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- Estatuto patrimonial - Regime de bens (CC/02, 1639 a 1688; Enunciados CJF/STJ, 113, 114, 115,
260, 261, 262, 331, 340).
- Princípios: liberdade, variedade, mutabilidade (CC/02, 1639; CPC 734; CJF/STJ, 113, 331, 260).
- Disposições gerais: outorga e administração (CC/02, 1639 a 1652; CJF/STJ, 114, 340).
Comunhão universal – tudo que eu tinha, tudo que ele tinha e tudo que nós adquirimos
será divido meio a meio
Comunhão parcial – o que eu tinha antes do casamento e o que eu adquirir durante o
casamento de forma gratuita (herança por exemplo) não se comunica com o restante.
Separação total/absoluta - o que cada um de nós tinha antes de casar e o que cada um
de nós comprar durante o casamento não se comunica. Nada se comunica.
Participação final nos aquestos – mistura regras da separação com a comunhão parcial.
No começo é uma separação e no final a comunhão.
PACTO ANTENUPCIAL
Pacto antenupcial deve ser feito por ESCRITURA PÚBLICA, e se for de forma diversas, ele
é nulo e significa dizer que nos casamos sem pacto e vigorará o regime de comunhão
parcial de bens.
Ineficaz de seu não casar depois e se for com pessoa diversa daquela do pacto.
Será nula a cláusula do pacto que contrariar disposição absoluta de lei. Ex: determinar
que não haverá direitos sucessórios ou que não haverá necessidade de cumprir com o
dever de fidelidade - nulo. O pacto é válido, mas a cláusula não.
Depois de celebrado o casamento, o pacto deve ser levado ao registro de imóveis para
que ele passe a ter eficácia erga omnes.
Princípio da mutabilidade:
O regime de bens pode ser alterado (alteração que veio com o CC 2002)
Há a necessidade de autorização judicial no casamento. Na união estável basta realizar
novo contrato.
Necessidade de comprovação que não ocorrerá danos à terceiros.
Juiz somente homologa se não houver dívidas, pois caso não seria uma forma de fraudar
contra credores.
Necessidade de levar ao registro.
Efeitos ex tunc ou ex nunc? Há divergência, mas a prof entende que o melhor seria efeitos
ex nunc, pois evita gastos e despesas que seriam necessárias caso retroagisse. Além disso,
o STJ entende que os efeitos são ex nunc, efeitos a partir da sentença, e sobre os bens
anteriores valeria a regra do regime anterior.
Art. 1.647. Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto na separação absoluta:
I - Alienar ou gravar de ônus real os imóveis - vender, doar, fazer dação em pagamento, etc.
Qualquer forma que faça que o bem saia do meu domínio e vá para outro, ou fazer hipoteca to
bem imóvel (gravar)
II – Pleitear, como autor ou réu, acerca daqueles imóveis. - Qualquer ação possessória, por
exemplo. Há a necessidade de anuência do cônjuge.
CPC, Art. 73 e §3º. Obrigatório consentimento para propor ação sobre d. imobiliário, exceto se
casados em separação absoluta de bens. Aplica-se também à união estável comprovada nos
autos.
III - Prestar fiança ou aval - ex: meu irmão precisa alugar um imóvel e eu decido ser a fiadora dele,
se ele não pagar é um imóvel que paga.
IV - Fazer doação de bens comuns, exceto se remuneratória. - Fazer doação de bem móvel
comum sem autorização do cônjuge. Exceto se for doação remuneratória, que seria uma
gratificação à alguém que prestou um serviço muito bem feito.
1642 e 1643
praticar atos de administração necessários à profissão; Ex: alugar uma sala para fazer de
escritório
administrar os bens próprios;
invalidar contratos realizados sem autorização;
reivindicar bens comuns doados pelo cônjuge ao concubino; (amante) - reinvindicação
pela entrada de ação judicial não precisa de autorização do cônjuge
comprar a crédito as coisas necessárias à economia doméstica; - bens necessários ao
funcionamento da casa
o obter, por empréstimo, as quantias que a aquisição dessas coisas possa exigir.
Dispensa outorga: 1647 § ún (doação a filho) - doação de bens comuns ou particulares a
filho que vai se casar ou que vai instituir um estabelecimento. Discussão na doutrina de
que somente poderiam ser bens móveis ou imóveis.
REGIMES
INÍCIO DA EFICÁCIA:
EXTINÇÃO do regime:
morte
separação / divórcio - no dia da separação ou divórcio
nulidade e anulabilidade de casamento - no dia da sentença de nulidade/anulação.
A jurisprudência tem aceitado a ideia de extinção do regime na data da separação de
FATO quando ela acontece. (cada um vai pra um lado, sem tomar quaisquer medidas
judiciais).
comunhão parcial de bens (CC/02, 1640, 1658 a 1666) - a escolha não necessita de pacto
antenupcial, basta apenas a assinatura na habilitação.
comunhão universal de bens (CC/02, 1667 a 1671) - necessita de pacto antenupcial com
escritura pública
separação convencional e obrigatória de bens (essa segunda também não necessita de
pacto) (CC/02, 1641, 1687 e 1688; CJF/STJ, 261, 262; ARPEN/SP en.18); STF súm.377)
participação final nos aquestos (CC/02, 1672 a 1686) - necessita de pacto antenupcial com
escritura pública
Casaram -> Na constância do casamento ele compra uma casa. O que acontece em cada regime?
Comunhão parcial: fim do casamento: meação dos aquestos, exceto o que a lei exclui. Bens
anteriores particulares. -> bens aquestos: bens adquiridos onerosamente na constância do
casamento
Comunhão parcial:
Presunção de aquisição pelo esforço comum mesmo que o bem esteja comenta em nome de um
deles. Presume-se que houve esforço de ambos
Art. 1.658: bens que sobrevierem onerosamente ao casal, na constância do casamento =
aquestos. Portanto, meação - metade para cada um.
Art. 1.662: bens MÓVEIS se comunicam, exceto se houver prova de aquisição anterior ao
casamento.
I - Título oneroso, em nome de qualquer dos cônjuges. Ex: carro adquirido na constância. Não
vale para casos de por exemplo, eu tinha um carro, vendi e com o dinheiro dele comprei outro.
O bem não entrará na comunhão pois houve sub-rogação, a substituição de um bem por outro
semelhante.
II - Fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior. Ex: ganhar na loteria.
Qualquer premiação que eu receber durante o casamento é dos dois.
III - Doação, herança ou legado, em favor de ambos. Ex: doação de bem ou dinheiro aos dois.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. - Não importa o tipo
de benfeitoria, todas entrarão na comunhão.
BENS INCOMUNICÁVEIS:
Art. 1.659.
OBRIGAÇÕES POSTERIORES :
V – os bens de uso pessoal, os livros e os instrumentos de profissão ex: seu Código Civil não se
comunica!
VII – as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes. ex: pensão alimentícia
Pensão: paga periodicamente a alguém para subsistência. Decorre de lei, decisão judicial,
contrato ou testamento.
Meio-soldo: pago pelo Estado aos servidores reformados das Forças Armadas.
Montepio: pago pelo Estado aos herdeiros de funcionário público falecido.”
Ex: eu recebo uma pensão alimentícia, o direito à ela é meu, o dinheiro que entrou incorpora o
patrimônio do casal desde que não possua causa anterior ao casamento.
Comunhão universal:
Fim do casamento: comunicam anteriores e aquestos, exceto aquilo que a lei exclui.
Art. 1.667. comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e dívidas.
Cada cônjuge é meeiro do outro, mas podem existir alguns bens particulares.
Comunicam-se os frutos de bens incomunicáveis (1.669).
Dívidas anteriores ao casamento não se comunica nem no regime de separação parcial e
total de bens.
III - dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos
(obrigações contraídas em razão do casamento), ou reverterem em proveito comum; ex: dívida
com vestido, despesas da festa
Doações propter nuptias Eficácia da doação = eficácia do pacto (CC, art. 546)
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. São os bens de uso pessoal, livros,
instrumentos de profissão, proventos do trabalho, pensões.
Separação de bens
Fim do casamento: nada comunica, exceto convenção em contrário.
INCOMUNICÁVEIS, salvo o que for comum (comum: eu e meu marido compramos um imóvel,
haverá a co-titularidade, que não gera automaticamente a meação):
das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração
do casamento (1523).
de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. - Pessoas que tem entre
16 e 18 anos e querem casar e um dos pais não autoriza, necessitando então o suprimento
por autoridade judicial.
da pessoa maior de 70 (Redação da Lei nº 12.344, de 2010). Ver CJF, enunciado 261.
Estatuto do Idoso: Lei 10.741/03. Se for comprovado que eu tinha uma união estável com
a pessoa antes de completar 70 anos, e aí sim decido me casar, não haverá restrição,
poderei escolher meu regime livremente.
o Aplica-se a separação obrigatória, por analogia, à união estável?
o SIM: STJ, TJs, Cartórios de Notas (Colégio Notarial do Brasil), CGJSP, ARPEN
Enunciado 18).
o NÃO: TJRS. Matéria restritiva de direito seguindo a hermenêutica.
STF - Súm 377, de 1964 – afirma que no regime de separação obrigatória se comunicam
os bens adquiridos na constância do casamento se comprovado o esforço comum.
separação -> comunhão parcial -> comunica meação aquestos, exceto anteriores, gratuitos,
sub-rogados, dívidas.