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Processo nº 5000124.96.2021.8.13.0188
Por intermédio de suas advogadas, que foram constituídas pelo instrumento procuratório
em anexo, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, apresentar:
CONTESTAÇÃO, em face da Ação movida por Carlos Costa, nos moldes que serão
expostos a seguir.
I - SÍNTESE DO OCORRIDO
Em síntese, trata-se de ação ajuizada pela qual a parte Autora busca o recebimento de
indenização referente a supostos danos morais no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil
reais), por ter sido vítima de suposta perseguição interna e por danos à sua honra.
E ainda, R$ 30.000,00 (trinta mil reais) devidamente corrigidos relativos à
integralização, em virtude de sua exclusão extrajudicial da sociedade Centro
Automotivo Novalimense Ltda.
Alega a parte Autora na inicial que não poderia ter sido excluído sem uma anterior
decisão judicial nesse sentido, e que isso se revela uma ilegalidade. Assim, pugna pelo
recebimento dos valores no que se refere a danos morais e materiais.
Porém, conforme restará demonstrado, tais argumentos não coadunam com a realidade
fática e, portanto, não merecem prosperar, devendo ser julgados improcedentes os
pedidos autorais.
II – PRELIMINARES
No entanto, a parte Autora se equivoca ao julgar incorreto e ilegal tal ato, uma vez que
há a possibilidade da exclusão por meio extrajudicial, e tal afirmação encontra amparo
na Lei, e assim foi optado pelos Réus.
Não restando dúvidas que a parte Autora, cumprindo seu papel de sócio, deveria zelar
pelo bem da sociedade, e jamais praticar atos que vão ao desencontro dos interesses da
mesma. E ao praticar a concorrência desleal, contribuiu para prejuízo da referida
sociedade, não restando se não, a exclusão do sócio.
Antes de adentrar no mérito, mister se faz apontar algumas defesas em sede preliminar.
A exordial ora contestada está eivada de vícios materiais que a tornam inepta. Isto
porque o autor não trouxe fundamentos jurídicos que embasam suas alegações, há
apenas a constatação da causa de pedir e o pedido, contrariando o comando normativo
disposto no art. 319, III, do CPC, que impera:
[...]
[...]
Destarte, por não haver fundamentos de direito, o autor não faz jus ao prosseguimento
de sua pretensão.
A petição inicial deve ser vista como inepta quando não responder às exigências do art.
282 do CPC sendo eles: fatos expostos, fundamentos jurídicos desenvolvidos e pedidos.
Uma vez que as causas da inépcia da petição inicial são expostas com clareza no
ordenamento jurídico consumado.
É necessário salientar que a petição inicial não veio com a devida procuração que
confere poderes ao advogado do Sr. Carlos.
Perante os artigos 104 e 287 do CPC, é necessário que o advogado ao postular em juízo,
apresente instrumento de mandato. As exclusões dadas pela determinação dos arts. 104
e 287 não refletem na espécie, já que o postulante não tem a ameaça de ter seu pedido
como precluso.
Destarte, nota-se falha de representação como assevera o art. 337, IX, CPC tendo que o
autor corrigir este vício no prazo de 15 dias, sob pena de extinção do processo sem
resolução de mérito, informado pelo art. 76 e 321 do CPC.
III - DO MÉRITO
De início, cumpre mencionar que a contestante impugna todos os fatos narrados em
sede de inicial, os quais se contrapõem aos termos da presente contestação. Por esse
motivo, a ação deve ser declarada improcedente.
Verifica-se conforme narrativa inicial que a parte Autora afirma ter sofrido uma
perseguição interna, que culminou na infundada exclusão, porém, nenhum destes fatos
foi minimamente comprovado.
Muito pelo contrário, os documentos juntados na presente contestação, e
jurisprudências anexadas, são suficientes para comprovar o que foi narrado.
Sendo assim, conclusão outra não se pode chegar que não a improcedência do pleito
autoral.
IV - DOS PEDIDOS
3. A condenação do Autor ao pagamento, nos moldes do art. 85, §2º, do CPC, dos
honorários advocatícios.
Paola Morais
OAB XXXX
Maíra Vilela
OAB XXXX