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CONTINUAÇÃO CASAMENTO

NULO, ANULÁVEL E PUTATIVO


PUTATIVO ART. 1561 CC: decorre do casamento nulo e anulável. efeitos desse casamento
produz efeito? nesses casos, o casamento gerará efeitos (putatividade) para quem estiver
de boa fé (quem ignora o problema, a causa da inviabilidade) E TAMBÉM AOS
FILHOS.
efeitos do casamento:
a) partilha de bens: somente o cônjuge de boa fé;
b) alimentos: somente boa fé;
c) sucessão: somente boa fé.
efeitos jurídicos do casamento:
a) sociais: aparentam para a sociedade.
i) constituição de uma família. responsabilidade com seus bens para sustento,
educação filhos, etc.
ii) assunção do estado de casado: mudança do estado de casado.
planejamento familiar no interesse do casal e dos filhos.
iii) escolha do domicílio conjugal.
iv) tanto homem quanto a mulher podem incluir em seu nome o sobrenome do
outro.
b) efeitos pessoais: ligados à pessoa, ligados aos deveres do casamento. art. 1566 cc.
i) fidelidade recíproca: monogamia.
ii) mútua assistência: financeira, psicológica, material e imaterial.
iii) vida em comum no domicílio conjugal
iv) respeito e consideração mútuos
v) guarda, sustento e educação dos filhos

c) efeitos patrimoniais: estão atrelados aos regimes de bens.

6. REGIMES DE BENS DO CASAMENTO


1. regras gerais: aplicadas a qualquer regime. importante conhecer também.
art. 1639 cc: caput: princípio da liberdade de escolha do regime de bens.
escolha é feita antes do casamento, mas a sua vigência se dá apenas com a sua
ocorrência.
por meio de pacto antenupcial: arts. 1653 a 1657 cc: deve ser feito, obrigatoriamente, por
escritura pública, sob pena de nulidade. cartório diferente do cartório do casamento: é no
tabelionato de notas. ele tem que ser feito sempre que o regime escolhido for o da
comunhão universal, da participação final dos aquestos e da separação convencional
art. 1640, § ú cc. o cartório do casamento nem começa a habilitação quando não faz o
pacto nesses casos. o pacto é dispensado quando o regime for o da comunhão parcial
(regime legal). na comunhão parcial de bens o pacto é facultativo: fazem para alterar
alguma regra que não concordam, ex.: quer que doação ou herança na constância do
casamento se comunique.
o pacto só começa a produzir efeitos com a ocorrência do casamento (até lá ele é ineficaz).
qual o efeito que o casamento confere ao pacto antenupcial? inter partes ou erga omnes?
INTER PARTES: natureza contratual. teoria geral dos contratos: contrato em regra, salvo
previsão em lei, não vincula e não prejudica 3os.
EFEITO ERGA OMNES depende do registro do pacto, cf art. 1657 cc. permite efeito erga
omnes desde que o pacto seja registrado. registrar no cartório de registro de imóveis do
domicílio dos cônjuges.
casal faz pacto antenupcial e não se casa (ineficaz), mas passam a viver em união estável.
já que o art. 1725 cc permite contrato de união estável, pode o pacto assumir essa natureza
nesse caso? para o STJ sim (aplicação do princípio da conservação do negócio jurídico).
art. 1517: permite casamento entre menor de 16 a 18 anos desde que autorizados pelos
responsáveis. podem fazer pacto antenupcial? sim, desde que aprovado pelos
responsáveis.
pacto não pode contrariar disposições de ordem pública. o que são disposições de
ordem pública? outorga conjugal. art. 1647 cc: exigências da outorga conjugal: alienação
de bens imóveis. uxória: autorização da mulher.
pessoa compra casa em 2004. casa pela comunhão parcial de bens em 2008. 2021 decide
vender essa casa. precisa de outorga conjugal? SIM, precisa, pois a outorga conjugal
protege o cônjuge e a prole, ainda que inexistente, por isso a outorga é questão de ordem
pública, protege tbm 3os, ainda que inexistente.
excepcionalmente, o art. 1656 cc permite a livre disposição de bens imóveis
particulares no pacto antenupcial que indica o regime da participação final nos
aquestos. não significa que elimina por completo a outorga conjugal, é só essa parte.
fiança, aval, imóveis comuns ainda precisa da outorga.
a outorga conjugal, nas hipóteses do art. 1647 do cc, sempre deverá ocorrer? NÃO, pois
ela é dispensada quando o regime de bens for o da separação convencional (pacto) e
seja absoluta. dá pra relativizar a separação: determinar que alguma coisa comunica.
qual é a consequência jurídica de praticar um ato do art. 1647 cc sem a outorga conjugal?
ANULABILIDADE DO ATO, que deve ser pleiteada em até 2 anos da dissolução da
sociedade conjugal.
o princípio da liberdade de escolha do regime de bens é absoluto? NÃO, pois nas hipóteses
do art. 1641 cc a lei impõe o regime da separação obrigatória de bens (separação legal).
hipóteses:
a) maior de 70 anos
b) todos os que dependerem de autorização judicial para casarem por questão de
idade (suprimento). se os responsáveis que autorizaram não entra aqui.
c) nas hipóteses de causas suspensivas do casamento art. 1523 cc.
quem casa no regime de separação obrigatória pode fazer pacto antenupcial? SIM, mas
apenas para afastar a s. 377 do stf: na separação OBRIGATÓRIA comunicam-se os
bens adquiridos na constância do casamento de forma onerosa.

2. regras especiais: regimes em espécie.

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