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C) Qual o regime de bens do casamento?

O regime denominado será o da comunhão parcial de bens. Se até o momento do casamento,


não houver nenhum pacto antinupcial, para fins legais, é considerado o regime de comunhão
parcial de bens, que hoje é o regime mais comum no Brasil.

O Código Civil traz isso bem claro em seu artigo 1.640:

Art. 1.640. Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará,
quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial.

Expresso no artigo 1.658 do Código Civil, a comunhão parcial de bens diz respeito ao
compartilhamento de todo patrimônio adquirido após a celebração do casamento. Significa dizer
que durante a união civil, o patrimônio pertencerá ao casal, independentemente de quem
realizou o negócio, quem contribuiu ou em nome de qual cônjuge está a coisa. No regime de
comunhão parcial, presume-se a colaboração mútua.

Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que


sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos
artigos seguintes.

Cumpre salientar, que nem sempre foi assim. Essa mudança se deu a partir da Lei do Divórcio,
a qual entrou em vigor em 27/12/1977. No CC/1916, o regime supletivo legal era o da
comunhão universal de bens. Nele, os bens comunicam entre si e àqueles adquiridos durante, ou
até mesmo antes da união são passíveis de partilha em um futuro divórcio.

D) Como seria feita a divisão dos bens?

Uma vez extinto o contrato de casamento, todo o patrimônio que cada um possuía antes da
união é preservado, e apenas os bens adquiridos enquanto casal será dividido em igual
proporção, metade para cada um, mesmo que a contribuição financeira tenha sido desigual.

Art. 1.660. Entram na comunhão:

I - Os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda


que só em nome de um dos cônjuges;

II - Os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho


ou despesa anterior;

III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os


cônjuges;

IV - As benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge.

V - Os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos


na constância do casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.
Vale ressaltar que os bens advindos de doação ou herança, normalmente não são divididos com
o outro cônjuge, entretanto, se o bem for alienado e com recurso da venda for adquirido outro
patrimônio, sem ressalvas no tocante à origem do dinheiro, o bem passa a integrar a massa
patrimonial.

Sendo assim, a obra de arte adquirida por Aldonza, ainda que obtida com recursos da herança da
mãe, passará a fazer parte da massa compartilhada e dividia igualmente entre eles. Bem como a
casa adquirida por Alonso.

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