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Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará,
quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.
Expresso no artigo 1.658 do Código Civil, a comunhão parcial de bens diz respeito ao
compartilhamento de todo patrimônio adquirido após a celebração do casamento. Significa dizer
que durante a união civil, o patrimônio pertencerá ao casal, independentemente de quem
realizou o negócio, quem contribuiu ou em nome de qual cônjuge está a coisa. No regime de
comunhão parcial, presume-se a colaboração mútua.
Cumpre salientar, que nem sempre foi assim. Essa mudança se deu a partir da Lei do Divórcio,
a qual entrou em vigor em 27/12/1977. No CC/1916, o regime supletivo legal era o da
comunhão universal de bens. Nele, os bens comunicam entre si e àqueles adquiridos durante, ou
até mesmo antes da união são passíveis de partilha em um futuro divórcio.
Uma vez extinto o contrato de casamento, todo o patrimônio que cada um possuía antes da
união é preservado, e apenas os bens adquiridos enquanto casal será dividido em igual
proporção, metade para cada um, mesmo que a contribuição financeira tenha sido desigual.
Sendo assim, a obra de arte adquirida por Aldonza, ainda que obtida com recursos da herança da
mãe, passará a fazer parte da massa compartilhada e dividia igualmente entre eles. Bem como a
casa adquirida por Alonso.