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A Suscitação de Dúvida
Resumo
Abstract:
The raising of doubt is the registration procedure supported by Art. 198 of
Law no. 6.015/73 and item 39 of Chap. XX., of the Rules of the Judiciary Office
of São Paulo. The doubt stems from the request of the interested party who had
the title registered at the Real Estate Registry Office without carrying out the
intended registration, denied by the Official, when qualifying. The doubt raised
is an examination of the extrinsic elements of the title in the light of the
principles and rules of the legal system (formal aspects), preventing the entry of
the title that does not adhere to the limits of the law. The procedure is unknown
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Aluno de Graduação do Curso Direito da Universidade Nove de Julho. E-mail:
miguel.hadad@uni9.edu.br.
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1. Introdução:
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Lei n° 8.935, art. 28: “os notários e oficiais de registro gozam de independência no exercício de
suas atribuições, têm direito à percepção dos emolumentos integrais pelos atos praticados na
serventia e só perderão a delegação nas hipóteses previstas em lei”.
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Lei nº 6.015, art. 182: “Todos os títulos tomarão, no Protocolo, o número de ordem que lhes
competir em razão da sequência rigorosa de sua apresentação”.
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concatenada, clara e objetiva, relativa ao óbice para que o título possua acesso
ao registro, em disposição ao Art. 198 4, IV da Lei n. 6015/73, combinado com o
item 395 das Normas da Corregedoria Geral da Justiça de São Paulo. Contudo,
a parte interessada pode não concordar, no todo ou em parte das exigências
formalizadas, e muitas vezes por não conseguir satisfaze-las, poderá requerer
o procedimento de suscitação de dúvida.
3. Conceito
José Manuel de Arruda Alvim Neto, com a clareza que lhe é peculiar, ao
examinar a matéria, assim pontificou “in verbis”:
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BRASIL. Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros públicos.
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6015compilada.htm. Acesso em: 30
abr. 2023.
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4. Natureza Jurídica
Aliás, vale aqui lembrar a lição de Venício Antônio de Paula Salles, “in
verbis”:
de 15 (quinze) dias contados da notificação. Pode ser produzida diretamente pelo próprio
interessado, por mandatário ou por advogado constituído. Sendo procedimento administrativo,
não se curva à necessidade de interlocutor técnico”. (Direito Registral Imobiliário. 3³ Ed., 2011,
Procedimento de Dúvida, p. 17).
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Lei nº 6.015, art. 200: “impugnada a dúvida com os documentos que o interessado
apresentar, será ouvido o Ministério Público, no prazo de dez dias”.
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7. Sentença
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Lei nº 6.015, art. 201: “se não forem requeridas diligências, o juiz proferirá decisão no prazo
de quinze dias, com base nos elementos constantes dos autos”.
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8. Hipótese Recursal
9. Trânsito em Julgado
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Lei nº 6.015, art. 202: “da sentença, poderão interpor apelação, com os efeitos devolutivo e
suspensivo, o interessado, o Ministério Público e o terceiro prejudicado”.
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Nobre e colendo Venício Antônio de Paula Salles dissertou-se quanto ao recurso em face da
decisão da corregedoria permanente, no sentindo que a presente tramitação será amparada
pelo duplo efeito, suspensivo e devolutivo. (Direito Registral Imobiliário. 3³ Ed., 2011,
Procedimento de Dúvida, p. 17).
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Lei nº 6.015, art. 202: “da sentença, poderão interpor apelação, com os efeitos devolutivo e
suspensivo, o interessado, o Ministério Público e o terceiro prejudicado”.
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Referências Bibliográficas
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Lei nº 6.015, art. 203: “transitada em julgado a decisão da dúvida, proceder-se-á do seguinte
modo (...) I - se for julgada procedente, os documentos serão restituídos à parte,
independentemente de translado, dando-se ciência da decisão ao oficial, para que a consigne
no Protocolo e cancele a prenotação (...) II - se for julgada improcedente, o interessado
apresentará, de novo, os seus documentos, com o respectivo mandado, ou certidão da
sentença, que ficarão arquivados, para que, desde logo, se proceda ao registro, declarando o
oficial o fato na coluna de anotações do Protocolo”.