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Eficácia jurídica do casamento

 No campo social: presunção de filiação,


maioridade, parentesco por afinidade.

 No campo pessoal: Alteração do sobrenome


dos cônjuges- art. 1578 CC; deveres do
casamento- art. 1566 CC.

 No campo patrimonial: Regime de bens.


Regime de bens
Princípios dos regimes de bens
a) Liberdade de escolha do regime de bens
Exceção: Regime de separação Obrigatória – Art.
1639 CC
b) Variedade dos regimes de bens
Regime legal- Art 1640CC O regime de
comunhão parcial é o regime legal desde
26.12.1977 ( Lei do Divórcio)
c) Mutabilidade relativa/motivadA dos regimes
de bens – Art. 1639§2°

§ 2 o É admissível alteração do regime de bens,


mediante autorização judicial em pedido
motivado de ambos os cônjuges, apurada a
procedência das razões invocadas e
ressalvados os direitos de terceiros.
Alteração do regime de bens daqueles que se
casaram na vigência do CC de 1916.
Ver: Art. 2039 C- “O regime de bens nos
casamentos celebrados na vigência do Código
Civil anterior, é o por ele estabelecido.”
Os que se casaram no Regime de separação
obrigatória podem alterar o Regime?
Efeitos da alteração . Ex tunc? Ex Nunc ?
Atos que necessitam de outorga
conjugal
Art. 1647 CC- Ressalvado o disposto no art. 1648,
nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro,
exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
Ver: Art 978 CC
II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou
direitos;
III - prestar fiança ou aval;
Ver: AgInt no REsp 1473462 / MG ( prevalência da Lei
Uniforme
IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens
comuns, ou dos que possam integrar futura meação.
Parágrafo único. São válidas as doações nupciais feitas
aos filhos quando casarem ou estabelecerem economia
separada.
Art. 1.648. Cabe ao juiz, nos casos do artigo
antecedente, suprir a outorga, quando um dos
cônjuges a denegue sem motivo justo, ou lhe seja
impossível concedê-la.
Atos que não necessitam de
outorga
Art. 1.642. Qualquer que seja o regime de bens, tanto o
marido quanto a mulher podem livremente:
I - praticar todos os atos de disposição e de
administração necessários ao desempenho de sua
profissão, com as limitações estabelecida no inciso I do
Art. 1647
II - administrar os bens próprios;
III - desobrigar ou reivindicar os imóveis que tenham
sido gravados ou alienados sem o seu consentimento
ou sem suprimento judicial;
IV - demandar a rescisão dos contratos de fiança e
doação, ou a invalidação do aval, realizados pelo outro
cônjuge com infração do disposto nos incisos III e IV do
art. 1647
V - reivindicar os bens comuns, móveis ou imóveis,
doados ou transferidos pelo outro cônjuge ao
concubino, desde que provado que os bens não foram
adquiridos pelo esforço comum destes, se o casal
estiver separado de fato por mais de cinco anos;
VI - praticar todos os atos que não lhes forem vedados
expressamente.
Pacto antenupcial (Arts 1653 a 1657. )
O Pacto antenupcial não se destina apenas a escolher o
regime de bens e pode ter cláusulas patrimoniais e/ou
não patrimoniais, embora as segundas sejam de difícil
execução

Art. 1.653. É nulo o pacto antenupcial se não for feito


por escritura pública, e ineficaz se não lhe seguir o
casamento.
Validade do pacto- Deve ser feito por escritura pública
Eficácia- casamento
Pacto pode ser válido e ter apenas uma de suas
cláusulas nula
Art. 1.655. É nula a convenção ou cláusula dela que
contravenha disposição absoluta de lei.

Art. 1.657. As convenções antenupciais não terão


efeito perante terceiros senão depois de registradas,
em livro especial, pelo oficial do Registro de Imóveis do
domicílio dos cônjuges.
Para ter validade para terceiros o pacto precisa estar
registrado no cartório de registro de Imóveis do
domicilio dos cônjuges
Art. 1.659. Excluem-se da
comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e
os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-
rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores
exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges
em sub-rogação dos bens particulares;
Regra geral: Comunicam-se os bens
adquiridos onerosamente na constância do
casamento. Não se comunicam os bens
adquiridos antes do casamento e os que
sobrevierem na constância do casamento por
doação ou sucessão
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos,
salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e
instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada
cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e
outras rendas semelhantes.
Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja
aquisição tiver por título uma causa anterior ao
casamento.
Entram na comunhão
Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:
I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e
os que lhe sobrevierem, na constância do
casamento, por doação ou sucessão, e os sub-
rogados em seu lugar;
II - os bens adquiridos com valores
exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges
em sub-rogação dos bens particulares;
III - as obrigações anteriores ao casamento;
IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos,
salvo reversão em proveito do casal;
V - os bens de uso pessoal, os livros e
instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada
cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e
outras rendas semelhantes
Bens Móveis _ art. 1662CC

Art. 1.662. No regime da comunhão parcial,


presumem-se adquiridos na constância do
casamento os bens móveis, quando não se
provar que o foram em data anterior.

Dívidas- Arts 1663 a 1666 CC


Regime de comunhão Universal
Regra geral: Comunicam-se todos os bens
adquiridos antes ou na constância do
casamento, bem como as dívidas. ( art
1667 CC)
São excluídos da comunhão
I- os bens doados ou herdados com a cláusula
de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu
lugar;
Ver: Art. 1911 CC
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito
do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a
condição suspensiva;
( Cláusula de substituição testamentária )
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se
provierem de despesas com seus aprestos, ou
reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos
cônjuges ao outro com a cláusula de
incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do Art
1659CC
Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens
enumerados no artigo antecedente não se
estende aos frutos, quando se percebam ou
vençam durante o casamento.
Art. 1.670. Aplica-se ao regime da comunhão
universal o disposto no Capítulo antecedente,
quanto à administração dos bens.
Regime de Separação Absoluta
Convencional
Art. 1.687. Estipulada a separação de bens, estes
permanecerão sob a administração exclusiva de
cada um dos cônjuges, que os poderá
livremente alienar ou gravar de ônus real.
Art. 1.688. Ambos os cônjuges são obrigados a
contribuir para as despesas do casal na
proporção dos rendimentos de seu trabalho e
de seus bens, salvo estipulação em contrário no
pacto antenupcial.
Regime de participação final nos
aquestos
Aquestos=bens onerosamente adquiridos
na constância do casamento

Regime que SE ASSEMELHA a comunhão


parcial quanto à divisão patrimonial e ao
regime de separação absoluta quanto à
administração dos bens
Por que se assemelha à comunhão
parcial?

Os bens objeto de divisão serão os mesmos da


Comunhão parcial: os adquiridos na constância
do casamento à título oneroso:
Os bens excluídos também serão os mesmos: os
adquirido antes do casamento a qualquer título,
os adquiridos na constância do casaemento por
doação ou sucessão e os bens cuja aquisição
tiver por título causa anterior ao casamento
Qual a diferença, então em relação
à comunhão parcial?
No regime de participação final nos aquestos é
feito um balanço contábil dos bens que se
comunicam
Não se dividem os bens, mas o valor relativo a
eles
E faz diferença?
• Discussão e, relação ao valor do bem
• Preferencia do conjue proprietário em relação
ao seu bem

• Necessidade de perícia contábil


Laura casou com Joyce no Regime participação
final nos aquestos. como ficará a divisão do
patrimônio do casal sabendo-se que : Laura
possuia uma casa antes de casar, no valor de
cem mil reais e comprou um apartamento na
constância do casamento no valor de duzentos
mil; Joyce possuía uma casa no valor duzentos
mil antes de casar, durante o casamento vendeu
a casa que possuía e comprou um apartamento
no valor de quatrocentos mil e que atualmente
vale quinhentos mil reais.
Ainda durante o casamento Laura comprou um
terreno por cem mil e que em cinco anos tem
muita chance de se valorizar. Em 2019 Laura
pagou uma divida de Joyce no valor de R$
25.000.
Como deverá se dar a partilha de bens do casal
na hipótese de um divórcio? Se Joyce quiser
parte do terreno que está no nome de Joyce
poderá fazer alguma coisa ?
Laura
• Casa antes de casar não entra na conta
• 100% do apartamento comprado na
constancia do casamento= R$ 200.000 mil
• Terreno = R$ 100.000 mil
Joyce
• 50% do apartamento que adquiriu na
constancia do casamento, pois metade foi
subrrogado no lugar do bem particular. = R$
250.000 mil.
Fazendo o encontro de contas
• Laura teria que dar R$ 150.000 mil à Joyce
• Joyce teria que dar R$ 125.000 mil à Laura e
pagar a Dívida de R$ 25.000 mil que tem com
Laura.
• SALDO = ZERO
• Se Joyce quiser o terreno deve impugnar a
titularidde de Laura. Art 1681 CC
Por que se assemelha ao regime de
separação absoluta ?

Porque cada conjuge é proprietário do bem que


está no seu nome, o admistrará livremente e
terá preferência de ficar com ele no momento
da partilha
Em que se diferencia da separação
absoluta na administração dos
bens ?
• O proprietário não pode alienar os bens, salvo
exceção do artido 1656 CC.
• Mantem-se todas as limitações do artigo 1647
quanto à outorga conjugal.
Regime de separação obrigatória

Hipóteses: Artigo 1641


Aplicação à união estável (?)
Aplicação da Súmula 377 STF
"no regime da separação legal de bens,
comunicam-se os adquiridos na constância do
casamento”
Diferença principal da comunhão parcial:
Necessidade de prova do esforço comum e
direito sucessório do cônjuge/ companheiro

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