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BENS /COISAS

-Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à mesma pessoa,
tenham destinação unitária.
É o conjunto de bens singulares que são reunidos pela vontade de seu dono para determinada destinação unitária.
Exemplo: biblioteca, rebanho de gado, qualquer coleção.

-Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, dotadas de valor econômico.
Ex.: herança, massa falida.
-Art. 94, CC: Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário
resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.

-Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua qualidade de móveis;
readquirem essa qualidade os provenientes da demolição de algum prédio.
-Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1 o São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem
mais agradável ou sejam de elevado valor.
EX: uma estátua SERÁ INDENIZADA EM BOA-FÉ, ou a pessoa pode leva-la – S NÃO CAUSAR PREJUIZO
NECESSÁRIO AO BEM.
§ 2 o São útil as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
Ex: Aumentar a cozinha. SÓ INDENIZADA QUANDO EM BOA-FÉ

§ 3 o São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
Ex: arrumar um vazamento. SÃO SEMPRE INDENIZADAS. (mesmo em má-fé)
- Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao bem sem a intervenção do
proprietário, possuidor ou detentor.
EX: aluvião.
- Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou por vontade das partes.
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:
II - o direito à sucessão aberta.
Foi feita a lei dessa forma, para uma segurança jurídica. Já que os BENS IMÓVEIS são mais simples de se
transferir. Colocando os bens, mesmo que móveis, na condição de IMÓVEIS, traz um garantismo a quem o suceder.
Fonte : Venosa (2016) e Gonçalves (2016)
- A regra de que o acessório segue o principal tem inúmeros efeitos, entre eles, a presunção RELATIVA de que o proprietário da
coisa principal também seja o dono do acessório.
- Bens consumíveis são classificados em 2: de fato = alimentos, etc.
consumíveis de direito = como o dinheiro, alienação de carro, etc. (esse, se esgota na concepção do direito).

- Delegacia, órgãos públicos: são bens públicos;

- Bens de uso comum são praças, parques, etc.

- Art. 74, parágrafo único. A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos lugares, que deixa, e
para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as circunstâncias que a acompanharem. (do
DOMICÍLIO)

- Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais:


I - Os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram;
II - O direito à sucessão aberta.
- Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais:
I - As energias que tenham valor econômico;
II - Os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes;

III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações.


*Direito real sobre bem imóvel= bem imóvel
*Direito real sobre bem móvel = bem móvel
- Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso.
- domicilio necessário se sobrepõe ao voluntário.

♦ Especificação é a aquisição da propriedade de coisa que se obtém com a transformação de matéria-prima, não sendo
possível restituir tal matéria à forma anterior. Exemplos são o da transformação do couro em sapatos ou vestimentas e de
pedras ou outros objetos naturais em utensílios.
- Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-prima em parte alheia, obtiver espécie nova, desta será proprietário, se não
se puder restituir à forma anterior.

♦ anticrese não é título, mas direito real de garantia formalizado em contrato em que o devedor entrega um imóvel ao credor,
transferindo-lhe o direito de auferir os frutos e rendimentos desse mesmo imóvel para compensar a dívida;

♦ penhor pode recair apenas sobre bens móveis.

♦ Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.

- Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la
senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário
constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo
comodante.
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DIREITO DE FAMÍLIA

Do Casamento
Podem arguir:
Impedimentos: qualquer capaz (e o oficial deve declarar, se tiver conhecimento)
Causas Suspensivas: parentes, linha reta e colateral até 2º grau
- A ausência de homologação de partilha de bens é causa suspensiva! (e não impedimento)
- O regime de separação de bens é obrigatório no caso de inobservância das causas suspensivas.
- A pessoa casada, mas separada de fato, pode constituir união estável.
- Na união estável, não é necessário a prova do esforço comum.
-Súmula 301, STJ: Em ação investigatória, a recusa do suposto pai a submeter-se ao exame de DNA induz presunção juris
tantum de paternidade.
Presunção juris tantum: presunção relativa
presunção juris et de juris: presunção absoluta
- Art. 1.614. O filho maior não pode ser reconhecido sem o seu consentimento, e o menor pode impugnar o reconhecimento,
nos quatro anos que se seguirem à maioridade, ou à emancipação.
-Súmula 277 - Julgada procedente a investigação de paternidade, os alimentos são devidos a partir da citação.
-Prazos para anulação do casamento:
=> Incapacidade - 180 dias
=> Autoridade incompetente - 2 anos
=> Erro essencial a pessoa do outro cônjuge - 3 anos
=> Coação - 4 anos
- É admissível o retorno ao nome de solteiro do cônjuge ainda na constância do vínculo conjugal.
O pedido deve ser acolhido a fim de ser preservada a intimidade, a autonomia da vontade, a vida privada, os valores e as crenças das
pessoas, bem como a manutenção e perpetuação da herança familiar.
- Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que
couber, o regime da comunhão parcial de bens.

♦ A separação: põe fim a sociedade conjugal;

O divórcio: põe fim tanto na sociedade conjugal, como no vínculo matrimonial. Por isso, na questão
abordada ele não pode casar-se novamente, pelo fato de esta separado, e não divorciado.
Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento:
MENOS:
I) os que lhe sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão
II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.
- Se faz necessária a outorga conjugal para alienação (vender o bem) de bens imóveis, SALVO no regime de separação
absoluta de bens não. (mesmo bens havidos antes do casamento ou que não integram o regime parcial de bens).

♦ § 2º Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. (sogro e sogra), irmãos
por afinidade sim (irmãos com quem se casa tornam-se seus irmãos).

♦ "A existência de casamento válido não obsta o reconhecimento da união estável, desde que haja separação de fato ou
judicial entre os casados".
- "Na união estável de pessoa maior de 70 anos (art. 1.641, II, do CC/02), impõe-se o regime da separação obrigatória, sendo
possível a partilha de bens adquiridos na constância da relação, desde que comprovado o esforço comum".

♦Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros , aplica-se às relações patrimoniais, no que couber,
o regime da comunhão parcial de bens.

♦ CC. Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o casamento.

-Sendo considerado NULO ou INEFICAZ, vigora o regime de comunhão parcial.

♦ O casamento nuncupativo está previsto no art. 1.540 do Código Civil, que traz os seguintes requisitos:
- Caso da menina que iria morrer e casou sobre os escombros de um prédio
 A celebração deve ocorrer na presença de seis testemunhas, sem parentesco em linha reta ou colateral (até o 2º
grau) com os noivos → requisito atendido pois dez bombeiros estavam presentes no local.
 O enfermo aparentava estar em risco de morte, mas sem afetação do juízo → a questão deixa claro que os nubentes
foram encontrados ainda vivos e lúcidos.
 A declaração dos noivos, por livre e espontânea vontade, de receberem-se como cônjuges → "Kevin pede a Ana que se
case com ele ali mesmo. Ela imediatamente aceita [...]".
 A instauração, dentro do prazo de dez dias, do procedimento judicial para confirmação e validação do casamento →
requisito atendido pois seis dias depois do ocorrido os bombeiros acompanharam Ana para testemunhar perante a
autoridade judicial, para efeitos de registro do seu casamento.

Bem de família (Lei nº 8.009/1990)


- A impenhorabilidade de bem de família pode ser arguida em qualquer tempo ou fase do processo, desde que não tenha
havido pronunciamento judicial anterior.
- Súmula 486-STJ: É impenhorável o único imóvel residencial do devedor que esteja locado a terceiros, desde que a renda
obtida com a locação seja revertida para a subsistência ou a moradia da sua família.
- Súmula 549-STJ: É válida a penhora de bem de família pertencente a fiador de contrato de locação.
-SÚMULA 364, STJ. O conceito de impenhorabilidade de bem de família abrange também o imóvel pertencente a pessoas
solteiras, separadas e viúvas."
- Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária,
trabalhista ou de outra natureza, SALVO se movido:
II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição do imóvel, no
limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;
III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu coproprietário que,
com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as hipóteses em que ambos responderão pela
dívida;
IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função do
imóvel familiar;
V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela entidade
familiar;
VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal condenatória a
ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
- Súmula 449-STJ: A vaga de garagem que possui matrícula própria no registro de imóveis não constitui bem de família para
efeito de penhora.
- Impenhorabilidade do bem de família não pode ser oposta pelo devedor ao credor de pensão alimentícia decorrente de
indenização por ato ilícito.

♦ Dívida condominial é uma das exceções previstas no bem de família. Logo, é possível a penhora do bem quando existem
dívidas condominiais.

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OBRIGAÇÕES
- Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do
título ou das circunstâncias do caso.
- Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.
- Código Civil. Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao
credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

 Efetivamente perdeu = DANOS EMERGENTES;


 Deixou de lucrar = LUCROS CESSANTES;
Súmula nº 37 / STJ: "“São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo
fato”.
- Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento.
Parágrafo único. Ficará sem efeito a quitação assim operada se o credor provar, (60) em sessenta dias, a falta do pagamento.
- Art. 303. O adquirente de imóvel hipotecado pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor,
notificado, não impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento. EX: Peguei um imóvel
hipotecado para assumir a dívida, tenho que notificar o devedor primário, ele tem 30 dias para impugnar, se não impugnar,
entende-se que ele assentiu com isso.
-Art. 360. Dá-se a novação:
I - Quando o devedor contrai com o credor nova dívida para extinguir e substituir a anterior;
II - Quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.
- Art. 361. Não havendo ânimo de novar, expresso ou tácito, mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a
primeira. (Ou seja, a 1 novação é complementada).
- Art. 362. A novação por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste é a
expromissão. (EX: eu devo João, meu amigo Pedro, faz negócio com João e, no negócio inclui oque eu devo, logo, não precisa
do meu consentimento – é tipo um presente.) É diferente da ASSUNÇAO (um terceiro assume a dívida, mas ela fica vinculada
ao devedor originário) e da DELEGAÇÃO (a qual precisa da aceitação do credor, quando delega a dívida a um terceiro).
- Os Bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade, por
exemplo, o dinheiro
- Art. 307. Só terá eficácia o pagamento que importar transmissão da propriedade, quando feito por quem possa alienar o
objeto em que ele consistiu.
-A cessão de crédito pode ser pro soluto ou pro solvendo. Na cessão pro soluto o cedente responde pela existência e legalidade
do crédito, mas não responde pela solvência do devedor; já na cessão pro solvendo, responde também pela solvência do
devedor.
cessão de crédito pro soluto -> SÓ LUTO! Acabou! Não responde o cedente pela solvência do devedor.
cessão de crédito pro solvendo -> SÓ VENDO a cláusula expressa! requer cláusula contratual EXPRESSA.
- Súmula 54 STJ: Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.
- Súmula 362 STJ: A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do arbitramento.
- "A correção monetária é matéria de ordem pública, integrando o pedido de forma implícita, razão pela qual sua inclusão
ex officio, pelo juiz ou tribunal, não caracteriza julgamento extra ou ultra petita".
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Das RESPONSABILIDADE
- JDC 452. A responsabilidade civil do dono ou detentor de animal é objetiva, admitindo-se a excludente do fato exclusivo de
terceiro.
- CC, art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e
prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele. (SOLIDARIAMENTE).
- Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão
pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos.

- Enunciado 37: A responsabilidade civil decorrente do abuso do direito independe de culpa e fundamenta-se somente no
critério objetivo-finalístico. (ex: Ganhei o litigio em pegar uma TV, na execução peguei a TV e um DVD, aqui, ficou
caracterizado).
- Dano causado por incapaz:
Regra: Responde o seu representante legal
Exceção: Responde o incapaz, mas a sua responsabilidade será SUBSIDIÁRIA, EQUITATIVA E LIMITADA
-Responsabilidade. EXTRACONTRATUAL: conta a partir do EVENTO DANOSO. (Francisco, através da internet, no dia 10 do 01 de
2015 xinga beltrano, tendo ciência do fato, notifica no dia 20 do 01 de 2015 o ofensor, nesse caso a mora de obrigação de indenizar
não é da ciência de quem ofendeu e, sim do fato).
- Art. 935, CC: A responsabilidade civil é independente da criminal, não se podendo questionar mais sobre a existência do fato,
ou sobre quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal.
- Este Tribunal Superior tem reiteradamente afirmado a independência entre as instâncias administrativa, civil e
penal, salvo se verificada absolvição criminal por inexistência do fato ou negativa de autoria.

♦ A obrigação de indenizar é subjetiva, de modo a exigir os quatro elementos: Conduta, dano, nexo de causalidade
e culpa. Em regra, no que tange à responsabilidade civil extracontratual/aquiliana, o ônus da prova cabe ao AUTOR DA AÇÃO
(parte lesada) - Sistema estático da prova.
Excepcionalmente, em razão da impossibilidade ou extrema dificuldade de obtenção de prova, o juiz poderá modular o ônus
probatório, transferindo este encargo para o causador do dano.

♦ Termo inicial dos JUROS MORATÓRIOS (em caso de danos morais ou materiais):

Responsabilidade EXTRACONTRATUAL: Os juros fluem a partir do EVENTO DANOSO (art. 398 do CC e Súmula 54 do STJ).
Responsabilidade CONTRATUAL:
Obrigação líquida: os juros são contados a partir do VENCIMENTO da obrigação (art. 397). É o caso das obrigações com mora
ex re.
Obrigação ilíquida: os juros fluem a partir da CITAÇÃO (art. 405 do CC). É o caso das obrigações com mora ex persona.

♦ Indenização decorrente de relação contratual = prazo prescricional geral de 10 anos.

Indenização decorrente de ato ilícito/responsabilidade aquiliana/extracontratual = prazo prescricional de 03 anos


Prazo prescricional:
ABSOLUTAMENTE INCAPAZ (- de 16 anos): não corre contra, mas corre a favor.
RELATIVAMENTE INCAPAZ (+16): corre contra e a favor.

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DOS CONTRATOS
- Parágrafo único. Nas relações contratuais privadas, prevalecerão o princípio da intervenção mínima e a excepcionalidade da
revisão contratual.
entende-se que: é possível a revisão ou resolução por excessiva onerosidade em contratos
aleatórios, DESDE QUE o evento superveniente, extraordinário e imprevisível NÃO SE relacione com a álea
assumida no contrato.
Ex: Imagina que, compro algo em dólar e, posteriormente o dólar se acentua drasticamente em relação ao
real. Nesse caso não será possível pois, a Taxa de câmbio sofre alteração todo santo dia, assim, sendo
previsível dessa alteração.
-Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais
favorável ao aderente.
- Art. 445. O adquirente decai do direito de obter a redibição ou abatimento no preço no prazo de trinta dias se a coisa for
móvel, e de um ano se for imóvel, contado da entrega efetiva; se já estava na posse, o prazo conta-se da alienação, reduzido à
metade.
§ 1 o Quando o vício, por sua natureza, só puder ser conhecido mais tarde, o prazo contar-se-á do momento em que dele tiver
ciência, até o prazo máximo de cento e oitenta dias, em se tratando de bens móveis; e de um ano, para os imóveis.
VÍCIO REDIBITÓRIO DE FÁCIL CONSTATAÇÃO
REGRA = NÃO ESTÁ NA POSSE = PRAZO CHEIO DA ENTREGA
# 30 DIAS = MÓVEL
# 1 ANO = IMÓVEL
EXCEÇÃO = ESTÁ NA POSSE = METADE DO PRAZO DA ALIENAÇÃO
# 15 DIAS = MÓVEL
# 6 MESES = IMÓVEL
VÍCIO REDIBITÓRIO DE DIFÍCIL CONSTATAÇÃO
180 DIAS = MÓVEL
1 ANO = IMÓVEL
- A evicção ocorre quando quem comprou um bem ou está em uso de uma coisa se vê obrigado a restituir a outro.
(Ex: compro um carro, posteriormente vem sentença judicial mandando eu entregar o carro porque era de outro.)
- Art. 450. Salvo estipulação em contrário, tem direito o evicto, além da restituição integral do preço ou das quantias que pagou:
I - à indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
II - à indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que diretamente resultarem da evicção;
III - às custas judiciais e aos honorários do advogado por ele constituído.
- Segundo a doutrina majoritária, o princípio da relatividade contratual dispõe que um terceiro que não fez parte da
obrigação originária, não pode ser compelido pelo o que não se obrigou.
Exceção: contrato com pessoa a declarar e estipulação em favor de terceiro.
-CLAUSULA RESOLUTIVA

-> EXPRESSA: pleno direito


-> TÁCITA: depende do pronunciamento do juiz.
- Adimplemento substancial, como o próprio nome sugere, significa que a obrigação foi cumprida (adimplida) de maneira
considerável. O inadimplemento, portanto, foi mínimo. Desta forma, entende a jurisprudência que não há que se falar em
rescisão contratual, mas apenas no direito do credor de receber as parcelas faltantes. (essa teoria não está expressa na
legislação, é, tão somente, jurisprudência e doutrina).
- Art. 462. O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser
celebrado.
- Art. 426. Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva.
- Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da
do outro.
- TRANSAÇÃO acordo de vontade entre as partes para por fim a um litígio – presente ou futuro.
-Art. 841. Só quanto a direitos patrimoniais de caráter privado se permite a transação.
- MANDATO alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. A procuração é o
instrumento do mandato.
- Art. 656. O mandato pode ser expresso ou tácito, verbal ou escrito. (Não se admite mandato verbal quando
o ato deva ser celebrado por escrito).
- Pode haver a transferência do mandato a um terceiro (substalecimento), por esse hora celebrante primário,
ficando responsável por eventuais danos. (Ex: Por meio de escritura pública, André outorgou a Beatriz
mandato para que, em seu nome, ela pudesse celebrar contratos. Ela outorgou a um terceiro esse mandato,
não precisa da anuência de André para isso, pois ela o representa integralmente. Pensar como em um
escritório de adv., onde tem outros advogados.)

♦ O contrato preliminar, exceto quanto à forma, deve conter todos os requisitos essenciais ao contrato a ser celebrado.

♦ Não se aplica o CDC ao contrato de locação dos imóveis urbanos a elas pertinentes. regido pela Lei 8.245/91.

♦O que é moratória? É a dilação do prazo de quitação de uma dívida, concedida pelo credor ao devedor para que este
possa cumprir a obrigação além do dia do vencimento.

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SUCESSÕES
- Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido.
- Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela.
- Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários (ascendente e descendente) – irmão e primo não são! o testador só poderá
dispor da metade da herança. Caso não tenha herdeiros necessários, pode fazer oque quiser!
- Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.
- Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do patrimônio hereditário,
perante o juízo competente no lugar da sucessão, para fins de liquidação e, quando for o caso, de partilha da herança.
- Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem legatários:
I - A pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos;
II - As testemunhas do testamento;
III - o concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge há mais de cinco anos;
IV - O tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o
testamento.
- Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.
- Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão,
requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança
por aceita.
- Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
- Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
- Código Civil: Art. 1.973. Sobrevindo descendente sucessível ao testador, que não o tinha ou não o conhecia quando
testou, rompe-se o testamento em todas as suas disposições, se esse descendente sobreviver ao testador. (ex: faço
testamento deixando tudo para roo, porém, quando do falecimento, descobre-se que eu tinha um filho, logo o testamento e
nulo).
- Art. 1.830. Somente é reconhecido direito sucessório ao cônjuge sobrevivente se, ao tempo da morte do outro, não estavam
separados judicialmente, nem separados de fato há mais de dois anos, salvo prova, neste caso, de que essa convivência se
tornara impossível sem culpa do sobrevivente.
- Meação é o termo que designa a metade ideal do patrimônio comum do casal, a que faz jus cada um dos cônjuges. No
regime da comunhão universal de bens, todos os bens se comunicam (até mesmo herança), tanto os adquiridos
anteriormente como os posteriormente ao casamento, salvo cláusulas restritivas.
- Falecido só pode dispor de 50% do seu patrimônio por testamento, os outros 50% cabe aos herdeiros. (posso escolher
um filho preferido, porém o outro fica com 25%)
- 1836 § 1 º Na classe dos ascendentes, o grau mais próximo exclui o mais remoto, sem distinção de linhas.
- Art. 1.860, Parágrafo único. Podem testar os maiores de dezesseis anos;
- Art. 1.843. Na falta de irmãos, herdarão os filhos destes e, não os havendo, os tios.
§ 1o Se concorrerem à herança somente filhos de irmãos falecidos (SOBRINHOS) , herdarão por cabeça.
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DA POSSE

♦ Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à
propriedade.

♦ Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

♦ Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera permissão ou tolerância assim como não autorizam a sua aquisição os atos
violentos, ou clandestinos, senão depois de cessar a violência ou a clandestinidade.

♦ Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às
voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de
retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.

♦ Usucapião:

Comum - 5 anos - 250 m²


Familiar - 2 anos - 250 m²
Rural - 5 anos - 50 m²
Especial Coletivo - 5 anos - 250 m²
Ordinário - 10 anos (justo título e boa-fé) - sem área (art. 1242 CC - não expressa área)
Extraordinário - 15 anos (boa ou má-fé), salvo 10 anos se fizer manutenção, obras, etc. (posse mansa e pacifica) - sem
área (art. 1238 CC - não expressa área)

♦ Segundo o artigo 102 do Código Civil; o artigo 191, parágrafo único, e o artigo 183, parágrafo 3º, ambos da Constituição da
República; bem como, segundo a Súmula 340 do Supremo Tribunal Federal, os bens públicos em geral jamais serão objeto de
usucapião, nem móveis, nem imóveis, sejam de uso comum do povo, de uso especial ou dominicais.

♦Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade,
sobre imóvel urbano de até 250m² ,cuja propriedade dívida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar,
utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro
imóvel urbano ou rural.

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ALIMENTOS

♦ Súmula 596, STJ: A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no
caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais.
O falecimento do pai do alimentante NÃO implica a automática transmissão do dever alimentar aos avós.

♦ Súmula 620, STJ: A embriaguez do segurado não exime a seguradora do pagamento da indenização prevista em contrato de
seguro de vida.

♦ O valor recebido a título de horas extras integra a base de cálculo da pensão alimentícia fixada em percentual sobre os
rendimentos líquidos do alimentante. E a base de cálculo da pensão alimentícia fixada sobre o percentual do vencimento do
alimentante abrange o décimo terceiro salário e o terço constitucional de férias, salvo disposição expressa em contrário.

♦Enunciado 34 - É possível a relativização do princípio da reciprocidade, acerca da obrigação de prestar alimentos entre pais e
filhos, nos casos de abandono afetivo e material pelo genitor que pleiteia alimentos, fundada no princípio da solidariedade
familiar, que o genitor nunca observou.

♦O fato de o devedor de alimentos estar recolhido à prisão pela prática de crime não afasta a sua obrigação alimentar, tendo
em vista a possibilidade de desempenho de atividade remunerada na prisão ou fora dela a depender do regime prisional do
cumprimento da pena.

♦ É irrenunciável o direito aos alimentos presentes e futuros. O credor pode, contudo, renunciar aos alimentos pretéritos
devidos e não prestados. Isso porque a irrenunciabilidade atinge o direito, e não o seu exercício.
♦O genitor pode propor ação de prestação de contas em face do outro genitor relativamente aos valores decorrentes de
pensão alimentícia. Para isso, bastam indícios, não sendo necessária a comprovação prévia do mau uso da verba alimentar
para o cabimento da fiscalização.
LEI Nº 11.804 - ALIMENTOS GRAVÍDICOS : Prazo prescricional da prestação de pensão alimentícia: 2 anos, a contar da data
do vencimento.

♦ Quem é condenado em pagar alimentos gravídicos deverá pagar desde a concepção, independentemente da data da
sentença do juiz.

♦ Art. 7 O réu será citado para apresentar resposta em 5 (cinco) dias.

♦ Súmula 596-STJ: A obrigação alimentar dos avós tem natureza complementar e subsidiária, somente se configurando no
caso de impossibilidade total ou parcial de seu cumprimento pelos pais. (alimentos avoengos).

♦ Súmula 358 do STJ: “O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito à decisão judicial,
mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.”

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