquadradas também por razões sistemáticas, os atributos públicos, permitindo -se nos
termos do Decreto-Lei n.º 83/2016, 16 de dezembro, que os trabalhadores em funções
públicas e seus dirigentes possam ter o respetivo atributo profissional e cargo certificado.

21
12. MINUTAS

RECONHECIEMENTO SIMPLES PRESENCIAL

“Nome de quem efetua o reconhecimento”, solicitador com escritório/sede na “Morada


Profissional”, com Cédula Profissional nº “00000” emitida pela “OSAE”._____________

Reconheço a assinatura, feita pelo próprio na minha presença, no documento anexo de


“Nome” portadora do cartão de cidadão n.º “00000000 0AA0”, válido até “Data
Validade”, cuja identidade verifiquei pelo mencionado documento de identificação._____

Liquidado hoje o Imposto de selo da verba “00”, pelo DUC nº “0000000000” emitido em
“Dia”/”Mês”/”Ano” no montante de 00.000,00€

Data e local _____________________

O Solicitador (com carimbo)

Honorários: 00,00€

Registado na Ordem dos Solicitadores sob o nº “0000000000

RECONHECIMENTO SIMPLES PRESENCIAL DE LETRA E ASSINATURAS

“Nome de quem efetua o reconhecimento”, solicitador com escritório/sede na “Morada


Profissional”, com Cédula Profissional nº “00000” emitida pela “OSAE”._____________

Reconheço a letra e assinatura, feita pelo próprio na minha presença, no documento “X”
de “Nome” portadora do cartão de cidadão n.º “00000000 0AA0”, válido até “Data
Validade”, cuja identidade verifiquei pelo mencionado documento de identificação._____

Liquidado hoje o Imposto de selo da verba “00”, pelo DUC nº “0000000000” emitido em
“Dia”/”Mês”/”Ano” no montante de 00.000,00€

Data e local _____________________

O Solicitador (com carimbo)

Honorários: 00,00€

Registado na Ordem dos Solicitadores sob o nº “0000000000”

22
RECONHECIMENTO DE ASSINATURA COM MENÇÕES ESPECIAIS

A Nome de quem efetua o reconhecimento”, solicitador com escritório/sede na


“Morada Profissional”, com Cédula Profissional nº “00000” emitida pela “OSAE”.____

Reconheço a assinatura, feita pela própria na minha presença, no documento “X” de

“Nome” portadora do cartão de cidadão n.º “00000000 0AA0”, válido até “Data

Validade”, na qualidade de “gerente” da sociedade com a firma “Nome da Sociedade”

Registada na competente conservatória sob o NIPC: 000000000, cuja identidade verifiquei

pelo mencionado documento de identificação e cuja qualidade de gerente e suficiência de

poderes verifiquei pela certidão permanente de registo comercial com o código de acesso

”0000-0000-0000” e pela ata nº ”000” da Assembleia Geral.________________________

Liquidado hoje o Imposto de selo da verba “00”, pelo DUC nº “0000000000” emitido em
“Dia”/”Mês”/”Ano” no montante de 00.000,00€

Data e local _____________________

O Solicitador (com carimbo)

Honorários: 00,00€

Registado na Ordem dos Solicitadores sob o nº “0000000000”

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RECONHECIMENTO DE ASSINATURA COM MENÇÕES ESPECIAIS POR
SEMELHANÇA

A Nome de quem efetua o reconhecimento”, solicitador com escritório/sede na


“Morada Profissional”, com Cédula Profissional nº “00000” emitida pela “OSAE”.____

Reconheço a assinatura de “Nome”, aposta no documento “X”, por comparação ao cartão

de cidadão n.º “00000000 0AA0”, válido até “Data Validade”, na qualidade de

“gerente” da sociedade com a firma “Nome da Sociedade” Registada na competente

conservatória sob o NIPC: 000000000, cuja identidade verifiquei pelo mencionado

documento de identificação e cuja qualidade de gerente e suficiência de poderes verifiquei

pela certidão permanente de registo comercial com o código de acesso ”0000-0000-0000”

e pela ata nº ”000” da Assembleia Geral.________________________

Liquidado hoje o Imposto de selo da verba “00”, pelo DUC nº “0000000000” emitido em
“Dia”/”Mês”/”Ano” no montante de 00.000,00€

Data e local _____________________

O Solicitador (com carimbo)

Honorários: 00,00€

Registado na Ordem dos Solicitadores sob o nº “0000000000”

24
RECONHECIMENTO DE ASSINATURA A ROGO

A Nome de quem efetua o reconhecimento”, solicitador com escritório/sede na


“Morada Profissional”, com Cédula Profissional nº “00000” emitida pela “OSAE”.____

Reconheço a assinatura no documento anexo de “Nome” portadora do cartão de


cidadão n.º “00000000 0AA0”, válido até “Data Validade”, feita na minha presença e na
do rogante “Nome” portadora do cartão de cidadão n.º “00000000 0AA0”, válido até
“Data Validade”, que declarou não saber assinar, rogo esse que me foi confirmado pelo
rogante após lhe ter lido este documento, tendo verificado as identidades por exibição dos
mencionados documentos de identificação.______________________________________

Data e local _____________________

O Solicitador (com carimbo)

Honorários: 00,00€

Registado na Ordem dos Solicitadores sob o nº “0000000000”

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Referências Bibliográficas

FERREIRINHA, F. N. – A Função Notarial dos Advogados e dos Solicitadores – 2ª


Edição, Coimbra, Almedina, 2022

FERREIRINHA, F. N. – Formulários BDJUR, Actos Notariais dos Advogados - 4ª


Edição, Coimbra, Almedina, 2022

Boletim dos Registos e Notariado - nº 7/2003 – I caderno – Junho 2023

Código Registos e Notariado - 7ª Edição, Coimbra, Almedina, 2022

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